Notícias

2014 foi o pior em 20 anos para liberdade de expressão na Venezuela, diz ONG

DEU NA AFP – O ano de 2014 foi o pior dos últimos 20 anos para a liberdade de expressão na Venezuela, com quase 580 violações, segundo um relatório divulgado nesta terça-feira pela ONG Espacio Público. O documento explica que entre janeiro e dezembro foram documentadas “350 denúncias/casos”. “Este número representa o mais alto já registrado na Venezuela nos últimos 20 anos”, explica à AFP o diretor da ONG, Carlos Correa.

Em 2013, esta mesma organização havia reportado 220 casos de violação da liberdade de expressão no país caribenho, enquanto em 2012 este número foi 169. O aumento dos casos nos últimos anos coincide com a chegada de Nicolás Maduro à presidência, após a morte do líder Hugo Chávez.

“Durante a campanha para as eleições presidenciais (abril de 2013) e após a vitória apertada de Maduro houve um ativismo brutal do governo com o tema dos meios de comunicação, com desqualificações públicas, procedimentos judiciais contra jornais pela cobertura de temas econômicos”, explica Correa. Os casos mais recorrentes de violação da liberdade de expressão se referem à censura (145) e às agressões a jornalistas (93).

*Conteúdo da Agência France-Presse via Diário de Pernambuco

publicidade
publicidade
Notícias

Maré humana toma Paris em defesa da liberdade de expressão

Um verdadeiro mar de gente tomou conta das ruas de Paris neste domingo (11) para protestar contra o extremismo e defender a liberdade de expressão e a unidade. Em um país que declarou a República há mais de 225 anos, o ataque ao semanário satírico Charlie Hebdo – que deixou 12 mortos –, além das mortes da jovem policial abatida a tiros e das quatro pessoas na tomada de refém em um mercado parisiense de comida judaica, motivaram uma massa de cerca de 1,5 milhão de pessoas que se abarrotaram nas ruas da cidade. Em toda a França, foram cerca de 3,7 milhões que marcharam contra o terrorismo. Meia centena de líderes da Europa, África e Oriente Médio também participaram da histórica manifestação pela liberdade e democracia.

Leia também: ABI repudia mortes de jornalistas e atentado à liberdade de expressão

A multidão, reunida sob um frio sol de inverno, alterna slogans como “Viva a França”, “Eu sou Charlie” e sua variação mais abrangente “Eu sou Charlie, judeu, policial”. Liberdade era a palavra mais ouvida entre a população francesa. A movimentação na capital francesa começou na Praça da República, onde jovens passaram a subir no monumento de Marianne, figura que representa a república francesa, onde estão grafadas as palavras Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Bandeiras da França foram levantadas no monumento e receberam a companhia de símbolos de outros países.

“Charlie, Charlie” era um dos gritos dos presentes, até que passaram a cantar “La Marseillaise”, hino nacional francês. Numerosos, os cartazes ‘Je Suis Charlie’ (na tradução ‘Eu Sou Charlie’) se espalharam por toda a praça e arredores. Nas ruas mais próximas da République, era impossível se mover enquanto a caminhada não começava. A imensa mobilização passou pela Bastilha e terminou na Praça da Nação, onde familiares das vítimas foram recebidos com silêncio e aplauso. Depois, o hino francês foi novamente entoado pela multidão, uma marcha que antes pregava a guerra, agora prega a união e a paz entre os povos. A presença massiva demonstrou também uma afirmação dos franceses em defesa da nação, em vez de expressar o medo ao terror. Nas ruas, a principal defesa da voz das ruas era pela livre expressão e pela liberdade de culto, como relatam os manifestantes.

Manifestação histórica

A grande manifestação deste domingo na capital francesa foi seguida de outras nas principais cidades do país. Esses protestos já foram precedidos por outros espontâneos realizados na quarta-feira passada, horas depois do ataque jihadista contra o jornal satírico Charlie Hebdo, que terminou com 12 assassinados e, no sábado, quando mais de 700.000 pessoas saíram às ruas de todo o país para expressar oposição ao terrorismo e ao antissemitismo. Nas manifestações de sábado, muitos dos participantes carregavam cartazes com a frase “Sou judeu”.

Pelo menos cem mil pessoas protestaram em Toulouse (sul), 40.000 em Lille (norte), 30.000 em Pau (sudoeste) e dezenas de milhares mais em outras cidades, para prestar uma homenagem às vítimas. Em cidades como Orleans, Rouen e Marselha, os manifestantes saíram às ruas mostrando lápis e capas do semanário atacado, que perdeu cinco de seus cartunistas. Eles mostravam cartazes com inscrições como “não tenho medo” e “contra o obscurantismo”.

*Informações da AFP, Terra e El País (Edição Brasil)

publicidade
publicidade
Notícias

FBI anuncia que policiais poderão se passar por jornalistas em investigações

DEU na Associação Brasileira de Imprensa (ABI) – James Comey, diretor da polícia federal norte-americana(FBI), declarou nesta terça-feira, dia 9, em encontro com profissionais de imprensa, que qualquer agente do órgão pode apresentar-se como um jornalista para concluir uma investigação. Comey assegurou que “esta tática, utilizada raramente, é desenvolvida com cuidado e sob  rigorosa supervisão”. A agência de notícias Associated Press (AP) exigiu garantias do Departamento de Justiça dos EUA e do FBI de que a medida não seja usada.

James Comey revelou que em 2007 um agente do FBI fingiu ser repórter da AP durante uma investigação criminal. De acordo com a agência, Comey enviou uma carta ao The New York Times informando que o policial “ portou-se como um empregado da Associated Press a fim de capturar um adolescente de 15 anos acusado de fazer ameaças de bomba contra uma escola em Washington”.

Em documento oficial enviado a James Comey e ao procurador-geral dos EUA, Eric Holder, a AP questionou os métodos usados pela polícia. “Esta tática policial enquadra-se no crime de falsidade ideológica, que corrompe os princípios fundamentais da imprensa livre e a imparcialidade da notícia” Diz o texto assinado pelo presidente e diretor-geral da AP, Gary Pruitt. Segundo James Comey, a técnica era apropriada com as diretrizes da época. No entanto, Kathleen Carroll, diretora-executiva da AP, disse que as ações do FBI são “inaceitáveis”.

Paul Colford, diretor de relações de mídia da AP, também manifestou repúdio em relação às técnicas de investigação da FBI. “Estamos extremamente preocupados, já que é inaceitável que o FBI use o nome da Associated Press e publique uma história falsa”, lamentou Paul Colford.

Ética

The-Seattle-Times-página-falsapNo último mês de outubro, o FBI forjou uma página do site do jornal Seattle Times para agilizar uma investigação.  O link da página do veículo, que publicara uma reportagem falsa sobre as ameaças de bomba, foi enviado para a conta do MySpace do suspeito do crime. Com isso, os agentes conseguiram rastrear o computador do criminoso e revelar a identidade. Na ocasião, o Seattle Times e a AP denunciaram que a medida ultrapassava os limites da ética jornalística e comprometia a credibilidade do veículo. Desde então, os agentes do FBI precisam de autorizações da chefia de Redação local e de um oficial sênior.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, os documentos obtidos pela Fundação Fronteira Eletrônica (EFF, na sigla em inglês), apontam que um escritório do FBI em Seattle fabricou uma notícia e uma página falsa do Seattle Times para ter acesso ao computador de um suspeito que anunciou uma série de ameaças à bomba em 2007.

A publicação informou que apenas soube do incidente depois que o diretor técnico da União Americana pelas Liberdades Civis, Christopher Sogohian, escreveu em seu Twitter sobre a ação do órgão. “Estamos indignados com o FBI, que, com a ajuda de advogados nos EUA, apropriou-se indevidamente do nome do Seattle Times para instalar-se secretamente no computador de um suspeito do crime”, disse Sogohian. O FBI ainda não respondeu às solicitações sobre os casos em que foram adotadas essas técnicas.

publicidade
publicidade
Notícias

11ª edição do Prêmio Líbero Badaró de Jornalismo divulga vencedores

IMPRENSA Editorial tornou pública a lista de ganhadores da 11ª edição do Prêmio Líbero Badaró de Jornalismo. O evento realizado na noite de segunda-feira (24), na Câmara Municipal de São Paulo, que também patrocinou a cerimônia, distribuiu R$ 72 mil para o reconhecimento de reportagens de excelência veiculadas de 8 de abril de 2013 a 7 de abril de 2014 em dez categorias. O júri também elegeu os ganhadores de dois prêmios especiais: “Grande Prêmio Líbero Badaró”, que ficou com a equipe do jornal Folha de S.Paulo, pela reportagem “A Batalha de Belo Monte” e “Destaque do Ano”, que reconhece um jornalista por suas contribuições à mídia brasileira. Nesta edição, o homenageado foi Gilberto Dimenstein, idealizador do site Catraca Livre.

Vencedores_Prêmio Líbero Badaró-Portal Imprensa
Vencedores da 11ª edição do Prêmio Líbero Badaró de Jornalismo agradecem a homenagem – Foto: Portal IMPRENSA

Na categoria “Jornalismo universitário”, o prêmio ficou com os estudantes da Universidade de Brasília (UnB), com a matéria “Ausentes – eles estão em algum lugar do outro lado da fronteira”. Na modalidade “Ilustração”, a Folha de S.Paulo foi o premiada com o desenho “Protestos”.

Uma das categorias recordistas de inscrições neste ano, “Webjornalismo” ficou com o portal G1 pela matéria “Bye, Bye, Brasil: 35 anos depois”. “Jornal Imprenso” também recebeu número recorde de concorrentes. Quem levou o prêmio foi o jornal O Dia (RJ), com a matéria “Revelações do Coronel Malhães”. Ainda no meio impresso, a categoria “Primeira Página” ficou com o jornal Diário Catarinense (SC) pela capa “Mais ordem do que progresso”. Em “Radiojornalismo”, a EBC de São Paulo foi vencedora com o especial “A América Latina e o Golpe de 1964 no Brasil”.

Na categoria “Fotojornalismo”, o vencedor foi o jornal O Estado de S. Paulo (RJ), pela imagem “Em defesa da Democracia”. Já em “Reportagem cinematográfica”, a TV Record (SP) ficou com o prêmio com a matéria “Laranjas do sertão”.

No prêmio dedicado ao “Telejornalismo”, a TV Globo (RJ) foi agraciada pela série “Pedofilia em Coari (AM)”. E finalmente na categoria “Cobertura internacional”, o Estadão ganhou mais uma vez, com a matéria “Sudão do Sul: A guerra esquecida”.

Iniciativa da revista e Portal IMPRENSA, o Prêmio Líbero Badaró tem patrocínio da Câmara Municipal de São Paulo e apoio institucional do Instituto Palavra Aberta, Artigo 19, Intercom, Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e Instituto Internacional de Ciências Sociais (IICS). Segundo os organizadores, “é a homenagem que IMPRENSA faz a quem presta jornalismo com paixão e conhece a importância do seu papel na sociedade”.

Confira a lista completa dos vencedores:

Jornalismo universitário

“Ausentes – eles estão em algum lugar do outro lado da fronteira”
Universidade de Brasília (DF)
Autores: Amanda Maia Santos e Amanda Martimon Morgado
Fotógrafos: Marcella Fernandes de Camargos

Ilustração

“Protestos”
Folha de S.Paulo (SP)
Autor: Angeli

Webjornalismo

“Bye, Bye, Brasil: 35 anos depois”
G1 (SP)
Autores: Glauco Araujo, Gustavo Miller, Leo Aragão e equipe de Arte
Fotógrafo: Luciano Emoto

Radiojornalismo

Especial: A América Latina e o Golpe de 1964 no Brasil
Empresa Brasil de Comunicação (SP)
Autores: Beatriz Pasqualino, Priscila Resende e Juliana Cézar Nunes

Primeira Página

“Mais ordem do que progresso”
Diário Catarinense (SC)
Autores: Edgar Gonçalves Junior, Cristiano Estrela, Rafael Rosa, Émerson Souza e Cristiane Cordioli
Fotógrafo: Cristiano Estrela

Fotojornalismo

“Em defesa da Democracia”
O Estado de S. Paulo (RJ)
Fotógrafo: Fabio Motta

Jornalismo impresso

“Revelações do Coronel Malhães”
Jornal O DIA (RJ)
Autora: Juliana Dal Piva

Reportagem cinematográfica

“Laranjas do sertão”
TV Record (SP)
Cinegrafistas: Cristiano Teixeira, Ingrid Sachs e Lucas Mello

Telejornalismo

Série “Pedofilia em Coari (AM)”
TV Globo (RJ)
Autores: Monica Marques, Giuliana Girardi, Wálter Nunes, Bruno Della Latta, Bruno Mauro, Bernardo Medeiros, Claudio Gutierres e Thiago Ornaghi Cinegrafistas: Abiatar Arruda, Marcone Prysthon, Lucio Alves e José de Arimatea

Cobertura internacional

“Sudão do Sul: A guerra esquecida”
O Estado de S.Paulo (SP)
Autora: Adriana Carranca

Grande Prêmio Líbero Badaró de Jornalismo

“A Batalha de Belo Monte”
Folha de S.Paulo (SP)
Autores: Marcelo Leite, Dimmi Amora e Morris Kachani
Fotógrafos: Lalo de Almeida, Rodrigo Machado e Douglas Lambert
*As informações são do Portal Imprensa.

publicidade
publicidade