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Familiares de vítimas da ditadura militar recorrem à Corte Interamericana

Mais uma luta pela memória e verdade no Brasil acaba de ser travada, reacendendo a discussão sobre a Lei da Anistia e a impunidade que impera em um país forçado a lidar com seu passado. Enquanto o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro denunciou, no último dia 19, cinco militares do Exército pelo homicídio e ocultação do cadáver do ex-deputado Rubens Paiva, ativistas e familiares de vítimas da ditadura militar denunciaram nesta quarta-feira (21) à Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) o descumprimento da sentença que obriga o Estado brasileiro a punir os responsáveis pela repressão neste período.

Desaparecidos do caso “Gomes Lund e outros”, conhecido como Guerrilha do Araguaia (TO) - Foto: Agência Pública/Creative Commons
Desaparecidos do caso “Gomes Lund e outros”, conhecido como Guerrilha do Araguaia (TO) – Foto: Agência Pública/Creative Commons

O órgão integrante da OEA (Organização dos Estados Americanos) havia estabelecido em dezembro de 2010 que o Brasil processasse os responsáveis pela repressão ocorrida na região do Araguaia (Tocantins) – onde a guerrilha enfrentou o Exército entre 1972 e 1975 -, ficando obrigado a procurar os restos mortais de 69 desaparecidos neste período. Os acusados considerados culpados deveriam ser punidos de acordo com os dispositivos já existentes na Constituição brasileira, até que se crie uma lei específica ou que o país reveja a decisão do STF sobre a Lei de Anistia. Além disso, a partir da decisão, todos os integrantes das forças armadas ficaram obrigados a passar por um curso permanente sobre direitos humanos. Foi a primeira condenação internacional do Brasil em um caso envolvendo a ditadura militar (1964-1985).

Segundo a denúncia dos familiares das vítimas da repressão, não ocorreram progressos no Brasil em relação ao acatamento da sentença da CIDH. “Não há vontade política de cumprir a sentença, o Brasil é o país da impunidade”, lamentou Victoria Grabois, que perdeu o marido, o pai e o irmão durante a repressão no Araguaia. Grabois disse à AFP que durante a audiência os juízes da Corte interpelaram severamente os representantes do Estado brasileiro, o que a faz pensar que o tribunal pressionará o país a acatar sua decisão.

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“O cumprimento da sentença foi altamente insatisfatório”, estimou Viviana Krsticeviv, diretora-executiva do Centro Pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL). A da organização não governamental (ONG) é uma das autoras da petição que originou o processo, com o Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro (GTNM-RJ) e Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos de São Paulo. “Após 50 anos do Golpe Militar e passados quase quatro anos da sentença da Corte, o estado está em dívida com o esclarecimento dos fatos, com a devolução dos restos dos desaparecidos a suas famílias e com a punição dos responsáveis da repressão”, acrescentou Krsticevic.

  • Leia textos do Grupo de Trabalho criado por exigência da Justiça Federal e da CIDH, para pesquisar o evento conhecido como “Guerrilha do Araguaia”, focando nas operações militares e nos mortos e desaparecidos da região.

Lei da Anistia

A diretora do CEJIL destacou que uma das dificuldades para se acatar as determinações da CIDH é a Lei da Anistia de 1979, que tem sido usada pela justiça brasileira para isentar os responsáveis pelos crimes da repressão. Krsticevic considerou que o Poder Judiciário brasileiro deve mudar sua postura sobre a Lei de Anistia para permitir que os responsáveis pela repressão sejam castigados.

A Organização das Nações Unidas (ONU), inclusive, se pronunciou contra a manutenção da lei de anistia no Brasil, alegando que crimes como o da tortura não podem ser protegidos por uma lei. Já a ONG Anistia Internacional, considerou a confirmação da lei pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como “uma afronta à memória de milhares de pessoas mortas, torturadas e estupradas” e ressalta que as vítimas da ditadura militar e seus familiares tiveram “novamente o acesso à reparação, verdade e justiça negado”.

Leia também: ONU cobra investigação da morte do coronel Paulo Malhães

Também para a CIDH, a Lei da Anistia brasileira serviu como empecilho para a investigação e julgamentos dos crimes, como espécie de álibi, já que a Constituição do país não deixa brechas para a condenação penal de agentes da repressão. Para a Corte, o Brasil, como signatário do Pacto de San José da Costa Rica (tratado que instituiu a CIDH), deveria respeitar as normas órgão, que preveem a garantia dos direitos humanos, e adaptar a Constituição nacional para respeitar os textos aceitos internacionalmente.

“Os dispositivos da Lei de Anistia são incompatíveis com a Convenção Americana, carecem de efeitos jurídicos e não podem continuar representando um obstáculo para a investigação dos fatos”, determinou a sentença do dia 14 de dezembro de 2010. Na ocasião, a CIDH entendeu que o Brasil é também responsável pela violação do direito à integridade pessoal de determinados familiares das vítimas, entre outras razões, em razão do sofrimento ocasionado pela falta de investigações efetivas para o esclarecimento dos fatos.

*Informações do Opera Mundi e da Agência France-Presse (AFP) via Estado de Minas e UOL.

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Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa é aprovado na Bahia

Uma semana depois de um juiz da17ª Vara Federal do Rio de Janeiro negar o pedido do Ministério Público de retirar vídeos na internet considerados ofensivos à umbanda e ao candomblé, por entender que “manifestações religiosas afro-brasileiras não se constituem religião”, a Bahia deu um grande passo no compromisso com entidades do movimento negro, indígenas, povos e comunidades tradicionais e religiosos, principalmente de matriz africana. O projeto de lei 20.785/2014, que institui o Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa do Estado, foi aprovado nesta terça-feira (20) na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e segue para sanção do governador Jaques Wagner. O projeto está alinhado com a legislação e políticas em desenvolvimento no âmbito do Governo Federal, que em 2010 aprovou a lei 12.288 que institui o Estatuto Nacional da Igualdade Racial.

Foto: Reprodução/internet
O Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa da Bahia é o primeiro estatuto estadual do país com essa temática/ Foto: Reprodução/internet

A medida garante a reserva 30% das vagas para a população negra nos concursos públicos; o programa Ouro Negro e o porcentual mínimo de 10% do orçamento anual para o Fundo para ações do Sistema Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sisepir). O texto final da lei é resultado da articulação com a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) com a Comissão de Promoção da Igualdade da Assembleia. A iniciativa resgata um projeto feito em 2005 do então deputado estadual Valmir Assunção (PT), na época presidente da Comissão Especial para Assuntos da Comunidade Afrodescendente. O projeto ficou arquivado e voltou à pauta em 2007 por solicitação do deputado Bira Corôa (PT).

Entidades pressionam e juiz modifica sentença

A polêmica que envolveu o juiz Eugenio Rosa de Araújo, da 17ª Vara do Rio de Janeiro, ganhou proporções nacionais. Após as manifestações de repúdio de entidades de todo o Brasil, entre elas a Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE) (nota) e a Ordem dos Advogados do Brasil na Bahia (OAB-BA), o magistrado modificou parte da sentença em que afirmou que candomblé e umbanda não eram religiões. A mudança foi anunciada ontem (20), por meio de nota da assessoria de imprensa da Justiça Federal fluminense. Segundo o texto, “o forte apoio dado pela mídia e pela sociedade civil, demonstra, por si só, e de forma inquestionável, a crença no culto de tais religiões”.

Foto: Ricardo Prado/Exposição Megumi
Foto: Ricardo Prado/Exposição Megumi

Entidades do Movimento Negro, de combate à intolerância religiosa e do povo de santo realizam hoje (21) em Salvador, nesta quarta-feira (21), um ato de desagravo contra a decisão do juiz federal. O protesto faz parte de uma mobilização nacional pela garantia de direitos às crenças de matrizes africanas, que foi mantida mesmo com a retratação do juiz divulgada nesta terça (20). A manifestação acontecerá às 14h, com concentração no Largo do Pelourinho e caminhada até a estátua de Zumbi dos Palmares, na Praça da Sé.

Os organizadores do ato pedem para que todos compareçam vestidos com roupas brancas ou alusivas a orixás e fios de conta. Segundo o historiador e coordenador geral do Coletivo de Entidades Negras (CEN), Marcos Rezende, o Pelourinho foi escolhido porque é “símbolo de desrespeito”. “A decisão do juiz foi no dia 13 de maio, dia em que a escravidão foi abolida. É o símbolo do retorno à escravidão e açoite público. E a chegada na estátua de Zumbi é a nossa luta pela liberdade e garantia de direitos ao nosso povo”, explicou o historiador ao site Bahia Notícias.

Em nota pública divulgada no último dia 18, a Ordem dos Advogados do Brasil Seção Bahia (OAB-BA) repudia a decisão que afirma que “as manifestações religiosas afro-brasileiras não se constituem em religiões”. O texto salienta que a liberdade de crença é assegurada não apenas pela Constituição Federal (art.5º, VI) como também por documentos internacionais, a exemplo da Declaração Universal de Direito Humanos (art.18), o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (art.18) da ONU e, ainda, o Pacto de São José da Costa Rica (art.12), da OEA.

“A Presidência da OAB da Bahia entende que o Estado brasileiro, por todos os seus órgãos, inclusive através do Judiciário, deve respeitar e defender a pluralidade cultural, étnica, religiosa e de gênero da sociedade, combatendo a intolerância religiosa e não desconsiderando jamais – no país com a maior população negra fora do continente africano – o papel histórico e as contribuições que as religiões de matriz africana tiveram e continuam a ter na formação da identidade e dos costumes do nosso povo”, diz trecho da nota cujo título defende que “Todas as religiões e crenças merecem respeito e proteção”.

*Com informações do Bahia Notícias, Tribuna da Bahia e OAB-BA.

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MPF denuncia cinco militares pelo assassinato de Rubens Paiva

Mais uma vez, a Justiça Federal é desafiada a se posicionar sobre um crime do regime militar brasileiro e cinco militares do Exército apontados como responsáveis pelo homicídio e ocultação do cadáver do ex-deputado Rubens Paiva devem ir para o banco dos réus. Na denúncia, que chegou nesta segunda-feira à 4ª Vara Federal Criminal, o Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro sustenta que a morte de Paiva, assassinado sob tortura entre os dias 21 e 22 de janeiro de 1971, por ser um crime de lesa-humanidade, não prescreveu nem foi perdoada pela Lei de Anistia de 1979. O MPF-RJ também denunciou os cinco por associação criminosa armada e três deles por fraude processual.

Suspeito de intermediar a troca de correspondência entre exilados no Chile e seus contatos no Brasil, o ex-deputado foi preso em casa, no Leblon, no início da tarde do dia 20, por agentes do Centro de Informações de Segurança da Aeronáutica (Cisa). No mesmo dia, após interrogado, foi transferido para o Destacamento de Operações de Informações do 1º Exército (DOI-I), na Rua Barão de Mesquita, onde não resistiu a “selvagens torturas”, como concluiu o MPF após três anos de investigação. O corpo da vítima nunca foi localizado.

Segundo depoimentos, o ex-deputado federal Rubens Paiva foi torturado ao som de "Apesar de Você", de Chico Buarque/ Foto: Arquivo Pessoal
Segundo depoimentos, o ex-deputado federal Rubens Paiva foi torturado ao som de “Apesar de Você”, de Chico Buarque/ Foto: Arquivo Pessoal

O desaparecimento e assassinato de Paiva estiveram por mais de 40 anos cobertos por um manto de silêncio, mas a documentação encontrada na residência do tenente-coronel reformado e assassino confesso, Paulo Malhães, serviu para que o MPF desse o passo para apresentar uma denúncia contra os militares. Malhães morreu em sua casa no dia 24 de abril, em circunstâncias ainda investigadas. Um mês antes de sua repentina morte, o ex-militar havia dado depoimento à Comissão Nacional da Verdade (CNV) instaurada no Brasil para investigar crimes cometidos durante os anos de chumbo (1964-1985).

No interrogatório, Malhães reconheceu com extrema frieza sua participação em uma longa lista de assassinatos, torturas e desaparecimentos de dissidentes do regime militar. Mas, negou sua intervenção no assassinato de Paiva, embora tenha admitido conhecer detalhes do mesmo. De acordo com Malhães, ele foi torturado, Ele foi torturado, morto, os restos mortais foram enterrados numa praia e, mais tarde, desenterrados e jogados ao mar. Ele falou também de outras pessoas torturadas no local que ficou conhecido como “Casa da Morte”, em Petrópolis, na Região Serrana.

Foto: Álbum de família/O Globo
Rubens Paiva com a mulher, a sogra e os filhos/ Foto: Álbum de família-O Globo

Ao cruzar depoimentos de militares da repressão e ex-presos com documentos do Exército e da comunidade de informações, os procuradores da República responsáveis pelo caso decidiram denunciar o general reformado José Antonio Nogueira Belham, comandante do DOI em 1971, e o coronel reformado Rubens Paim Sampaio, ex-agente do Centro de Informações do Exército (CIE), por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa armada. Já o coronel Raymundo Ronaldo Campos, oficial de plantão no DOI-I no dia 22 de janeiro, e os sargentos Jurandir e Jacy Ochsendorf e Souza foram acusados de fraude processual e associação criminosa armada.

Somadas as penas, Belham e Paim podem pegar até 37 anos e seis meses de prisão, enquanto Raymundo e os irmãos Ochsendorf teriam até dez anos a cumprir. Os procuradores alegam que os crimes cometidos pelos cinco militares se deram em um contexto de ataque sistemático e generalizado contra a população civil por um sistema semiclandestino de repressão, baseado em invasões de domicílio, sequestro, tortura e desaparecimento de “inimigos do regime”.

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Durante a apresentação do relatório das investigações e da ação penal, Sérgio Suiama, um dos procuradores responsáveis pela denúncia, acusou o Exército de sonegar informações solicitadas pelo Ministério Público. Em resposta a um ofício dos procuradores, que pedira as folhas de alterações (espécie de histórico da carreira) do general Belham, o órgão respondeu apenas que, entre 1977 e 1981, o acusado serviu como oficial de gabinete do Comando do Exército. No entanto, um dos documentos apreendidos na casa de Paulo Malhães comprovou que Belham, no mesmo período, era chefe da Seção de Operações do CIE.

O Ministério Público Federal, que durante três anos investigou o caso, analisando minuciosamente 13 pastas de documentos e ouvindo o depoimento de 27 pessoas, também solicitou à Justiça que congele as aposentadorias dos cinco militares, e ao Exército brasileiro que retire as medalhas e condecorações obtidas durante suas carreiras. O advogado Rodrigo Roca, que representa três denunciados (Belham, Raymundo e Paim), disse que vai aguardar a decisão da Justiça antes de agir. Ele pretende pedir o trancamento da ação.

Tortura ao som de música

Depoimentos que fazem parte da denúncia apresentada ontem (19) pelo MPF-RJ relatam como foram os últimos momentos de vida do ex-deputado federal Rubens Paiva. Marilene Corona Franco e Cecília Viveiros de Castro ouviram os gritos de Paiva nas dependências do DOI-Codi. As duas mulheres foram presas quando voltavam do Chile, onde tinham visitado parentes exilados, e traziam cartas de outros brasileiros que haviam fugido para aquele país. O contato para a distribuição das cartas no Brasil era Rubens Paiva.

Aos procuradores, Marilene contou que era possível ouvir os gritos de Paiva, apesar de seus torturadores tentaram abafar o ruído com um aparelho de rádio em alto volume. Ela relatou não ter esquecido as músicas que ouviu naquele momento: “Jesus Cristo”, de Roberto Carlos, e “Apesar de Você”, de Chico Buarque.

Em outro ponto do DOI-Codi, o médico Edson Medeiros, que estava em cela gradeada no térreo do DOI-Codi, ouviu os mesmos gritos e a mesma música –”Jesus Cristo”, em alto volume. Aos procuradores, contou que algum tempo depois viu de sua cela passarem dois recrutas puxando pelos pés um homem forte e gordo, com mais de 100 quilos. O homem foi colocado em uma cela ao lado da sua e gemia muito. Algumas horas depois viu agentes retirarem da cela um corpo inerte e totalmente coberto. O médico disse aos procuradores que não conhecia Rubens Paiva, mas depois, vendo as fotos que saíram nos jornais, não teve a menor dúvida de que era o deputado o homem arrastado pelos agentes.

*Com informações de O Globo, Folha de S. Paulo, El País (Edição Brasil) e O Dia.

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Filho de Tim Lopes debate Jornalismo Investigativo em Feira (BA)

A cidade de Feira de Santana (BA) vai receber pela primeira vez o jornalista Bruno Quintella, filho de Tim Lopes, em um debate sobre “Os Desafios da Reportagem Investigativa”. No evento a ser realizado na noite de hoje (19/5), às 18h30, na Faculdade Anísio Teixeira, Tim será lembrado através da exibição do trailer do documentário “Histórias de Arcanjo”. O filme narra a trajetória do jornalista que trabalhava na Rede Globo fazendo coberturas policiais e foi morto por traficantes do Complexo do Alemão em 2002, na Vila Cruzeiro, enquanto investigava o abuso de menores em bailes funk. A entrada é gratuita com inscrições no local e cada participante-ouvinte receberá certificado de 4 horas.

Dirigido por Guilherme Azevedo e com roteiro de Bruno Quintella, o longa foi vencedor de Melhor Documentário do ‘Festival do Rio 2013’, e este ano já conquistou o Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro do ‘San Diego Black Film Festival’, em San Diego (EUA). No filme produzido oito anos depois da morte de Tim, Quintella tentou humanizar a figura de seu pai, que se tornou um mito da profissão após ser assassinado em exercício. “Ele dava voz a quem não podia falar. É [o filme] uma homenagem ao jornalismo, uma homenagem ao homem, e não ao mito”, afirmou ao G1.

“Na faculdade de Jornalismo, muitos não sabiam – nem poderiam – de quem eu era filho. Seis meses após sua morte, eu ingressava no mundo acadêmico ainda desorientado pela minha perda. Segundo Quintella, por ter seguido profissão do pai, a esperança e a confiança no seu sucesso eram latentes. “As pessoas diziam ‘Tá no DNA, rapaz. Tá no sangue!’. Sempre achei graça dessa cobrança, porque meu pai havia me desencorajado a me tornar advogado aos 17 anos. Dois anos depois meu pai morreria. E eu não podia nem queria decepcioná-lo”, revelou o jornalista sobre a origem de sua escolha.

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Reprodução/FAT
Reprodução/FAT

A vice-diretora Regional Nordeste do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) e coordenadora dos cursos de Comunicação Social da FAT, a jornalista e professora Marly Caldas, participa do evento ao lado do professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e doutorando no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Dannilo Duarte.  Na ocasião, Duarte lançará o livro “Jornalismo Policial na Televisão Brasileira: gênero e modo de endereçamento”.

O debate voltado para professores, profissionais e estudantes de Comunicação faz parte de atividade acadêmica desenvolvida por estudantes do 7º semestre de Jornalismo na disciplina Jornalismo Especializado, sob a orientação do professor e jornalista Andrews Pedra Branca, mediador da discussão.

SERVIÇO

Debate “Os Desafios da Reportagem Investigativa”

  • Quando: 19 de maio (segunda), às 18h30
  • Onde: Faculdade Anísio Teixeira – auditório do Empresarial Rosilda Dantas, localizado na Avenida João Durval – Feira de Santana (BA)
  • Quanto: Gratuito (com certificado)

*Com informações de Silvia Dantas (FAT), Globo News e Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio.

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