O Goethe-Institut Bahia realiza na próxima quinta-feira (18) o evento Checando os Fatos: Desinformação, Algoritmos e Novas Mídias, em modelo híbrido, com plateia presencial, no teatro do Goethe-Institut, no Corredor da Vitória (Salvador), e transmissão pelo Youtube, a partir das 18h30.
O debate contará com a cientista de dados, pesquisadora e educadora analítica Carla Wosniak (do Cappra Institute), com a jornalista Danutta Rodrigues, editora-chefe do portal G1 Bahia, que falará sobre o processo de apuração e checagem das informações na rotina de produção das notícias, e com o pesquisador André Lemos, que é professor da Faculdade de Comunicação da UFBA e coordenador do LAB404. A mediação da conversa ficará por conta da jornalista Silvana Oliveira, diretora de jornalismo da Rádio Sociedade da Bahia.
O evento é promovido pelo Goethe-Institut Salvador-Bahia, como parte do seu compromisso em discutir questões relevantes globalmente. O Goethe informa que a participação do público de modo presencial será mediante inscrição no site sympla.com.br/goethebahia. Ainda de acordo com a organização, apenas 50% da capacidade do teatro será ocupada e haverá distanciamento entre os assentos. Na entrada, também será exigido o comprovante de vacinação (duas doses ou dose única).
SERVIÇO O quê: Checando os fatos: desinformação, algoritmos e novas mídias Quando: 18 de novembro, às 18h30 Onde: Teatro do Goethe-Institut, no Corredor da Vitória, com transmissão ao vivo pelo Youtube GoetheBahia Evento gratuito. Para assistir presencialmente, inscrições no sympla.com.br/goethebahia
Pauta integra documento assinado por 27 instituições com sugestões de mudanças no PL das Fake News
Além do compartilhamento de dados pessoais de consumidores e as invasivas mailing lists – de notório valor financeiro -, as grandes empresas de tecnologia, as chamadas “big techs” como Google e Facebook, impactam na salubridade do trabalho de jornalistas na rede. A remuneração do conteúdo jornalístico e outras pautas relacionadas à valorização do jornalismo e da publicidade estão entre as propostas feitas pela coalizão “Liberdade com Responsabilidade”, formada por 27 entidades ligadas à comunicação social no Brasil. O documento (ver aqui) endereçado na última terça-feira à Câmara dos Deputados reúne sugestões de mudanças no texto do Projeto de Lei 2.630, conhecido como PL das Fake News.
A nova coalizão formalizou uma campanha amplamente divulgada em diversos veículos de comunicação, inclusive no Jornal Nacional, da TV Globo. A ideia é simples: estabelecer nesta lei um princípio legal de que os provedores de aplicação serão obrigados a remunerar todo e qualquer conteúdo jornalístico trafegado em suas redes, sempre que elas auferirem receitas com publicidade através deles. O PL 2.630 já foi aprovado no Senado em uma votação polêmica, dada a urgência com que aquela Casa tratou o tema, e agora tramita na Câmara dos Deputados. Até houve uma tentativa de inserir essa reivindicação no texto, mas a pressão das “big techs” conseguiu evitar a aprovação pelos senadores.
Com base nos poucos dados fornecidos por essas gigantes da tecnologia, especialistas do setor publicitário estimam que as receitas alcançam R$ 13 bilhões. De acordo com a coalizão, uma pequena parte disso seria canalizado por elas para a “monetização” de algumas páginas de influenciadores digitais na Internet, notadamente nas redes sociais, ou para as empresas de conteúdo jornalístico. Para o grupo, o combate à a desinformação na Internet precisa ser feito com conteúdo jornalístico.
E os jornalistas profissionais que produzem conteúdo na Internet?
No que diz respeito à distribuição de conteúdo jornalístico profissional brasileiro, a coalizão defende que todo material utilizado pelos provedores de aplicação de internet seja remunerado às empresas e aos profissionais, se por eles autorizado, ressalvados o compartilhamento de links diretamente pelos usuários. “A remuneração dos conteúdos jornalísticos se justifica não apenas pelo uso e monetização dos conteúdos sem a devida contrapartida, mas pela relevância desta atividade para o combate à desinformação e para a democracia”, destaca a correspondência.
Desde o ano passado, países como Austrália, Espanha, França e mais recentemente a Irlanda, iniciaram suas campanhas para obrigar essas plataformas a remunerarem o conteúdo jornalístico. Sob o argumento de que esse mercado foi abalado por elas mesmas nos últimos anos, levando o setor a uma retração no número de empresas em atividade e na oferta de empregos.
No Brasil, essa discussão entre os jornalistas até agora não decolou. E mesmo após o lançamento da campanha das empresas, o tema continua fora dos debates na categoria. Um pequeno grupo de jornalistas tem se reunido nas últimas semanas para debater a questão. Até o momento há o consenso de que algo precisa ser feito.
Desinformação on-line
Para as entidades, as melhores soluções de combate à desinformação passam pelos modelos de contratação de serviços de internet e não pela vigilância dos usuários, o que fere os princípios das liberdades de expressão e de imprensa. O grupo levanta a necessidade de aplicação da legislação para que as operações on-line sejam contratualmente realizadas no país e, portanto, identificados os patrocinadores, inclusive de propaganda política e partidária.
A publicidade em meios digitais, segundo o documento endereçado a Maia, deve observar as regras de proteção à livre concorrência, em especial as estabelecidas na Lei 12.529 e na Lei nº 13.709 (LGPD) em relação à utilização de tecnologias de processamento e análise de dados de usuários alcançados por publicidade direcionada. As instituições assinalam ainda a necessidade de obrigação de transparência na distinção de conteúdo noticioso, de conteúdo impulsionado e de publicidade, inclusive político-partidária.
Você acredita em tudo que lê? Tem o hábito de compartilhar notícias que chegam por aplicativos de mensagens? Especialistas apontam que as redes sociais e o universo informacional do século XXI facilitaram o escoamento de notícias enganosas de maneira rápida e eficiente, embora espalhar intencionalmente informações falsas seja uma prática com longa tradição histórica. O projeto Memórias Contemporâneas, realizado pela Fundação Pedro Calmon (FPC/Secult) em parceria com o Goethe-Institut Salvador, iniciou sua temporada 2019 com o debate “Fake News”. O evento reuniu, no dia 1º de Abril – popular Dia da Mentira –, profissionais da imprensa, professores e estudantes, para discutir os desafios no combate à fabricação de notícias fraudulentas.
Foto: Fernando Franco/ABI
“Dinheiro falso não é dinheiro. Por que uma notícia falsificada seria notícia? Se é fake, não é news. Se é news, não pode ser fake”, advertiu a jornalista Malu Fontes, professora de Jornalismo da Faculdade de Comunicação da UFBA, com pós-doutoramento em Fake News pela UBI-Portugal. Responsável por mediar a discussão, Fontes criticou o que chamou de “polissemia” do termo. “Chamam tudo de fake news. Uma ‘barrigada’ é fake news, um furo que não se comprovou é fake news, jornalismo manipulado, jornalismo opinativo… É um fenômeno muito caro para a nossa profissão”, analisa. “A maioria dos países não usa mais essa expressão. Eles preferem o termo ‘disinformation’, para falar da falsa informação deliberada e espalhada para influenciar a opinião pública ou obscurecer a verdade”, explica.
Para Malu Fontes, é preciso entender que fake news é comunicação estratégica. “É algo muito organizado, com objetivo de enganar, ganhar dinheiro ou destruir reputações. E o jornalismo é o triunfo do spoiler. Por mais criativo que seja o seu lead, por exemplo, você já começa respondendo às perguntas mais básicas, dizendo a verdade”. A professora, que também atua como articulista/comentarista da rádio Metrópole FM e do jornal Correio*, identifica uma espécie de aniquilamento dos veículos. “O que ficou no lugar foram as notícias falsificadas”, lamentou.
Democracia em xeque
O veterano Alexander Busch foi um dos convidados da noite. Há mais de 25 anos o alemão é correspondente da América do Sul do grupo editorial Handelsblatt (que publica o semanário Wirtschaftswoche e o diário Handelsblatt) e do jornal Neue Zürcher Zeitung. Busch, que cresceu na Venezuela e estudou economia e política em Colônia (Alemanha) e em Buenos Aires (Argentina), vive e trabalha entre São Paulo e Salvador. Ele falou sobre os efeitos das fake news nas sociedades democráticas. “A divulgação priva o cidadão do acesso à informação que lhe é garantido por lei na maior parte das nações”, defende.
Foto: Fernando Franco/ABI
Para ele, o fenômeno cria uma desconfiança nas instituições e, consequentemente, a perda da credibilidade dos meios de comunicação, que já enfrentam uma onda de aversão e hostilidade. “É um instrumento muito adequado para esse momento de uma política autocrata, uma corrente de política que quer oferecer os seus instrumentos autoritários para a sociedade. Fake news é para desestabilizar uma sociedade, gerar e aumentar a desconfiança nas instituições, no seu próximo e aumentar a demanda por soluções fáceis”, destaca o autor da coluna “Tropiconomia”, na Deutsche Welle (DW).
Alexander Busch salientou o despreparo da Justiça Eleitoras no Brasil para lidar com o problema, que, segundo ele, está longe do ápice. “Ainda vai se agravar, porque vejo a profissionalização das fake news. O modelo no mundo atualmente é o autoritarismo na economia, na sociedade e na política”. De acordo com ele, o combate às fake news é uma luta por democracia e a imprensa tem papel essencial na batalha para proteger a integridade das informações e expor notícias falsas. O jornalista não acredita em mudança em curto prazo e disse que nos próximos cinco anos a função de correspondente vai mudar drasticamente. “Os países estão querendo olhar para si. As mídias vão ficar cada vez mais provincianas. Estou preocupado com o rumo das coisas”, admitiu.
Jornalismo-cidadão e perspectivas
Na rua, ao vivo e sem cortes. Essa é a aposta dos membros da rede de comunicação livre Mídia NINJA – Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação. Com uma perspectiva mais otimista, Rafael Vilela, um dos fundadores do coletivo, levou ao debate a visão de quem faz jornalismo independente e retrata o cotidiano das cidades quebrando a narrativa da grande imprensa. Para ele, o Brasil viveu um período progressista e agora está passando por um contra-ataque conservador. “Somos otimistas. Toda crise é uma oportunidade para debatermos assuntos importantes”, pontuou.
De acordo com Vilela, a disseminação de notícias falsificadas pode influenciar positivamente na postura dos jornalistas. Ele falou do papel da imprensa neste momento de instabilidade política no país e relembrou o início da Mídia Ninja, no auge das manifestações de 2013. “Transmitimos pela internet, disputando espaço com as emissoras. As pessoas acreditavam mais na nossa cobertura, com celulares e estrutura precária, do que na narrativa da mídia tradicional e seus equipamentos caros. O bom jornalismo pode ser feito a partir de uma comunicação sincera, que vai às ruas, que olha para as pessoas”, afirmou.
Foto: Fernando Franco/ABI
Formado em Design pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o fotojornalista reconhece os riscos e o poder das notícias falsificadas, mas acredita nas ações de enfrentamento. Como sinal do engajamento da sociedade, ele citou o movimento “vira-voto” ocorrido nas últimas eleições presidenciais, quando eleitores se uniram para conquistar apoio ao candidato Fernando Haddad. “Cada vez mais pessoas estão conscientes e buscando transformação. Essa disputa não vai acabar agora”.
Questionado sobre os mecanismos de fact check, ele considera insuficientes. “É uma forma de resistir, uma parte do trabalho. Mas a gente não pode achar que a solução para a crise da desinformação é checar dados. O desafio é muito mais profundo, envolve o caminho da informação até as pessoas, educar para a interpretação da notícia. A gente provoca que cada um seja um checador no dia a dia”, conclui. Na próxima a Mídia Ninja lançará o “Ninja Hackerspace”. Com base no Rio de Janeiro, o projeto vai reunir profissionais para criar aplicativos, analisar big data e desenvolver tecnologia e ferramentas de mobilização social.
Em meio à disseminação de boatos, fake news e à propagação de pesquisas científicas duvidosas que se espalham rapidamente na internet, especialistas alertam para o iminente ressurgimento de doenças erradicadas no Brasil. O descrédito no retorno de infecções como a poliomielite, sarampo, caxumba e rubéola se deve, em muito, ao desconhecimento da sua gravidade e das consequências que tiveram nas gerações anteriores no país.
O sarampo foi considerado erradicado desde 2016 no Brasil pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Entretanto, até 30 de outubro deste ano, 2.564 novos casos e 14 mortes foram confirmados pelo Ministério da Saúde em todo território nacional. O Norte do país concentra o maior número de eventos, onde também ocorre o principal fluxo migratório de venezuelanos, o que explica a presença do vírus com genótipo (D8) no Brasil, o mesmo que circula na Venezuela desde 2017. Esse crescimento de casos confirma a baixa adesão da população nas campanhas de vacinação, especialmente, à tríplice viral.
Foto: reprodução/internet
A cobertura vacinal no Brasil está em queda em, pelo menos, três tipos de vacina, desde o ano de 2015. Segundo relatório divulgado pela Unicef em julho deste ano, a tríplice viral, que previne contra sarampo, caxumba e rubéola, alcançou, em 2017, 85% do público-alvo, contra 100% no ano de 2014. Em Salvador, as campanhas de vacinação contra o sarampo e a poliomielite deste ano atingiram respectivamente 83,33% e 79,7% em relação a meta nacional de 95%.
Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS), não é possível fazer comparação destes números com os indicadores de anos anteriores, pois os dados não estão disponíveis. Por e-mail, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou que, “por conta de atrasos e/ou inconsistências na exportação de dados desse sistema para a base de dados nacional”, as informações devem ser consultadas diretamente com a SMS. No portal da Sesab e do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), só há atualizações até os anos de 2015 e 2014, respectivamente.
Doiane Lemos, subcoordenadora de Doenças Imunopreveníveis do Complexo Municipal de Vigilância à Saúde, órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, atua na imunização há dez anos. Lemos salienta que a causa da baixa na vacinação das crianças é multifatorial e destaca a realidade social como importante elemento de análise do problema. “Hoje a mãe tem que se desdobrar para encontrar horários e levar os filhos para serem vacinados no posto de saúde, sempre conciliando com o período do trabalho. Esse é mais um fator que ocasiona a queda na cobertura vacinal”, diz Doiane. O problema é reforçado porque nem sempre o pai auxilia nos cuidados dos filhos, cenário que não contribui para a maior proteção das crianças.
Desinformação perigosa
O eletromecânico Eliel Guimarães acredita que a alimentação é suficiente para fortalecer o organismo, sem as reações adversas que as vacinas podem provocar. “Acho que só tomei [vacina] quando meus pais me levavam quando criança, e na empresa que trabalhei tomei a H1N1, depois dessa, eu tive reações colaterais, fiquei uns dias com gripe, febre. Eles dizem que isso é normal, né?”, relembra. “Mas comecei a pensar nos alimentos saudáveis que podemos ingerir e fazer com que nosso corpo fique imune. Eu acredito mais no poder da alimentação do que das vacinas hoje”, acredita.
A subcoordenadora Lemos ressalta que, apesar da alimentação saudável ser importante para o sistema de defesa do corpo, as doenças imunopreveníveis são provocadas por vírus ou bactérias, elas ainda têm uma capacidade de replicação rápida. Ela explica que não existem garantias científicas que coloquem a boa alimentação como estratégia de substituição da vacina.
Dra. Jacy Andrade associa a baixa adesão vacinal às fake news nas redes sociais – Foto: Fernando Franco
Jacy Andrade, imunologista do Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais, do Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos (HUPES), associa a falta de adesão vacinal também às fake news nas redes sociais. “A notícia impactante contra a vacina pode não ser verdade, mas aquilo desperta nas pessoas uma curiosidade imensa. Então, essas fake news têm a intenção de desinformar, é um desserviço à população”, afirma.
Mesmo com os alertas sobre os riscos para a saúde da família, o produtor musical Rhenato Costa faz parte da população descrente da importância da vacina. “Tenho duas filhinhas que não foram vacinadas”, conta, apesar de o Estatuto da Criança e do Adolescente definir como dever dos pais vacinar os filhos. Rhenato diz ter encontrado informações na internet, de grupos que se dizem profissionais da saúde e que questionam a eficiência, a inovação tecnológica na produção de vacinas e, até mesmo, a existência de perigosos vírus como o sarampo. Na Europa, investigadores médicos tiveram seus registros cassados por publicarem informações de saúde não comprovadas cientificamente. Um exemplo foi o caso do médico britânico Andrew Wakefield, que devido a uma pesquisa que associava a vacina do sarampo-papeira-rubéola com autismo em 1998, perdeu seu registro.
Reações adversas, presença de substâncias químicas e conservantes na produção das vacinas são outras críticas feitas por Rhenato. “A grande maioria das pessoas que fazem uso da vacina acabam contraindo também todas essas doenças [das vacinas] […] o que é uma coisa bem estranha”, opina. Para Rhenato, a higiene é importante como prevenção de doenças e, assim como Eliel Guimarães, optou por uma vida voltada mais para a alimentação saudável.
Avanços tecnológicos
Considerada a maior instituição de pesquisa e tecnologia em saúde na América Latina, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, produz e exporta vacinas com alto rigor de qualidade internacional, como a da febre amarela. “O Brasil tem um parque tecnológico fantástico de produção de vacina reconhecido internacionalmente”, conta Jacy Andrade, que argumenta que a segurança das vacinas está garantida pelas inovações nos modos de produção. Um exemplo desses avanços tecnológicos na produção está na diferença entre o antigo método da vacina da coqueluche e o atual. Hoje “são identificados antígenos que fazem parte da bactéria, assim a vacina fica quimicamente mais purificada”, diz. O antígeno é uma partícula capaz de estimular a produção de anticorpos no corpo.
Andrade acredita que acontecimentos pontuais contribuem para o exacerbado medo da vacinação. “Como as pessoas não conhecem o impacto da doença, o que é que impressiona?” O impacto de um evento adverso, tal como alguma reação típica após a vacinação, deveria ser muito menor do que a doença, pondera a médica. “Na minha época de estudante, a gente tinha um pavilhão de suporte para casos com poliomielite, de crianças com dificuldades, que não andavam por conta da doença, e isso só foi controlado com a vacina. A mesma coisa com o sarampo, e toda vez que há uma baixa vacinal, coloca-se em risco a população, porque pode voltar”, explica.
*Texto de Fernando Franco e Ellen Chaves, originalmente publicado no Jornal da Facom (2018.2)