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Manifestantes agridem jornalistas no Rio; Abraji repudia

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou nota de repúdio às agressões sofridas por jornalistas que cobriam os protestos dos servidores estaduais no Rio de Janeiro, na tarde desta quarta (16/11). Segundo informações do Extra, manifestantes atacaram com pontapés o jornalista Guilherme Ramalho, de O Globo, enquanto o profissional mexia no celular. Já Caco Barcellos, da TV Globo, foi impedido de cobrir o ato próximo à Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) e, ao sair do local, sofreu perseguição. O jornalista foi atingindo por um cone de trânsito.

Confira a nota da Abraji:

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, Abraji, repudia as agressões contra dois repórteres que cobriam o protesto de servidores públicos em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro na tarde desta quarta-feira (16.nov.2016).

O jornalista Guilherme Ramalho, de O Globo, foi atacado com pontapés quando manifestantes identificaram um adesivo do jornal em seu telefone celular. Ele conseguiu correr, mas foi atingido com socos e perdeu os óculos. Um pouco mais tarde, o repórter Caco Barcellos, da TV Globo, foi cercado e expulso do local. Os manifestantes atiraram-lhe água, garrafas de plástico e até cones de sinalização viária.

A Abraji repudia esses ataques e apela aos manifestantes que preservem o trabalho da imprensa. A livre informação é a principal arma de uma sociedade em luta democrática. A Abraji orienta os repórteres a registrarem as agressões junto à Polícia Civil, e pede que os agentes investiguem as ocorrências. Aos policiais militares, a Abraji pede que ajude os profissionais da imprensa a fazerem a cobertura dos protestos com segurança.

*Com informações do Portal IMPRENSA

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Movimentos sociais protestam em Salvador contra redução da maioridade penal

Um protesto organizado em Salvador pela Frente Nacional Contra a Redução da Maioridade Penal, em parceria com o Conselho Tutelar e outras instituições, marcou o dia 13 de julho, data em que o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) completou 25 anos. O grupo se concentrou no Largo do Campo Grande, depois seguiu até a Praça Municipal, expondo cartazes e faixas com a pauta das manifestações, que reivindica a ampla implementação do ECA no Brasil. Movimentos sociais e entidades ligadas à defesa dos direitos humanos fizeram uma série de atos em todo o país contra a redução da maioridade penal.

As manifestações questionam a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos em casos de crimes graves, aprovada em primeiro turno pela Câmara dos Deputados, em Brasília, em 2 de julho. No dia anterior, porém, a Casa havia rejeitado a proposta, que validava a redução para crimes como tráfico de drogas, roubo qualificado e lesão corporal grave. Para virar lei, o projeto ainda precisa ser analisado em 2º turno pela Câmara e em dois turnos pelo plenário do Senado. Em seguida, se aprovada, a proposta será promulgada pelo Legislativo.

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Faixa estendida em frente à Câmara Municipal de Salvador, na Praça Thomé de Souza – Foto: ABI

Para o jornalista Eduardo Machado, membro da ONG Cipó Comunicação Interativa e um dos organizadores do ato na capital baiana, o apoio dos grandes meios de comunicação é fundamental para que os críticos da defesa aos direitos humanos construam no imaginário coletivo a falsa ideia de que o ECA é ineficaz e seria uma lei “de proteção aos bandidos”. Ele ressalta que o estatuto cria condições jurídicas para a proteção integral das crianças e adolescentes, e responsabiliza o Estado e a sociedade por esses cuidados. “Menos de 1% dos crimes hediondos são cometidos por menores. Os 54 países que reduziram a maioridade penal fracassam na diminuição da violência. Estamos nas ruas para mostrar que a redução da maioridade atinge o nosso povo na jugular. Somos vigiados e punidos historicamente. Precisamos de medidas socioeducativas”.

O coordenador do Instituto Cultural Steve Biko, Michel Chagas, lembra que já em 2007 houve manobras para aprovar a redução, mas os movimentos foram às ruas e conseguiram barrar. “Agora, a proposta volta apoiada nessa conjuntura conservadora do Congresso Nacional. O problema não é criar uma nova legislação e aumentar nossa população carcerária, se nem mesmo as penas previstas no ECA são aplicadas. Colocar crianças e adolescentes na cadeia não vai solucionar o problema da violência”. Também participaram do ato o Coletivo de Entidades Negras, o Levante Popular da Juventude, o movimento Kizomba, Quilombo, estudantes e dirigentes de colégios de Salvador.

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Manifestação de professores em Curitiba tem confronto com a PM, bombas e agressão

Deu em O Globo – Em pouco mais de uma hora de confronto, 213 pessoas, segundo a prefeitura de Curitiba, ficaram feridas num protesto de professores em greve que terminou em confronto com a polícia, em frente à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Segundo o serviço médico municipal, oito manifestantes — três com traumatismo craniano — foram levados a hospitais em estado grave. O governo paranaense, porém, fez à noite outro balanço: 40 manifestantes e 22 policiais feridos. A PM informou que sete manifestantes foram presos.

A confusão começou no início da tarde desta quarta-feira, após um grupo de professores tentar invadir a Alep, no momento em que começaria a votação de uma lei que muda as regras da previdência social do funcionalismo público. A greve dos professores começou em fevereiro e durou até o fim de março. No sábado, a categoria retomou a paralisação. Assim que derrubaram as grades, os manifestantes foram contidos com tiros de bala de borracha e jatos d´água. Cerca de 20 mil pessoas participavam do ato, segundo os organizadores. A polícia não contabilizou. Nos arredores do Centro Cívico, onde aconteceu o confronto, uma creche foi fechada, e as crianças, dispensadas.

Em meio ao avanço da polícia, os manifestantes reagiam jogando pedras e pedaços de pau. Equipados com capacetes, cassetetes e escudos, os soldados também avançaram sobre os jornalistas. Um cachorro pitbull da Polícia Militar mordeu um repórter cinematográfico da TV Bandeirantes. Ele foi levado em estado grave para uma ambulância do Samu e passaria ainda ontem por uma cirurgia. Uma equipe de TV foi afastada da área do conflito com jatos de água. Os profissionais foram derrubados no chão com o impacto. Um jornalista da CATVE foi ferido por uma bala de borracha no rosto, segundo testemunhas. Imagens gravadas no local mostram policiais chutando manifestantes que já estavam rendidos, sentados no chão.

A tentativa dos professores de impedir a votação da lei foi inócua. O projeto foi aprovado no início da noite, em segundo turno, com 30 votos favoráveis e 21 contrários. Os parlamentares chegaram a fechar a sessão por causa da confusão, mas abriram uma extraordinária e aprovaram as mudanças da regra previdenciária. O projeto vai para a sanção do governador Beto Richa (PSDB). Em meio a uma crise financeira, o governador enviou à Alep proposta que muda as regras de pagamentos do fundo de previdências estadual, a Paraná Previdência. O projeto propõe que 33 mil beneficiários com 73 anos ou mais sejam transferidos do Fundo Financeiro, mantido pelo Tesouro estadual, para o Fundo Previdenciário, bancado por contribuições dos servidores e do poder público. Assim, o governo deixa de pagar sozinho essas aposentadorias e divide a conta com os servidores.

Os servidores são contra a medida. Alegam que a mudança comprometeria a saúde financeira da Paraná Previdência. O governo nega e argumenta que o estado continuará arcando, mensalmente, com R$ 380 milhões para os benefícios de servidores civis e militares. Em razão da proposta, os professores, uma das categorias atingidas pela mudança, iniciaram nova greve. A Justiça determinou o retorno às atividades, mas os profissionais alegam que não foram notificados. Assim que a presidência da Alep anunciou que votaria a proposta esta semana, os servidores convocaram manifestação. O prédio da Assembleia estava cercado desde sábado por 2 mil policiais. Antes mesmo do protesto pela mudança na previdência, os professores já reivindicavam um aumento de 13,01%, conforme o piso nacional.

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Um ano após morte de cinegrafista da Band, esposa e filha cobram justiça

DEU NO PORTAL IMPRENSA – Um ano após a morte do cinegrafista Santiago Andrade, da Band, completado na última segunda-feira (9/2), a esposa e a filha pedem que a justiça seja feita para honrar a memória do profissional. Enquanto isso, a defesa dos acusados tenta acelerar o julgamento de pedidos de liberdade provisória. De acordo com o G1, Arlita Andrade, esposa do repórter cinematográfico, relatou que, dias antes de ele ser atingido pelo rojão, ambos conversaram sobre doação de órgãos. “Eu comentei que doaria meus órgãos em caso de morrer. Ele riu e falou: ‘Quem sabe eu vou embora antes de você?'”, relembrou. Os órgãos de Santiago salvaram cinco vidas. Arlita diz que continua em contato com ele. “Eu falo como foi meu dia, conto como está a vida. E ele sempre responde. Tenho essa comunicação com ele. E sei que ele está lá de cima, filmando a gente”, declarou.

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Vanessa Andrade, a filha de Santiago, afirma que nunca trata o pai no passado. “Ele está sempre presente comigo, acordo pensando nele e converso sempre com ele”, relata. Também jornalista, ela cobra a punição dos envolvidos: Caio Silva de Souza e Fábio Raposo. “Os dois são assassinos e têm que responder por isso. Que pessoas são essas que dizem que defendem os meus direitos mas escondem o rosto?”, questionou durante a reinauguração da creche Cruzada pela Infância do Leme, na zona sul do Rio de Janeiro (RJ).

Na cidade, uma rua em Itaipuaçu, na Região dos Lagos, e uma Nave do Conhecimento da prefeitura em Triagem, zona norte, foram batizadas com o nome do cinegrafista. Caio e Fábio estão detidos desde fevereiro de 2014 no Complexo de Gericinó, zona oeste do RJ. Uma decisão de setembro da 3ª Câmara Criminal determinou que ambos irão a júri popular, em data ainda não definida.

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