Todos os anos, as mais de 120 instituições de ensino superior do país jogam nas ruas centenas de jornalistas. Não é exagero dizer que grande parte do que chamamos de realidade nos chega pelos meios de comunicação, através do imprescindível trabalho do profissional que dá olhos, ouvidos e voz à sociedade. Hoje, 7 de abril, é comemorado no Brasil o Dia do Jornalista. Na véspera da data reservada para brindar a categoria, alguns profissionais não tiveram muito o que festejar. Uma das maiores empresas de comunicação do país acaba de promover na tarde desta segunda-feira (6) cortes em suas redações, atingindo, principalmente, repórteres do Estadão, e ainda podem alcançar mais de 100 postos de trabalho, alegando a necessidade de reduzir custos. Ao redor do mundo, notícias de sequestros, violência e prisões, na última semana, surgem para lembrar os perigos da profissão e alertar para a situação da liberdade de imprensa.
Os crescentes retrocessos da liberdade de expressão e o aumento de agressões a jornalistas são cada vez mais contabilizados e denunciados por diversas instituições que visam combater os assassinatos, casos de intimidação e ameaças que atingem o direito de informação. Mas os relatórios anuais indicam que um longo caminho ainda precisa ser percorrido na luta contra as pressões a que são submetidos esses profissionais.
Segundo o Portal IMPRENSA, no último dia 4 de abril o jornalista turco Yasar Elma foi condenado a 23 meses de prisão por “curtir” uma publicação crítica ao presidente Recep Teyyip Erdogan. O julgamento foi realizado no tribunal de primeira instância e a ação foi considerada um “insulto a um trabalhador público”. “Havia apenas utilizado a ferramenta ‘curtir’ quando vi um comentário sobre o presidente. Apaguei depois de meia hora, mas o tribunal me condenou. Não sabia que gostar de um comentário era crime”, disse o jornalista. Desde agosto do ano passado, quando Erdogan assumiu a presidência do país, mais de 70 pessoas já foram julgadas por insultos ao seu governo.
Na Rússia, um jornalista foi vítima de sequestro-relâmpago no último domingo (5/4). Viaceslav Starodubtsev foi raptado e agredido após publicar uma série de denúncias contra políticos envolvidos em corrupção. Segundo a agência Ansa, Starodubtsev foi sequestrado por um grupo de homens encapuzados que, antes de libertá-lo, na cidade russe de Derbent, disseram que ele deveria deixar o Daguestão. A família do jornalista também foi ameaçada. Starodubtsev é autor de um projeto de jornalismo independente chamado “A minha Derbent”, que gera páginas nas redes sociais com denúncias sobre casos de corrupção no município. O prefeito Imam Yaraliyev chegou a definir o jornalista como seu “inimigo pessoal”. *Com informações do Portal IMPRENSA
Nesta terça-feira, 7 de abril, é comemorado no Brasil o Dia do Jornalista. Na data alusiva à categoria e à fundação da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), em 1908, as transformações da comunicação provocam muitos questionamentos sobre o perfil desse profissional cujo trabalho continua sendo um dos alicerces das sociedades democráticas. Não é novidade que o tempo e o espaço tenham sido assimilados nos processos de produção do trabalho jornalístico de modo a reduzir o período para a reflexão, pesquisa e a apuração da notícia, trazendo para o centro do debate o papel do jornalismo e os limites da informação. É sobre como esse ofício pode funcionar como uma “máquina de difamar” que reflete o filósofo italiano Umberto Eco em seu novo romance “Número zero”, uma espécie de manual do mau jornalismo. Eco mergulha no mundo da “máquina de lama” das notícias e descreve a redação imaginária de um jornal, criado naquele ano, para desinformar, difamar adversários, chantagear, manipular, elaborar dossiês e documentação secreta.
Em entrevista concedida ao jornal El País, na última semana, Umberto Eco falou sobre o romance e afirmou que “a Internet pode tomar o lugar do mau jornalismo”. Sem dúvida, a obra é um olhar sobre a informação no século XXI e a Internet, campo de batalha das ideias, das notícias e das mentiras. Controlar a verdade do que aparece na rede é, para Eco, imprescindível. Uma tarefa à qual deveriam se dedicar os jornais tradicionais. Perguntado sobre o risco de os jornais serem extintos, Eco é enfático: “É um risco muito grave, porque, depois de tudo que disse de mau sobre o jornalismo, a existência da imprensa ainda é uma garantia de democracia, de liberdade, porque especialmente a pluralidade dos jornais exerce uma função de controle. Mas, para não morrer, o jornal tem que saber mudar e se adaptar (…) Um jornal que soubesse analisar e criticar o que aparece na Internet hoje teria uma função”.
A obra do influente intelectual, autor do famoso romance “O nome da rosa” e de importantes tratados de semiótica, é uma história de ficção ambientada em 1992, um ano particular para a Itália contemporânea, marcado pelos escândalos de corrupção e pela investigação “Mani Pulite” (Mãos limpas), que arrasou boa parte da classe política da época. O livro nasce do centro de seus próprios interesses como cidadão: ele se sente um jornalista cujo compromisso civil o levou durante décadas a fazer autocrítica do ofício; seu romance Número Zero (cujos direitos no Brasil foram comprados pela Record, que deve lançá-lo neste ano) retrata um editor que monta um jornal que não sairá às ruas, mas cuja existência serve ao magnata para intimidar e chantagear seus adversários.
Confira a íntegra da entrevista concedida ao jornal El País:
Pergunta. Um romance sobre o jornalismo. Por quê?
Resposta. Escrevo críticas do ofício desde os anos 1960, além de ter na carteira o registro de jornalista. Tive um bom debate polêmico com Piero Ottone sobre a diferença entre notícia e comentário. Escrever sobre certo tipo de jornalismo era uma ideia que me passava pela cabeça desde sempre. Há leitores que encontraram em Número Zero o eco de muitos artigos meus, cuja substância utilizei porque já se sabe que as pessoas esquecem amanhã o que leram hoje. De fato, alguns me elogiaram. Por exemplo, há quem aplaudiu o que escrevo sobre o desmentido na imprensa, e já escrevi o mesmo sobre isso há 15 anos! De forma que abordei o tema porque o carrego comigo. Até o princípio do livro é muito meu, porque esse episódio em que a água não sai da torneira era também o princípio deO Pêndulo de Foucault. Para aquele alguém me disse que não era uma boa metáfora, e tirei; mas, para Número Zero, gostei dessa ideia, a água que fica presa na torneira e não sai, e você espera que saia pelo menos uma gota. Gostei dessa ideia, fui ao porão, encontrei aquele primeiro manuscrito e voltei a usar. Tudo é assim: na discussão que há com Bragadoccio [um jornalista fundamental na trama de Número Zero] sobre qual carro comprar, o que escrevo é uma lista que fiz nos anos 1990 quando eu mesmo não sabia qual automóvel queria…
P. O romance está cheio de referências ao cinismo do editor que cria um jornal para extorquir…
R. Tinha em mente um personagem da história da Itália, Pecorelli, um senhor que fazia uma espécie de boletim de agência de notícias que jamais chegava às bancas. Mas suas notícias acabavam na mesa de um ministro, e se transformavam, em seguida, em chantagem. Até que um dia foi assassinado. Disseram que foi por ordem de Andreotti, ou de outros… Era um jornalista que fazia chantagens e não precisava chegar às bancas: bastava que ameaçasse difundir uma notícia que poderia ser grave para os interesses de outro… Ao escrever o livro pensava nesse jornalismo que sempre existiu, e que na Itália recebeu recentemente o nome de “máquina de lama”.
P. No que consiste?
R. Em que para deslegitimar o adversário não é necessário acusá-lo de matar sua avó ou de ser um pedófilo: é suficiente difundir uma suspeita sobre suas atitudes cotidianas. No romance aparece um magistrado (que existiu de verdade) sobre quem se lança suspeitas, mas não se desqualifica diretamente, se diz simplesmente que é extravagante, que usa meias coloridas… É um fato verdadeiro, consequência da máquina de lama.
P. O editor, o diretor do jornal que não chega a sair, diz por meio de seu testa-de-ferro: “É que a notícia não existe, o jornalista é que cria”.
R. Sim, naturalmente. Meu romance não é apenas um ato de pessimismo sobre o jornalismo da lama; acaba com um programa da BBC, que é um exemplo de fazer bem feito. Porque existe jornalismo e jornalismo. O impressionante é que quando se fala do mau, todos os jornais tratam de fazer acreditar que se está falando de outros… Muitos jornais se reconheceram em Número Zero, mas agiram como se estivessem falando de outro.
P. O jornalista, em particular, está retratado também como um paranoico em busca de histórias custe o que custar, e fica babando quando acha ter encontrado…
R. Acontece quando Bragadoccio encontra a autópsia de Mussolini… Sempre disse, também quando escrevia romances históricos, que a realidade é mais fantástica que a ficção. Em A Ilha do Dia Anteriordescrevo um personagem fazendo um estranho experimento para descobrir as longitudes; é muito engraçado, e as pessoas disseram: “Olha que bonita a invenção do Eco”. Pois era de Galileu, que também tinha ideias loucas de vez em quando e havia inventado essa máquina para vender aos holandeses. Se mergulhar na história pode encontrar episódios mais dramáticos, mais cômicos, e também mais verdadeiros do que os que qualquer romancista pode inventar. Por exemplo, enquanto buscava material para Número Zero, encontrei a autópsia inteira de Mussolini. Nenhum narrador de pesadelos e horrores jamais conseguiu imaginar uma história como essa, e é verdadeira. E a passei para o personagem Bragadoccio, jornalista investigativo, que babava enquanto a utilizava para sua crônica sobre conspiração que inventou.
P. E o senhor não a inventou, claro.
R. Está na Internet, é assim. Então é muito fácil imaginar que um personagem tão paranoico e tão obsessivo como esse jornalista comece a desfrutar tanto da autópsia como das caveiras que encontra na igreja de Milão por onde passa sua história. Também nesse caso da igreja tudo é verdadeiro: tentei desenhar uma Milão secreta, com essas ruas, essas igrejas, que abrigam realidades que pareceriam fantasias…
P. Agora a realidade e a fantasia têm um terceiro aliado, a Internet, que mudou por completo o jornalismo.
R. A Internet pode ter tomado o lugar do mau jornalismo… Se você sabe que está lendo um jornal como EL PAÍS, La Repubblica, Il Corriere della Sera…, pode pensar que existe um certo controle da notícia e confia. Por outro lado, se você lê um jornal como aqueles vespertinos ingleses, sensacionalistas, não confia. Com a Internet acontece o contrário: confia em tudo porque não sabe diferenciar a fonte credenciada da disparatada. Basta pensar no sucesso que faz na Internet qualquer página web que fale de complôs ou que invente histórias absurdas: tem um acompanhamento incrível, de internautas e de pessoas importantes que as levam a sério.
P. Atualmente é difícil pensar no mundo do jornalismo que era protagonizado, aqui na Itália, por pessoas como Piero Ottone e Indro Montanelli…
R. Mas a crise do jornalismo no mundo começou nos anos 1950 e 1960, bem quando chegou a televisão, antes que eles desaparecessem! Até então o jornal te contava o que acontecia na tarde anterior, por isso muitos eram chamados jornais da tarde: Corriere della Sera, Le Soir, La Tarde,Evening Standard… Desde a invenção da televisão, o jornal te diz pela manhã o que você já sabe. E agora é a mesma coisa. O que um jornal deve fazer?
P. Diga o senhor.
R. Tem que se transformar em um semanário. Porque um semanário tem tempo, são sete dias para construir suas reportagens. Se você lê a Time ou a Newsweek vê que várias pessoas contribuíram para uma história concreta, que trabalharam nela semanas ou meses, enquanto que em um jornal tudo é feito da noite para o dia. Um jornal que em 1944 tinha quatro páginas hoje tem 64, então tem que preencher obsessivamente com notícias repetidas, cai na fofoca, não consegue evitar… A crise do jornalismo, então, começou há quase cinquenta anos e é um problema muito grave e importante.
P. Por que é tão grave?
R. Porque é verdade que, como dizia Hegel, a leitura dos jornais é a oração matinal do homem moderno. E eu não consigo tomar meu café da manhã se não folheio o jornal; mas é um ritual quase afetivo e religioso, porque folheio olhando os títulos, e por eles me dou conta de que quase tudo já sabia na noite anterior. No máximo, leio um editorial ou um artigo de opinião. Essa é a crise do jornalismo contemporâneo. E disso não sai!
P. Acredita de verdade que não?
R. O jornalismo poderia ter outra função. Estou pensando em alguém que faça uma crítica cotidiana da Internet, e é algo que acontece pouquíssimo. Um jornalismo que me diga: “Olha o que tem na Internet, olha que coisas falsas estão dizendo, reaja a isso, eu te mostro”. E isso pode ser feito tranquilamente. No entanto, ainda pensam que o jornal é feito para que seja lido por alguns velhos senhores –já que os jovens não leem— que ainda não usam a Internet. Teria que se fazer um jornal que não se torne apenas a crítica da realidade cotidiana, mas também a crítica da realidade virtual. Esse é um futuro possível para um bom jornalismo.
P. Em seu romance, um editor concebe um jornal que não vai sair às ruas, para dar medo. É uma metáfora do que acontece?
R. E não só isso. Em Número Zero aprofundo a técnica do dossiê. A chantagem consiste em anunciar uma documentação, um informe. A pasta pode estar vazia, mas a ameaça de que existe basta: cada um de nós tem um cadáver no armário ou pelo menos recebeu uma multa por excesso de velocidade há 30 anos. A ameaça da existência de um dossiê é fundamental. A técnica da documentação é como a técnica do segredo. Filósofos ilustres, como Simmel e outros, disseram que o segredo mais poderoso é o segredo vazio. É uma técnica infantil: o menino diz (enganando): “Eu sei uma coisa que você não sabe!”. Dizer que sabe uma coisa que o outro não sabe é uma ameaça. Muitos segredos são vazios, e por isso são muito mais poderosos. Depois você vê os verdadeiros documentos, e são apenas recortes de imprensa. São vendidos a um Governo e aos serviços secretos, ou para a polícia, e são dossiês vazios, cheios de coisas que todos sabiam, menos os serviços secretos.
P. Número Zero é um romance de ficção, mas tudo pode ser visto na realidade…
R. É do jornalismo real que eu falo. Os jornais especializados na máquina de lama existem. Nem todos os jornais usam essa máquina, mas existem os que a utilizam, e por uma modesta soma de dinheiro eu poderia te dar os nomes…
P. E como sair da lama?
R. Dando notícias credenciadas. O que é maquina de lama? Normalmente é utilizada para deslegitimar o adversário e desacreditá-lo sobre questões particulares. Quero dizer que, na época áurea, se você não gostava de um presidente dos Estados Unidos, já aconteceu com Lincoln e Kennedy, o matava; era, por assim dizer, um procedimento honesto, como se faz na guerra… Por outro lado, com Nixon e Clinton se produziu uma deslegitimação com base em questões particulares. Um incitava a roubar papéis, o outro fazia coisas com uma estagiária… Essa é a maquina de lama. Poderiam ter dito, algo que não aconteceu nos Estados Unidos, que Kennedydormia com Marilyn Monroe; a máquina de lama teria feito isso… Aquele juiz de Rimini do meu livro (que existiu realmente, em outra cidade) foi colocado na máquina de lama: usava meias extravagantes, fumava demais. Na verdade, havia emitido uma sentença que naquele momento não tinha agradado Berlusconi. E o que o maquinário do ex-primeiro-ministro fez foi buscar desacreditar sua reputação por meio de episódios menores. Pode se deslegitimar Netanyahu pelo que faz com a Palestina. Mas acusá-lo, por exemplo, de pedófilo, então já não estará trabalhando com fatos, mas estará colocando em funcionamento a máquina de lama.
P. Contra a máquina de lama…
R. As provas, as notícias rebatidas. Para a máquina de lama é suficiente difundir uma sombra de suspeita ou trabalhar sobre uma fofoca menor. No fim, na Itália, Berlusconi foi colocado contra as cordas contando o que ele fazia à noite em sua casa. Podiam dizer dele, e disseram, coisas muito mais graves, sobre seus conflitos de interesse, por exemplo. Mas isso deixava o público indiferente. E quando se provou que ele estava com uma menor de idade, então se viu em dificuldades. Como você pode ver, até defendo o Berlusconi! Ele foi vencido a partir de revelações sobre sua vida pessoal mais do que por notícias sobre fatos verdadeiros e outras coisas pelas quais é responsável.
P. O senhor cita em seu livro a Operação Gládio em relação a fatos que ocorreram após a Segunda Guerra Mundial… Entram aí até as suspeitas sobre a autoria da matança dos advogados de Atocha… Aquela sombra da extrema direita agora volta ao mundo com os atentados islâmicos. Um mundo sombrio outra vez. Qual a sua opinião desse momento outra vez sangrento, protagonizado dessa vez pelos terroristas jihadistas?
R. É como o nazismo: pensava em restabelecer a dignidade do povo alemão matando todos os judeus. De onde nasce o nazismo? De uma profunda frustração. Tinham perdido uma guerra, e é nos momentos de grandes crises que o cacique de um povo pode congregar a opinião pública em torno do ódio contra um inimigo. Acontece agora com o mundo muçulmano: três séculos de frustração, após o império otomano, após o imperialismo, surge essa frustração em forma de ódio e fanatismo…
P. E como se luta contra isso?
R. Não sei. Estava muito claro como se podia lutar contra o fanatismo nazista, porque os nacional-socialistas estavam em um território identificável. Aqui a coisa é mais complexa.
P. Tem medo?
R. Não por mim, por meus netos.
P. O senhor escreveu um livro em que um jornal da lama faz batalhas sujas sem sair às ruas… Cogita que um dia não haja jornais?
R. É um risco muito grave, porque, depois de tudo que disse de mau sobre o jornalismo, a existência da imprensa ainda é uma garantia de democracia, de liberdade, porque especialmente a pluralidade dos jornais exerce uma função de controle. Mas, para não morrer, o jornal tem que saber mudar e se adaptar. Não pode se limitar apenas a falar do mundo, uma vez que disso a televisão já fala. Já disse: tem que opinar muito mais sobre o mundo virtual. Um jornal que soubesse analisar e criticar o que aparece na Internet hoje teria uma função, e até um rapaz ou uma moça jovem leriam para entender se o que encontraram online é verdadeiro ou falso. Por outro lado, acho que o jornal ainda funciona como se a Internet não existisse. Se olhar o jornal de hoje, no máximo encontrará uma ou duas notícias que falam da Internet. É como se as rotativas nunca se ocupassem de sua maior adversária!
Quais os conflitos e interesses na rotina produtiva jornalística? Como refletir sobre temas como preservação, regulamentação e degradação ambiental no jornalismo? De que maneira é possível pensar sobre a relação entre a comunicação, as novas tecnologias e a industrialização? Como a partir do conceito de memória é possível traçar um mapeamento da imprensa brasileira? São alguns questionamentos trazidos pelo livro “Interfaces comunicacionais”, uma coletânea de artigos que refletem a produção científica de 14 professores do curso de Comunicação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). A publicação será lançada no auditório do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL), em Cachoeira, Bahia, no próximo dia 23 de março.
O evento, que começará às 13h30, terá uma programação com mesa-redonda com os autores, seguida do lançamento do livro coletivo publicado pela Editora da UFRB. Serão lançadas mais duas obras: “As vestes da Boa Morte” (Editora UFRB), organizado professora do curso de Comunicação da UFRB, Renata Pitombo, Pós-doutora em sociologia pela Université René Descartes, Paris V-Sorbonne; e “Sem Devaneios: coletânea de artigos” (Editora JP Produções), escrito pela jornalista Cláudia Correia, que trabalha na Minerva Cachoeira e atua como professora do curso de Serviço Social da Universidade Católica.
O evento “Interfaces comunicacionais: mesa-redonda e lançamento de livros do curso de Comunicação” será uma atividade de extensão gratuita e aberta aos públicos do CAHL (estudantes de graduação, professores e servidores técnico-administrativos) e também à comunidade em geral. O lançamento dos livros será das 16 às 18 horas. Os valores das obras variam de R$ 15 a R$ 25,00.
“Um Cidadão Prestante” é o título do mais novo livro do jornalista Sérgio Mattos. Em formato de entrevista biográfica, a obra conta a trajetória do professor Edivaldo Machado Boaventura, com o qual o autor compartilhou experiências enquanto trabalhavam na redação do jornal A Tarde. O lançamento ocorre no dia 4 de novembro, às 18h30, na Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador.
A publicação, lançada através da Quarteto Editora com apoio da UFBA, promete preencher uma lacuna da história do jornalismo baiano, sendo resultado da experiência profissional de duas personalidades com contribuições no campo do jornalismo e da educação.
Serviço
O que: Lançamento do livro “Um Cidadão Prestante”, de Sérgio Mattos Quando: Dia 4 de novembro, às 18h30 Onde: Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA) – Rua Augusto Viana, Canela. Informações:[email protected]