ABI BAHIANA

Você sabe quem foi Vlado Herzog?

O Dia Nacional da Democracia é celebrado hoje, no dia 25 de outubro, para lembrar a morte de Vladimir Herzog, pelas mãos do regime militar, em 1975. O jornalista se tornou um símbolo da luta pela redemocratização do Brasil e a data alerta para a importância do respeito aos direitos fundamentais, rumo a uma sociedade mais justa, inclusiva e pacífica.

Quer saber mais sobre esse colega e seu legado? Confira a linha do tempo (resumida) abaixo, com informações do Acervo Vladimir Herzog:

📌 Vladimir Herzog, originalmente Vlado Herzog, nasceu em Osijek (ex-Iugoslávia, atual Croácia), em 27 de junho de 1937, filho de Zigmund e Zora Herzog. Residiu em Banja Luka até agosto de 1941, quando o exército nazista ocupou a cidade e a população judia foi privada de casas e bens. Começava ali o seu período de exílio na Itália, em 1941.

📌 Em 1946, sua família chega ao Brasil, onde estudou, iniciou sua vida trabalhista no jornalismo, mergulhou no cineclubismo, naturalizou-se brasileiro, acumulou passagens por grandes veículos de comunicação.

📌 Transfere-se para Londres, em 1965, para atuar no Serviço Brasileiro da Rádio BBC.

📌 Em 1969, na esteira da promulgação do AI-5, Vladimir Herzog regressa ao Brasil, onde passa a atuar também na docência.

📌 Em setembro de 1975, ele assume a direção de Jornalismo da TV Cultura, com planos para reestruturar os programas jornalísticos. Mas sofre perseguição e censura por parte do governo militar.

📌 No meio de uma série de prisões de jornalistas, Herzog é intimado a depor no DOI-Codi, órgão de inteligência e repressão do Exército. Apresenta-se voluntariamente na manhã de 25 de outubro de 1975. Lá, antes do dia terminar, seria torturado e assassinado.

📌 À época imputou-se suicídio ao jornalista. Mas, em 2013, sua certidão de óbito foi retificada, para dizer que sua “morte decorreu de lesões e maus-tratos sofridos em dependência do II Exército – SP (Doi-Codi)”.

📌 Em 2018, o Brasil foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanso da OEA por omissão na apuração do caso Herzog.

  • Acesse: acervovladimirherzog.org.br

Foto: [Vladimir Herzog sentado à máquina de escrever], 1966, Arquivo Pessoal Ivo Herzog

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Notícias

Jolivaldo Freitas lança romance biográfico sobre o coronel Sodré Martins

O jornalista, publicitário e escritor Jolivaldo Freitas, membro do Conselho Consultivo da ABI, lançará o seu novo livro nesta quinta, dia 20 de outubro, a partir das 18h, no Clube Espanhol, na Barra. O romance biográfico “Estilhaços de uma Existência” (Editora Farol da Barra, 427 páginas) conta a trajetória do coronel Geraldo Sodré Martins, o polêmico militar baiano que, segundo pesquisas conduzidas por Jolivaldo, teve importante papel na concretização da ditadura militar na Bahia e no Brasil, mas que acabou decepcionado com o regime.

“Ele era um articulador nato, atleta, artista plástico, médico, escritor, inovador. Um militar contestador, que procurava, dentro do possível, manter boas relações com pessoas de esquerda; homem amado e odiado por políticos e admirado por amigos”, afirma Jolivaldo Freitas, que é especialista em marketing político.

Capa de “Estilhaços de uma Existência” (Editora Farol da Barra, 427 páginas) | Foto: reprodução

O coronel – Geraldo Sodré Martins nasceu em Salvador, em 1922. Ele era médico ortopedista e foi professor da Faculdade Bahiana de Medicina. Também escrevia artigos para jornais, sobre temas sociais, históricos e até sobre fé, além de ser atleta e artista plástico. Mas, a função que mais marcou a vida dele foi a de militar, em especial no período em que articulou o golpe contra o então presidente da república, João Goulart.

Anos depois de colaborar diretamente para a consolidação da ditadura militar no país, ficou insatisfeito com os rumos tomados pelo governo. Um dos fatos contados no livro, inclusive, é a briga que teve com Antônio Carlos Magalhães, ex-governador da Bahia. “O coronel é um personagem digno do realismo fantástico latino-americano, com todas as suas idiossincrasias, dúvidas e decepções com o próprio movimento militar, que terminou por rejeitar em certo ponto da vida”, revela o autor.

Jolivaldo destaca o caráter polêmico do biografado. “Uma das figuras mais polêmicas. Odiado, admirado, agregador, desagregador. A história do Coronel Sodré Martins é boa de ser contada e de ser lida. Acaba se confundindo com a própria história política e social da Bahia das décadas de 60 e 70, no chamado período militar. Tem muitos fatos pitorescos e curiosidades”, adianta o jornalista.

Sobre o autor

Jolivaldo Freitas é jornalista, publicitário, especialista em marketing político e escritor. Já lançou 15 livros – romances, crônicas, novelas e biografias – entre eles o best seller Histórias da Bahia – jeito baiano, esgotado com mais de 100 mil exemplares vendidos. Como jornalista, tem passagem por alguns dos principais veículos de comunicação do estado (Correio da Bahia, Tribuna, TV Bahia, Jornal de Angola).Hoje escreve para o A Tarde On-line, BNews,e diversos blogs e sites baianos, além de colaborar com o jornal Correio da Manhã (RJ), portais Yahoo e Notícia Capital e Pravda de Moscou.

O projeto tem patrocínio do Banco Master e os exemplares do livro serão distribuídos para quem participar do coquetel de lançamento.

SERVIÇO

O quê: Lançamento do livro Estilhaços de uma existência
Quando: 20 de outubro, a partir das 18h
Onde: Salão de eventos do Clube Espanhol, Barra
Entrada Gratuita

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UFBA realiza evento “Cosme de Farias, O advogado dos pobres”

No dia 15 de março de 1972, o Brasil se despedia de uma das mais potentes vozes da luta pela justiça social: o jornalista, escritor, político e advogado Cosme de Farias, “O Advogado dos Pobres”. Este ano, uma série de homenagens já foram realizadas para lembrar os 50 anos de sua morte. Na noite de hoje (19/10), às 18:30, a Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, em parceria com o Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade, abordarpa em palestra, no Auditório B do PAF 1 (Campus Ondina UFBA), o filme “Quitanda da Liberdade”.

O evento “Cosme de Farias – o advogado dos pobres” faz parte das apresentações programadas no componente curricular OPB, ministrado pela professora Mariângela Nascimento, docente do NEIM/UFBA.

Depois da exibição será realizada uma palestra com os convidados Marcelo Oliveira (Cineasta/ Documentarista Autor e diretor do documentário “Quitanda da Liberdade”), Dra. Mônica Celestino (Jornalista pela UFBA, autora da tese “As Trincheiras do Major, sobre Cosme de Farias), Prof. Dr. Alfredo Eurico R. Matta (Coordenador do curso de história UNEB/UAB, professor do programa de pós-graduação em educação e contemporaneidades).

Cosme de Farias nasceu no subúrbio distante de Paripe. Sua formação foi apenas do curso primário, mas tornou-se advogado provisionado e passou a vida defendendo milhares de pessoas pobres. Em 1915 fundou a “Liga Baiana contra o Analfabetismo “, instituição que funcionou até a década de 1970, mantendo escolas para a população mais pobre, da capital e de algumas outras cidades baianas.

Iniciou-se na carreira política eleito deputado estadual, em 1914, e por várias legislaturas seguintes. Foi, também, vereador por diversos mandatos. Quando morreu, em 1972, ocupava uma cadeira na Assembleia Legislativa da Bahia, sendo à época o mais velho parlamentar do mundo. Foi patenteado “Major” pela Guarda Nacional (1909).

Serviço

“Cosme de Farias – o advogado dos pobres”
Data – 19/10/2022
Hora – 18:30
Local – Auditório B do PAF 1 – Campus Ondina UFBA

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ABI lamenta falecimento do jornalista Isidro Duarte

Integrante do atual Conselho Consultivo da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), o jornalista Isidro Octavio do Amaral Duarte (1939-2022) faleceu no domingo (16/10) e será sepultado no Jardim da Saudade, em Salvador, às 11 desta segunda-feira (17/10). Deixa o exemplo de profissional criativo e eficiente, e ser humano que apreciava a vida como poucos.

Nos últimos anos, o advogado e jornalista Isidro Duarte residiu em Cachoeira, na companhia de Rose Martfeld, de quem fora namorado na juventude. Seu falecimento provocou manifestações de muitos contemporâneos e admiradores.

A ABI prestará as homenagens merecidas ao seu confrade e expressa suas condolências para os familiares, em especial a senhora Rose Martfeld, e amigos.

  • Leia: UM DOMINGO DE LUTO (por Florisvaldo Mattos)
  • Assista abaixo nosso vídeo em homenagem a Isidro Duarte:






					
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