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RSF cobra investigação sobre morte de jornalista mexicano

A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) condenou o assassinato do jornalista mexicano Carlos Domínguez, morto no último sábado, na cidade de Nuevo Laredo, por um grupo de homens armados e encapuzados enquanto passeava em um automóvel com familiares.

O jornalista, com quatro décadas de experiência, trabalhava no diário Noreste Digital e na página HorizontedeMatamoros, destacando-se por ser muito crítico para com as autoridades locais e denunciar atos de violência orquestrados pelo crime organizado.

“É alarmante constatar que, para os jornalistas no México, 2018 começa tão mal como terminou 2017”, lamentou em comunicado Emmanuel Colombié, diretor da delegação da RSF na América Latina, recordando que, no ano passado, aquele foi o segundo país mais mortífero para a imprensa, ficando atrás apenas da Síria. “Este último assassinato deve ser objeto de uma investigação imediata e independente”, acrescentou.

Além de pedir uma investigação independente sobre o assassinato, a organização também recordou que o Governo mexicano tinha se comprometido, em 2017, a redobrar os esforços para garantir a segurança dos jornalistas e fortalecer os mecanismos de proteção existentes.

No Brasil…

O jornalista Carol Corsetti Majewski, de 52 anos, foi encontrado morto dentro de seu apartamento, no centro de Porto Alegre, na noite desta segunda-feira (15). Segundo informações do portal Zero Hora, o filho de Majewski encontrou o corpo da vítima por volta das 21h30, que apresentava marcas de facadas. Não havia sinais de arrombamento na residência. Alguns objetos foram roubados do imóvel. Majewski trabalhou como jornalista de O Sul, da Rede Pampa de Comunicação, e como assessor de imprensa da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Rio Grande do Sul. As circunstâncias do crime estão sendo investigadas.

*Com informações da RSF, Diário de Notícias (Pt) e ABI

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II prêmio de jornalismo sobre HIV abre inscrições

Jornalistas de todo o Brasil já podem se inscrever para a segunda edição do Prêmio Jornalismo Investigativo em HIV/Aids na América Latina e Caribe, realizado pela Aids Healthcare Foundation (AHF) em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a Faculdade Cásper Líbero.

De acordo com os organizadores da competição, os trabalhos jornalísticos devem ter sido publicados em 2017 e precisam estar relacionados ao tema do HIV (prevenção, serviços e ações que permitam às pessoas conhecerem sua sorologia, acesso a tratamento de qualidade, as histórias de vida de pessoas que vivem com o HIV, o estigma frente ao vírus e as barreiras culturais para a testagem e cuidados, entre outros).

Haverá um prêmio para cada categoria, que são as seguintes: mídia impressa, online e audiovisual (vídeo e rádio). Os ganhadores do prêmio no Brasil participarão com os premiados de países da América Latina e do Caribe do workshop internacional “A última arrancada para acabar com a AIDS”, que acontecerá na cidade de Oaxaca, no México, de 12 a 14 de abril. Todos os custos com passagens aéreas, hospedagens e refeições serão assumidos pela AHF.

As inscrições no concurso vão até 28 de fevereiro. Para participar, o jornalista deve enviar para o e-mail [email protected] a versão original (cópia) e a versão em word de suas reportagens (ou série de reportagens) publicadas entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2017, em jornais impressos, revistas ou sites de notícias online. Para trabalhos audiovisuais (vídeo e rádio, basta encaminhar um link para o vídeo no YouTube.

*Informações da Associação Brasileira de Imprensa (ABI)

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Globo de Ouro 2018: A mulher que bancou o furo do Watergate

Todo estudante de jornalismo tem na cabeça um marco que materializa um exemplo profissional a se seguir: Watergate. E a maioria já quis ser como a dupla de incansáveis repórteres Bob Woodward e Carl Bernsteins – responsáveis por desvendar o caso de espionagem política que levou o presidente americano Richard Nixon a renunciar. Ou o editor que aguentava as pressões, Ben Bradlee. O que muita gente não sabe é que por trás desse grupo de jornalistas homens havia uma grande mulher que a história, assim como aquele roteiro, ignorou.

Quando o diretor Alan Pakula rodou em o clássico Todos os Homens do Presidente (1976), Robert Redford comunicou a Katharine Graham, proprietária do The Washington Post, que sua personagem não sairia no filme. “Ninguém entendia bem a função da proprietária e era complicado demais explicar (…). Para minha surpresa, me senti um pouco ferida porque prescindiram de mim totalmente”, conta Graham em sua autobiografia. Seu pai era o dono do Washington Post, mas quem herdou o posto, a princípio, foi seu marido. No entanto, depois de uma complicada história pessoal, foi Katharine, que assumiu as rédeas da empresa e transformou o jornal em uma referência no setor.

Agora, outra grande mulher, Meryl Streep, interpreta Graham em The Post, – A Guerra Secreta o filme sobre os papéis do Pentágono, outro marco do jornalismo. O filme recebeu seis indicações ao Globo de Ouro 2018, primeira festa de gala desde a sucessão de escândalos sexuais que abalaram a indústria cinematográfica e motivaram um protesto em que até o tapete vermelho da cerimônia se tingiu de preto contra o assédio.

A partir do dia 1º de fevereiro, quando a obra estreia por aqui, os brasileiros poderão conferir se Spielberg soube explicar, enfim, qual era a função de Katharine Graham e que ela mesma descreveu assim: “Minha função principal foi respaldar os chefes e repórteres, acreditar neles”. Provavelmente, o melhor, o mais jornalístico e o mais difícil dos papéis que se podia desempenhar naquele momento.

Confira o trailer de “The Post”:

*Informações de Mari Luz Peinado para o El País.

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Relatório da FIJ contabiliza 81 jornalistas assassinados em 2017

Em 2017, 81 jornalistas foram assassinados enquanto exerciam sua profissão. Um dado que subiu entre atos de violência e assédio contra repórteres, de acordo com a maior organização de imprensa do mundo, a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ). Segundo o relatório anual da entidade, os repórteres perderam a vida em assassinatos específicos e mais de 250 jornalistas estavam na prisão em 2017.

O número de mortes registradas até 29 de dezembro foi o menor da década, abaixo dos 93 registrados em 2016. O maior número de mortes ocorreu no México, mas também morreram muitos jornalistas em zonas de conflito, como no Afeganistão, no Iraque e na Síria.

O presidente da FIJ, Philippe Leruth, disse que embora a queda no número de mortes de jornalistas em 2017 “represente uma tendência descendente, os níveis de violência no jornalismo continuam inaceitavelmente altos”.

Oito mulheres jornalistas foram mortas este ano, duas em democracias europeias – Kim Wall na Dinamarca, que morreu no submarino de um inventor sobre o qual escrevia, e a jornalista de investigação maltesa Daphne Caruana Galizia que morreu vítima de uma explosão de uma bomba colocada no seu carro.

Além das mortes, a FIJ adverte que se registram “números sem precedentes de jornalistas detidos, forçados a fugir e que a autocensura é generalizada e que há impunidade para os assassinatos, assédio, ataques e ameaças contra o jornalismo independente”.

A Turquia, onde a pressão oficial sobre a media cresceu na sequência da alegada tentativa de golpe de Estado fracassada, em julho de 2016, está a destacar-se por colocar repórteres atrás das grades. Cerca de 160 jornalistas estão presos.

Países com maior número de assassinatos de jornalistas em 2017:

Cidade do México: 13
Afeganistão: 11
Iraque: 11
Síria: 10
Índia: 6
Filipinas: 4
Paquistão: 4
Nigéria: 3
Somália: 3
Honduras: 3

*As informações são da Associação Brasileira de Imprensa (ABI)

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