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CNN encerra transmissões na Rússia após aprovação de lei que controla a imprensa

O canal de notícias americano CNN encerrará as transmissões na Rússia a partir de 1º de janeiro do próximo ano. A decisão foi tomada após aprovação de lei que restringe a propriedade estrangeira dos meios de comunicação.

De acordo com a Gazeta Russa, na última terça-feira (11/11), a Time Warner, mantenedora do canal, “está avaliando as opções de distribuição da CNN na Rússia tendo em conta as recentes mudanças na legislação de mídia russa. Estamos dando um fim a nossos relacionamentos de distribuição enquanto isso”, diz comunicado divulgado pela empresa, que anunciou ter notificado os distribuidores de TV a cabo russos VimpelCom e Akado sobre o fim das transmissões no país em 31 de dezembro.

“Esperamos ser capazes de entrar novamente no mercado russo em um momento oportuno. Notificaremos os nossos parceiros sobre a retomada dos serviços”, diz um trecho do comunicado, acrescentando que as operações do escritório em Moscou não serão afetadas.

Em maio, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sancionou uma lei que limita a participação estrangeira em empresas de comunicação russas a 20% e proíbe a veiculação de comerciais via TV paga na Rússia a partir de 1º de janeiro de 2017 -todas as operadoras de TV por cabo ou satélite, nacionais ou estrangeiras, terão de se adaptar à nova legislação.

O argumento dos autores da lei russa é que ela dá igualdade de condições entre os canais de TV paga, que obtêm sua receita por meio de assinaturas e comerciais, e os da TV aberta, cuja receita vem apenas dos anúncios. Redes de TV a cabo criticaram a medida, argumentando que os ganhos com as assinaturas não são suficientes para cobrir seus custos.

O governo russo afirma que, para escapar da proibição imposta pela nova lei, as empresas precisam ter pelo menos uma licença de TV aberta operando no país. Até agora, porém, apenas uma estação local adquiriu um canal aberto com esse fim.

*Informações do The Moscow Times via Gazeta Russa e da Folhapress.

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O adeus a dois ícones do jornalismo mundial

Quem pode esquecer o escândalo que levou à renúncia um presidente estadunidense, em 1974? Ou a célebre foto que imortalizou o revolucionário socialista Ernesto “Che Guevara” por todo o mundo? Os dois responsáveis por esses trabalhos que marcaram a história recente do jornalismo mundial se despediram nesta semana. De um lado, a morte, nesta terça (21/10), de Ben Bradlee (93), editor-executivo do jornal “Washington Post” no caso Watergate – que fez cair o presidente Richard Nixon, mandatário da maior potência capitalista do mundo. Antes dele, faleceu em Zurique, nesta segunda, o fotojornalista suíço René Burri, autor da lendária imagem do jovem Che Guevara fumando um charuto.

Entre 1968 e 1991, período em que ficou no cargo, Bradlee fez com que o “Washington Post” se tornasse um dos jornais mais importantes dos Estados Unidos. No caso Watergate, ele deu autonomia para que os repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein continuassem a buscar indícios do envolvimento do governo de Nixon com o assalto à sede do Partido Democrata. A investigação levou a 400 reportagens, publicadas em 28 meses. Com isso, o jornal ganhou o Prêmio Pulitzer, a maior honraria do jornalismo americano e a mais importante de sua história.

Ontem (21) à noite, ao comentarem a morte, Woodward e Bernstein descreveram Bradlee como um amigo verdadeiro e um gênio do jornalismo. “Ele mudou completamente nosso negócio e tinha um entendimento intuitivo da história da nossa profissão e do seu impacto informativo, mas foi original para traçar seu próprio caminho. Bradlee nunca será esquecido ou substituído nas nossas vidas”, disseram, em nota.

O presidente Barack Obama fez referência ao carisma e à coragem de Bradlee, a quem chamou de “um verdadeiro jornalista”. “O padrão que ele colocou de uma reportagem honesta, objetiva e meticulosa incentivou muitos outros a entrar nessa profissão”, disse o Obama, que no ano passado, concedeu ao ex-editor do “Washington Post” a Medalha Presidencial da Liberdade, a maior honraria civil do país.

Discípulo de Bresson

Considerado um dos mais importantes fotógrafos de seu país, René Burri teve como mentor o mito francês Henri Cartier-Bresson, eternizado por captar o que chamava de “instante decisivo”. O fotógrafo suíço começou a trabalhar para a agência Magnum em 1959 e deu a volta ao mundo, cobrindo os principais acontecimentos políticos mundiais. Não por acaso, suas imagens ajudaram a imortalizar não apenas Che Guevara, mas também outros grandes nomes do século XX, como o líder cubano Fidel Castro, o arquiteto francês Le Corbusier e o pintor suíço Alberto Giacometti. Sua primeira publicação, que o tornou famoso, foi uma série sobre a retrospectiva de Picasso, no Palazzo Reale de Milão.

Embora fizesse a cobertura de guerras, Burri não fotografava corpos. Em 2011, conquistou o Reinhardt von Graffenried Lifetime Achievement Award, um dos principais prêmios de fotojornalismo mundial. Ele vivia entre Zurique, sua cidade natal, e Paris. No ano passado, doou todos os seus arquivos – cerca de 30 mil fotos – para o Museu do Eliseu, em Lausanne, Suíça. Suas imagens foram exibidas em vários museus, em especial no de Zurique, em 2013.

*Informações da Folha de S. Paulo e France Press.

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Edição 2014 do Prêmio Esso de Jornalismo divulga lista de finalistas

DEU NA ABI – Associação Brasileira de Imprensa*

Foi anunciada nesta quarta-feira, 15 de outubro, a lista dos 68 trabalhos finalistas da 59ª edição do Prêmio Esso de Jornalismo. Entre os mais de mil trabalhos inscritos e apreciados por um júri composto por profissionais renomados da área, foram eleitas 35 matérias escritas, 15 de criação gráfica e oito de telejornalismo, divididos em 12 categorias. Os vencedores serão conhecidos no dia 15 de novembro.

Além do prêmio principal, que leva o nome do programa, fixado em R$ 30 mil e do Prêmio de Telejornalismo, estabelecido em R$ 20 mil, serão distribuídos R$ 10 mil para as categorias de Reportagem e Fotografia. As categorias de Informação Econômica, Informação Científica, Tecnológica ou Ambiental, Educação, Criação Gráfica – Jornal, Criação Gráfica – Revista, Primeira Página receberão R$ 5 mil cada e R$ 3 mil para cada um dos quatro prêmios regionais. A cerimônia de premiação será realizada no dia 2 de dezembro, no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.

Leia abaixo a lista de finalistas do Prêmio Esso de Jornalismo 2014:

Fotografia

– Daniel Hatiro Teixeira, com o trabalho “Fora da Ordem”, publicado no O Estado de S.Paulo.

– Diego Nigro, com o trabalho “Um mergulho no absurdo”, publicado no Jornal do Commercio(Recife).

– Diego Nóbrega, com o trabalho “Brasilidades”, publicado no Correio da Paraíba.

– Domingos Peixoto, com o trabalho “Crime à Liberdade de Imprensa”, publicado no O Globo.

– Ed Alves, com o trabalho “Lago vira ameaça a banhistas e animais”, publicado no Correio Braziliense.

– Fabio Motta, com o trabalho “Em defesa da democracia”, publicado no O Estado de S.Paulo.

– Hélia Scheppa, com o trabalho “Flagelo Nosso”, publicado no Jornal do Commercio (Recife).

– Marlene Bergamo, com o trabalho “Dirceu acompanha o julgamento do mensalão”, publicado naFolha de S.Paulo.

– Milena Aurea, com o trabalho “Violência: policiais agridem adolescentes após protesto em São Simão”, publicado no jornal A Cidade (Ribeirão Preto-SP).

– Nelson Antoine, com o trabalho “Coronel da polícia militar é espancado no centro de SP, publicado no O Estado de S.Paulo.

 Educação

– Daniel Barros, com o trabalho “A diferença começa na escola”, publicado na revista Exame.

– Diego Barreto, com o trabalho “Além da Escola”, publicado no jornal Extra.

– Juliano Rodrigues e Mauro Vieira, com o trabalho “A luz de ler”, publicado na Zero Hora.

– Letícia Duarte e Félix Zucco, com o trabalho “Lições da Turma 11F”, publicado na Zero Hora.

– Luiz Ribeiro, com o trabalho “Ilhados no Mundo”, publicado no O Estado De Minas.

 Informação econômica

– Cássia Almeida, Flávio Ilha, Letícia Lins, Roberta Scrivano e Victor Furtado, com o trabalho “Economia em Família”, publicado no O Globo.

– Daniel Barros, com o trabalho “A diferença começa na escola”, publicado na revista Exame.

– Eduardo Salgado, Aline Scherer, Fabiane Stefano, com o trabalho “Por que é tão desigual?”, publicado na revista Exame.

– Vicente Nunes, Antonio Temóteo, Celia Perrone, Deco Bancillon, Diego Amorim, Luiz Ribeiro, Nívea Ribeiro, Rodolfo Costa, Rosana Hessel, Paulo Silva Pinto, Simone Kafruni e Vera Batista, com o trabalho “20 anos do Real”, publicado no Correio Braziliense.

– Vinicius Jorge Sassine, José Casado, Danielle Nogueira e Eduardo Bresciani, com o trabalho “Farra de aditivos na refinaria Abreu e Lima”, publicado no O Globo.

 Informação científica, tecnológica ou ambiental

– Arnaldo Bloch e Sebastião Salgado, com o trabalho “Ianomâmis: a guerra de um povo entre a vida e a morte”, publicado no O Globo.

– Bernardo Esteves, com o trabalho “Os seixos da discórdia”, publicado na revista Piauí.

– Cristiane Segatto, com o trabalho “O lado oculto das contas de hospital”, publicado na revista Época.

– Emanuel Alencar, Rafael Galdo e Fabiola Leoni, com o trabalho “Dilema petroquímico”, publicado no O Globo.

– Marcelo Leite, Dimmi Amora, Morris Kachani, Lalo de Almeida, Rodrigo Machado, com o trabalho “A batalha de Belo Monte”, publicado na Folha de S.Paulo.

 Primeira página

– Aline Fialho, Evandro de Assis e Fábio da Câmara, com o trabalho “Acasos da vida”, publicado noJornal de Santa Catarina.

– Ary Moraes e Daniel Bortoletto, com o trabalho “É Tois!”, publicado no Lance!.

– Eduardo Pierre, Humberto Tziolas, Joana Ribeiro, Giselle Sant’Anna, André Hippertt e Sidinei Nunes, com o trabalho “Não vai ter capa”, publicado no Meia Hora.

– Luiz Fernando Gomes, Daniel Bortoletto e Fernando Rapa Uribe, com o trabalho “Vexame”, publicado no Lance!.

– Rafael Alves do Carmo, Carlos Marcelo Carvalho, Júlio Moreira, Renata Neves, Ney Soares, Janey Costa e Walfredo Macedo, com o trabalho “Notícias de um país surreal”, publicado no O Estado de Minas.

 Criação gráfica – jornal

– Ary Moraes, com a série “A história das copas contada pelos gols do Brasil”, publicada noLance!.

– Gil Dicelli, Luciana Pimenta, Guabiras e Pedro Turano, com o trabalho “Sertão a Ferro e Fogo”, publicado no jornal O Povo (Fortaleza).

– Ivan Luiz Pimentel Moura e Felipe Nadades, com o trabalho “A grande Luta”, publicado no jornalExtra.

– Luísa Bousada, André Hippertt, Luiz Berri, Gustavo Moore e Nei Lima, com o trabalho “50 anos do golpe”, publicado no jornal O Dia.

– Robson Mathias Duarte, Clayton Bueno e Irapuan Campos, com o trabalho “Guia do secador”, publicado na Folha de S.Paulo.

 Criação gráfica – revista

– Paula Bustamante, Denis Russo Burgierman, Cristine Kist e Emiliano Urbim, com o trabalho Crack, tudo o que sabíamos sobre ele estava errado”, publicado na Superinteressante.

– Paulo Zocchi, Fábio Bosquê, Fábio Sasaki, Fábio Volpe, Giovana Moraes Suzin, Paulo Montoia, Paulo Zocchi, Thereza Venturoli e Yuri Vasconcelos, com o trabalho “As nossas cidades”, publicado no Almanaque Abril.

– Rafael Costa, Fernando Saraiva, Katia Militello e Thiago Tanji, com o trabalho “O celular pode acabar com o analfabetismo?”, publicado na revista Info Exame.

– Rafaela Ranzani, com o trabalho “Brasil: vai ficar ou tá a fim de ir embora?”, publicado na Trip.

– Rafaela Ranzani, Fernando Luna, Alex Cassalho, Bruna Sanches e Ian Herman, com o trabalho “De olhos fechados”, publicado na Trip.

 Regional Norte/Nordeste

– Cláudio Ribeiro, Demitri Túlio, Ana Mary C. Cavalcante, Émerson Maranhão e Fátima Sudário, com os trabalhos “A peleja da água” e “Sertão a ferro e fogo”, publicados no jornal O Povo(Fortaleza).

– Fabiana Moraes, com o trabalho “A história de mim”, publicado no Jornal do Commercio(Recife).

– Ismael Soares Machado, com o trabalho “Soldados do Araguaia”, publicado no Diário do Pará(Belém).

– Júlia Schiaffarino, com o trabalho “Vidas partidas”, publicado no Diário de Pernambuco (Recife).

 Regional Centro-Oeste

– Ana Cristina d’Angelo e Diego Abreu, com o trabalho “O valor da vida nos tribunais”, publicado no Correio Braziliense.

– Ana Cristina d’Angelo, com o trabalho “Uma fuga planejada há oito anos” , publicado no Correio Braziliense.

– Ivan Luis David Iunes, Amanda Almeida, Daniela Garcia, Diego Abreu, Étore Medeiros, Grasielle Castro, Ivan Iunes, João Valadares, Luiz Carlos Azedo, Paulo Silva Pinto, Renata Mariz e Tereza Cruvinel, com o trabalho “À sombra dos quepes”, publicado no Correio Braziliense.

– Mateus Parreiras e Luiz Ribeiro, com o trabalho “A nova fronteira da sede”, publicado no O Estado de Minas.

– Queila Ariadne, Ana Paula Pedrosa e Mariela Guimarães, com o trabalho “Um mineroduto que passou em minha vida”, publicado no jornal O Tempo (Contagem-MG).

 Regional Sul

– Joice Bacelo, Ivan Rodrigues, Ricardo Stefanelli, Guilherme Mazui, Ronald Batista e Fabio Nienow, com o trabalho “Terra contestada”, publicado no Diário Catarinense.

– José Luís Costa e Itamar Melo, com o trabalho “Bandido tipo exportação: o homem que enganou todo mundo”, publicado na Zero Hora.

– Letícia Duarte e Félix Zucco, com o trabalho “Lições da turma 11F”, publicado na Zero Hora.

– Mauri König, Albari Rosa e Diego Antonelli, com o trabalho “Império das Cinzas”, publicado naGazeta do Povo.

– Nilson Vargas, Adriana Irion, Humberto Trezzi, José Luís Costa, Juliana Bublitz, Larissa Roso, Letícia Duarte, Nilson Mariano, Paulo Germano, Itamar Melo, Carlos Etchichury, Diego Araújo, Leandro Fontoura, Diego Borges, Laura Rinaldi, Carlos Macedo e Lauro Alves, com o trabalho “Kiss – Um ano”, publicado na Zero Hora.

 Regional Sudeste

– Adriana Carranca, com a série “As guerras esquecidas da África”, publicada no O Estado de S. Paulo.

Andreza Matais, Fábio Fabrini, Murilo Rodrigues Alves, Sabrina Valle e Cláudia Trevisan, com o trabalho “A história secreta da ‘supergerente’ Dilma com Pasadena”, publicado no O Estado de S. Paulo.

– Guilherme Amado, com o trabalho “Os embaixadores do Narcosul”, publicado no jornal Extra.

Leonencio Nossa Jr., com o trabalho “Sangue político”, publicado no O Estado de S. Paulo.

Marcelo Leite, Dimmi Amora, Morris Kachani, Lalo de Almeida e Rodrigo Machado, com o trabalho “A batalha de Belo Monte”, publicado na Folha de S.Paulo.

 Telejornalismo

– Bianca Vasconcellos, Gustavo Minari, Eduardo Viné, Luana Ibelli, Thaís Rosa, Caio Cardenuto, Fábio Montes, Edgar Monteiro, Aline Beckstein, Fernanda Balsalobre, Édina Girardi, Rodrigo Mattos e Vanessa Nascimento, com o trabalho “Escola base – 20 anos depois”, veiculado na TV Brasil.

– Cristiano Teixeira, Marcus Reis, Darlan Penino, Ingrid Sachs, Lucas Melo, com o trabalho “Laranjas do Sertão”, veiculado na Rede Record.

– Fábio Pannunzio, Victor Sá, Anísio Barros, Denis Romani, Alziro Oliveira, Fernanda Chamlian, André Pereira, Fábio Nikolaus, Raphael Cadamuro, com o trabalho “O avanço da maconha”, veiculado na Rede Bandeirantes.

– Gustavo Marcelo Costa, Gerson de Souza, Bernardo Paglia, Lucas Mello, Cátia Mazin, Leandro Pasqualin e Rafael Gomide, com o trabalho “Filhos da violência”, veiculado na Rede Record.

– Marcio Sato, Fábio Nikolaus e Diego Costa, com o trabalho “Salvas da família”, veiculado na Rede Bandeirantes.

– Marina Machado, Victor Sá, Claudinei Mendes, Luis Evangelista, Alziro Oliveira, Fernanda Chamlian, Raian Cardoso da Silva, Vinícius Dônola e Bruna Oliveira, com o trabalho “Encarceirados”, veiculado na Rede Record.

– Roberto Cabrini, com o trabalho “Os filhos dos coronéis”, veiculado no SBT.

– Rodrigo Hidalgo, Tony Chastinet, Camila Moraes, Alziro Oliveira e Walter Colling, com o trabalho “Vila Socó – A verdade apagada”, veiculado na Rede Bandeirantes.

*Por Igor Waltz para a ABI

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Estado Islâmico publica 11 regras para jornalistas que cobrem as ações do grupo

DEU NO PORTAL IMPRENSA – O grupo extremista Estado Islâmico (EI) divulgou na última terça-feira (7/10) 11 “regras” para os jornalistas que acompanham os territórios dominados por eles na Síria, no Iraque e em cidades curdas da Turquia, onde tenta ampliar seu poder. De acordo com a ONG de notícias especializada no conflito Syria Deeply, houve uma reunião entre repórteres e funcionários da assessoria de imprensa do grupo radical, que esclareceram a maneira como cobertura deve ser realizada.

Para permanecer no território, os jornalistas devem respeitar 11 regras, como relata o Huffington Post:

1 – Os correspondentes devem jurar lealdade ao califa Abu Bakr al-Baghdadi e serem súditos do EI;

2 – Os trabalhos dos jornalistas estarão sob supervisão exclusiva da assessoria de imprensa do EI;

3 – Os jornalistas podem trabalhar diretamente com agências de notícias internacionais (como Reuters, AFP e AP), mas devem evitar todos os canais locais e internacionais de televisãopor satélite. Eles também estão proibidos de fornecer qualquer material exclusivo (som ou imagem) a essas agências;

4 – Os jornalistas estão proibidos de trabalhar aos veículos inscritos “na lista negra de emissoras que lutam contra países islâmicos” (como Al-Arabiya e Al Jazeera) criada pelo EI. Os infratores serão responsabilizados;

5 – Os jornalistas estão autorizados a cobrir eventos da região governada com textos e imagens sem precisar da autorização da assessoria de imprensa do EI. Contudo, todos os materiais publicados devem levar os nomes do jornalista e do fotógrafo responsáveis;

6 – Os jornalistas não estão autorizados a publicar qualquer reportagem (impressa ou transmitida) sem antes entrar em contato com a assessoria de imprensa do EI;

7 – Os jornalistas podem ter contas próprias nas redes sociais e blogs para divulgar notícias e fotos. No entanto, a assessoria de imprensa do EI deve ter os endereços dessas contas e páginas;

8 – Os jornalistas devem respeitar os regulamentos ao fotografar dentro dos territórios controlados pelo EI e evitar filmar locais onde fotografias são proibidas;

9 – A assessoria de imprensa do EI irá acompanhar o trabalho dos jornalistas no território controlado pelo grupo e nos veículos de comunicação estatais. Qualquer violação das regras em vigor levará à suspensão do jornalista e ele será responsabilizado;

10 – As regras estão sujeitas a alterações a qualquer momento, dependendo das circunstâncias e do grau de cooperação e compromisso dos jornalistas;

11 – Os jornalistas recebem uma licença para trabalhar depois de apresentar um pedido de autorização na assessoria de imprensa do EI.

A violência do EI contra a imprensa ganhou força em agosto deste ano, quando o grupo divulgou um vídeo com a decapitação do jornalista James Foley, que prestava serviços para o site Global Post e para AFP. Duas semanas depois, outro registro mostrava a execução do repórter freelancer Steven Sotloff. Ambos estavam reféns do EI na Síria desde 2012. Os atos ocorreram em represália aos ataques aéreos dos Estados Unidos contra forças jihadistas.

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