ABI BAHIANA

Livros da coleção pessoal do jornalista Francisco Viana são doados à ABI

Todo jornalista possui em sua cabeceira livros que o ajudaram na sua trajetória. Não seria diferente com Chico Viana, como era conhecido o assíduo leitor, Mestre e Doutor em Filosofia, falecido no dia 26 de agosto deste ano. A família, consciente da responsabilidade que a ABI assume na preservação da imprensa baiana, doou parte da coleção de livros pessoais de Chico à Biblioteca Jorge Calmon, da Associação Bahiana de Imprensa (ABI).

Antes de serem disponibilizados para acesso, as obras que incluem títulos como: A “História da Imprensa do Brasil” de Nelson Werneck Sodré, “Sobre o Estado”, de Pierre Bourdieu, e “The Reputations of Socrates: The Afterlife of a Gadfly”, de James W. Hulse, passarão por quarentena, higienização, e processos técnicos necessários para assegurar a preservação das obras e prevenir a ação de possíveis agentes agressores. A higienização de acervos visa a permanência estrutural e estética dos documentos, livros, jornais e demais publicações impressas, atuando como elemento de prevenção à saúde das pessoas envolvidas com os mesmos.

Outros títulos do Acervo de Chico Viana | Fotografia: I’sis Almeida
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ABI recebe exemplares do Correio da Chapada

Na manhã desta quinta-feira (5), a Associação Bahiana de Imprensa (ABI) recebeu a doação de 13 edições do Correio da Chapada, jornal que circulou em cidades como Palmeiras, Lençóis, Itaberaba, Seabra, Abaíra, Rio de Contas, Mucugê, Piatã, Jussiape e região, entre os anos de 1989 a 2009. Os exemplares foram doados pelo fundador, o jornalista e escritor Renato Luís Bandeira, e farão parte do acervo do Museu de Imprensa da ABI.

Em seu primeiro editorial, datado de setembro de 1989, o impresso afirma que o seu principal objetivo era manter acesa a memória e a tradição local, enquanto, ao mesmo tempo, lutar pelo desenvolvimento da região. “O Correio da Chapada nasce a partir desta necessidade. Certo de que qualquer iniciativa do gênero deve ser embasada no conceito de informar sem a preocupação de trilhar os caminhos estabelecidos pelas tendências ou conveniências, procurando assim destorcer as notícias para agradar grupos”.

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Segundo Renato, as pessoas ficavam ávidas pelas matérias do Correio. “Além de política, abordávamos cultura, história e artigos com assuntos relacionados à Chapada Diamantina. Era o principal jornal artesanal da época”, explica.

O jornalista ainda destacou a importância da doação feita para a ABI. “Meu objetivo é tentar contribuir na preservação da imprensa do interior. Sem falar que nos exemplares contém artigos históricos que podem interessar estudantes e pesquisadores”.

O material será catalogado e, em breve, disponibilizado ao público.

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