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Audiência pública vai discutir violência contra jornalistas no Brasil

A Comissão Permanente Direito à Comunicação e Liberdade de Expressão, que faz parte do Conselho Nacional de Direitos Humanos, decidiu nesta terça-feira (6), marcar para o dia 8 de maio uma audiência pública para tratar da violência contra jornalistas no Brasil. O colegiado ainda definirá quem será ouvido, mas o objetivo é escutar vítimas e parentes para, então, discutir ações do Estado que garantam a segurança dos comunicadores no país.

A reunião desta terça-feira contou com a presença de integrantes do Ministério Público Federal, do Ministério dos Direitos Humanos, da Defensoria Pública da União, dos Ministérios das Comunicações e Cultura, além de representantes da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), ANDI, Intervozes, ARTIGO 19, Repórteres Sem Fronteiras, Fitert (Federação dos Radialistas), Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), Alana e Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação.

A Comissão foi criada em 2013, logo após dezenas de jornalistas serem vítimas de violência durante a cobertura das manifestações. Em 2017, foi criado um grupo de trabalho para organizar um observatório de violência contra comunicadores.

*Informações da Associação Brasileira de Imprensa (ABI)

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Circulação de jornais diários do Brasil segue em declínio

portal Poder 360 concluiu, a partir de dados levantados junto ao Instituto Verificador de Circulação (IVC), que a circulação impressa dos 11 principais jornais diários do Brasil segue em declínio. De acordo com a análise, a tiragem média diária foi de 736,3 mil exemplares em dezembro de 2017. O valor representa uma redução de 146,9 mil exemplares em relação ao mesmo período em 2016. Se comparado a dezembro de 2014, a queda é ainda mais acentuada, de 41,4%, ou 519,9 mil impressos a menos.

O levantamento do IVC considerou os jornais A Tarde (BA), O Estado de S.PauloFolha de S.Paulo e Valor Econômico (SP), O Globo (RJ), Estado de Minas e Super Notícia (MG), Zero Hora (RS), Correio Braziliense (DF), O Povo (CE), além da Gazeta do Povo (PR), que extinguiu sua versão impressa diária em 2017.

De acordo com o ranking, o jornal de maior tiragem no país, o Super Notícia, com uma média de 156,5 mil exemplares diários no final de 2017, perdeu mais de 127,5 mil unidades desde dezembro de 2014. Outro que reduziu significativamente seu volume em circulação foi a Folha de S.Paulo, que caiu para 121 mil exemplares diários, uma perda de 90,9 mil unidades. Seu principal concorrente, O Estado de S. Paulo, tirou de circulação 48,7 mil jornais desde 2014, fechando com 114,5 mil impressos por dia em 2017.

A circulação média diária de O Globo foi de 130,4 mil exemplares diários no ano passado, uma queda de 74,3 mil em relação a 2014. Já o Zero Hora perdeu 63,3 mil unidades no período e encerrou o último ano com uma tiragem diária de 100,9 mil exemplares.

Versões digitais

Quando se leva em conta as assinaturas digitais pagas dos nove grandes jornais brasileiros (os dados não incluem a Gazeta do Povo e O Povo), o crescimento médio foi de 5,8% – ou 31,7 mil assinantes online. A Folha de S.Paulo lidera esse ranking com 164,3 mil assinaturas digitais pagas, mas ganhou somente 5,2 mil novos assinantes nos últimos três anos. No mesmo período, o número de assinaturas online de O Estado de S. Paulo subiu de 74,1 mil para 88,7 mil.

Quem mais cresceu em volume de assinantes digitais foi o Zero Hora, que saltou de 37,7 mil para 80,1 mil no último triênio. Já O Globo, que fechou o ano com 112,9 mil assinaturas online pagas, perdeu mais de 35,4 mil assinantes nesta plataforma. (Informações do Portal IMPRENSA)

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Cerceamento à liberdade de imprensa por ações judiciais cresce no Brasil, diz Fenaj

A violência contra jornalistas diminuiu em 2017 se comparado a 2016, segundo o relatório anual da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), apresentado nesta quinta-feira (18), na sede da entidade, no Rio de Janeiro. No entanto, o documento traz um alerta: os jornalistas continuaram sendo vítimas de agressões, ameaças, atentados, detenções arbitrárias, tendo 2017 registrado um aumento dos casos de cerceamento à liberdade de imprensa por ações judiciais, com 12 casos nessa modalidade, o que representa 12,12% do total. Em 2016, esse porcentual foi de 11,18%.

Esse número levou os integrantes do Poder Judiciário e do Ministério Público à terceira colocação no ranking dos principais agressores, atrás dos policiais, responsabilizados por 19 agressões, e dos políticos, que aparecem na segunda colocação, com 15 casos. Embora não prosperem nos tribunais superiores, os processos recorrentes nos tribunais estaduais são uma forma de intimidar o profissional de comunicação e impedir o livre exercício da profissão.

Funcionários públicos e empresários, incluindo os de empresas públicas de comunicação, ganharam destaque na lista, com 12 casos de violência contra jornalistas cada.

Nenhum assassinato

Segundo o levantamento, foram registrados 99 casos de agressões contra a categoria no ano passado, 38,51% a menos do que em 2016, quando houve 161 casos. O relatório também destacou que não ocorreu nenhum caso em 2017 de assassinato em decorrência do exercício profissional do jornalismo e houve apenas uma morte, do blogueiro Luís Gustavo da Silva, assassinado no Ceará, que a entidade contabilizou no grupo de outros profissionais da comunicação e comunicadores populares.

A pressão profissional não cessou, já que quatro jornalistas foram demitidos em razão de comentários que teceram ou de reportagens que produziram e que geraram reações negativas. Outro levou suspensão por 30 dias, depois de fazer comentários em seu perfil numa rede social sobre a direção da Fundação Piratini, em Porto Alegre.
A categoria foi vítima, ainda, de atletas, dirigentes de clubes esportivos e familiares (8 casos), populares (6), seguranças (4), manifestantes (3), pastores (2) e de um médico. Nas situações de atentados, os agressores não foram identificados.

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II prêmio de jornalismo sobre HIV abre inscrições

Jornalistas de todo o Brasil já podem se inscrever para a segunda edição do Prêmio Jornalismo Investigativo em HIV/Aids na América Latina e Caribe, realizado pela Aids Healthcare Foundation (AHF) em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a Faculdade Cásper Líbero.

De acordo com os organizadores da competição, os trabalhos jornalísticos devem ter sido publicados em 2017 e precisam estar relacionados ao tema do HIV (prevenção, serviços e ações que permitam às pessoas conhecerem sua sorologia, acesso a tratamento de qualidade, as histórias de vida de pessoas que vivem com o HIV, o estigma frente ao vírus e as barreiras culturais para a testagem e cuidados, entre outros).

Haverá um prêmio para cada categoria, que são as seguintes: mídia impressa, online e audiovisual (vídeo e rádio). Os ganhadores do prêmio no Brasil participarão com os premiados de países da América Latina e do Caribe do workshop internacional “A última arrancada para acabar com a AIDS”, que acontecerá na cidade de Oaxaca, no México, de 12 a 14 de abril. Todos os custos com passagens aéreas, hospedagens e refeições serão assumidos pela AHF.

As inscrições no concurso vão até 28 de fevereiro. Para participar, o jornalista deve enviar para o e-mail [email protected] a versão original (cópia) e a versão em word de suas reportagens (ou série de reportagens) publicadas entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2017, em jornais impressos, revistas ou sites de notícias online. Para trabalhos audiovisuais (vídeo e rádio, basta encaminhar um link para o vídeo no YouTube.

*Informações da Associação Brasileira de Imprensa (ABI)

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