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ABI recebe homenagem da Assembleia Legislativa na manhã desta quinta (8)

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) será homenageada pela Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), nesta quinta (8), em alusão ao aniversário de 85 anos da entidade, comemorados no dia 17 de agosto. A sessão especial será realizada às 9h30, no Palácio Dep. Luis Eduardo Magalhães. Para o presidente da ABI, Walter Pinheiro, é um momento de relembrar todos os importantes integrantes da história dessa instituição que surge em 1930, exatamente para lutar pelas liberdades de expressão e de imprensa, e zelar pelo respeito às leis estabelecidas. “Quando a Assembleia Legislativa, que é o poder que vem do povo, presta a homenagem a ABI, nós nos sentimos também avalizados por essa manifestação popular. Isso é a causa de todo o orgulho, toda a honra e alegria que sentimos”. O jornalista e pesquisador Nelson Varón Cadena será o orador convidado. Ele é autor de levantamento histórico da instituição e prossegue estudando o tema.

Foto_Joseanne Guedes/ABI
Sede da ABI, na Praça da Sé

Walter Pinheiro reforça o compromisso da entidade na luta para que a verdade, a liberdade de imprensa, a liberdade de expressão e os direitos humanos se mantenham vivos. “Evidente que envolve todos aqueles que já passaram pela ABI e que estão na ABI. Pessoas marcantes, como foram seus fundadores e presidentes”. De acordo com o presidente, reeleito para mais um biênio, a instituição se mostra mais amadurecida, fortalecida e consciente da importância do seu papel histórico na consolidação da democracia no país.

Integrante da diretoria desde 1986, ele esteve à frente da Tesouraria até ser eleito presidente em 2011 e assegura que permanece “preocupado com o combate a qualquer ato que compreenda censura ou possa caracterizar garroteamento aos profissionais da comunicação em expressar suas opiniões”. Ele enfatiza que a função da ABI funciona como “um baluarte, tanto na defesa dos jornalistas quanto da cidadania e do Estado como um todo”.

A solenidade é fruto da articulação da deputada Fabíola Mansur, que destaca a natureza democrática da ABI, segundo ela, uma instituição “nascida em ambiente politicamente conturbado e reconhecida nacionalmente por levar destacado conteúdo jornalístico ao leitor baiano”. A parlamentar explica que o objetivo é valorizar a contribuição da ABI, para que a história de luta da instituição não seja esquecida. “Quando se instaurou no Brasil um estado de sítio, a ABI manteve-se sempre nas trincheiras contra a opressão e a censura”.

Ela distingue dirigentes, como o ex-presidente Samuel Celestino, que não se calaram, mesmo quando o direito à informação esteve na mira do poder econômico ou político. “O atual presidente da entidade, o jornalista Walter Pinheiro, vem dando uma enorme contribuição ao jornalismo baiano, também fazendo jus à história da instituição, com uma postura altiva, engajado na defesa da democracia”, conclui.

*Com informações da Tribuna da Bahia e Ascom/Fabíola Mansur

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Livro sobre Rômulo Almeida será lançado amanhã (26) na ALBA

“Rômulo Almeida” é o título do livro sobre o economista baiano que idealizou o Polo Petroquímico de Camaçari, o Porto e o Centro Industrial de Aratu – bases da industrialização do Estado. A obra de autoria do jornalista Antônio Jorge Moura será lançada nesta quarta-feira (26), às 17h, na Assembleia Legislativa da Bahia (Centro Administrativo) e, segundo ele, “abrange toda a vida de Rômulo, do nascimento à morte”. Como parte das comemorações do centenário de Rômulo Almeida, o livro cita o economista como um dos criadores da Petrobras, do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), entre outras instituições fundamentais.

Antônio Jorge escreveu também, cinco anos atrás, a série de três artigos “O construtor de sonhos”, na qual se refere à entrevista que, como jovem repórter, fez com Rômulo Almeida, na década de 70, sobre sua proposta de construção do Polo Petroquímico de Camaçari. Rômulo, segundo ele, foi “simples e profundo” ao responder-lhe sobre o questionamento quanto ao risco de poluição que haveria na região: “Pior é a poluição da miséria”. Hoje, o Polo representa 20% da economia baiana, tendo mudado o perfil do emprego na Região Metropolitana de Salvador.

Sua importância extrapola as barreiras estaduais. Rômulo era considerado o melhor coordenador de equipes de alta performance do Brasil. Primeiro no governo Dutra, depois com Getúlio Vargas, período em que ficou como chefe da assessoria econômica. Ele foi criador do Departamento Econômico da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Com ele, foram planejados a Petrobras, o Fundo Nacional do Carvão, o Fundo Nacional da Eletrificação e a Eletrobrás, que foi concretizada no tempo do Jango (João Goulart), a Rede Ferroviária Federal, a Superintendência Nacional da Amazônia, entre outras contribuições.

Precursor de ideias

Capa da obra de Antonio Jorge Moura, a ser lançada amanhã - Foto: Divulgação
Capa da obra de Antonio Jorge Moura, a ser lançada amanhã – Foto: Divulgação

“Os fatores fundamentais de instabilidade (na economia baiana) são a grande dependência da agricultura, agravada pela incidência da seca no território baiano”, e a “grande dependência do comércio exterior”. Cinco décadas depois, o diagnóstico de Rômulo Almeida é conhecido por muitos, mas pouca gente sabe que ele foi o primeiro baiano a planejar soluções para o problema.

Dos “Cadernos Rosas”, escritos por este baiano que completaria 100 anos no último dia 18 de agosto, surgiram as diretrizes para industrializar o estado cuja principal atividade ainda era a produção de commodities agrícolas para a exportação. O conteúdo foi republicado em forma de livro pela Secretaria do Planejamento do Estado, com o título Pastas Rosas.

O “rosa” foi incorporado ao nome das cartas porque Rômulo teve entre os poucos apoiadores o reitor da Ufba na época, o professor Edgard Santos, que lhe ofereceu duas salas na Escola de Enfermagem, e os papéis disponíveis eram daquela cor. Neles, o economista projetou a Bahia.

O professor de economia da Universidade Salvador, Fernando Pedrão, diz que o conjunto de cartas foi o primeiro esforço de planejamento em um estado brasileiro. “Ali, se apresentaram os elementos da estratégia que combinava a modernização da produção agropecuária com a de um desenvolvimento industrial sustentado por um núcleo de indústria pesada”, lembra.

“Rômulo Almeida é o tipo de pessoa que muda a história. Ele compreendia a Bahia como um estado que precisava crescer e conseguiu ordenar essa visão dele e colocar ao alcance de todos”, diz o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia. Ele destaca o foco do economista e advogado no desenvolvimento da cadeia de petróleo. “Ele defendia a estruturação de cadeias produtivas, e sabia que a Bahia, que era a grande produtora do petróleo brasileiro na época, ganharia muito com o aproveitamento interno disso. Daí o polo”.

O economista Antônio Alberto Valença, assessor-chefe da Secretaria de Planejamento do Estado, lembra ter convivido com Rômulo, “na condição de admirador”, e acredita que o idealizador do polo merecia ser mais homenageado. “Da cabeça dele saiu o futuro da Bahia”, diz. Valença acredita que o grande legado deixado por Rômulo Almeida é a cultura do planejamento.

Serviço

O que: Lançamento do livro “Rômulo Almeida”, de Antônio Jorge Moura

Quando: Dia 26 de novembro (quarta-feira), às 17h

Onde: Assembleia Legislativa da Bahia (Centro Administrativo)

As informações são do Bahia em Pauta, A Tarde e Jornal da Mídia.

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