ABI BAHIANA

Morre em Salvador o jornalista Afrânio Corrêa, diretor da ABI

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) comunica o falecimento do jornalista e escritor Afrânio Corrêa (95 anos), membro do Conselho Consultivo da instituição, na manhã de hoje (5). O sepultamento do diretor acontecerá às 13h desta quarta (6), no Cemitério Campo Santo. Afrânio nasceu em Cuiabá (MT), em 1922, mas estabeleceu-se em Salvador, onde desenvolveu negócios, pesquisas históricas e a fotografia, uma de suas maiores paixões. Também em Salvador fundou o jornal Informe do Empresário.

O jornalista era sócio da ABI desde 1979, tendo atuado nas gestões de Afonso Maciel Neto e Samuel Celestino. Atualmente, integrava a diretoria conduzida pelo presidente Antônio Walter Pinheiro, que lamentou a perda e ressaltou as contribuições de Afrânio para o comércio baiano e as atividades de imprensa.

“A perda de um companheiro é sempre motivo entristecedor, especialmente alguém que dedicou quase 40 anos ao fortalecimento da ABI. Afrânio Corrêa notabilizou-se pela maneira cordata com que convivia com as pessoas. Na época em que não existia internet, o Informe do Empresário era o único impresso a divulgar os títulos protestados em nossa terra. Por assumir esse desafio, sofreu pressões daqueles que não queriam os nomes de suas empresas expostos. Ele resistiu bravamente para manter a credibilidade. À família enlutada, as nossas condolências”, afirmou Pinheiro.

Sobre

Jornalista, escritor, historiador, fotógrafo, contista, biógrafo, empresário. De tradicional família cuiabana, é filho de Caio Corrêa e Hilda Lima Correa e neto de José Estêvão Corrêa, professor emérito e homem público notável, sendo Patrono da Cadeira nº 20 da AML. Seu pai era médico e sua mãe foi a primeira mulher a voar nos céus cuiabanos, a convite de Hans Guzzi, na década de 1920. Afrânio Correa sempre se destacou por sua brilhante inteligência e articulação. Iniciou-se ainda muito jovem no jornalismo empresarial, pois fundou o jornal Correio da Semana, que circulou em 1938/39. Posteriormente Correa foi estudar no Rio de Janeiro, onde diplomou-se em Ciências Jurídicas e Sociais. Em Campo Grande dirigiu o jornal Correio do Comércio. Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso e escreveu inúmeros livros sobre Cuiabá e Mato Grosso. Em 1999, publicou “Automóveis de Cuiabá”, um livro que marcou época por sua apresentação e conteúdo. Posteriormente lançou “Quem Era Licínio Veneza”, em 2002, e “Os Deuses Também se Coçam”, em 2003, os dois últimos títulos pela Editora Buriti, de Cuiabá. (Com informações do Portal Mato Grosso)

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Notícias

Uma em cada duas jornalistas sofre violência de gênero no trabalho, diz FIJ

Na semana em que a rede de televisão norte-americana NBC News demitiu Matt Lauer, âncora do programa Today, por “comportamento sexual inapropriado no ambiente de trabalho”, a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) divulgou um levantamento que demonstra que uma em cada duas mulheres jornalistas já sofreu assédio sexual, abuso psicológico, assédio online e outras formas de violência de gênero no ambiente de trabalho. Os resultados de uma segunda pesquisa sobre a ação sindical contra a violência de gênero serão publicados no início de 2018.

A pesquisa, que teve o testemunho de 400 mulheres, revelou que em 85% dos casos nenhuma ação foi tomada pelos veículos e agências, ou que as medidas eram inadequadas. A maioria das redações ou locais de trabalho nem sequer oferecem uma política para combater esse tipo de abuso ou fornecer um mecanismo para informar sobre eles.

O estudo apontou ainda que 48% das entrevistadas sofreram violência de gênero relacionada ao seu trabalho; 44% das entrevistadas sofreram assédio online. Entre as formas mais comuns de violência de gênero sofridas pelas jornalistas estão o abuso verbal (63%), o abuso psicológico (41%), o assédio sexual (37%) e a exploração econômica (21%). Quase 11% sofreram violência física; 45% dos infratores eram pessoas de fora do local de trabalho (fontes, políticos, leitores ou ouvintes); no entanto, 38% número expressivo, eram chefes ou superiores; 39% dos atacantes eram anônimos.

Dois terços (66,15%) das entrevistadas não apresentaram denúncia formal e das que denunciaram, 84,8% não consideram que foram tomadas medidas adequadas contra os infratores. Somente 12,3% ficaram satisfeitas com o resultado final. Os números demonstram ainda que apenas 26% dos locais de trabalho têm uma política que abrange violência de gênero e assédio sexual.

“Jornalistas de 50 países têm nos contado a mesma história, que a violência de gênero no mundo do trabalho é generalizada e que medidas para combatê-la não existem ou são inadequadas em praticamente todos os casos. Precisamos de ações urgentes para ajuizar os infratores e fazer com que as mulheres jornalistas se sintam confiantes o suficiente para denunciarem esses abusos”, afirmou a copresidente do Comitê de Gênero da FIJ, Mindy Ran.

“Precisamos urgentemente de acordos coletivos no local de trabalho, procedimentos sólidos de denúncia e medidas contra os infratores para combater os terríveis números da violência de gênero que temos registrado referentes ao trabalho das jornalistas. Para a FIJ e seus sindicatos, abordar a violência e o abuso sofridos por essas profissionais, em todos os cantos do mundo, é uma prioridade”, disse o secretário-geral da FIJ, Anthony Bellanger.

*Informações do Portal IMPRENSA

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Tecnologia gratuita facilita o trabalho de jornalistas com deficiência visual

DOSVOX é um leitor de tela desenvolvido pelo núcleo de comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), idealizado por José Antônio Borges, professor doutor da instituição. Ele esteve em Salvador (BA) para celebrar os 20 anos da criação deste software que facilita o acesso das pessoas com deficiência visual ao mercado de trabalho e a inclusão na era digital. O equipamento permite a compreensão da escrita pelos cegos e pessoas com baixa visão, uma vez que lê em voz clara e compreensível tudo que é digitado. Pode ser utilizado na sala de aula ou no mercado de trabalho, tornando cada vez mais forte um jornalismo feito pelos olhos de quem não vê.

Servidora do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro, a jornalista Aline ressalta sua experiência com o equipamento. “Iniciei com os estudos do DOSVOX, tive meu primeiro emprego na telecomunicação com os pages, em empresa parceira do DOSVOX”. Com a ajuda do software, ela se graduou em jornalismo e hoje está no mercado de trabalho. O programa também auxiliou no reencontro com amigos e colegas no meio virtual, por meio do “papo VOX”, onde é possível participar de encontros em qualquer lugar.

De acordo com o relatório mundial sobre deficiência, produzido em parceria entre a OMS (Organização Mundial da Saúde) e Banco Mundial, 20% das pessoas mais pobres do mundo possuem alguma deficiência. Cerca de 80% ainda estão desempregadas na faixa etária ativa para o trabalho. No Brasil, 6.5 milhões da população possuem, de acordo com o censo do IBGE de 2010, alguma deficiência visual, má formação em alguma região do olho ou grau de dificuldade para visualizar imagens, encarar os obstáculos e barreiras no ambiente virtual.

“Existem diversas tecnologias, programas de computação e recursos ópticos no mercado, mas de maneira fácil e totalmente gratuita como o DOSVOX não existe. Serve para iniciantes, sendo a caneta digital para que o professor possa trabalhar os assuntos e avaliar o aluno dentro da sala de aula de forma inclusiva e acessível”, salienta o professor José Borges. Criar o programa foi uma forma de facilitar o aprendizado de um aluno cuja escrita em braille não era compreendida pelo professor. “A angústia daquele aluno para que o professor pudesse ler as suas respostas nos fez criar o EDIVOX. Nunca imaginei que aquele programinha iria ganhar atenção e servir para pessoas com deficiência visual, o que estimulou toda essa história”.

Versão 6.0 – Agora, o pesquisador está lançando a versão 6.0, que dará acesso à matemática, facilitando ao aluno ingressar em cursos de exatas de nível superior, cursos de graduação e o mercado de trabalho. Tudo isso de forma gratuita e para servir a uma maioria que ainda não dispõe de recursos financeiros para aquisição de tecnologias caras. Entre as novidades da versão 6.0 estão o acesso às nuvens de armazenamento, designer inovador e sintetizadores de voz cada vez mais modernos. O software brasileiro está presente em Portugal, México e outros países. A nova versão estará disponibilizada em dezembro através do site da UFRJ e Instituto Benjamim Constant.

*Informações são de Renato D’Ávila para o Observatório da Imprensa

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Reuters abre treinamento para recém-formados e estudantes

O programa Reuters Journalism Internship está com inscrições abertas. A oportunidade para participar do treinamento que será realizado a partir de junho de 2018 nos escritórios do veículo em Nova York e Washington é destinada a estudantes e recém-formados. O estágio exige alguma experiência em jornalismo, excelente escrita e habilidades de comunicação.

Durante 10 semanas, o programa da Reuters oferece cursos em reportagens nas editorias de negócios, política e geral. Cada participante terá um editor sênior, além de um mentor que ficará responsável pela orientação durante o estágio.

Ainda que a oportunidade tenha como foco os escritórios de Nova York e Washington, não está descartada a possibilidade de existir vagas em Toronto, Cidade do México e São Paulo. Para participar da seleção, o interessado deve acessar este link. O prazo para inscrição é 1° de dezembro.

*Informações do Portal IMPRENSA

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