ABI BAHIANA

Imprensa baiana lamenta morte do jornalista Otacílio Fonseca

A notícia do falecimento do jornalista Otacílio Fonseca causou comoção entre profissionais da imprensa na Bahia. Ex-editor de política do jornal A Tarde, Otacílio foi um dos jornalistas mais atuantes em Salvador e é considerado uma referência para o jornalismo baiano nos anos 70 e 80. O presidente da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), Walter Pinheiro, ressaltou o talento do jornalista sepultado na manhã deste domingo (24). De acordo com o dirigente, Otacílio teve o apoio da entidade, que acompanhou seu sofrimento e foi solidária nessa fase da sua vida. “A ABI lamenta profundamente tão significativa perda para o jornalismo. Todos foram marcados pelo seu caráter e idoneidade. Fica a expectativa de que os seus exemplos permanecerão sendo cultivados”.

Pelo Facebook, o jornalista Antonio Jorge Moura lastimou a morte do colega, que classificou como “exemplo de profissional digno do jornalismo”, além de destacar a difícil situação financeira atravessada pelo jornalista nos últimos tempos. “Não acumulou valores, acumulou valor humano e profissional. Empobreceu como empobrecem todos os aposentados que vivem exclusivamente do vencimento da Previdência Social e não tiram renda de investimentos bancários, embora tenha trabalhado em um deles. Otacílio e suas feijoadas memoráveis deixaram história. Agora tem lugar cativo na eternidade onde ficam os de bom coração!”.

Ao longo do dia, foram publicadas diversas mensagens que lamentaram a perda e demonstraram solidariedade com os familiares e amigos de Otacílio. O jornalista e editor do site Bahia em Pauta, Vitor Hugo Soares também se pronunciou. “Triste e dolorosa notícia para o jornalismo da Bahia e do País. Ele foi a minha primeira grande referência profissional quando comecei a trabalhar na redação de A Tarde (com janelas abertas para a Praça Castro Alves e para o mar da Baía de Todos os Santos, e ele editava a página de Polícia do mais importante jornal do Nordeste na época)”, ressaltou.

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Cobertura da tragédia em Mariana vence prêmio de jornalismo

capa_EMA cobertura intensa do jornal Estado de Minas sobre a maior tragédia socioambiental do país, provocada pelo rompimento de barragem da empresa Samarco, em Mariana (MG), venceu a quarta edição do prêmio de Jornalismo Promotor de Justiça Chico Lins. O trabalho mobilizou mais de 100 profissionais da empresa – entre repórteres, repórteres fotográficos, editores, ilustradores, diagramadores e motoristas. O objetivo do prêmio, segundo a Associação Mineira do Ministério Público, é estimular a publicação de matérias relacionadas com a atuação do Ministério Público brasileiro e reconhecer e premiar trabalhos jornalísticos que se destaquem por tornarem acessíveis ao público informações sobre o MP.

Indicação de leitura: Uma análise da cobertura socioambiental

O promotor que dá nome ao prêmio, Francisco José Lins do Rêgo Santos, era secretário da Promotoria de Defesa do Consumidor, o Procon Estadual, quando foi assassinado, em 25 de janeiro de 2002. Chico Lins, como era conhecido pelos colegas, foi morto com sete tiros durante investigação da máfia dos combustíveis em Minas Gerais. A premiação será no dia 25, quando se completa mais um ano da morte do promotor.

*Informações do EM.

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Jornalista do “Washington Post” e outros dois americanos são libertados pelo Irã

 O jornalista Jason Rezaian e outros dois iranianos-americanos libertados por Teerã em troca de sete prisioneiros detido dos Estados Unidos deixaram o Irã no último domingo (17/1). Eles embarcaram num voo rumo à Suíça. O Washington Post confirmou que o correspondente no Irã saiu da prisão de Evine. “Estamos aliviados que o pesadelo de Jason e sua família, que durou 545 dias, finalmente tenha chegado ao fim”, destacou o diretor do jornal, Frederick Ryan, em comunicado.

No voo, também estavam o ex-marine Amir Hekmati e o pastor Said Abdeini. Apenas um quarto libertado, Nosratollah Khosravi, não embarcou na aeronave. Ainda não se sabe o motivo. De acordo com o jornal, Rezaian deixou o país ao lado da esposa, Yeganeh Salehi. O Post disse também que ele está “satisfeito com a libertação pelo Irã de outros americanos”, mas não deu mais detalhes.

Leia: “Washington Post” recorrerá contra condenação de correspondente no Irã

Em um editorial, a publicação criticou as autoridades judiciais iranianas, que “violaram repetidamente as próprias leis do Irã, entre outras coisas, com a prisão do jornalista do Post durante meses – em regime de isolamento na maior parte do tempo – antes da apresentação de denúncias, o que não lhe permitiu praticamente nenhum contato antes do julgamento com a defesa”.

Rezaian estava detido desde julho de 2014 por uma denúncia de  “espionagem e propaganda contra o governo”. Apesar do acordo, até o momento, o Washinton Post não recebeu nenhuma confirmação da saída do jornalista do país.
A negociação ocorre às vésperas da entrada em vigor do pacto nuclear entre os países. Em julho do ano passado, depois de diversas propostas, o Irã aceitou um acordo para limitar sua atividade nuclear em troca da suspensão de sanções econômicas internacionais.

*Informações: Portal IMPRENSA

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Crianças exploradas na Índia criam jornal para expor realidade

Um grupo de crianças da capital indiana, Nova Déli, decidiu criar um jornal dedicado a meninos e meninas que vivem e trabalham nas ruas no país. Elas  foram resgatadas pela Organização Chetna, que atua na reabilitação de pessoas nessas condições. De acordo com a BBC, intitulada Balaknama (Voz das Crianças), a publicação de oito páginas se autointitula “o único jornal do mundo para e feito por crianças de rua que trabalham”. Segundo estimativas, mais de 10 milhões de crianças vivem nas ruas e são forçadas a trabalhar na Índia.

A editora do jornal, Chandi, 18, orgulha-se do aumento da circulação desde que assumiu o comando, há um ano. O número passou de 4 mil para 5,5 mil cópias. A jovem também faz parte da realidade que retrata. Além de ter trabalhado como artista de rua ao lado do pai, ela teve de atuar como catadora para ajudar em casa.

Um programa de extensão da Chetna a estimulou a entrar para a escola e ofereceu uma pequena remuneração para que ela não precisasse voltar a catar lixo nas ruas. A entidade também a treinou para ser repórter. “Eu estou muito orgulhosa de editar esse jornal porque ele é único na Índia. Crianças cuja infância foi roubada, que passaram fome, mendigaram, foram abusadas e forçadas a trabalhar escrevem sobre outras crianças que estão passando por situações semelhantes”, destacou.

Chandi lidera uma redação composta por 14 repórteres que cobrem Nova Déli e regiões vizinhas de Haryana, Uttar Pradesh e Madhya Pradesh. A jovem organiza duas reuniões editoriais por mês para que todos acompanhem o que é produzido. O jornal é vendido por duas rúpias (R$ 0,12) e é financiado e publicado pela Chetna. A publicação não recebe nenhuma ajuda do governo e tem dificuldades para encontrar anunciantes.

“Eu quero aumentar o alcance do jornal e fazê-lo dar lucro. Ele é a voz de todos nós que sobrevivemos às dificuldades nas ruas, nas casas de outras pessoas e em oficinas, e que agora podemos falar por vários outros que continuam a lutar. O silêncio deles deve ser ouvido”, defende Chandi.

Fonte: Portal IMPRENSA, BBC

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