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Imprensa escrita é a terceira instituição mais acreditada pelos brasileiros, diz pesquisa da FGV

A imprensa escrita é a terceira instituição mais acreditada pelos brasileiros, de acordo com o Índice de Percepção do Cumprimento da Lei (IPCLBrasil), levantamento estatístico realizado pela Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que avalia o respeito a leis e instituições. A mídia impressa alcançou 45% no índice de confiança entre os brasileiros. O índice só fica atrás das Forças Armadas (68%) e da Igreja Católica (57%), e empata com o Ministério Público (MP) (45%). As emissoras de TV estão em sexto lugar no ranking com índice de 34%. Em seguida, aparecem: em quinto lugar, grandes empresas (37%); em sétimo, a polícia (33%); em oitavo, o Poder Judiciário (25%); em nono lugar, o Governo Federal (19%); em décimo lugar, o Congresso Nacional (15%) e em último lugar, com apenas 5% de nível de confiança da população, os partidos políticos (5%).

O objetivo da pesquisa é medir, de forma sistemática, a percepção dos brasileiros em relação ao respeito dos cidadãos às leis e às ordens de algumas autoridades, visando retratar a relação do indivíduo com o Estado de Direito. Um dado interessante é que no que diz respeito à idade, quanto mais velhos são os entrevistados, maior é o índice de percepção do cumprimento da lei. Os entrevistados com mais de 60 anos apresentaram o maior índice de respeito às leis do que os jovens, com idade entre 18 e 34 anos.

O levantamento foi realizado no primeiro trimestre de 2015 e ouviu 1.650 pessoas dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco, Amazonas e Distrito Federal.  O índice de confiança da pesquisa é de 95%.

Circulação de jornais cresceu

Um estudo divulgado pelo Instituto Verificador de Comunicação (IVC) apontou que os cinco maiores jornais em circulação no país tiveram crescimento no primeiro quadrimestre de 2015, em comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com a pesquisa, a migração dos veículos para o meio digital tem forte influência na queda da comercialização do jornal impresso, que segue ainda como fonte essencial de informação e são a base dos posts nas redes sociais. Isso mostra que a credibilidade dos jornais ultrapassa o papel e se estende a outras plataformas, como a web, os tablets e os smartphones.

Leia mais – Cresce a circulação dos cinco maiores jornais brasileiros

*Luana Velloso/ABI com informações do IPCLBrasil, Folha de S. Paulo e Revista B+.

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Jornalistas e estudantes protestam por liberdade de expressão na Venezuela

Jornalistas e estudantes de comunicação protestaram em Caracas, para exigir do governo do presidente Nicolás Maduro respeito à liberdade de expressão na Venezuela nesta sexta-feira (26). Segundo a Agence France-Presse (AFP), na véspera do dia do jornalista venezuelano, centenas de profissionais percorreram cerca de dois quilômetros em direção à Praça Brión, no leste de Caracas. A caminhada foi feita sob a vigilância da polícia. “Liberdade de expressão” foi a palavra de ordem ao longo do trajeto da passeata, que denunciou o governo Maduro por censurar e atropelar a imprensa. Este é “um protesto para exigir do Estado, das autoridades, o respeito à informação oportuna e verídica, o acesso às fontes oficiais e o respeito ao exercício do jornalismo nas ruas, sem agressões e atropelos”, disse à AFP Tinedo Guía, presidente do Colégio Nacional de Jornalistas (CNP).

Jornalistas e estudantes de comunicação participam de protesto pela liberdade de expressão Foto: AFP Photo/Federico Parra
Manifestantes participam de protesto pela liberdade de expressão
Foto: AFP Photo/Federico Parra

São constantes as violações à liberdade de expressão na Venezuela. Muitos jornalistas são agredidos com objetivo de impedir que o trabalho jornalístico seja realizado. Além disso, há limitações no acesso a informações de mídias sociais, fechamento de jornais, retirada do ar de canais de televisão sem o devido trâmite legal, demissões ou censura de articulistas e cartunistas. A crítica à imprensa é frequente e são constantes as ameaças dos governantes contra jornalistas e meios de comunicação.

Segundo um relatório divulgado nesta pela ONG Espacio Público, o ano de 2014 foi o pior dos últimos 20 anos para a liberdade de expressão na Venezuela, com quase 580 violações. O documento explica que entre janeiro e dezembro foram documentadas 350 denúncias/casos. Este número representa o mais alto já registrado na Venezuela nos últimos 20 anos. A Venezuela viveu um 2014 caracterizado pelo conflito social, resultado das manifestações estudantis que exigiam soluções para os problemas de violência, insegurança e impunidade.

Entidades como a Human Rights Watch (HRW), Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) denunciaram a permanente hostilidade do governo contra os profissionais de imprensa.

*Luana Velloso/ABI com informações da Agence France-Presse, Gazeta do Povo e G1.

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Lei de comunicação do Equador já puniu 198 órgãos de imprensa

Há dois anos o Equador decretou a Lei de Comunicação, que permite ao Governo determinar quais e como as informações devem aparecer nos meios de comunicação ou puni-los por supostas violações da liberdade de expressão. Nesse período, a Superintendência da Comunicação, o órgão de controle, já puniu 198 órgãos de imprensa. Foram abertos 506 processos e criadas 313 resoluções, das quais 185 foram sanções econômicas, com as quais o Estado recolheu 201.596 dólares. A lei foi assinada pelo presidente Rafael Correa e está em vigência desde 25 de junho de 2013.

“De 1.144 meios registrados na Superintendência de Comunicação, 198 foram sancionados, a grande maioria de propriedade privada”, afirmou o titular do órgão, Carlos Ochoa. As sanções se concentram principalmente em processos administrativos, mas não preveem o fechamento de jornais, rádios, revistas, sites e redes de TV. Uma das acusações mais recorrentes para as punições é a alegada violação em conteúdos veiculados. Segundo o jornal O Globo, em comunicado, a superintendência informou que “as infrações mais recorrentes são a identificação dos conteúdos, a não entrega de cópias dos programas, frequência e duração de espaços publicitários, direito a réplica e retificação”.

O valor arrecadado em multas até o momento chega a 201.596 dólares, dinheiro que foi para os cofres do Estado e essa arrecadação poderá aumentar, já que no primeiro quadrimestre de 2015 foi criada a figura da reincidência, que multiplica exponencialmente as multas aos meios que incorram na mesma falta num período de seis meses. Por isso, o jornal El Universo, o periódico de maior circulação do país, com 50 mil exemplares por dia, foi condenado a pagar mais de 300.000 dólares ao não publicar em duas ocasiões o texto na íntegra de uma retificação enviada pela Secretaria de Comunicação. O jornal alegou que só havia trocado os títulos por outros que deixavam claro que os textos abaixo deles eram retificações. Desde março, El Universo e La Hora se declararam “em resistência”. Ambos são considerados de oposição do governo. A Constituição do Equador permite a “resistência” diante de ações ou omissões do Estado.

Manifestação pela liberdade de expressão em Quito em 2011 Foto: Rodrigo Buendia/AFP
Manifestação pela liberdade de expressão em Quito em 2011
Foto: Rodrigo Buendia/AFP

Vários defensores da liberdade de imprensa qualificam a situação como abusiva e autoritária, um deles é Diego Cornejo, da Associação Equatoriana de Editores de Jornais (Aedep). “Já faziam isso na televisão e nas rádios. Agora descobriram que podem impor conteúdos aos jornais”. Mauricio Alarcón, da Fundação Andina para a Observação e o Estudo da Mídia (Fundamedios), considera que está havendo abuso do direito a retificação e resposta para impor conteúdos e que os meios se submetem para evitar um processo. “Ao receber os textos da Secom, os jornais os publicam na íntegra, já diagramados e com títulos, e com epítetos e desqualificações contra o próprio veículo” e quem não faz é punido.

Carlos Ochoa, Superintendente de Comunicação, sinalizou que o órgão impulsiona reformas à lei de Comunicação, como incluir a figura de mediação para que os envolvidos em um caso possam chegar a um acordo e evitem as sanções; estabelecer multas progressivas e não apenas o valor máximo; e medidas alternativas como programas educativos antes de castigos econômicos. A Lei da Comunicação, questionada por organizações internacionais e locais de liberdade de imprensa, surgiu de uma consulta popular e é defendida por Rafael Correa como um freio nos abusos dos meios privados. A legislação aumentou os controles sobre a imprensa e fixou uma nova distribuição de frequências de rádio e televisão entre setores privados, públicos e comunitários.

*Luana Velloso/ABI com informações do Jornal O Globo e EL Pais.

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Segundo jornalista indiano é queimado vivo em menos de 15 dias

Foi encontrado carbonizado o corpo de mais um jornalista indiano.  Sandeep Kothari, de 40 anos, foi sequestrado em sua residência localizada em Balaghat, no estado de Madhya Pradesh, na última sexta-feira (19). Ele e um amigo, também repórter, foram espancados pelos sequestradores. O corpo do jornalista foi encontrado no dia seguinte, apresentando queimaduras e sinais de espancamento, perto de trilhos de trem em Maharashtra. Este é o segundo profissional de comunicação assassinado nessas circunstâncias no país em menos de quinze dias. Três homens suspeitos do sequestro seguido e morte de Sandeep Kothari foram presos por policiais da região central da Índia nesta segunda-feira (22).

Segundo matéria da ABI Nacional , a imprensa local denuncia que o repórter pode ter sido agredido em razão das matérias que escreveu sobre a mineração ilegal de areia na região. Os jornalistas afirmam ainda que a categoria está sendo vítima de perseguição e intimidação por parte de policiais, políticos e empresários indianos. A família de Kothari também acredita que o crime esteja relacionado às reportagens sobre mineração de areia ilegal e a um processo judicial movido contra o jornalista por proprietários de empresas de mineração. Kothari trabalhava como freelancer para vários jornais de língua hindi, como o “Nayi Duniya”. “Estamos apurando o crime de todos os ângulos, mas ainda é prematuro concluir o motivo do sequestro e do assassinato”, disse o oficial de polícia local J. Markam à Press Trust of India, maior agência de notícias do país.

Sumit Galhotra, responsável pela seção da Ásia do Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ), repudiou a morte do jornalista e cobrou providências das autoridades. “O terrível assassinato de outro jornalista em menos de duas semanas é alarmante e é sintomático da cultura arraigada da Índia de impunidade. Instamos as autoridades indianas para lançar uma investigação independente sobre a morte de Sandeep Kothari, identificar o motivo e levar os responsáveis à justiça”.

De acordo com a ONG Repórteres Sem Fronteiras-RSF, a Índia ocupa a 136ª posição no ranking de 180 países no relatório “Índice de Liberdade de Imprensa Mundial”.

Leia mais – Jornalista indiano é queimado vivo por críticas a ministro no Facebook

Recorrente

Em 8 de junho, o jornalista indiano Jagendra Singh morreu após ter sido queimado vivo na cidade de Shahjahnpur, na Índia, por causa de uma postagem no Facebook que denunciava o ministro Ram Murti Verma, do Partido Samajwadi. A família revelou que a polícia ateou fogo nele. No último dia 11, o ministro indiano Ram Murti Verma foi preso acusado de ser o mandante do assassinato. A Anistia Internacional (AI) solicitou apuração rigorosa deste assassinato ressaltando tratar-se de “um ataque horrível que revela os perigos que os jornalistas enfrentam na Índia”.

*Luana Velloso/ABI com informações do PORTAL IMPRENSA e ABI Nacional.

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