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Documentário celebra trajetória de jornalistas pioneiras na imprensa baiana

Em um cenário marcado pela repressão e censura impostas pela ditadura militar, um grupo de jornalistas baianas ousou desafiar as regras de um universo masculino. O documentário “Entre a Caneta e Poder: Mulheres no jornalismo da Bahia” chega para mostrar as trajetórias de jornalistas pioneiras que transformaram a história da imprensa baiana. O filme será exibido em sessão especial nesta quinta-feira (23), às 19h30 no Cine Teatro 2 de Julho, em Salvador.

O documentário, dirigido por Daniel Talento e com produção associada de Erica Iotty, produção executiva de Karen Zardi e produção de Roger Cunha, mergulha nas histórias de resistência, inovação e determinação de mulheres que, com a caneta em punho, enfrentaram um período de intensa repressão. Com direção de fotografia de Ruan Souza e Daniel Talento e montagem de Evodio Jr., o filme proporciona uma reflexão profunda sobre os desafios que as mulheres na mídia ainda enfrentam.

O longa-metragem reúne depoimentos de Mariluce Moura, Mônica Bichara, Joana D’arck e de três diretoras da Associação Bahiana de Imprensa: Carmela Talento, Isabel Santos e Jaciara Santos, além da participação do jornalista e escritor Emiliano José. A obra revela histórias de coragem, resistência e inovação de mulheres que enfrentaram o autoritarismo, romperam barreiras e seguem inspirando gerações futuras.

Produzido pela Arpoador Audiovisual e Tia Maria Filmes, “Entre a Caneta e o Poder” reforça a importância de reconhecer e preservar a memória dessas profissionais cuja atuação impactou o jornalismo em solo baiano. Para Daniel Talento, “o filme reforça a  importância de vozes diversas e representativas e garante que o legado dessas jornalistas extraordinárias seja reconhecido e preservado para o futuro.”

Serviço

🎬 Exibição do documentário “Entre a Caneta e o Poder: Mulheres no Jornalismo da Bahia”
📅 Data: 23 de outubro (quinta-feira)
🕒 Horário: 19h30
📍 Local: Cine Teatro 2 de Julho (Rua Pedro Gama, 413 E – Federação, Salvador – BA)
🔗 Inscrições:

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdTX4wFL9gW8b0bB50rE15sPKabp0EL7H3RBnQgzjXFRmgsew/viewform

*Catarina Gramosa é estagiária de Jornalismo da ABI.
Edição: Joseanne Guedes

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UFBA realiza evento “Cosme de Farias, O advogado dos pobres”

No dia 15 de março de 1972, o Brasil se despedia de uma das mais potentes vozes da luta pela justiça social: o jornalista, escritor, político e advogado Cosme de Farias, “O Advogado dos Pobres”. Este ano, uma série de homenagens já foram realizadas para lembrar os 50 anos de sua morte. Na noite de hoje (19/10), às 18:30, a Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, em parceria com o Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade, abordarpa em palestra, no Auditório B do PAF 1 (Campus Ondina UFBA), o filme “Quitanda da Liberdade”.

O evento “Cosme de Farias – o advogado dos pobres” faz parte das apresentações programadas no componente curricular OPB, ministrado pela professora Mariângela Nascimento, docente do NEIM/UFBA.

Depois da exibição será realizada uma palestra com os convidados Marcelo Oliveira (Cineasta/ Documentarista Autor e diretor do documentário “Quitanda da Liberdade”), Dra. Mônica Celestino (Jornalista pela UFBA, autora da tese “As Trincheiras do Major, sobre Cosme de Farias), Prof. Dr. Alfredo Eurico R. Matta (Coordenador do curso de história UNEB/UAB, professor do programa de pós-graduação em educação e contemporaneidades).

Cosme de Farias nasceu no subúrbio distante de Paripe. Sua formação foi apenas do curso primário, mas tornou-se advogado provisionado e passou a vida defendendo milhares de pessoas pobres. Em 1915 fundou a “Liga Baiana contra o Analfabetismo “, instituição que funcionou até a década de 1970, mantendo escolas para a população mais pobre, da capital e de algumas outras cidades baianas.

Iniciou-se na carreira política eleito deputado estadual, em 1914, e por várias legislaturas seguintes. Foi, também, vereador por diversos mandatos. Quando morreu, em 1972, ocupava uma cadeira na Assembleia Legislativa da Bahia, sendo à época o mais velho parlamentar do mundo. Foi patenteado “Major” pela Guarda Nacional (1909).

Serviço

“Cosme de Farias – o advogado dos pobres”
Data – 19/10/2022
Hora – 18:30
Local – Auditório B do PAF 1 – Campus Ondina UFBA

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Documentário resgata estratégias da Secom na pandemia de Covid-19

Quando a pandemia chegou à Bahia, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) realizou diversas campanhas informativas para combater a disseminação da Covid-19. As principais ações da pasta estão reunidas no documentário “Coronavírus, um visitante indesejado”, lançado pelo Governo do Estado na noite de hoje (23). A exibição do filme levou à Sala do Coro do Teatro Castro Alves (TCA) autoridades, parlamentares e profissionais que atuam nas áreas da saúde, comunicação, segurança pública e educação. 

No pronunciamento de abertura da sessão, o secretário estadual de Comunicação, André Curvello, explicou que o objetivo da obra é relembrar as estratégias e o trabalho de comunicação necessários no combate ao coronavírus. Especialista em gerenciamento de crises, ele falou sobre os desafios do período e ressaltou a essencialidade dos profissionais da imprensa no momento em que a sociedade buscava entender a situação. “Ficou claro que uma das principais armas para se combater o mal que se alastrava seria a informação”, relembrou o jornalista.

Antes da exibição do documentário, o secretário chamou um vídeo de introdução que, através de pronunciamentos oficiais do governador Rui Costa, montou uma espécie de linha do tempo do enfrentamento ao vírus.

Já o filme “Coronavírus, um visitante indesejado” recapitulou peças produzidas pela Secom desde os primeiros casos de Covid-19 confirmados na Bahia, passando pelas medidas restritivas, as aberturas de hospitais de campanha, até a distribuição e aplicação das vacinas. “Os temas surgiram da percepção do que era mais urgente em cada momento e da melhor forma de auxiliar a população a evitar a contaminação e as consequências da doença”, destacou Curvello. O secretário comentou sobre as críticas recebidas por campanhas com maior apelo dramático. “Acabou chocando algumas pessoas. Agora, sabemos que foi uma estratégia acertada. Nosso foco era salvar vidas”, garantiu. 

Reprodução/GovBA

Ele fez questão de registrar publicamente a responsabilidade da imprensa baiana. “Uma das coisas mais gratificantes da pandemia foi contar com os veículos de comunicação e suas incansáveis equipes. Insignificante foi o número de veículos que não nos ajudaram a combater as fake news e o negacionismo, nossos maiores inimigos depois da Covid-19”, afirmou. “Não é possível olhar para trás sem chorar os mais de 660 mil mortos pela Covid-19 no Brasil, sendo 30 mil delas na Bahia, mas podemos, como baianos, nos orgulhar de tudo o que foi feito para que a tragédia não fosse ainda maior”.

O titular da Secom/BA classificou como “longa e dolorosa” a travessia contra o coronavírus. “Muitos, como eu, carregam a perda de parentes, amigos, vizinhos e colegas. Nesse percurso desafiador, destaco os muitos aprendizados e o espírito de colaboração que serviu de alento nas horas mais amargas”, salientou. Curvello aproveitou para agradecer a todos os profissionais que atuaram desde o início da pandemia e às pessoas que perderam familiares e amigos por causa do vírus. “Esse documentário entra para nossa história. Daqui a algum tempo, quem for assistir, vai ver o drama que todos nós vivemos, um momento muito triste na história da Bahia e do Brasil”. Para ele, o período deixa um legado de solidariedade e de amor à vida. “Legado esse que pode, com a colaboração de todos nós, ser permanente”, concluiu o secretário. 

  • O filme está disponível a partir de hoje em todas as plataformas do Governo do Estado. Confira abaixo a ficha técnica:

Filme: “CORONAVÍRUS, UM VISITANTE INDESEJADO”
Realização: Governo do Estado da Bahia
Direção: Fábio Ribeiro
Roteiro: Bruno Mollicone e Fábio Ribeiro
Produção Executiva: Cláudio Meirelles
Produção: Polliana Pereira e Yasmina Sestello
Edição e Montagem: Júnior Jacob
Computação Gráfica: Danilo Lima e Robson Nunes
Trilha: Sagaz Áudio
Produtora: Macaco Gordo

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Mostra em Salvador celebra o audiovisual negro e homenageia Mahomed Bamba

Entre os dias 11 e 15 de abril de 2018, acontece em Salvador a I Mostra Itinerante de Cinema Negro – Mahomed Bamba, com o objetivo de visibilizar, difundir e debater a produção audiovisual realizada por cineastas negras(o)s de África e de sua diáspora. A mostra homenageia o ex-professor e pesquisador de cinema da Faculdade de Comunicação (FACOM/UFBA), Mahomed Bamba, falecido em 2015, depois de lutar contra um câncer no fígado. O evento contará com mesas de debates, oficinas para crianças, Oficina de Elaboração e Desenvolvimento de Projetos e o Minicurso de Cinema Africano. A abertura da mostra, no dia 11, no SESC Pelourinho, prevê um show da cantora baiana Luedji Luna.

Natural de Costa do Marfim, Bamba propunha em seus ensaios uma nova leitura sobre as narrativas fílmicas produzidas nas periferias globais, sobretudo as realizadas no continente africano. Ele era doutor em Cinema, Estética do Audiovisual e Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), e integrava o corpo de professores da FACOM desde 2009, onde atuava na área de Cinema e Audiovisual, além de ser professor e pesquisador do Programa de Pós Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas.

O festival terá exibições regulares na Sala Walter da Silveira (DIMAS), no bairro dos Barris, e itinerantes nos bairros do Cabula, Uruguai e Garcia, reunirá mais de 35 obras de longas e curtas metragens realizados entre 2015 e 2017, produzidos por cineastas negra(o)s do Brasil e de países africanos de língua portuguesa, como Guiné-Bissau, Moçambique, Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial e de países da diáspora.

A I Mostra Itinerante de Cinema Negro – Mahomed Bamba é realizada por cineastas e produtoras audiovisuais, tendo como idealizadora, coordenadora geral e de produção Daiane Rosário; na coordenação de curadoria de filmes nacionais e produção, Julia Morais e Tais Amor Divino; na coordenação de curadoria de filmes africanos e produção, Kinda Rodrigues; coordenação de produção, Loiá Fernandes; e na coordenação de comunicação e produção, Inajara Diz.

O festival tem como parceiros, a Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), a Diretoria de Audiovisual da Bahia (DIMAS), a Diretoria de Espaços Culturais, o Espaço Cultural de Alagados, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Salvador, o Centro Cultural Casa de Angola na Bahia, o Ponto de Cultura Boiada Multicor (UNIRAAM), a Aliança Francesa e Centro de Comunicação Democracia e Cidadania (CCDC), Instituto Mídia Étnica e Correio Nagô.

Acesse a página do evento e confira a programação.

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