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ABI e UESB trazem Bob Fernandes para debate com imprensa conquistense

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) traz o jornalista Bob Fernandes, atual comentarista de política da TV Gazeta, para uma roda de conversa com profissionais de imprensa, estudantes e professores da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), na próxima sexta-feira 15, a partir das 10h, no Auditório do júri, no Módulo II do campus da Universidade. “Fake news”, jornalismo de dados e o papel dos jornalistas e veículos de comunicação neste momento conturbado da vida brasileira serão alguns dos temas da conversa com o jornalista num evento dirigido aos comunicadores, mas aberto ao público em geral.

Bob vem a Conquista a convite da ABI, como parte de uma iniciativa de aproximação da entidades com a comunicação do Sudoeste. Segundo o presidente da ABI, Walter Pinheiro, também presidente do jornal Tribuna da Bahia, “Vitória da Conquista lidera um região de grande importância social, econômica e política, com uma forte tradição no jornalismo baiano, e a ABI deseja estar presente e contribuir para o fortalecimento da comunicação regional”. Ele acrescenta ainda “a satisfação da ABI em participar de uma das atividades que marcam os 20 anos do curso de jornalismo da UESB”. O coordenador do Colegiado do curso, professor Rubens Sampaio, ressalta  que a “iniciativa da ABI está em sintonia com a busca permanente do curso de Jornalismo da Uesb por essa aproximação com entidades da área e profissionais com larga experiência, como Bob Fernandes, elo que isso representa na formação dos futuros jornalistas”.

A pedido do convidado, em vez de uma palestra expositiva, os profissionais e estudantes terão a oportunidade de um debate direto e franco com um dos mais importantes comentaristas políticos do jornalismo brasileiro. Filhos de pai e mãe baianos, Bob Fernandes nasceu em Barretos, interior de São Paulo, mas viveu boa parte de sua vida na Bahia, onde se formou jornalista pela UFBa. Sempre atento aos acontecimentos da vida baiana, preserva uma relação de proximidade com a terra de seus pais e anseia pelo reencontro com Vitória da Conquista, onde vive parte de sua família.

Trabalhou na Tribuna da Bahia, no começo da carreira e passou pelas principais redações brasileiras, como Veja, Folha de São Paulo, foi um dos fundadores e editor-chefe da revista Carta Capital. Cobriu seis campanhas presidenciais o Brasil, a disputa Clinton X Bush, nos Estados Unidos e é coautor de “O complô que elegeu Tancredo”, de 1985. Como jornalista esportivo, escreveu crônicas, cobriu todas as Copas do Mundo de Futebol da FIFA, de 1994 até 2014 (à exceção de 2002), as Olimpíadas de Pequim e Londres, as Copas das Confederações da África do Sul e do Brasil e a Copa América na Venezuela. Tricolor assumido, é autor do livro “Bora Bahêeea, A História do Bahia contada por quem a viveu”, de 2003 (Ediouro). Como correspondente de guerra esteve em Angola, em 1992, e no mesmo ano cobriu a Guerra da Somália. Na revista Carta Capital foi autor de mais de 100 reportagens de capa, entre elas uma série de oito capas sobre a presença e atuação da CIA, do FBI, da DEA e demais agências de espionagem dos EUA no Brasil.

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Muniz Sodré abre a programação do Enecult com debate sobre cultura e crise

O XIII Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (Enecult) fará da Universidade Federal da Bahia (UFBA) um centro de discussões entre diferentes áreas do conhecimento no campo da cultura entre os dias 12 e 15 de setembro. Já na abertura, o jornalista e professor Muniz Sodré, referência na pesquisa em comunicação e cultura no país e na América Latina, apresenta a palestra “Cultura como crise” na Reitoria da UFBA, na terça-feira, 12, a partir das 18h, com transmissão em tempo real pela TV UFBA.

enecultApós a palestra de Muniz Sodré, o debate sobre cultura e crise continua com o poeta José Carlos Capinan, a professora da Universidade do Estado de Santa Catarina, Marlene de Fáveri, e a historiadora da UFBA Wlamyra Albuquerque. A discussão está prevista para começar às 19h30.

Embora seja graduado em Direito, mestre em Sociologia da Informação e Comunicação e doutor em Letras, Sodré já era jornalista antes de entrar na universidade. Ele inciou sua carreira no Jornal da Bahia, fundado pelo feirense João Falcão, falecido em 2011. “Participei da fundação do jornal como secretário de João Falcão, graças à minha habilidade com línguas. Um ano depois, passei para a redação, onde estavam Glauber Rocha, João Ubaldo Ribeiro, Ariovaldo Matos, José Gorender e outros”, contou em entrevista ao Globo Universidade (Rede Globo).

Desde então, publicou 33 livros nas áreas de Comunicação e Cultura, número que será ampliado com o livro “Pensar o Nagô”, pela editora Vozes, cujo lançamento encerrará a programação do primeiro dia do Enecult. Sua obra contesta a exclusividade greco-europeia na filosofia brasileira e defende um paradigma afro de pensamento.

Essa é a segunda vez que Sodré participa do Enecult – ele esteve presente na edição de 2007. Professor da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Sodré desenvolveu um olhar articulado entre comunicação e cultura, defendendo a superação da abordagem meramente mercadológica. Seu trabalho define a cultura a partir de forças basilares como o poder, a subjetividade e a identidade, e se afasta de concepções estruturalistas. Sua militância intelectual contribuiu também para o reconhecimento da comunicação no campo científico, a partir da superação da ideia de ciência como conhecimento fechado, exato e universal. Para ele, mais que estudo da mídia, a centralidade da comunicação estaria no processo de partilha de um comum vivido, elemento chave para a compreensão do século XXI.

  • Confira a programação aqui 

Informações de Edgardigital

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Atlas da Notícia mapeia jornalismo local no Brasil

Em uma iniciativa inédita no país, o Projor – Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo –, que mantém o Observatório da Imprensa, lançou o Atlas da Notícia. O Atlas integra o projeto Grande Pequena Imprensa (GPI), idealizado em 2013 pelo jornalista Alberto Dines para capacitar veículos de imprensa regionais e locais. Agora, o grupo quer mapear os veículos jornalísticos voltados à produção, ainda que esparsa, de notícias de interesse público em todas as regiões do país. O período de colaboração vai até o dia 30/09/2017.

Estão convocadas empresas jornalísticas, associações, universidades, sindicatos, profissionais da área e até consumidores de notícias a ajudarem na construção de um banco de dados que mostrará como estão distribuídos os veículos produtores de jornalismo no território nacional. Para colaborar, basta acessar o formulário pelo site, identificando o nome da organização, a cidade onde se localiza sua sede, o estado e certas especificações como segmento principal e endereço eletrônico. Antes de preencher, é possível acessar a lista para saber quais veículos já foram acrescentados.

“Estamos falando de produtores de notícias sobre a prefeitura e a câmara municipal e temas como contas públicas, saúde, educação, segurança, mobilidade e meio-ambiente”, enfatiza Angela​ ​Pimenta, presidente do Projor. Segundo ela, o panorama a ser traçado permitirá compreender de que forma a combinação da crise econômica com a chamada revolução digital afeta o ofício de apurar e publicar notícias no interior do Brasil, “país de desigualdades e injustiças históricas e de uma democracia ainda jovem”.

Quem também destacou a ligação umbilical entre jornalismo e democracia foi o seu colega de Projor, o jornalista Eugênio Bucci. No artigo intitulado “Por que jornalismo”, publicado na edição 1.000 da revista Época, Bucci ressalta que a democracia ainda está em construção e, para que permaneça, cresça e se difunda, depende do vigor da imprensa, dos jornalistas profissionais e das redações independentes. “A democracia não está aí desde sempre. Ao contrário, ela é uma invenção muito recente. Não tem mais de dois séculos”. Para ele, só a imprensa vacina uma sociedade contra as mentiras do poder. “Não é sem motivo que Trump, Putin e Erdogan precisam disparar tantas ofensas contra os órgãos de imprensa que insistem em criticá-lo”.

Metodologia

Para entender o panorama da imprensa local e regional, o Projor estabeleceu parceria com o jornalista Sérgio Spagnuolo, do Volt Data Lab, autor do projeto A Conta dos Passaralhos, uma investigação pioneira e rigorosa sobre as demissões de jornalistas nas principais redações do país desde 2012. A metodologia do projeto é baseada, principalmente, na contabilização de veículos de notícia no Brasil, seja através de pesquisa própria como de colaboração de terceiros. Eles esperam que o Atlas produza informações úteis para jornalistas, empresários de mídia, pesquisadores acadêmicos, financiadores e profissionais do terceiro setor, permitindo a geração de novas ideias e estratégias capazes de fortalecer a imprensa local e regional.

Nesta primeira fase do Atlas da Notícia, os organizadores frisam a importância da ajuda dos leitores para identificar os veículos, sejam impressos ou digitais, e com periodicidade diária, semanal ou quinzenal. A ideia é também identificar casos de sucesso – uma espécie de oásis da notícia – “que encorajem e sirvam de modelos a serem replicados e de inspiração à grande pequena imprensa”.

O mapeamento, cuja inspiração foi o projeto America’s Growing News Deserts, da revista Columbia Journalism Review, propõe a realização de um estudo amplo para a criação de um banco de dados, de um mapa, de gráficos e, finalmente, de um estudo compreensivo sobre os vazios jornalísticos no Brasil, levando em conta principalmente um levantamento quantitativo.

As informações serão, então, estruturadas e avaliadas pelos organizadores, a fim de garantir a veracidade, a precisão e a padronização dos dados. A agência Volt​ ​Data​ ​Lab​ é responsável pela validação das informações, pela estruturação do banco de dados e pela construção da plataforma.  Os dados e códigos do projeto serão abertos após a conclusão da plataforma, servindo de fonte para estudos acadêmicos e outros tipos de pesquisa sobre a imprensa brasileira.

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OIT lança competição global de jornalismo sobre migração laboral

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) realiza uma competição global de jornalismo para reconhecer coberturas sobre migração laboral. O objetivo é incentivar a produção de reportagens de qualidade sobre o tema. Segundo a organização, a Competição Global de Jornalismo sobre Migração Laboral de 2017 contribuirá para a campanha das Nações Unidas “Juntos”, que tem como objetivo encorajar ações globais para promover a não discriminação e lidar com o problema do aumento da xenofobia contra os refugiados e migrantes. É necessário preencher o formulário de inscrição online até 27 de outubro. Quatro vencedores (um por categoria e por tema) receberão mil dólares cada. Confira as regras da competição aqui.

Para participar, os jornalistas são convidados a inscrever no máximo duas matérias, uma para cada categoria: artigos escritos (impressos ou online); produção multimídia (fotos, áudio e vídeo). Os artigos devem ter no máximo oito mil palavras e as matérias multimídia não devem ultrapassar dez minutos de duração. Os conteúdos precisam ter sido publicados entre 1º de janeiro de 2016 e 27 de outubro de 2017 para se qualificarem para a competição.

A agência da ONU considera que esse tipo de conteúdo é extremamente importante para combater percepções equivocadas que frequentemente reforçam o preconceito, a intolerância e a estigmatização dos trabalhadores migrantes e de suas famílias. Sem deixar de olhar para os aspectos negativos da migração laboral, como a dura realidade de exploração e violação dos direitos humanos e trabalhistas, os participantes serão encorajados a destacar a contribuição positiva dos trabalhadores migrantes para os países de origem, trânsito e destino, bem como o importante aspecto do recrutamento justo.

Todos os 193 Estados-membros das Nações Unidas se comprometeram a implementar a campanha até o fim de 2018, quando a Assembleia Geral da ONU deve adotar o Pacto Global para a Migração Segura, Ordenada e Regular e o Pacto Global para os Refugiados.

O prêmio é organizado pela OIT e pelo Centro Internacional de Formação da OIT em Turim, na Itália, em colaboração com a Confederação Internacional dos Sindicatos, a Organização Internacional de Empregadores, o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH), a Federação Internacional de Jornalistas, o site de jornalismo Equal Times, além das ONGs Solidarity Center, Human Rights Watch e Fórum de Migrantes da Ásia.

A competição deste ano é organizada com o apoio do projeto Ação Global para Melhorar o Quadro de Recrutamento da Migração Laboral (REFRAME), financiado pela União Europeia, e do Programa Integrado de Recrutamento Justo (FAIR), financiado pela Agência Suíça de Desenvolvimento e Cooperação.

FONTE: ONU/Br

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