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Caricaturista sírio é morto após ser torturado em cativeiro, diz RSF

A Organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) confirmou na última terça-feira (22/9) a morte do caricaturista sírio Akram Raslan. Ele estava preso desde 2013 e foi sido vítima de tortura pelo serviço de segurança sírio. De acordo com a EFE, a entidade alega que o cartunista foi preso em 2 de outubro de 2012 por oficiais da inteligência militar nos escritórios do jornal governamental Al Fidaa, na cidade de Hama, por uma caricatura em que criticava o presidente Basharr al Assad.

Em julho de 2013, Raslan foi julgado em segredo por um tribunal antiterrorista, sem testemunhas e sem advogados. A RSF informou ainda que depois de sofrer abusos e maus-tratos na prisão, ele foi levado a um hospital e morreu por conta dos ferimentos.
A diretora do departamento da RSF para o Oriente Médio e o Magrebe, Alexandra el Khazen, disse que a morte do caricaturista “como resultado das torturas por parte dos partidários do regime é uma lembrança de que a Síria foi um inferno para os jornalistas durante mais de quatro anos”.
Com mais de 300 ilustrações publicadas, Akram Raslan era conhecido por seu compromisso com o povo sírio e por questionar as ações repressivas do regime e as violações de direitos humanos. Antes do início dos protestos no país, em março de 2011, o profissional havia publicado charges contrárias ao regime de forma anônima nos sites de veículos como Al Jazeera e o jornal Al Yarida.

*As informações são do Portal IMPRENSA

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Foto de criança síria afogada na Turquia choca o mundo

Pelo menos 12 imigrantes sírios que fugiam do Estado Islâmico e da guerra civil no país, entre eles oito crianças, morreram nesta quarta-feira (2), na costa da Turquia, quando tentavam cruzar o Mar Egeu e chegar à Grécia, informou a agência de notícias estatal turca Anadolu. Uma imagem forte da realidade de centenas de milhares de pessoas que tentam fugir da guerra, da fome e da miséria é alerta para o mundo civilizado de que algo precisa ser feito. A foto chocante (que não é reproduzida nesta matéria) mostra o corpo de um bebê, de bruços numa praia de Bodrim, no sul da faixa asiática da Turquia. Os cadáveres das crianças apareceram no início da manhã, o que levou a Guarda Costeira a mobilizar várias equipes de salvamento, que conseguiram resgatar seis pessoas das duas embarcações avariadas.

Apesar do choque causado pela imagem, a foto deve se tornar um símbolo do drama dos refugiados que tentam chegar à Europa fugindo de conflitos e da pobreza no Oriente Médio e no norte da África. A tragédia causou comoção em milhares de usuários, que replicaram a foto e lamentaram o custo humano da crise imigratória. O assunto foi um dos mais comentados no Twitter, onde o registro ganhou a hashtag #kiyiyavuraninsanlik, algo como “a humanidade se choca contra a costa”.

Os imigrantes tentam cruzar a nado a distância de cinco quilômetros entre o popular resort de verão de Bodrum, no sudoeste turco, e a ilha grega de Kos. Dois barcos que tentavam fazer a jornada naufragaram em águas internacionais, segundo a agência turca Dogan. Uma embarcação de 2 metros com nove imigrantes do Paquistão foi forçada a retornar por autoridades turcas.

A maioria dos imigrantes tenta fazer esse trajeto durante a noite, aumentando os riscos, segundo moradores na região. Um refugiado sírio, Omer Mohsin, disse à agência Dogan que seu barco naufragou pouco após zarpar, às 2h (hora local). Segundo o refugiado, caberiam dez pessoas no barco, mas foram colocadas 17, cada uma pagando 2.050 euros aos traficantes de pessoas.

*Informações da Revista IstoÉ e do El País (edição Brasil).

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Criança síria faz sinal de rendição ao confundir câmera com arma. Imagem comove o mundo

Uma imagem publicada no Twitter da fotojornalista Nadia Abu Shaban comoveu o mundo na última semana. O registro mostra um menino sírio de quatro anos que levantou as mãos, em um sinal de rendição, ao confundir a câmera fotográfica com uma arma. Na internet, a foto se tornou um viral e foi compartilhada milhares de vezes, além de virar notícia em vários jornais pelo mundo. Na legenda da foto publicada na última terça-feira (24/3), a fotojornalista que presta serviços para a agência de notícias AlJazeera, do Catar, relata que a criança pensou que o fotógrafo estava com uma arma quando apontou a câmera para clicá-la.

Segundo um usuário do serviço de hospedagem de imagens Imgur, o registro foi feito em 2012 pelo fotojornalista turco Osman Sagirli no campo de refugiados Atmen, na fronteira da Turquia com a Síria, e retrata o menino Adi Hudea. Ele teria perdido o pai no bombardeio a Hama – uma das maiores cidades sírias, no oeste do país, e uma das mais devastadas pelo conflito – e, depois, sido transferido para o acampamento com a mãe e três irmãos. A princípio, circulou pelas redes sociais a versão de que a foto seria de uma menina e teria sido feita neste ano.

O flagrante mostra a realidade da Síria, onde mais de sete milhões já deixaram suas casas e mais de 200 mil morreram desde o início da guerra civil iniciada em março de 2011. De um lado, o ditador sírio Bashar Al Assad luta contra rebeldes que são contra o governo. De outro, os jihadistas extremistas do grupo terrorista Estado Islâmico que quer instaurar um califado no país.

*Informações do Portal IMPRENSA e da Folha Vitória.

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Jihadistas treinam crianças e mulheres para combater na Síria e no Iraque

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) informou nesta terça-feira (24) que o grupo extremista Estado Islâmico (EI) já treinou cerca de 400 crianças para combater na Síria, noticia a France-Presse. “Os jihadistas submetem as crianças, a quem chamam de `filhos dos leões do Califado”, a intensivos treinos militares e religiosos nos territórios que controlam na Síria”, afirma a Organização Não-Governamental com sede em Londres. “O chocante é que não escondem que usam crianças, ao contrário, se orgulham disso”, denuncia, por sua vez, Nadim Hury, diretor adjunto para o Oriente Médio da Human Rights Watch. Denúncias de tortura, estupro e emprisionamento de mulheres também vieram à tona. Apesar disso, cerca de 550 mulheres, segundo levantamento da consultoria de segurança The Soufan Group, com sede nos Estados Unidos e no Reino Unido, engrossam o exército dos terroristas na Síria e no Iraque.

A ação do grupo, que também recruta jovens na América Latina, deixou de ser algo distante e já se estende ao Brasil, de acordo com informações divulgadas no último domingo pelo jornal O Estado de S.Paulo. De acordo com a publicação, setores de inteligência do governo brasileiro teriam detectado tentativas de atração de jovens do país pelo Estado Islâmico (EI). O jornal apurou que o Palácio do Planalto recebeu relatórios de órgãos diferentes alertando para o problema e que os órgãos de inteligência vêm trocando informações. A estratégia do governo brasileiro é se antecipar aos possíveis movimentos do grupo, detectando as formas de cooptação. Fontes envolvidas afirmaram à reportagem que o tema foi alvo de discussão na última semana na Casa Civil, da qual participaram representantes de nível operacional do Ministério da Justiça e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Leia também:Estado Islâmico tenta recrutar jovens brasileiros, afirma governo federal

Vários vídeos difundidos nas redes sociais, em contas ligadas ao EI, mostram crianças carregando escopetas, disparando e rastejando no chão em treinamento de guerrilha. Nas imagens, as crianças também são vistas estudando textos religiosos em torno de uma mesa redonda. O grupo radical sunita já utilizou dez crianças como terroristas suicidas na Síria. O diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, indicou que os adolescentes têm a possibilidade de se tornar combatentes pagos. “O EI tenta atrair as crianças com dinheiro e armas. Quando atingem a idade de 15 anos, esses meninos têm a opção de virar verdadeiros combatentes que recebem salário”, acrescentou, explicando que as crianças não são obrigadas a lutar, porém é o que acabam por fazer já que não vão à escola, nem trabalham. “Trata-se de uma lavagem cerebral”, completa o diretor.

Recrutamento de mulheres

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Mulheres empunham metralhadoras em foto divulgada em uma rede social do EI – Foto: Reprodução/Twitter

O islamismo praticado no EI é interpretado como hostil às mulheres, de inteira submissão aos maridos e também aos líderes do próprio grupo terrorista, que muitas vezes determinam quando e com quais guerrilheiros elas devem se casar, de acordo com relatos de pessoas que escaparam da milícia. Apesar disso, o número de dissidentes ocidentais que se juntam ao grupo aumentou bastante nos últimos anos – em torno de 3.400, de acordo com autoridades do Exército americano, em balanço de fevereiro.

UOL coletou informações de estudos e opiniões de especialistas, divulgadas em entrevistas ou em artigos à imprensa, para explicar as razões e circunstâncias que levam algumas mulheres a escolher o caminho do extremismo. O site mostrou que, dentro de sua estrutura de recrutamento de estrangeiros, o Estado Islâmico possui diferentes estratégias para atrair as mulheres, e, muitas vezes usam a idolatria e a ingenuidade como ingredientes. Os militantes utilizam Twitter, Facebook e outras redes para criar uma relação de confiança com as jovens mulheres e coletar informações sobre elas, como a aparência física, utilizada como instrumento de motivação aos guerrilheiros solteiros, e o histórico de relacionamento das garotas com a família e pessoas próximas. Em busca de aproximar mulheres que queiram participar efetivamente do conflito armado, o grupo até sinaliza que elas podem fazer parte do exército –fotos de mulheres com metralhadoras aparecem eventualmente em postagens nos perfis ligados ao grupo nas redes sociais.

*Informações da France-Presse, Bahia Notícias, Estadão e UOL.

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