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Festa literária movimenta cena cultural de Cachoeira

A sétima edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), um dos principais eventos do calendário cultural do estado, agitou o Recôncavo Baiano entre os dias 5 e 8 de outubro. Mesas de debates, lançamentos de livros, oficinas literárias, saraus, apresentações teatrais, exibições de vídeos e shows musicais fizeram parte da programação, que contou com autores nacionais e internacionais, além da presença de pesquisadores, jornalistas, críticos, estudantes e do público interessado pelo universo da literatura.

Às vésperas de completar 75 anos, o escritor e jornalista Ruy Espinheira Filho foi o homenageado desta edição. O autor de mais de 20 livros abrilhantou o evento na noite de sexta (6). Durante a mesa “A Poesia em suas Infinitas Estações”, mediada por Mônica Menezes, ele recitou poemas e falou sobre criação, técnica, estilos literários e da influência paterna no despertar do seu amor pelo campo das palavras.

A curadoria da Flica esteve sob responsabilidade do também escritor e jornalista Tom Correia. As mesas foram compostas por nomes como Francisco José, jornalista da Rede Globo; Ricardo Ishmael, jornalista e apresentador da Rede Bahia; as blogueiras Jout Jout e Tia Má, a finlandesa de origem africana Minna Salami, Paula Chiziane, de Moçambique, Maria Valéria Rezende, Ricardo Lísias, Daniela Galdino, a poeta e atriz Elisa Lucinda, entre outros. Uma programação especial foi montada na chamada “Fliquinha”, para levar conteúdo voltado à literatura infantil.

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UFRB garante funcionamento do Museu do Cinema em Cachoeira

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) vai realizar um termo de cooperação entre o Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL/UFRB) e o Instituto Roque Araújo de Cinema e Audiovisual (IRA), para salvar o Museu de Equipamentos Cinematográficos (Museu do Cinema), situado na cidade de Cachoeira. Um encontro realizado na última sexta-feira (07) atendeu a um movimento iniciado nas redes sociais para expor o estado do equipamento, um patrimônio cultural de valor imensurável que estava prestes a se perder por falta de apoio. O museu, que conta a história do cinema em solo baiano, dispõe de um robusto e valioso acervo com o total de 4.990 equipamentos doados por cineastas, empresas produtoras de cinema e colecionadores.

Foi através de um desabafo do coordenador da unidade, o cineasta Roque Araújo, que os baianos ficaram sabendo da grave situação. O historiador e cineclubista Luiz Araújo (“Lu Cachoeira”) compartilhou, no dia 4, um vídeo em que Roque faz um apelo para manter vivo o maior museu de equipamentos cinematográficos do Brasil. Segundo Roque, depois da descontinuidade da parceria com a Prefeitura de Cachoeira, além de arcar com sua passagem, hospedagem e alimentação, ele seguia pagando funcionários com o próprio dinheiro. O cineasta também alegou a possibilidade de instalar o museu em qualquer parte do país, mas preferiu a Bahia porque “quis que os baianos tivessem o único museu específico de cinema e audiovisual”.

De acordo com Roque Araújo, a única instituição que continuava apoiando o IRA era o IPAC – Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural, através da cessão do imóvel para a instalação do museu, que em três anos registrou nos livros de frequência aproximadamente 50 mil visitantes. “Eu faço o que posso para demonstrar a essa geração os equipamentos que geraram a sétima arte e falta suporte para mim”, afirmou o cineasta, que acompanhou todas as produções do Cinema Novo realizadas por Glauber Rocha, tornando-se um guardião e confidente de Glauber. Em quase seis décadas de ofício, ele guarda equipamentos usados em clássicos como “Redenção” e “Barravento”.

O vídeo levou ao engajamento de centenas de internautas, que comemoraram nas redes sociais a notícia da parceria entre o IRA e a UFRB. Segundo o diretor do CAHL, Jorge Cardoso Filho, o Museu servirá como fonte auxiliar na formação dos alunos dos Cursos de Cinema e Audiovisual, Museologia, Artes Visuais, Comunicação Social, História e demais cursos instalados na instituição. “Para nós, é importante que as ações que são realizadas pelo Instituto [IRA] se consolidem e continuem. Vamos construir um documento que atenda às demandas”, afirmou Jorge Cardoso, diretor do CAHL. Os trabalhos para viabilizar a reabertura do museu começaram já na manhã desta segunda (10).

*Com informações do Recôncavo Online

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Cachoeira inicia comemorações da Independência da Bahia

A cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano, iniciou neste domingo, 25 de junho, as comemorações da Independência da Bahia, celebrada no próximo dia 2 de julho. Em homenagem à Batalha de Cachoeira, a cidade festejou com desfile cívico seu protagonismo na luta pela Independência do Brasil, que completa 195 anos em 7 de setembro.

Placa-para-o-poste-225x300A cerimônia contou com um enredo histórico que reverenciou o Rio Paraguaçu como ponto estratégico para Cachoeira e o Recôncavo da Bahia no período colonial, homenageou as mulheres, índios e negros que se dedicaram às lutas.

Pela manhã, foram hasteadas as bandeiras do Brasil, do Estado e de município, em frente à Câmara, cerimônia do tradicional Te Deum, uma missa em forma de canto, na paróquia local. À tarde, os tradicionais desfiles com a imagem do Caboclo e das fanfarras escolares animaram moradores e turistas.

“É um reconhecimento aos nossos antepassados. Precisamos reverenciar e exaltar nossa história para que a juventude tenha orgulho de seu povo guerreiro”, salienta o jornalista cachoeirense Romário Gomes, que é editor do jornal A Cachoeira e integra a diretoria da ABI.

Capital por um dia

Ontem, a Bahia não teve como capital a cidade de Salvador, e sim Cachoeira. É que desde 2007, a cidade passa a ser simbolicamente capital do estado neste período, por causa da Lei 10.695 – aprovada pela Assembleia Legislativa da Bahia, como forma de homenagear a cidade. Cachoeira, a Heroica, assim denominada pela lei nº 43, de 13 de Março de 1837, em virtude dos seus feitos, foi a Sede do Governo Provisório do Brasil pela primeira em 1822 e, novamente, em 1837, quando ocorreu o levante da Sabinada na Bahia.

Junto a outros municípios do Recôncavo, como Saubara e Santo Amaro, Cachoeira protagonizou batalhas pela independência do país no século 19, sendo uma das pioneiras no processo de emancipação política de Portugal. No dia 25 de junho de 1922, antecipando o Grito do Ipiranga, Cachoeira já proclamava o Príncipe D. Pedro I como Regente: estava lançada a semente, que frutificou em 2 de Julho de 1823, quando a Bahia definitivamente tornou-se livre do jugo português, consolidando a Independência do Brasil. Desde 25 de junho de 1824, a cidade comemora esta data em memória e homenagem ao seu ato heroico de batalha pela independência.

*Com informações da Secretaria de Educação de Cachoeira e do jornal A Tarde

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Crítica ao cenário educacional marca abertura da Flica 2016

A 6ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) teve início na tarde desta quinta-feira (13) e abrilhanta até domingo a cidade do Recôncavo baiano. Com rica programação cultural, a Flica reúne anualmente nomes da literatura local, nacional e internacional. Mas nem só de música, sarau, dança e oficinas é feita a festa que movimenta Cachoeira. Já na primeira mesa de discussões, a historiadora e escritora carioca Mary Del Priore denunciou as condições do ensino no Brasil e criticou a classe política.

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Foto: Egi Santana

Del Priore, que destacou a importância dos índios na formação do Brasil, falou sobre seu mais recente livro, Histórias da Gente Brasileira, durante bate-papo conduzido pelo secretário estadual da Cultura, Jorge Portugal. A educação foi um dos assuntos abordados pela escritora. “Esta é uma lacuna enorme na história do país. Mas aprendi, enquanto escrevia, que nem toda sabedoria está nos livros. Quando olhamos para o passado, a gente percebe que tinha ‘sabenças’, que eram informações passadas pelos mais velhos aos mais novos e esse saber da tradição não pode ser deixado de lado”.

A historiadora protestou contra as condições dos professores no país. “Como no passado, o professor continua ganhando um frango, meia dúzia de ovos e um saco de farinha. Que me desculpem os políticos que estão aqui, mas essa é uma classe que, como sempre, continua fazendo discursos e promessas em campanhas e não as cumpre”, criticou.

Flica que segue

Hoje (14/10), a programação da Flica começa às 10h, com mesa dedicada à literatura de fantasia, com a participação do carioca Eduardo Spohr, autor de Filhos do Éden, e a baiana Scarlet Rose, que escreveu Finlândia. As mesas seguintes contarão com Milton Hatoum e Ana Maria Machado, homenageada deste ano. Na Fliquinha, no Cine Theatro Cachoeirano, tem contação de histórias com Lídia Hortélio, às 9h30, e apresentações musicais, com destaque para Carlinhos Brown, que estará num bate-papo às 16h30. Ainda na sexta-feira, o Balé Teatro Castro Alves (BTCA) faz performances do espetáculo “Voyeur do Movimento” às 17h, na Escadaria da Câmara de Cachoeira.

No sábado (15), das 18h às 19h30, o público poderá conferir o projeto “O Violão e a Palavra”, com a participação do secretário Jorge Portugal e do cantor, compositor e pesquisador da música baiana, Roberto Mendes. Os dois falarão dos meios de composição da música popular, das métricas à melodia, com mediação do filósofo e professor Saulo Matias Dourado. O encontro será realizado na Escadaria da Câmara de Cachoeira.

Programação Cultural

Sexta-feira 14/10
8h às 12h e das 14h às 18h – Fantástico Mundo da Leitura – Auditório Hansen Bahia
9h – Biblioteca Móvel – Em frente a Fliquinha (Cine Theatro Cachoeirano)
17h – Balé Teatro Castro Alves com performances “Voyeur do Movimento”
17h – Lançamento de Livros – Espaço Educar para Transformar/Conversas Íntimas: um convite ao prazer – Luís Carlos Assis Rosa /Olhos D´agua – Lita Passos/ Dor de Facão e Brevidades – Rosana Almeida

Sábado 15/10
9h – Escolas Culturais – Stand
9h – Biblioteca Móvel – Em frente a Fliquinha (Cine Theatro Cachoeirano)
18h – Violão e a Palavra – Conversa cantada com Jorge Portugal e Roberto Mendes

Domingo 16/10 
9h – Biblioteca Móvel – Em frente a Fliquinha (Cine Theatro Cachoeirano)

Serviço “Território Flica”
De quinta a sábado, das 9h às 16h – Caminhão Educativo
Quinta, das 13h às 17h / Sexta e sábado, das 9h30 às 12h30 e das 14h às 17h
Quinta, a partir das 16h30 – Cine Fliquinha (integra programação da Fliquinha)
Sexta, a partir das 16h30 – Bate-papo musical com Carlinhos Brown (integra programação da Fliquinha)
Sábado, das 8h às 12h e das 14h às 18h – Oficina de Stop Motion

*Informações do Correio* e do G1

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