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Fenaj reúne orientações sobre a cobertura do surto de coronavírus

Em diversas localidades do país, os sindicatos de jornalistas estão notificando empresas de comunicação e reunindo informações com orientações específicas para os trabalhadores da categoria, com base em divulgações especializadas e oficiais sobre a pandemia de coronavírus (COVID-19) desde a confirmação do primeiro caso da doença no Brasil. A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) reuniu uma série de procedimentos e os dados de direcionamento aos sindicatos nos estados, para consulta dos profissionais jornalistas e de outras entidades sindicais, para que possam também utilizar dessas informações e ampliar a visibilização.

Na Bahia, o Sinjorba preparou três documentos com procedimentos e orientações que devem ser adotados pelos profissionais e pelas empresas para evitar a exposição à doença: aos jornalistas, às empresas de comunicação e às assessorias de imprensa (acesse aqui os conteúdos).

Leia também: Profissionais adotam home office para combater o coronavírus

A atuação das entidades sindicais se dá em três frentes: 1) envio de ofício às empresas jornalísticas e que contratam profissionais jornalistas para readequar as condições de trabalho à nova realidade de risco de propagação do vírus; 2) informações direcionadas aos profissionais jornalistas, para que reconheçam potenciais situações de risco, tomem medidas individuais, quando cabível, e, ainda, denunciem aos sindicatos situações de descumprimento de recomendações por parte das empresas; e 3) situação de atendimento nas entidades sindicais, considerando que alguns Estados e Municípios estão sob decreto de situação de emergência.

Demissão – Em meio a orientações oficiais dos órgãos de saúde, a revista Istoé demitiu o editor de cultura Luís Antônio Giron, que estava trabalhando de casa devido a quadro de infecção das vias respiratórias atestado por médico. Giron teria se afastado da redação duas semanas depois de voltar de Dubai, onde esteve a trabalho. À redação do SJSP, o jornalista afirmou que teve medo de “contagiar as pessoas no ambiente fechado da redação”. Comunicado da necessidade de home office, o diretor de redação da Istoé, Germano Oliveira, teria enviado a seguinte mensagem a Giron: “Gripe nunca foi ameaça a ninguém. Eu mesmo trabalhei gripado a semana passada inteira.” Na troca de mensagens, Germano teria acrescentado: “Não terá home office, e vamos resolver logo a sua situação. Boce [Você] está fora certo?”. Sem vínculo reconhecido, o agora ex-editor de cultura da revista também deve entrar com processo judicial contra a Editora Três. A informação foi publicada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (SJSP).

 

As recomendações reunidas pela Fenaj incluem:
  • O afastamento imediato de jornalistas que apresentem sintomas respiratórios compatíveis com a doença, tenha chegado de viagem ao exterior ou tenha tido contato próximo e recente com pessoa testada como positiva para o Covid-19 e para que providencie acesso ao teste;
  • Implantação imediata de teletrabalho (home office) para profissionais com 60 anos ou mais, gestantes, jornalistas com doenças crônicas e deficiência imunológica, jornalistas que não tenham com quem deixar os filhos menores ou que vivam com pessoas da família na mesma residência em situação de vulnerabilidade à doença;
  • Readequação do trabalho jornalístico, com a realização de teletrabalho no maior número de atividades e funções possíveis;
  • Que as viagens e entrevistas presenciais sejam realizadas somente se estritamente necessárias ou essenciais;
  • Extensão dos procedimentos e garantias a trabalhadores que atuem como terceirizados ou pessoa jurídica;
  • A maioria das funções sejam exercidas de maneira remota, com subsídio de equipamentos e custeamento de internet e energia elétrica pelas empresas;
  • Para quem permanecer nas redações, que seja disponibilizado álcool gel, considerando, ainda, rodízio de jornada e redução na quantidade de trabalhadores em 50%;
  • Restrição de circulação nas ilhas de edição em até duas pessoas;
  • Liberação do ponto eletrônico;
  • Não-compartilhamento de equipamentos como mouse, teclado e computadores e que esses equipamentos estejam identificados de acordo com seus usuários;
  • Equipamentos de proteção individual, inclusive máscaras, para cobertura em áreas de risco;
  • Dispensa de atividades profissionais para quem apresentar sintomas de viroses diversas; evitar entrevistas presenciais;
  • Isolamento de profissionais que retornam de viagens internacionais;
  • Disponibilização de vacinas e custeio de tratamento pelas empresas para profissionais sem plano de saúde;
  • Garantia que as equipes de reportagem não contactem e nem sejam expostas a pessoas com suspeita ou diagnóstico confirmado de COVID-19;
  • Reconhecer e negociar com o Sindicato para identificar ameaças à saúde, direitos e bem-estar dos jornalistas e desenvolver e implementar respostas nos locais de trabalho;
  • Proteger os salários e o pagamento integral (e em dia) de todos os trabalhadores das empresas jornalísticas;
  • Seguir os planos de contingência recomendados pelas autoridades locais em casos de epidemia, tais como: permitir a ausência no trabalho, organizar o processo de trabalho para aumentar a distância entre as pessoas e reduzir a força de trabalho necessária, permitir a realização de trabalhos a distância;
  • Disponibilizar transporte aos funcionários evitando transmissão nos transportes coletivos superlotados e ambiente exponencial de transmissão;
  • Criação de “Comitê de prevenção ao Coronavírus” nas empresas, com participação de representação dos trabalhadores;
  • Redução de jornada para as equipes de limpeza e orientação para que intensifiquem a assepsia no local de trabalho (com a devida utilização de EPI necessário, para ficarem protegidos de contaminação);
  • Evitar reportagens in-loco em hospitais e outros locais de possível contaminação;
  • Reforçar a limpeza do ambiente e de objetos (microfone, câmeras…) de trabalho, disponibilizando álcool em gel para devida higienização;
  • Se caracterizado o nexo causal entre contaminação e exercício profissional deverá o caso ser tratado como doença profissional e por conseguinte o empregador deve arcar com todos os custos;
  • Itens de maquiagem devem ser separados para uso pessoal de cada apresentador ou repórter. Nada deverá ser compartilhado. Maquiadores devem usar máscara de procedimento e luvas durante sua atividade;
  • Em caso de atividades corporativas imprescindíveis que precisem de acompanhamento dos assessorados, seguir as recomendações das autoridades sanitárias;
  • Reuniões e apresentações devem acontecer por videoconferência, evitando contatos;
  • Envolver os jornalistas nos processos de identificação e prevenção ao Covid-19 nos locais de trabalho;
  • Suspensão imediata de coletivas de imprensa feitas presencialmente, optando, assim, pelo repasse de informações à distância, por meio de notas, e-mails, ou mesmo, através da realização de teleconferências;
  • Adotar ainda, no caso de trabalhadores jornalistas de emissoras de rádio e TV, que atuam em estúdios e/ou salas de transmissão (geralmente, fechadas, arejadas com o uso de ar condicionado e mediante baixas temperaturas), as medidas que sejam necessárias para possibilitar a salubridade com relação ao compartilhamento de conjuntos de head set(fones com microfones acoplados), microfones, pontos eletrônicos e afins – uma vez que os mesmos podem servir de veículo para a transmissão do coronavírus, sendo indicada a aquisição de protetores descartáveis para as superfícies dos head sets e a higienização frequente dos microfones e demais dispositivos utilizados nestes ambientes;
  • Adotar políticas claras e flexíveis de licença médica e afastamento do trabalho para assegurar que os trabalhadores diagnosticados com coronavírus ou outras enfermidades do trato respiratório possam dispor dos meios necessários para a recuperação, evitando o risco para terceiros de contágio pelo coronavírus;
  • Rigorosa observação às orientações do Ministério da Saúde e órgãos competentes.
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Coronavírus: Entidades pedem que empresas liberem acesso irrestrito à informação

Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) divulgaram uma carta aberta nesta terça-feira, 17 de março, solicitando a liberação para acesso irrestrito do público a todos os artigos e todo o material, escrito ou audiovisual, sobre a pandemia e o coronavírus, que foram ou estão sendo divulgados nos meios de comunicação, na internet ou em periódicos de cunho científico.

No documento, as entidades elogiam alguns meios que já adotaram essa iniciativa e conclamam os demais a se solidarizarem neste momento de extrema gravidade. Também enfatizam a importância do compromisso com a qualidade e a veracidade da informação divulgada.

“O momento presente exige ação imediata e solidária de todos. É sabido que a informação ampla para toda a população, e com conteúdo qualificado, é elemento crucial para o combate à pandemia. É preciso que seja dado um amplo acesso à informação atualizada sobre medidas de prevenção e tratamento, instruções básicas, locais de tratamento, dados de evolução da doença no Brasil e nos outros países etc.”, solicitam as entidades na carta aberta.

 

Confira abaixo a íntegra do documento:

Prezado(a)s senhore(a)s,

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou como pandemia a doença causada pelo coronavírus (COVID-19). A doença levou ao isolamento de países e populações inteiras, bem como já atingiu grande número de pessoas no mundo e causou a morte de milhares delas. A gravidade da situação requer medidas excepcionais dos países, governos e da sociedade civil.

A Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) solicitam a vossas senhorias que, sensibilizados e conscientes de suas responsabilidades diante do caráter excepcional e de extrema gravidade da situação, liberem para acesso irrestrito todos os artigos e todo o material, escrito ou audiovisual, sobre a pandemia e o coronavírus, que foram ou estão sendo divulgados nos meios de comunicação, na internet ou em periódicos de cunho científico. Diversos veículos de comunicação já adotaram esta iniciativa e os parabenizamos e agradecemos por isto. Há também uma preocupação adicional de todos nós quanto à importância de se considerar, com os devidos cuidados, a qualidade e a veracidade da informação divulgada.

O momento presente exige ação imediata e solidária de todos. É sabido que a informação ampla para toda a população, e com conteúdo qualificado, é elemento crucial para o combate à pandemia. É preciso que seja dado um amplo acesso à informação atualizada sobre medidas de prevenção e tratamento, instruções básicas, locais de tratamento, dados de evolução da doença no Brasil e nos outros países etc. Para os cientistas, pesquisadores, médicos e pessoal da área da saúde, é essencial o acesso aberto a todos os dados e à produção científica e técnica sobre a pandemia e aquela relacionada ao coronavírus.

Estamos certos de contar com a sensibilidade e a pronta ação de todos.

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Profissionais adotam home office para combater o coronavírus

A primeira morte por coronavírus no Brasil foi confirmada na manhã desta terça-feira (17/3), em São Paulo. Medidas de prevenção estão sendo adotadas por todo o país, como forma impedir que a epidemia avance. Alteração de jornada de servidores, principalmente idosos, e fechamento de escolas e departamentos públicos foram algumas das medidas tomadas. Na Bahia, as aulas da rede estadual estão suspensas por 30 dias em Salvador, Feira de Santana e Porto Seguro, cidades que registraram casos de coronavírus. Estão suspensos também eventos que reúnam mais de 50 pessoas nas três cidades, sejam de cunho religioso, político ou cultural.

Por causa das medidas restritivas, algumas empresas estão adotando o home office e muitos profissionais de comunicação já estão trabalhando em casa. Para aqueles que estão no home office e para as pessoas que moram com estes profissionais, seguem algumas dicas para melhorar o desempenho e a qualidade do trabalho:

  1. Crie um ambiente de trabalho em casa

As tarefas que você vai realizar no home office são as mesmas executadas no seu ambiente de trabalho. Para que sejam concluídas com o mesmo desempenho e qualidade, é indispensável escolher um cantinho dentro de casa para trabalhar. Você vai precisar de uma mesa, uma cadeira confortável e um lugar tranquilo. A criação dessa “estação de trabalho” evita distrações e contribui para sua produtividade. (Dica do Site Wire).

  1. Crie uma rotina

Estabelecer uma rotina de trabalho é excelente para otimizar seu tempo de serviço. Determine horários de início e término das atividades. Como você já está em casa, muitas vezes se desligar das atividades ao final do dia não é uma tarefa fácil, por isso estabelecer uma rotina é importante. Não esqueça de agendar suas pausas e cumpri-las à risca. E respeite o fim do expediente! (Dica do Site Wire).

  1. Fuja das distrações

Estar em casa durante uma tarde inteira pode ser uma tentação se você é fã de séries ou ama TV. Caso você não trabalhe nessa área, é importante evitar essas distrações. Outro fator que pode dispersar no home office são as redes sociais. Se a vontade de entrar nelas for grande, estabeleça pausas periódicas no trabalho para fazer isso. (Dica do Portal G1).

  1. Vista-se de forma apropriada

Quando estiver em home office, mantenha o dress code de um dia normal no escritório. Vista-se de maneira apropriada, como se fosse ter uma reunião. Isso ajudará a sua mente a entender que você está no meio do expediente e, sendo assim, você não iria de pijama. (Dica do Portal G1)

  1. Para quem mora com você

a) Fique atento (a) a momentos de concentração que não podem ser interrompidos. Fones de ouvido geralmente são o melhor indicativo. (Dica do Blog Adoro Home Office).

b) Reuniões com vídeo ou ligações com viva voz: Preste atenção a esses momentos e evite ao máximo fazer barulhos. Se o home office fica em um espaço fechado, com porta, nunca entre sem bater ou falando alto. Lembre-se sempre que atrás daquela porta pode estar acontecendo uma reunião importante. (Dica do Blog Adoro Home Office)

c) Evite interrupções: Não atrapalhe com perguntas que poderiam ser feitas depois. Aja como se a pessoa estivesse na empresa. Espere até a pessoa circular pela casa para abordar. (Dica do Blog Adoro Home Office).

Cuidados básicos
1. Evitar sair de casa. Caso seja necessário sair, usar máscara se estiver no grupo de risco (diabéticos, hipertensos, quem tem insuficiência renal crônica, quem tem doença respiratória crônica)
2. Lavar as mãos até a metade do pulso/ Usar álcool gel 70% para higienizar as mãos
3. Limpar com álcool objetos tocados com frequência (celulares, chaves...)
4. Tossir ou espirrar aparando com a parte interna do cotovelo
5. Manter distância de pelo menos 1m em relação ao outro e não cumprimentar com abraços, apertos de mão
6. Usar lenço descartável quando estiver corizando e higienizar as mãos após 
7. Procurar fontes confiáveis de informação
8. Não compartilhar notícias falsas
9. Pessoas com coriza, febre e tosse devem ficar em casa, no isolamento social, e procurar a unidade de saúde em caso de problemas respiratórios
10. Não recorrer à automedicação. Algumas substâncias podem piorar a infecção  pelo coronavírus

* Com informações são do Portal IMPRENSA

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