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FENAJ divulga guia de cuidados na cobertura das eleições

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) colocou à disposição dos profissionais de imprensa brasileiros, o Guia de Proteção a Jornalistas na Cobertura Eleitoral, uma publicação digital com orientações de segurança para profissionais da mídia na cobertura das eleições deste ano. Preparado pela Secretaria de Saúde e Segurança da Federação, tendo como base o manual publicado pelo Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, a publicação reúne medidas de proteção para jornalistas. As orientações incluem preparação da pauta, uso de equipamentos de segurança, prevenção e resposta a ataques virtuais, entre outros pontos.

Capa do guia | Foto: reprodução

Além da polarização acentuada que vem se verificando no período pré-eleitoral, a iniciativa foi motivada pelos altos índices de ataques contra profissionais de imprensa registrados pela Federação nos últimos anos: 428 em 2020 e 430 em 2021.

O guia salienta a importância de registrar oficialmente as agressões, destacando que se trata da única maneira de responsabilizar os autores por meio da documentação das agressões, “e dar mais elementos garantia do direito ao trabalho dos profissionais de imprensa”, destaca o manual.

Trecho do Pacto contra Violência enviado aos presidenciáveis deste ano | Foto: reprodução

Entre os tópicos escolhidos na publicação estão a cobertura de comício ou manifestação com dicas sobre o que deve conter a pauta e o que se deve levar para a rua; os tipos de ataques virtuais e as medidas que devem ser adotadas pelos jornalistas frente a qualquer tipo de agressão.

A FENAJ e outras organizações em defesa da liberdade de imprensa encaminharam recentemente uma carta-compromisso aos presidenciáveis para o período eleitoral. O documento inclui medidas para proteger a atividade jornalística e os profissionais. “Esse é mais um instrumento utilizado pela Federação em um esforço para tentar coibir as tentativas de intimidação”, explica a publicação.

Acesse o manual clicando aqui.

Fonte: Sinjorba

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Entidades lançam guia que auxilia jornalistas na cobertura sobre drogas

Plataforma Brasileira de Políticas de Drogas (PBPD), em parceria com o IBCCRIM (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais) e a Catalize, lançou este mês o Guia sobre Drogas para Jornalistas. O projeto, financiado pela organização americana Social Science Research Council, tem texto do jornalista Tarso Araujo, especializado na área e autor do “Almanaque das Drogas”.

Com 96 páginas, o Guia é dividido em duas partes: a principal traz um glossário em ordem alfabética com mais de 200 verbetes comumente usados na cobertura de drogas, traduzindo conceitos jurídicos e científicos para uma linguagem mais acessível; a segunda traz uma sequência de fichas com informações por substâncias ou grupos de substâncias, listando mitos e verdades, dados relevantes e informações correlatas.

Segundo Harumi Visconti, coordenadora de comunicação da PBPD e coordenadora do projeto, o objetivo do guia é “qualificar o debate público sobre drogas através da imprensa”. Para ela, a cobertura de drogas costuma se limitar ao aspecto policialesco do assunto. “Muitas pessoas são hoje favoráveis à manutenção da criminalização das drogas porque não têm informação honesta, porque não sabem o panorama da guerra às drogas”, explica. Visconti ressalva que o material não se pretende um manual de cobertura, mas uma referência para ser usada no dia a dia.

A escolha dos verbetes partiu de um levantamento colaborativo de sugestões e passou por revisões técnicas tanto no aspecto medicinal quanto no aspecto jurídico. O formato é inspirado no “Direito Penal para Jornalistas – Material de Apoio para a cobertura de casos criminais”, iniciativa do IDDD(Instituto de Defesa do Direito de Defesa), em parceria com o IBCCRIM — lançado em 2013, o material foi feito no âmbito do Projeto Olhar Crítico. Além do Guia, a PBPD está captando recursos para levar o projeto adiante, realizando oficinas com estudantes de jornalismo e bate-papos sobre o assunto nas redações do país.

PBPD

A Plataforma Brasileira de Política de Drogas é uma rede com mais de 40 entidades e que nasceu “da necessidade de unir, em rede, especialistas e organizações dedicadas a estudar e a promover a reforma da política de drogas” no âmbito da saúde, da segurança pública, do acesso à justiça e dos direitos humanos. Surgida em 2014 e sediada no IBCCRIM, a plataforma também promove eventos e a publicação da revista Platô, que traz artigos e discussões sobre o assunto.

Os profissionais de imprensa interessados no assunto podem baixar a versão digital, disponível no site www.pbpd.org.br.

*Informações da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo)

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