Notícias

Troféu Mulher IMPRENSA reconhece o trabalho das mulheres nas redações

Única premiação jornalística do Brasil dedicada exclusivamente ao público feminino, o Troféu Mulher IMPRENSA reconhece o trabalho das mulheres nas redações brasileiras e premia os talentos de norte a sul do país. São 17 categorias que visam premiar as profissionais de destaque em cada setor, segundo voto dos internautas do Portal IMPRENSA. A votação popular, que elegerá as profissionais e o projeto vencedores de cada categoria vai se estender de 20 de abril até 18 de maio de 2017. Os internautas de todo o Brasil poderão dar o seu voto pelo site www.portalimprensa.com.br/trofeumulherimprensa.

Na primeira etapa, iniciada no dia 07, um júri composto por cerca de 60 profissionais de relevância no mercado brasileiro, indicaram, por livre escolha, três mulheres que tiveram destaque em 2016 em cada uma das 17 categorias listadas. E a 12ª edição do Troféu Mulher IMPRENSA traz novidades. Os internautas deram sua opinião e IMPRENSA lança duas novas categorias para homenagear projetos e #mulheresqueinspiram. Serão reconhecidas as Jornalistas Independentes e os Projetos Jornalísticos com temática sobre mulheres.

O prêmio – Desde que IMPRENSA criou o Troféu Mulher IMPRENSA, em 2005, redações e empresas de comunicação se movimentam para eleger as mulheres de mais destaque no segmento. Mais do que uma forma de reconhecer a atuação delas no mercado de trabalho, o que criamos foi um espaço no qual elas podem celebrar conquistas e desenhar novos objetivos –para si e para a profissão que exercem. O que será que nos diz esse engajamento gerado nas dez edições do prêmio? Que as mulheres são maioria? Que ainda precisam batalhar por igualdade salarial e cargos de chefia? Que ainda existe um longo caminho para que o mercado entenda que a maternidade não desqualifica a atuação profissional? Talvez um pouco de cada e ainda mais. Mas o que a gente também acha que isso nos diz é: Elas aguentam o tranco.

Conheça abaixo as 17 categorias que serão reconhecidas na 12ª edição do Troféu Mulher IMPRENSA. E acompanhe as novidades do prêmio pelo Portal IMPRENSA e redes sociais.

 

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

• Assessora de Comunicação – Agência

• Assessora de Comunicação – Corporativa

 

COBERTURA INTERNACIONAL

• Correspondente (brasileira ou estrangeira residente no Brasil)

 

FOTOJORNALISMO

• Fotojornalista

 

JORNALISMO IMPRESSO

• Colunista de jornalismo impresso

• Repórter de jornal

• Repórter de revista

 

RADIOJORNALISMO

• Âncora de rádio

• Comentarista ou colunista de rádio

• Repórter de rádio

 

TELEJORNALISMO

• Âncora de TV

• Comentarista ou colunista de TV

• Repórter de telejornal

 

WEBJORNALISMO

• Repórter de site de notícias

 

QUALQUER MÍDIA

• Diretora ou editora de redação

• Jornalista independente

• Projeto jornalístico (com temática sobre mulheres)

 

publicidade
publicidade
Notícias

8 de março: Mulheres avançam nas redações de jornais

Um dado que vem chamando a atenção nas redações de jornais e sites do Brasil refere-se ao aumento de mulheres em postos de comando. Um relatório de 2015 do Projeto Global de Monitoramento da Mídia (Global Media Monitoring Project, em inglês) registra que o número de mulheres jornalistas em redações tem aumentado não só no Brasil mas também na América Latina. O levantamento revela que as mulheres correspondiam a 47% dos repórteres em meios impressos, 36% dos radialistas e 50% dos repórteres de TV.

O estudo registra que, enquanto os jornalistas homens são mais valorizados por sua experiência profissional, as mulheres são mais valorizadas por sua idade: 43% das repórteres têm entre 19 e 34 anos, enquanto apenas 14% dos repórteres correspondem a essa faixa etária; e 53% dos jornalistas homens têm entre 35 e 49 anos, enquanto apenas 33% das jornalistas estão nessa faixa etária.

A jornalista e escritora Regina Helena de Paiva Ramos, 86 anos, lembra que, quando começou a carreira, há 50 anos, não sofreu grandes descriminações, mas viu muitas colegas de trabalho passarem por situações constrangedoras, onde se menosprezava a capacidade intelectual feminina. Ela destaca a dedicação feminina para o estudo. “Somos ótimas pesquisadoras”, atesta.

Segundo pesquisas, empregadores de todo o mundo investem nos valores femininos por conta da facilidade em aceitar o desenvolvimento de trabalhos em equipe, o poder de convencimento levando a credibilidade de suas ideias, sem necessidade de autoritarismo, trabalho em forma de cooperativismo deixando de lado a competição, sem limites de cargos e salários, o que prejudica a produtividade de qualquer trabalhador.

Ronaldo Mendes, Gestor em Recursos Humanos, acrescenta que as mulheres se preocupam mais com sua formação profissional do que a maioria dos homens, por isso se destacam mais por sua diversidade e processos multifuncionais. O gestor ressalta que não existe mais no jornalismo, assim como em várias profissões, a famosa guerra de sexos. “As redações têm registrado uma grande oportunidade de evolução e ocupação das mulheres”, analisa.

Em parceria com a Gênero e Número, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) prepara uma pesquisa inédita sobre desigualdade de gênero no jornalismo. O levantamento, que será divulgado em junho durante o 12º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, reunirá dados sobre o perfil das mulheres nas redações brasileiras, incluindo as que trabalham em veículos independentes.

Jornalista era chamada de “atrevida” na década de 50

A jornalista e escritora Regina Helena de Paiva Ramos, 86 anos, começou a trabalhar na década de 50. Havia aproximadamente 30 mulheres nas redações no estado de São Paulo. Quando Regina escreveu seu livro “Mulheres Jornalistas: A Grande Invasão”, há cinco anos, as mulheres já ocupavam mais de 50% desses postos de trabalho.

A autora conta que ser repórter, naquele tempo, não era uma profissão “muito comum para uma mocinha”. Essas mulheres eram consideradas “atrevidas”. Segundo ela, apesar de não ter sofrido grandes descriminações, viu muitas colegas de trabalho passarem por situações constrangedoras, onde se menosprezava a capacidade intelectual feminina. O jornalista Hermínio Cachetta, diretor de O Tempo, foi o responsável pela entrada de muitas mulheres nas redações em São Paulo.

“Ele me “discriminava” com um certo paternalismo”, uma proteção diferenciada. Mas muitas mulheres devem passavam por situações de constrangimento que não se comentava na época, hoje o chamado assédio. Eu sequer tinha a noção de que era uma pioneira”.

Uma das primeiras repórteres da Última Hora, Sonia Nemberg entrou no jornalismo através do diploma. Para a jornalista as mulheres entraram na profissão pela sua competência. “É uma profissão difícil porque trabalhamos com o tempo. Muitas vezes precisamos fechar uma edição e não conseguimos os depoimentos. Temos que cobrir enchentes, desabamentos, tragédias, e também lindas histórias é um desgaste mental e emocional grande, um exercício de confronto com a realidade. E a mulher lida bem com essas dificuldades”. Outra razão, segundo Sônia, é a dedicação feminina para o estudo: “Somos ótimas pesquisadoras pois nos dedicamos muito e somos muito intuitivas. Acho que quando as mulheres têm oportunidade elas se destacam”.

Sônia lembra que as mulheres entraram no jornalismo para trabalhar por salários mais baixos, e o os homens saíram por conta da precarização da profissão, e que no futuro esse número de mulheres na profissão vai aumentar pois é maior a quantidade de universitárias em relação aos universitários no seguimento profissional. Apesar de toda a emancipação feminina, Sônia alerta que o Brasil ainda é um país muito machista e que a violência contra a mulher é um fenômeno muito grande apesar de todo o trabalho da mídia no sentido de combater a violência contra a mulher.

Diretora de redação do jornal “Valor Econômico”, Vera Brandimarte afirmou que as mulheres são maioria nas redações de jornalismo econômico, uma tradição que começou a se formar nos anos 70. “Nos anos 90, as mulheres já dominavam as posições de editoras de economia. No “Valor”, tem oito mulheres editoras e quatro homens. Não é uma questão de preferência, mas de mérito”. Vera lembrou que em outras áreas a dificuldade de ascensão da mulher é mais difícil, como o setor bancário e o de engenharias. Ela lembrou que, fora das redações, ainda persiste um desequilíbrio entre as atividades delegadas às mulheres e aos homens, como nas questões domésticas e na criação dos filhos.

*Matéria de Cláudia Sanches e Edir Lima para a Associação Brasileira de Imprensa (ABI)

publicidade
publicidade
Notícias

Prevenção eleva chances de cura do câncer de mama para cerca de 90%

Campanhas anuais querem diminuir índices de morte por câncer tratável

Sentada no banco da recepção de uma clínica em Salvador, a assistente administrativa Marlene Costa aguardava o resultado da sua mamografia. Não era mais uma de tantas feitas ao longo dos seus 50 anos. Mas a segunda em seis meses. Para Marlene, nunca houve surpresa com o exame. Só que em 2010, antes mesmo de fazer a mamografia, notara algo atípico através do autoexame: um pequeno caroço na mama esquerda. Procurou, então, sua ginecologista para fazer o exame de imagem, que deve ser rotineiro na vida de qualquer mulher a partir de 40 anos e serve para analisar o tecido mamário e identificar qualquer anormalidade capaz de se desenvolver em um câncer de mama.

A primeira mamografia detectou um nódulo pequeno, mas Marlene foi orientada a refazer o exame seis meses depois. Casada e mãe de uma filha jovem, ela voltou para casa e decidiu não compartilhar com ninguém a suspeita. Na segunda mamografia e ultrassom da mama, foram encontrados nódulo e lesões suspeitas de categoria bi-rads 4, que necessitam de avaliação mais detalhada para descobrir se seria um tumor benigno ou um câncer. Ela foi submetida a uma biópsia que completou o diagnóstico.

marlene-costa-reproducao-arquivo-pessoal“A médica veio em minha direção, me levou à sua sala e disse: ‘Sente aqui para conversarmos. Achamos um câncer de mama em fase inicial e você vai precisar ser forte”. E a primeira reação de Marlene foi dizer, com a voz firme: “Tem cura! O que você mandar, eu faço”, conta. “Trabalhei a coragem e a fé, primeiro em Deus, depois, na medicina. Em nenhum momento veio a sensação de desesperança. Minha reação foi encarar a doença com força e confiança desde o início”, conta a assistente. Voltou para casa e, dessa vez, ela não guardou segredo. Dividiu a informação com a família, que a apoiou.

O diagnóstico

O comportamento de Marlene difere da maioria das mulheres, já que cerca de 20% das diagnosticadas acham que o câncer é uma sentença de morte, como revelou um levantamento inédito requisitado pelo Instituto Avon, feito com 1.752 pessoas em 50 cidades brasileiras pelo Data Popular. Na verdade, 70% dos casos são curados, e essa porcentagem salta para 95% quando o câncer é detectado precocemente. Por isso, é de extrema importância estar em dia com a mamografia. É o que afirma o chefe do serviço de oncologia do Hospital Aristides Maltez (HAM), em Salvador, Dr. José Alberto Nogueira.

Ao longo dos 25 anos de atuação, o oncologista presenciou o desespero de diversas mulheres ao receber a notícia, mas também coleciona inúmeras experiências exitosas. Ele, que é o atual coordenador da residência médica em oncologia clínica da unidade, reforça a importância das campanhas de prevenção do câncer. Incentivador de ações como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, o médico acredita que os movimentos de conscientização vêm contribuindo para a detecção da doença e para a derrubada do mito de que o câncer é uma sentença de morte. “Tudo depende de como ela é orientada. O câncer de mama tem cura, e nós temos ferramentas e tratamentos que prolongam a vida das pacientes. O nosso trabalho é tentar minimizar a sensação de perda trazida, por exemplo, pela queda do cabelo”.

Tratamento e superação

Em meados de 2010, Marlene foi submetida à cirurgia. Como a doença foi descoberta em estágio inicial, não foi necessária a retirada da mama. Em vez disso, foram retirados o nódulo maligno e os gânglios linfáticos da axila. Ela passou por sessões de quimioterapia, em que são ministradas drogas intravenosas para matar as células cancerígenas, seguida de radioterapia, um tratamento local focado em eliminar o restante de células cancerígenas por meio de radiação.

Durante o tratamento, ela encontrou mulheres em situação semelhante e as encorajou a lutar pela vida. “Fiquei mais fraca, mais debilitada, mas continuei levando uma vida quase normal. Eu fazia exercícios, caminhadas, não tive náusea, me alimentava bem. Não esperei o cabelo começar a cair, eu mesma cortei. Perdeu o cabelo? Se ganha outro”.

fala-marleneDepois de todo o processo, Marlene conseguiu vencer o câncer. “Minha maior lição foi valorizar mais a vida, observar mais meu corpo. O segredo é manter a alegria de viver”. Mas isso não significa que estava livre de acompanhamento. Durante cinco anos o paciente deve ser submetido a um monitoramento. Depois desse período, as chances de ter câncer é igual as da população comum.

Além disso, mulheres que sofreram da doença devem reforçar a atenção com exames preventivos. Aquelas que possuírem histórico da doença em parentes de primeiro grau devem começar a partir dos 35 anos. A mamografia e o autoexame são as primeiras formas de identificar a doença, mas cerca de 50% das mulheres não se submetem a eles, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Entre essas, metade alega ter medo de descobrir a doença durante o exame.

Dr. José Alberto Nogueira alerta que isso é um contrassenso. “Quanto mais rápido é descoberta a doença, mais promissor é o tratamento. E nem sempre é necessário recorrer à retirada da mama – a mastectomia –, o grande medo das pacientes. O apoio da família e amigos é muito importante porque a estabilidade emocional faz com que a ela vença mais facilmente essa barreira”, reforça o oncologista. Segundo o especialista, os cuidados básicos para prevenir a doença são fazer o autoexame, praticar exercícios físicos, ter uma alimentação balanceada, dormir bem, evitar o uso indiscriminado de hormônios e observar fatores de risco na família.

publicidade
publicidade
Notícias

Série de reportagem baseia audiência pública sobre estupros na Bahia

Pouco a pouco, o silêncio está sendo quebrado. Pouco a pouco, mais e mais vozes começam a ecoar. Desde que o jornal Correio* começou a publicar a série sobre estupros ocorridos na Bahia – intitulada “O Silêncio das Inocentes” –, na última quarta-feira, foram mais de 60 mil acessos ao conteúdo no site especial, além de milhares de compartilhamentos em redes sociais. E, para ajudar a promover a reflexão e o debate, nesta segunda-feira (14), a partir das 8h, uma audiência pública será promovida pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), em parceria com o jornal, na sede do órgão, no CAB (5ª Avenida, n° 750). Com o tema “O Silêncio das Inocentes: um Debate sobre Estupros na Bahia”, o evento é baseado na série de reportagens e será transmitido pela internet, pelo site (assista aqui).

debate MP e correioQuem assistir à transmissão online, também poderá enviar suas perguntas ou contribuições. Para o evento, o Correio* ainda convidou a gerente de comunicação da campanha Chega de Fiu Fiu, Luíse Bello, que vai participar da mesa junto com os repórteres Alexandre Lyrio, Clarissa Pacheco e Thais Borges — responsáveis pela produção do especial —, a promotora Márcia Teixeira, a coordenadora do Serviço Viver, Dayse Santas, o delegado Adailton Adan, titular da 1ª Delegacia (Barris), e o obstetra David Nunes, do Iperba.

Silêncio quebrado – Na página do veículo, um dado chama atenção: o alcance da série já traz respostas e vítimas de violência sexual já procuram órgãos para denunciar abusos. Entre quarta e sexta-feira, pelo menos cinco mulheres buscaram a sede do Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher (Gedem) do MP-BA, mobilizadas após a leitura das matérias. “Elas leram as reportagens e vieram nos procurar. Acho que já podemos ficar muito felizes (com a repercussão)”, afirma a promotora Márcia Teixeira, coordenadora do Gedem.

publicidade
publicidade