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Câmara homenageia fotojornalista Anízio Carvalho

Uma sessão especial realizada na Câmara Municipal de Salvador homenageou, na manhã desta sexta (18), o repórter fotográfico Anízio de Carvalho. A honraria sugerida por jornalistas, ex-colegas de Anízio, destacou sua contribuição para o fotojornalismo baiano e representa o reconhecimento da importância do seu acervo para a história do estado e do país.

Durante a solenidade, o homenageado, que é natural do município de Conceição da Feira, recebeu o Título de Cidadão de Salvador. A sessão presidida e requerida pela vereadora Aladilce Souza contou com a presença da família do fotojornalista, além de significativa representação dos profissionais da imprensa.

Aos 85 anos de idade, sendo 60 em atividade, o fotógrafo baiano possui um acervo que reúne mais de seis mil negativos, com imagens que eternizam acontecimentos ao longo de seis décadas de história da Bahia e do Brasil, com destaque para as coberturas do período da ditadura militar e campanhas políticas. É de sua autoria uma das fotografias mais inusitadas da visita da rainha Elizabeth II, ao Brasil. Foi o primeiro baiano a receber, em vida, uma exposição de seus trabalhos como homenagem por sua importância na documentação dos costumes da cultura afrodescendente, proferida pelo Museu Afro em São Paulo.

A homenagem desta sexta serviu também para alertar sobre o mau estado de conservação do valioso acervo. A partir da sessão, será feita uma indicação para a retomada da proposta que cria o Museu Anízio de Carvalho.

A sessão foi abrilhantada por um Anízio emocionado e orgulhoso de sua trajetória. A outorga da honraria foi feita pela vereadora e pela esposa de Anízio, Terezinha Carvalho. “Esta homenagem veio selar a minha história, marcada pela vontade de vencer. Eu me sinto orgulhoso e isso também envaidece a minha família. Saí de Conceição da Feira aos 14 anos e hoje estar sendo homenageado nesta Casa, para mim, significa que eu venci”, enfatizou o fotógrafo, exibindo no pescoço a sua primeira companheira de trabalho, a conhecida Rolleiflex que ganhou na década de 40.

“Meu pai não é só. Ele é feito das personagens que ele fotografou durante a vida. Do simples mendigo ao general, da rainha Elizabeth à Mulher de Roxo”, destacou o filho de Anízio, Juarez Carvalho.

Já a jornalista Jaciara Santos, que falou em nome dos amigos do fotógrafo, exaltou características marcantes de sua personalidade. “Um texto, por mais bem escrito que seja, jamais será realista se não estiver associado a uma imagem. Anízio teve uma carreira brilhante, mas nunca conheci uma pessoa com a humildade dele”, reconheceu.

homenagem anízio carvalho Reconhecimento – Para o presidente da Associação Bahiana de Imprensa, Walter Pinheiro, Anízio é um ícone do fotojornalismo. “Poucas vezes, este salão abrigou uma homenagem tão merecida. Ele teve a oportunidade de testemunhar fatos que entraram para a história e foram registrados por suas lentes. Foi um dos poucos que tiveram a sabedoria de guardar os negativos, que são verdadeiras relíquias para a memória do estado”, reforça o dirigente, que esteve acompanhado por outros diretores da entidade, como Luís Guilherme Pontes Tavares, Agostinho Muniz, Sérgio Mattos e Nelson de Carvalho. Além do presidente da ABI, compuseram a mesa de trabalho o presidente da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Brasil (Arfoc), Luiz Hermano Abbehusen; a presidente do Sindicato de Jornalistas da Bahia (Sinjorba), Marjorie Moura; o presidente da Arfoc-Bahia, Roque Leônidas; o filho de Anízio, Juarez Carvalho, a jornalista Jaciara Santos e o jornalista e ex-deputado federal, Emiliano José.

Filha de um fotógrafo, Aladilce Souza levou ao Plenário Cosme de Farias a máquina que seu pai usou para ensiná-la a fotografar. Aladilce, que é enfermeira, acompanhava o trabalho do pai e contou que recorda todo o antigo processo de nascimento de uma fotografia. “[A homenagem] Não é uma iniciativa minha, mas de todos os colegas dele. A fotografia é muito mais do que usar uma câmera. Agora que tomamos conhecimento da importância deste acervo, vamos nos esforçar para dar um destino e preservar esse material”. A vereadora estendeu a homenagem a todos os repórteres fotográficos de Salvador, com menção especial aos servidores da Secom, Reginaldo Ipê, Valdemiro Lopes e Antônio Queirós.

Decano – Anízio de Carvalho nasceu em 23 de fevereiro de 1930. Chegou a Salvador ainda criança, na década de 40, para trabalhar na casa da família Rosenberg, composta de empresários na área de fotografia e filmagem – Leão e Isaac. Eram deles os melhores estúdios, os melhores laboratórios e os melhores equipamentos de fotografia, revelação e filmagem da Bahia. E foi aí que Anísio Carvalho, então laboratorista, ganhou sua primeira câmera e aprendeu a fotografar. Em 1957, foi contratado pelo dono do Jornal da Bahia, João Falcão, para integrar a equipe do periódico, assumindo a chefia do departamento fotográfico. Com isso, o JB passou a ser o primeiro jornal em Salvador a ter uma Rolleiflex. Lá, Anízio Carvalho ganhou reconhecimento internacional.

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ABI BAHIANA Notícias

Desfile do “2 de julho” faz homenagem especial a Consuelo Pondé de Sena

Por Luana Velloso*

O desfile do 2 de Julho deste ano fará uma homenagem especial a Consuelo Pondé de Sena, ex-diretora da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e ex-presidente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), que faleceu em maio. Galhardetes estamparão uma foto da historiadora, com a inscrição Guerreira na Preservação da História da Bahia. Às 16h, o cortejo fará uma parada em frente ao Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), instituição que Consuelo dirigiu por quase 20 anos.

O Presidente do IGHB, Eduardo Morais de Castro, disse que essa é uma das muitas homenagens que Consuelo tem recebido e de forma merecida. “Este ano a festa homenageia as guerreiras da independência e Consuelo foi uma guerreira da cultura. Ela brigava para preservar a cultura da Bahia, pela festa do 2 de julho e pelo Instituto Geográfico”, completou.

Consuelo Pondé foi uma grande incentivadora e responsável por manter a tradição dos desfiles da independência da Bahia.  Em uma entrevista para o A Tarde Educação, Consuelo falou sobre a tradição e da atuação do IGHBA para a preservação do 2 de julho: “A festa tem perdido muito prestígio. Lá na Lapinha continua o mesmo entusiasmo, mas a segunda etapa da tarde caiu muito. No Campo Grande é melhor, pois tem música. Mas o 2 de Julho ainda não se transformou em um carnaval, graças a Deus. De qualquer maneira, essa casa tem sido a guardiã de tradições que a gente não pode deixar morrer. Todo povo tem que ter a sua história e manter a sua tradição”.

Na mesma oportunidade ela falou sobre o desejo de implantar um memorial sobre o 2 de Julho. “Queria que houvesse um memorial que ficasse aberto à visitação pública. Poderíamos fazer uma réplica das estátuas dos caboclos para que desfilassem, e as estátuas antigas ficariam guardadas”.

Guerreiras da independência

Este ano, o tema do Desfile do 2 de Julho será Guerreiras da Independência, lembrando as mulheres que participaram da luta pela independência da Bahia e do Brasil, representadas por Maria Quitéria, Joana Angélica e Maria Felipa. O evento, promovido pela Fundação Gregório de Matos (FGM), contará com decoração especial assinada pelo artista plástico Euro Pires em todo o percurso e programação cultural. Uma mulher também será responsável por acender a pira que vai abrigar o Fogo Simbólico da Independência, instalada no Campo Grande. A função ficará a cargo da maratonista Marily dos Santos, que é alagoana radicada na Bahia e foi representante do Brasil nos Jogos Olímpicos de 2008.

Leia também: 

“Pranto da Madrugada”: o último artigo da professora Consuelo Pondé de Sena

Nota de pesar pelo falecimento da professora Consuelo Pondé de Sena

Consuelo, Nosso Sol

 

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Aos 466 anos, Salvador ameaçada de ser ‘dividida ao meio’ pelo metrô, diz especialista

A questão urbana de Salvador é hoje um ponto dramático, abrangendo e integrando um imenso conjunto de problemas sociais e econômicos em sua expressão espacial e com forte impacto ambiental. Às vésperas de comemorar 466 anos de fundação, celebrados em 29 de março, a capital se depara com mais um entrave que envolve a mobilidade urbana, apontada por especialistas como um dos problemas que mais afligem os soteropolitanos. O secretário municipal de Urbanismo, Silvio Pinheiro, acaba de conceder a Licença Ambiental Unificada para dar início às obras do metrô de Salvador. Publicada no Diário Oficial do Município (DOM), a portaria para a Companhia de Trens da Bahia (CTB), terá validade de três anos e concede a licença para obras para a linha 2 do metrô na Avenida Paralela, que chegará até o município de Lauro de Freitas. A notícia divide opiniões entre estudiosos da área, que avaliam as consequências da implantação e se mostram preocupados em garantir que o canteiro da Avenida Paralela não sofra uma intervenção como a ocorrida no canteiro central da Avenida Bonocô, cuja construção suspensa é considerada um “trambolho” por arquitetos e urbanistas.

“Entre o Acesso Norte e a Rodoviária o metrô correrá ao nível do solo e em um elevado de 200m. A partir dali, seguirá pelo canteiro central da Paralela até o Aeroporto e Lauro de Freitas. Como a Paralela tem muito pouca ocupação, ele vai funcionar mais como um trem suburbano que metrô e criará uma barreira intransponível ao nível do solo de 19,5 km separando a cidade rica da orla do Atlântico da cidade pobre do Miolo (…) Nem Soweto em Johannesburg foi tão segregada durante o apartheid”, explica o arquiteto e professor universitário Paulo Ormindo de Azevedo, no artigo “Dividindo Salvador ao meio”, publicado no último dia 15 pelo Jornal A Tarde. No texto, além de alertar para o risco de se dividir ao meio a cidade, ele lança questionamentos de ordem socioeconômica.  “Será que o único critério para concessão de obras públicas é o de menor preço e facilidade para a empreiteira, que depois é superfaturado com aditivos e a obra abandonada na metade, como ocorreu na linha 1? Será que a destruição de uma avenida e a divisão de uma cidade ao meio com muros e alambrados não tem um passivo socioeconômico muito maior que um trem suburbano deficitário?”

Leia também: Salvador, 465 anos, ó quão dessemelhante!

metrô nos trilhos-A Tarde
Metrô de Salvador, cuja Linha 1 levou 15 anos para ser entregue à população, é apelidado de ‘calça-curta’ – Foto: A Tarde

“Com a transferência do metrô em 2013 para o Estado, ocorreu uma mudança radical. O metrô não vai mais passar na área de maior concentração de serviços, população e transito de carros. Com isto vão continuar os engarrafamentos”, afirma Paulo Ormindo, crítico frequente do projeto atual. No entanto, o especialista defende que há outra solução. “Ao longo da Paralela, o metrô poderia correr num “falso túnel”. “Esta solução consiste em bater estacas nos dois lados da via, fundir uma laje a 50 cm abaixo do solo atual, refazer o gramado e escavar o túnel. Solução barata, pois não necessita de desapropriações, tatuzão para furar rochas, nem estancar lençol freático. Não perderíamos o parque longitudinal e os retornos e evitaríamos a poluição sonora e visual do projeto atual”. Segundo ele, o Ministério Público Federal pode dar outro rumo a este projeto, pois o processo sobre indícios de fraude na licitação original de 1999 não foi parado. Na composição acionaria do grupo vencedor da atual licitação estão empreiteiras do imbróglio Consorcio Metrosal, envolvidas também no processo Lava Jato. “Pau que nasce torto morre torto, diz o provérbio”.

Favorável à construção do metrô, A. Luís, pesquisador em transporte metroviário e representante do movimento “Salvador sobre Trilhos”, cujo mote é “Mobilidade urbana sustentável já!”, discorda de Paulo Ormindo. Para ele, a obra é ambientalmente e socioeconomicamente viável. “Participei de inúmeras audiências públicas, debates e reuniões. Trata-se de um sistema de baixíssimo impacto ambiental que utiliza energia limpa e a sua implantação no corredor da Av.Paralela, o seu maior trecho, terá a implantação dos trilhos em solo natural, sem a necessidade de pavimentação asfáltica ou de concreto. A separação do corredor será feita através de cerca viva, que não causará danos ambientais, como a impermeabilização do solo e a elevação da temperatura ambiente no corredor. Economicamente é viável porque a Av. Paralela é um dos maiores polos geradores de viagens e tráfego de Salvador, além da ligação Metropolitana SSA/Lauro de Freitas, lembrando que, por ser uma PPP [Parceria Público-Privada], nenhuma empresa se arriscaria em um projeto de tamanha magnitude que não tivesse viabilidade econômica”, defende.

metrô inacabado“É preciso ter fé para salvar a Paralela”, destaca o jornalista Luís Augusto Gomes, no blog Por Escrito. “Nesse caso, deveriam todos os soteropolitanos, mesmo os que não professam religião, unirem-se em oração para que os corações dos dois mandatários sejam iluminados e eles não perpetrem esse atentado contra a cidade. Desde que o assunto entrou na pauta, há alguns anos, chamamos a atenção para aspectos negativos de uma obra dessa envergadura, especialmente o custo e a dificuldade de execução na maior avenida da capital, tendo como parâmetro o metrô calça-curta do Bonocô, de 15 anos e cinco quilômetros. Mas destacamos também a questão estética e ambiental, apontando o crime social que seria acabar o canteiro central da Paralela, com seus gramados, jardins, árvores e lagoas, sem falar nas formações rochosas de grande beleza”, afirma o jornalista, que em 2013 chegou a compor um poema sobre o assunto, intitulado “Elegia para a Avenida Paralela”:

Adeus, língua esplêndida sobre a mata

que deste a Salvador um norte. 

Tua descendência é forte,

e por onde através de ti se ande

vê-se que a cidade expande 

É gostoso ainda percorrer

quilômetros de gramados, pedras e lagoas

e ver pessoas

no sobrevoo das passarelas. 

Dentro em breve virão as máquinas e a destruição,

e desabará tua majestade de suprema via urbana. 

Não mais terás árvores que aceitem passarinhos

e os caminhos

desaparecerão. 

Morte

até para a pista de esporte. 

A paisagem de teu imenso canteiro,

se não houver atraso e corrupção,

dará lugar ao espanto do metrô,

arrebentando tudo, pisando as flores.

 

*Informações do blog ‘Por Escrito’.

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ABI BAHIANA Notícias

ABI exibe documentário e debate racismo no Carnaval de Salvador

“Negro é a raiz da liberdade”. Os versos da canção “Sorriso Negro”, interpretada pela primeira-dama do samba, Dona Ivone Lara, ecoaram na sala de exibição cinematográfica da Associação de Imprensa (ABI), na manhã desta quinta-feira (26). A entidade recebeu jornalistas, pesquisadores, historiadores e artistas, para a apresentação do documentário “Racismo no Carnaval de Salvador”, dirigido pelo professor Nelson da Mata, com o apoio do Centro de Estudos dos Povos Afro-Índio Americanos (CEPAIA) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Depois da projeção, os convidados debateram o tema, trazendo à mesa antigas críticas ao sistema de organização dos festejos momescos da capital baiana, em busca de novos caminhos que garantam a dignidade e os direitos do povo negro, responsável pela maioria dos espetáculos do Carnaval.

O filme traz depoimentos de acadêmicos, pesquisadores, além de personagens importantes para o cenário cultural e político da Bahia, dentre os quais estão o cantor e compositor Walter Queiroz; o cantor Raimundo Nonato da Cruz, mais conhecido como Chocolate da Bahia; o fundador do bloco afro mais antigo do Brasil, Vovô do Ilê Aiyê; o ex-secretário municipal de Reparação, Ailton Ferreira; e o cantor Márcio Victor, vítima do episódio de racismo que inspirou a pesquisa do professor Nelson da Mata, em 2011.

Segundo o professor Nelson Costa da Mata, o projeto sobre racismo no Carnaval foi iniciado no final daquele ano, no Centro de Estudos dos Povos Afro-índio Americanos (CEPAIA), unidade da UNEB. Já o documentário apresentado na ABI foi concluído em 2014, como um dos produtos da pesquisa que o professor desenvolve há mais de três anos. Ele adiantou que será produzido um segundo documentário, dessa vez com depoimentos de foliões. Na obra, o carnaval é abordado como mais uma expressão da hierarquia de classes pela antropóloga Goli Guerreiro. Já o ex-secretário Ailton Ferreira afirma que “o racismo está presente no Carnaval porque o racismo está presente na sociedade baiana”.

Os debatedores abordaram as diferenças entre os circuitos, os horários disponibilizados aos blocos afros, a distribuição do espaço, a violência policial, entre outros problemas. Em todas as falas, denúncias de que aqueles que desfilam esquecidos no circuito Batatinha, no centro histórico, aguardam há anos oportunidades de atravessar a passarela em horário nobre no Campo Grande – que, junto com a Barra, forma os dois grandes circuitos da festa, com farta cobertura da mídia e camarotes. Ao contrário dos trios e camarotes milionários, que atraem robustas verbas da iniciativa privada, os blocos afros vivem com verba mínima e orçamentos apertados. “Estou envolvido com esse assunto há pelo menos 30 anos porque acredito ser possível termos um Carnaval fraterno e democrático. Com que direito o espaço público é reservado a uma parcela privilegiada da população? Proponho que baixemos as cordas judicialmente e quero contar com o apoio da ABI”, conclamou o Walter Queiroz.

O vice-presidente da ABI, Ernesto Marques, esteve acompanhado dos diretores da entidade, Valter Lessa, Agostinho Muniz e Luís Guilherme Pontes Tavares. “Eu acho um absurdo que os camarotes ainda sejam montados na área pública e ninguém tome providências. Precisamos dialogar com as autoridades competentes e pensar novos formatos para o Carnaval”, afirma Marques, que, em atenção à proposta do cantor Walter Queiroz, vai incluir o assunto na pauta da reunião mensal da entidade.

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