ABI BAHIANA

ABI vai homenagear Lygia Sampaio com a Medalha Ranulpho Oliveira

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) aprovou a outorga da Medalha Ranulpho Oliveira à artista plástica e museóloga Lygia Sampaio, na última reunião de diretoria, no dia 12/09. A proposta foi encaminhada pelo jornalista Ernesto Marques, vice-presidente da instituição, e aprovada pelos diretores. A homenageada trabalhou na ABI por 30 anos (de 10 de janeiro de 1974 a 30 de setembro de 2016) e ajudou a criar o Museu de Imprensa da ABI, um espaço de preservação e valorização da história da imprensa.

Foto: Fernando Vivas/Ag. A Tarde

A passagem dos 90 anos de Lygia Sampaio, no dia 18 de agosto, foi mais um motivo para distingui-la, conforme a proposta de Ernesto Marques, dando ao gesto o triplo significado do reconhecimento, da gratidão e da cordialidade. “Lygia Sampaio é merecedora de reconhecimento e de homenagens também como a artista plástica que se perfilou com colegas, sobretudo homens, que participaram do Salão Baiano de Belas Artes, em 1949, com seus pincéis, espátulas e cinzéis, como aderentes do modernismo. A mais recente exposição dela – “60 anos de pena e pincel” – foi realizada no Museu de Artes Sacras da UFBA em outubro de 2014”, informa a proposta aprovada no dia 12.

O texto de justificativa da proposta acrescenta: “A fusão da artista plástica com a museóloga permitiu a Lygia Sampaio atuar com destacado brilho na equipe do Núcleo de Artes do Desenbanco dirigido pela também museóloga Sylvia Athayde (1940-2015). Ela também auxiliou Sylvia no Museu de Arte da Bahia (MAB). Some-se a essas duas tarefas a contribuição que ela deu a Superintendência de Turismo de Salvador (Sutursa) na década de 1960. Todo esse cabedal lastreou a ação de Lygia Sampaio na ABI”.

Leia também: Lygia Sampaio expõe no Museu de Arte Sacra 60 anos de trajetória

*Informações de Luís Guilherme Pontes Tavares (jornalista, diretor da ABI)

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Museu de Imprensa da ABI realiza curso de paleografia

O Curso de Paleografia, oferecido de forma gratuita pelo Museu de Imprensa da ABI – Associação Bahiana de Imprensa, tem início nesta segunda-feira (17), às 14h. A atividade integra a programação da 12ª Primavera dos Museus, ação promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) entre os dias 17 a 23 de setembro. O curso  (ementa aqui) emitirá certificado.

As aulas serão ministradas nos dias 17, 18 e 19 de setembro, das 14h às 16h30, pelos professores Lívia Borges Souza Magalhães e Rafael Barbosa Magalhães, ambos doutorandos pelo Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia (UFBA) – (currículos aqui).

A programação (aqui) do Museu de Imprensa conta também com a “Exposição Berbert de Castro”, que segue montada na sede da entidade até o dia 20 de setembro, exibição de filmes e uma mesa-redonda sobre “Diversidade nas Escolas”.

Do grego παλαιός (antigo) e γραφή (escrita), paleografia é o estudo de textos manuscritos antigos e medievais estuda a origem, a forma e a evolução da escrita, independentemente do tipo de suporte físico onde foi registrada, do material utilizado, do lugar, do povo, ou dos sinais gráficos adotados na linguagem.

Educação – A cada edição da Primavera dos Museus, o Ibram lança um tema para fomentar as discussões e inspirar os eventos propostos pelos museus ou instituições culturais. Este ano o tema é Celebrando a Educação em Museus, que tem como embasamento o Caderno da Política Nacional de Educação Museal (PNEM), lançado no último mês de junho. A publicação aborda o processo de criação da PNEM, bem como os princípios e diretrizes dessa política, que visa nortear gestores, educadores e demais interessados na prática da educação museal. Para a entidade, os museus devem ser reconhecidos como espaços plurais, que propiciam vivências diversas e trocas constantes de conhecimentos e experiências e, nesse sentido, a educação permeia todos os seus cantos. Para saber mais sobre o tema, clique aqui.

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Notícias

200 anos de história consumidos pelas chamas do descaso

Fósseis, múmias, registros históricos, obras de arte. Mais de 20 milhões de itens históricos e científicos foram destruídos no incêndio que aconteceu no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, na noite deste domingo (2). O acervo da instituição que completou 200 anos este ano começou a virar cinzas por volta das 19h e o fogo só foi controlado no fim da madrugada desta segunda-feira (3). Como boa parte da estrutura do prédio era de madeira e o acervo tinha material inflamável, as chamas se espalharam rapidamente. Pedaços de documentos queimados foram parar em vários bairros da cidade, transformando em poeira não só uma parte importante da história do Rio de Janeiro ou do Brasil, mas registros fundamentais para a história mundial.

O Museu Nacional é uma instituição autônoma, integrante do Fórum de Ciência e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro e vinculada ao Ministério da Educação. Como museu universitário, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a instituição tem perfil acadêmico e científico. O museu abrigava um acervo histórico desde a época do Brasil Império, tendo servido de residência para um rei e dois imperadores. Além de ter sido residência oficial da família real no Brasil entre 1816 e 1821, o prédio histórico foi palco para a primeira Assembleia Constituinte da República, entre novembro de 1890 e fevereiro de 1891, que marcou o fim do império no Brasil.

A tragédia teve grande repercussão entre as entidades e personalidades que atuam no cenário cultural. Pesquisadores, professores e artistas usaram as redes sociais para lamentar a perda. Uma manifestação tomou conta da entrada da Quinta da Boa Vista, onde fica o Museu Nacional, em apoio à instituição na manhã desta segunda-feira (3). Grande parte dos manifestantes formada por estudantes da UFRJ.

Em meio a manifestações e denúncias sobre a situação de descaso com o patrimônio histórico brasileiro, políticos de diferentes partidos e candidatos em campanha eleitoral também usaram as redes sociais para falar sobre o incêndio. A Agência Lupa realizou uma checagem e descobriu que só 2 dos 13 programas presidenciais falam em proteção a museus, evidenciando a quase invisibilidade da área cultural. Confira aqui

Descaso – Apesar de sua importância histórica, o Museu Nacional também foi afetado pela crise financeira da UFRJ e há pelo menos três anos funcionava com orçamento reduzido, segundo reportagem do Bom Dia Brasil, em maio. A situação chegou ao ponto de o museu anunciar uma “vaquinha virtual” para arrecadar recursos para reabrir a sala mais importante do acervo, onde fica a instalação do dinossauro Dino Prata. A meta era chegar a R$ 100 mil.

Para a museóloga do Museu de Imprensa da ABI, Renata Ramos, a tragédia expõe o descaso com nosso patrimônio histórico e a falta de uma política que proteja os museus brasileiros. “Como a maioria dos nossos museus, o Museu Nacional vinha sofrendo com a falta de reforma e os cortes no orçamento. Foi uma perda inestimável para a memória mundial”, lamentou.

As causas do fogo ainda não foram esclarecidas. Bombeiros fizeram trabalho de rescaldo nesta manhã. Técnicos da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros Fizeram uma inspeção no Museu Nacional. Eles pretendem calcular o tamanho do estrago e descobrir o que pode ser resgatado. A Polícia Civil abriu inquérito e repassará o caso para que seja conduzido pela Delegacia de Repressão a Crimes de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico, da Polícia Federal, que irá apurar se o incêndio foi criminoso.

Acervo – O acervo do museu foi formado ao longo de mais de dois séculos por meio de coletas, escavações, permutas, aquisições e doações. Ele abrigava coleções de geologia, paleontologia, botânica, zoologia, antropologia biológica, arqueologia e etnologia. A mais antiga instituição cientifica do país guardava alguns dos mais relevantes registros da memória brasileira e mundial no campo das ciências naturais e antropológicas.

Entre seus principais tesouros estavam a primeira coleção de múmias egípcias da América Latina e o Bendegó, o maior meteorito já encontrado no Brasil – ele foi achado no sertão da Bahia no século 18 e pesa mais de 5 toneladas. O fóssil humano mais antigo já encontrado no Brasil, batizado de “Luzia”, faz parte da coleção de Antropologia Biológica. A história dos povos indígenas também faz parte do acervo do museu com, por exemplo, uma coleção de trajes usados em cerimônias dos índios brasileiros há mais de cem anos.

*Informações são do G1/Rio.

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Primavera dos Museus: Inscrições abertas para curso de Paleografia na ABI

O Museu de Imprensa da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) está participando da 12ª Primavera dos Museus, uma ação promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), de 17 a 23 de setembro. O tema deste ano é “Celebrando a Educação em Museus”. Na programação (aqui) do Museu de Imprensa, estão previstos a “Exposição Berbert de Castro”, curso “Noções de Paleografia” (inscrição aqui), exibição de filmes e uma mesa-redonda sobre “Diversidade nas Escolas”. Toda a programação é GRATUITA e só o curso de paleografia necessita de inscrição.

O curso de paleografia (ementa aqui) será ministrado nos dias 17, 18 e 19 de setembro, das 14h às 16h30, pelos professores Lívia Borges Souza Magalhães e Rafael Barbosa Magalhães, ambos doutorandos pelo Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia (UFBA) – (currículos aqui). A inscrição para o curso pode ser efetuada de 28 de agosto a 10 de setembro, através do formulário online (aqui) ou na sede da ABI (Praça da Sé).

Do grego παλαιός (antigo) e γραφή (escrita), paleografia é o estudo de textos manuscritos antigos e medievais estuda a origem, a forma e a evolução da escrita, independentemente do tipo de suporte físico onde foi registrada, do material utilizado, do lugar, do povo, ou dos sinais gráficos adotados na linguagem.

Tema – A cada edição da Primavera dos Museus, o Ibram lança um tema para fomentar as discussões e inspirar os eventos propostos pelos museus ou instituições culturais. Este ano o tema é Celebrando a Educação em Museus, que tem como embasamento o Caderno da Política Nacional de Educação Museal (PNEM), lançado no último mês de junho. A publicação aborda o processo de criação da PNEM, bem como os princípios e diretrizes dessa política, que visa nortear gestores, educadores e demais interessados na prática da educação museal. Para a entidade, os museus devem ser reconhecidos como espaços plurais, que propiciam vivências diversas e trocas constantes de conhecimentos e experiências e, nesse sentido, a educação permeia todos os seus cantos. Para saber mais sobre o tema, clique aqui.

Serviço

Curso de Paleografia 

Data: 17, 18 e 19 set
Horário: 14h às 16h30
Inscrição: https://goo.gl/forms/XdDMoEd0jBI37koF3 (período de 28/08 a 10/09) ou presencial na sede da ABI (Rua Guedes de Brito, 1, Edifício Ranulfo Oliveira – Praça da Sé)/ Informações: 3322-6903 ou [email protected] (Renata Ramos – museóloga da ABI)
*Com direito a certificado

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