ABI BAHIANA

Perícia na Casa de Ruy Barbosa é adiada pela terceira vez

Às vésperas de completar dois anos do roubo à Casa de Ruy Barbosa, a data será lembrada sob a marca da impunidade e dos seguidos esforços da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) em revitalizar o imóvel onde nasceu o ‘Águia de Haia’. Na manhã desta segunda-feira (14), pela terceira vez, a perita judicial Ana Lívia Passos Lima foi barrada por funcionários do Centro Universitário UniRuy (antiga Faculdade Ruy Barbosa), que alegaram não ter autorização da instituição para permitir o acesso ao local, cujo visível estado de degradação preocupa entidades de defesa do patrimônio histórico.

O arquiteto Matheus Xavier, chefe de divisão na Superintendência do IPHAN na Bahia, foi designado pela coordenação técnica do órgão para acompanhar a perícia, mas também não pode entrar. O Iphan foi solicitado no local pelo advogado que representa a ABI no processo movido contra o UniRuy, Antonio Luiz Calmon Teixeira, porque, apesar de não ser tombado individualmente, o imóvel encontra-se na poligonal de tombamento do Conjunto Arquitetônico, Paisagístico e Urbanístico do Centro Histórico da cidade de Salvador (19/07/1984, Proc. 1093-T-83).

O Art. 20. do decreto Lei 25/1937 diz que “as coisas tombadas ficam sujeitas à vigilância permanente do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que poderá inspecioná-los sempre que for julgado conveniente, não podendo os respectivos proprietários ou responsáveis criar obstáculos à inspeção”.

Perita judicial e representante do Iphan foram impedidos de entrar no imóvel |Foto: ABI

De acordo com Calmon Teixeira, o que houve na manhã de hoje configura resistência ao cumprimento de decisão judicial. “Entre a intimação e hoje decorreu um prazo mais do que suficiente para a outra parte providenciar o acesso da perícia, que será marcada pela quarta vez. O jurista prepara agora a renovação do pedido para que a perícia seja marcada com o uso da força policial. Segundo ele, a juíza do caso deverá designar um oficial de justiça para acompanhar a próxima inspeção.

Obstrução

No final de setembro de 2018, a Casa de Ruy Barbosa foi vítima de roubo. O arrombamento ao museu ocorreu durante um final de semana (entre 28 setembro de 2018, uma sexta-feira e 30 de setembro de 2018, domingo). Somente no primeiro dia útil de outubro uma funcionária do UniRuy a serviço do Museu percebeu que a porta fora arrombada e parte do acervo, roubado. Os ladrões se aproveitaram da falta dos agentes de segurança contratados pela Faculdade Ruy Barbosa, atual Centro Universitário UniRuy | Wyden, responsável pelo Museu, através de convênio celebrado com a ABI em 1998.

Museu Casa de Ruy: um ano depois do roubo, acervo não foi recuperado

Desde o dia 04 de outubro de 2018, uma única peça foi entregue por um sucateiro à Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR-BA), onde foi registrada a queixa de “furto qualificado/arrombamento com subtração de bens”. O maior dos dois bustos levados pelos criminosos foi restaurado. A peça já ia ser derretida, quando o sucateiro viu, num programa de televisão, a repercussão das notícias divulgadas pela Associação Bahiana de Imprensa.

Procurada na época para atualizar as informações sobre a investigação, a assessoria de Comunicação da Secretaria de Segurança Pública relatou que o inquérito havia sido concluído pela Deltur e encaminhado para a Justiça. Um policial militar foi indiciado por receptação, após tentar vender um busto em bronze de Ruy Barbosa a um ferro velho. O autor do furto não foi localizado. A ABI seguiu mobilizada para encontrar os objetos que pertenciam ao acervo da instituição e reintegrá-los às centenas de peças em metal, louça, tecido e gesso, além de estatuetas, telas, mobiliário, livros e documentos diversos que se referem à vida, obra e trajetória do jurista baiano.

O UniRuy e a ABI registraram queixa e acompanhavam o desdobramento quando, em junho de 2019, o UniRuy manifestou o propósito de interromper a parceria e devolver o imóvel e os bens móveis que permaneceram após a ação lesiva de meliantes.

O desdobramento da ação do advogado foi a decisão, pela Justiça baiana, da perícia do imóvel. Convém lembrar que a solicitação inicial do advogado foi dirigida ao IPHAN, que, no entanto, declinou. A Justiça então designou a engenheira Ana Lívia de Passos Lima para proceder a perícia. O documento dessa perita, quando do julgamento, será confrontado com a perícia cartorial que o UniRuy encomendara desde 2019. No dia 24 de agosto, a perita judicial foi impedida, pela segunda vez, de acessar o prédio.

Casa de Ruy Barbosa

O jornalista, jurista e político Ruy Barbosa, o internacional Águia de Haia, ainda estava vivo quando o também ilustre baiano Ernesto Simões Filho (1886-1957) capitaneou o levantamento de recursos para adquirir, em leilão, o imóvel da Rua Capitães, no centro da Cidade do Salvador, onde nascera Ruy. Ao tomar conhecimento do gesto, o jurista manifestou-se agradecido. Anos depois, Simões Filho repassaria o imóvel à recém-criada (em 17 de agosto de 1930) Associação Bahiana de Imprensa (ABI).

A primeira destinação que a ABI deu ao bem recém-recebido foi oferecer à Prefeitura de Salvador para ali instalar escola, o que não ocorreu. Em seguida, a instituição examinou a possibilidade de instalar no endereço a sua sede, o que também não vingou. Com a proximidade do centenário de nascimento de Ruy Barbosa em 1949, os sócios da ABI resolveram homenagear o saudoso baiano transformando sua casa natal em museu. Houve, então, concurso público de projeto arquitetônico e campanha nacional para obtenção de doações de objetos. Em 05 de novembro daquele ano, o museu foi inaugurado e experimentou visitação constante por muitos e muitos anos.

Após o roubo ao Museu, Luis Guilherme Pontes Tavares, então diretor de Patrimônio da ABI, esteve no Arquivo Público Municipal e pesquisou documentos de onze caixas, trazendo novos elementos para contar a história do equipamento cultural. Desde a aquisição em leilão público e as intervenções que o imóvel sofreu durante o século 20, sobretudo a partir da década de 1930. Naquela altura foi executado um projeto para a casa funcionar como museu. Desde então, a ABI se empenhou na doação de objetos que pertenceram ao jurista ou que tivessem relação com ele.

Luis Guilherme Pontes Tavares, vice-presidente da ABI, tentando ser recebido no local | Foto: ABI

“A sociedade e instituições baianas foram generosas e desses, é bom lembrarmos, de Luiz Viana Filho, da Santa Casa de Misericórdia e da Associação Comercial da Bahia” rememora o agora vice-presidente da ABI.  Ele aponta o fato de a ABI ter em horizonte próximo a perspectiva de restaurar mais uma vez a Casa de Ruy Barbosa e restabelecer o funcionamento do museu que ela abriga e que atraía muitos visitantes desde a sua inauguração em 5 de novembro de 1949.

“A ABI sempre foi zelosa da Casa de Ruy Barbosa e designa, a cada nova eleição, diretor para a instituição”, destaca Pontes Tavares. Nas décadas de 1970 e 1980, o Museu manteve a série Publicações da Casa de Ruy e estabeleceu convênio com a Fundação Casa de Rui Barbosa, do Rio de Janeiro, disso resultando intercâmbio administrativo e cultural. Na década de 1990, o museu baiano foi roubado e, na ocasião, a nascente Faculdade Ruy Barbosa, iniciativa do professor Antonio de Pádua Carneiro, propôs convênio com o propósito de manter o equipamento e estimular sua visitação. “A casa foi entregue em perfeitas condições e é assim que a ABI espera recebê-la de volta”, reivindica o vice-presidente.

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ABI BAHIANA

Em cerimônia restrita, toma posse a nova diretoria da ABI

Exatamente há 90 anos, a Câmara Municipal de Salvador se fez palco para a posse da primeira diretoria da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), cuja presidência era ocupada por Altamirando Requião. Na manhã deste 10 de setembro, foi a vez de outros atores assumirem o Conselho Diretivo da ABI, em uma posse marcada pelo ineditismo da transmissão ao vivo pelo Youtube (assista aqui). Uma cerimônia restrita a poucos convidados, por causa da pandemia de Covid-19, reuniu no auditório da entidade, no Centro Histórico da capital baiana, profissionais da imprensa, autoridades públicas e representantes do segmento da cultura.

Eleita para o biênio 2020-2022, no último dia 31 de agosto, a Chapa Cervantes tem como presidente o jornalista Ernesto Marques, que sucede a Walter Pinheiro. A vice-presidência passou para o jornalista e escritor Luís Guilherme Pontes Tavares. Os diretores assumem o compromisso com a luta em defesa das liberdades democráticas e do livre exercício das atividades da imprensa, valores que pautaram a ABI ao longo de sua história.

Walter Pinheiro e Ernesto Marques | Foto: Fábio Marconi

Walter Pinheiro, agora presidente da Assembleia Geral da ABI, relembrou conquistas de sua gestão, como a recente reimplantação do Museu de Imprensa, e mostrou entusiasmo com a nova diretoria. “Ernesto já acumula 18 anos na ABI, tem inúmeros e importantes serviços prestados à Associação. Sua gestão já começou com a formação de um Conselho Diretor de alto nível”, salientou o jornalista.

Em um discurso forte e emotivo, o jornalista e radialista Ernesto Marques enfatizou o clima de harmonia da passagem de bastão, a necessária mudança de cultura geracional e reverenciou personagens centrais para a história da ABI, a exemplo de Ranulfo Oliveira, Thales de Freitas e Samuel Celestino, que presidiu a ABI por 25 anos. O novo presidente expressão gratidão e admiração a Walter Pinheiro. “Sob a liderança serena de Walter Pinheiro aprendemos que qualquer assunto é possível”. Baiano de Ipirá, Marques fez do pronunciamento de posse um mergulho em sua trajetória familiar e profissional, destacando vivências e memórias.

Foto: Fábi Marconi

Vozes femininas

A presença feminina em funções executivas é um traço da atual gestão: Sara Barnuevo, na Secretaria-geral; Suzana Alice Pereira, na Primeira Secretaria, e Simone Ribeiro, no Departamento de Divulgação. Julieta Isensée segue como suplente da Mesa da Assembleia-Geral. Helô Sampaio estará no Conselho Fiscal, Suely Temporal, no Conselho Consultivo, e Amália Casal Rey, como Suplente da Diretoria de Patrimônio.

Foto: Fábio Marconi

A jornalista Simone Ribeiro estará à frente do Departamento de Divulgação da ABI. “A ABI, ao longo dos seus 90 anos, teve mulheres em seu quadro de associados, algumas com destaque em suas profissões, no campo das artes e da cultura, mas essa diretoria encabeçada por Ernesto, e com o apoio do ex-presidente Walter Pinheiro, talvez dedique à mulher um espaço inédito”, observou. De acordo com a diretora, a maior presença feminina irá repercutir não apenas na gestão, mas na proposição de debates pautados nas lutas da mulher jornalista no mercado de trabalho.

“São mulheres com carreira no mercado e que têm muito a contribuir para a gestão que chega. Nós, mulheres, temos um olhar mais sensível e diferenciado. Tenho certeza que teremos uma administração muito positiva nesse aspecto”, destaca Sara Barnuevo, a nova secretária-geral.

“A presença de mais mulheres na diretoria da ABI é um sinal de avanço concreto, porque não adianta a gente falar em igualdade de gênero, de ocupação de espaços entre homens e mulheres, e não tornar isso prático. Então, quando você traz efetivamente mais mulheres na diretoria com funções de destaque e importância, você está tornando prático seu discurso”, avaliou Moacyr Neves, presidente do Sinjorba – Sindicato dos Jornalistas do Estado da Bahia. Para ele, a ABI deve crescer com a presença de Ernesto na presidência.

O jornalista Pacheco Maia, secretário municipal de Comunicação (Secom/PMS), falou de sua expectativa com a diretoria empossada. “A ABI chega a quase cem anos mostrando a necessidade de renovar e um novo presidente representa isso, a renovação dessa instituição de grande relevância para a sociedade baiana. A imprensa é um pilar da democracia”, afirmou. Ele acredita que a nova gestão abrirá novos horizontes. “Ernesto é muito empenhado em realizar as coisas. É um renascimento, novo ânimo, nova força. Espero que a gente possa contar com a ABI, que ela continue contribuindo para o avanço da nossa sociedade, fortalecendo a democracia. Que se faça cada vez mais forte a sua voz nesse diálogo com o poder público”, concluiu Maia.

Foto: Fábio Marconi

Gardênia Duarte, desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), enalteceu a atuação da ABI e reforçou o seu compromisso de zelar pela liberdade de imprensa e combater o cerceamento ao trabalho dos profissionais do setor. Ela destacou o posicionamento do presidente do TJ-BA, desembargador Lourival Trindade, que desejou que a ABI “continue trilhando o retilíneo caminho da boa informação, sempre comprometida com os valores mais caros e sacrossantos da democracia”.

Também prestigiaram o evento o desembargador federal Valtércio Oliveira; o advogado Antônio Luiz Calmon Teixeira, 2º vice-presidente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB); a educadora Cybele Amado, diretora-geral do Instituto Anísio Teixeira e esposa do novo presidente da ABI; o coordenador do Projeto Cultural Cantina da Lua, Clarindo Silva; o presidente do Sinjorba, Moacy Neves; o Capitão de Mar e Guerra Leonardo Silva Reis, representando o comandante do 2º Distrito Naval vice-almirante André Luís Silva Lima; e o general Leonel Filho, comandante da 6ª Região Militar-Região Marechal Cantuária.

Confira abaixo a nova composição da Diretoria da ABI:

ASSEMBLEIA GERAL

Presidente –  Antônio Walter dos Santos Pinheiro

Vice-Presidente  – Sérgio Augusto Soares Mattos

Secretaria   José Valter de Lessa Pontes

Suplente – Eliezer Varjão Bomfim

Suplente – Julieta Miranda Isensée

DIRETORIA EXECUTIVA

Presidente: Ernesto Dantas Araújo Marques

1º Vice-Presidente: Luís Guilherme Pontes Tavares

2º Vice-Presidente: Florisvaldo Mattos

Secretário Geral: Sara Barnuevo

1º Secretário: Suzana Alice Pereira

2º Secretário: Romário Costa Gomes

Diretor Financeiro: Antônio Pereira de Matos Júnior

Diretor Patrimônio: Raimundo Marinho dos Santos

Suplente: Arthur Andrade

Suplente: Amália Casal Rey

Suplente: Luiz Henrique Sá da Nova

CAIXA DE ASSISTÊNCIA

Presidente: Raimundo de Campos Vieira

Secretário: Benevaldo Amorim dos Santos Silva

Tesoureiro: Valter Xéu

DEPARTAMENTOS:

Cultura: Nélson Varón Cadena

Social: Nelson José de Carvalho

Divulgação: Simone Ribeiro

Casa De Ruy Barbosa: Jorge Luiz Ramos

CONSELHO CONSULTIVO

1.Joaci Góes

2.Jolivaldo Freitas

3.Valber Roberto Carneiro Carvalho

4. Suely Maria Temporal Soares

5.Carmelito Walter de Almeida

Suplente: Paulo Nunes

Suplente: Isidro Octávio Amaral Duarte

Suplente: João Leite

CONSELHO FISCAL:

1.Jorge Vital de Lima

2.José Pedro Daltro Bittencourt

3.Heloísa Gerbasi Sampaio

Suplente: Wilson Luiz Midlej Silva

Suplente: Luiz Hermano Abbehusen

ABI – REGIONAL NORTE/ NORDESTE

Presidente: Jair dos Santos Cezarinho

ABI – REGIONAL SUL

Presidente: Maurício Maron

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ABI BAHIANA

Posse da nova diretoria da ABI terá transmissão em tempo real pelo Youtube

Uma cerimônia marcada para as 10h da próxima quinta-feira (10), direto da sede, com transmissão ao vivo pelo Youtube, dará posse à nova diretoria da Associação Bahiana de Imprensa (ABI). Eleita para o biênio 2020-2022, no último dia 31 de agosto, a Chapa Cervantes renovou em um terço os membros da entidade e tem como presidente o jornalista Ernesto Marques, que sucede a Walter Pinheiro. A vice-presidência passou para o jornalista e escritor Luis Guilherme Pontes Tavares.

A presença feminina em funções executivas é um traço da próxima gestão: Sara Barnuevo, na Secretaria-geral; Suzana Alice Pereira, na Primeira Secretaria, e Simone Ribeiro, no Departamento de Divulgação. Julieta Isensée segue como suplente da Mesa da Assembleia-Geral. Helô Sampaio estará no Conselho Fiscal, Suely Temporal, no Conselho Consultivo, e Amália Casal Rey, como Suplente da Diretoria de Patrimônio.

Em seu discurso de posse, o novo presidente irá comentar o clima de harmonia em que transcorreu a assembleia geral para a eleição da nova diretoria da ABI, a renovação de seus membros, a necessária mudança de cultura geracional e a incorporação da tecnologia no “novo normal” que marca o atual momento da casa, 90 anos recém-completados em plena pandemia do novo coronavírus.

Ernesto Dantas Araújo Marques, que ocupava a vice-presidência da ABI, é baiano de Ipirá. Jornalista e radialista, formado pela Faculdade de Comunicação da Ufba. No jornalismo, atuou como repórter nas quatro emissoras comerciais de Salvador e na imprensa sindical. Foi assessor parlamentar, assessor de imprensa do governador Jaques Wagner e secretário de Comunicação de Vitória da Conquista, com o prefeito Guilherme Menezes. Foi também presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Rádio, Televisão e Publicidade e integra a diretoria da Associação Bahiana de Imprensa desde 2002.

Serviço

Cerimônia de posse da nova diretoria da ABI
10 de setembro, às 10h
Transmissão ao vivo pelo Youtube ABI Bahia

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Notícias

Faculdade de Comunicação da UFBA adere ao inédito semestre suplementar online

A pandemia do novo coronavírus segue modificando rotinas e impulsionando reinvenções nas mais diversas áreas. E já que as aulas presenciais estão suspensas até o final do ano na Universidade Federal da Bahia (UFBA), o Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) aprovou a implantação do Semestre Letivo Suplementar, em caráter emergencial e excepcional. De acordo com um guia divulgado pela Faculdade de Comunicação (FACOM/UFBA), o SLS 2020 é de adesão facultativa e o período de aulas se estenderá do dia 8 de setembro até 18 de dezembro.

Uma vez que a crise sanitária provocou a suspensão do exercício acadêmico de 2020.1, a modalidade de ensino online foi a alternativa encontrada pela instituição para retomar o funcionamento, sem colocar em risco a vida de docentes, discentes, técnicos e terceirizados. A FACOM preparou um material para orientar os estudantes de graduação e de pós-graduação durante esse período.

No Guia do Semestre Letivo Suplementar, o estudante encontra orientações sobre o novo semestre, com instruções para a matrícula, datas importantes do semestre, calendário de TCC, além de informações sobre os componentes curriculares obrigatórios e optativos. “Sabemos que este Semestre Suplementar nos traz desafios. Mas, certamente, nos permitirá demonstrar a nossa capacidade e competência para nos adequarmos ao novo”, afirma o documento.

Mateus Anjos, coordenador do Centro Acadêmico Vladimir Herzog, conversou com a diretora FACOM, Suzana Barbosa, para entender como a unidade está se organizando para o semestre suplementar. A docente salientou a excepcionalidade atual e destacou as principais mudanças implementadas. Segundo Barbosa, a modalidade é de adesão facultativa, seu tempo não contará para o tempo máximo de integralização curricular.

Neste semestre letivo, serão oferecidos componentes novos e alguns componentes já ofertados em semestres anteriores, com as respectivas adequações ao formato remoto. Mas nem todas as disciplinas tiveram possibilidade de adaptação ao formato de aula remoto do SLS. “As oficinas, principalmente as do eixo de formação profissional, não serão oferecidas, porque a experiência é viva, em campo, e demandam equipamentos e estruturas específicos”, argumenta a professora. “É um momento de demonstrarmos nossa capacidade de integração. Vamos iniciar algo novo e que pode abrir caminhos. Estamos diante de uma situação complexa, mas com possibilidade de reagir. Que a gente possa se conectar e ter a melhor energia para trabalhar”, conclui.

Dúvidas sobre o Semestre Suplementar devem ser enviadas ao Colegiado de Graduação ([email protected]) ou ao Colegiado de Pós-graduação ([email protected]).

Confira a live com a diretora da Facom, Suzana Barbosa.

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