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Salvador sedia Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de Imprensa

A 22ª edição do Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de Imprensa (ENJAI) acontecerá nos dias de 16 a 19 de novembro em Salvador, no hotel Sol Victoria Marina. O tema central do evento será “Assessoria de Imprensa e os Desafios da Atualidade”. As inscrições foram divulgadas durante o encerramento da programação de aniversário da ABI pelo presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba), Moacy Neves.

Este ano um dos grandes debates deve ser sobre a atualização do Decreto-Lei Nº 83.284/1979, que regulamenta a profissão de jornalista no país, para inclusão da função de assessor de imprensa. Moacy Neves relembra a importância de fomentar discussões sobre o campo de atuação da imprensa nos últimos anos. “Um momento privilegiado de os jornalistas que atuam na área debaterem os desafios e o programa de ação para melhorar o trabalho e as condições em que ocorre.”

Samira de Castro, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, vê o encontro como uma oportunidade de promover debates e a organização dos profissionais em prol de melhorias no mercado de trabalho. 

Fruto de uma parceria entre o Sinjorba e a Fenaj com apoio da Prefeitura de Salvador e do Governo da Bahia, o ENJAI é considerado o maior fórum nacional dos jornalistas com atuação em assessorias de imprensa, sejam públicas, privadas ou do terceiro setor. A expectativa dos organizadores é reunir 300 participantes, entre jornalistas, estudantes, professores da área ou entusiastas do tema.

A programação do evento trará – em formato de oficinas, painéis, apresentações de casos e plenárias – temas relevantes para os profissionais deste segmento, como inovação, impactos das tecnologias digitais, ética e regulamentação profissional.

Confira a programação completa no site do ENJAI. (https://enjai.com.br/programacao/)

SERVIÇO
Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de Imprensa
Data: 16 a 19 de novembro
Local: Sol Victoria Marina | Avenida Sete de Setembro, 2068 Vitória, Salvador – BA (CEP: 40.080-001)
Inscrições: https://enjai.com.br/inscricao/

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ABI BAHIANA

Debates e lançamentos editoriais encerram comemoração de 93 anos da ABI

Importância da diversidade nas redações, combate às fake news e um passeio pela memória. Esses foram alguns dos destaques do encerramento da programação pelo aniversário da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), que aconteceu neste sábado (16), no Auditório Samuel Celestino, localizado na sede da entidade, no Edifício Ranulfo Oliveira, no Centro Histórico de Salvador.

Ao longo de um mês, desde o dia 17 de agosto, a entidade vem promovendo eventos e debates para celebrar seus 93 anos. O último dia da programação batizada de “ABI, 93 anos vivendo a história do Brasil na Bahia” teve dois painéis do quarto eixo temático sobre Cultura, democracia e diversidade. A data também contou com o lançamento de uma edição especial da Revista Memória da Imprensa e do catálogo da exposição Ginga Nagô, que homenageia a obra do fotojornalista Anízio Carvalho.

>> Link para a gravação – https://www.youtube.com/live/FovFad8fJZc?si=W6jxo1h17UBjWh_W

“O encerramento da programação e o saldo para os dois painéis do sábado foram muito bons. Já havia, claro, uma expectativa grande com relação ao lançamento da revista e do catálogo. O resultado também deixou a gente muito satisfeito e nada mais gratificante do que ver a felicidade de Anízio, que tem a idade da ABI”, destacou o presidente da entidade, Ernesto Marques.

Depois de uma manhã de intensas atividades, convidados e participantes puderam acompanhar uma jam session promovida pela banda Rita Tavarez Quarteto. Além dos músicos, o momento foi aberto a contribuições de quem mais quisesse cantar ou tocar algum instrumento. Todo o evento foi transmitido em tempo real pelo canal da ABI no YouTube.

Diferenças

O dia começou com os acordes da guitarra de Gregory Baratoux, logo na abertura do evento, para a recepção do público. Em seguida, teve início o primeiro bloco, intitulado “Diversidade nas Redações: As redações refletem o perfil da sociedade? Como abordar as diferenças sem estigmatizar?”.

Este painel contou com a participação dos jornalistas Danila de Jesus e Jorge Gauthier, e do fotógrafo e podcaster Matheus Lens. O debate foi mediado pela 1ª presidente da ABI, Suely Temporal, que, a partir desta segunda-feira (18), assumirá o comando da associação como presidente interina.

Danila de Jesus, que é coautora de obras como “Guia Diversidade nas Redações – um guia para gestores(as), editores (as), jornalistas” e doutoranda em Cultura e Sociedade, destacou que a comunicação tem a mesma fotografia dos grupos de poder.

“Se comunicação é poder, a gente sabe que, no Brasil, a pobreza tem cor. Quando a gente fala de espaços de poder, a gente está falando que são espaços apartados dessa diversidade”, afirmou, citando também grupos como ciganos e indígenas, que estão na base das pirâmides das notícias. “É importante pensar diversidade como interseccionalidade”, acrescentou.

Já Jorge Gauthier, que criou o Me Salte, canal LGBTQIA+ do Jornal Correio, lembrou que não se trata apenas de apresentar números que mostram que empresas têm quadros diversos. “Onde essas pessoas estão? Elas estão em posição de direcionar o conteúdo jornalístico? Acho que mais importante até do que falar em diversidade é observar de que maneira os números estão sendo aplicados. Que mensagem a gente está passando para a sociedade?”, questionou.

O fotógrafo e podcaster Matheus Lens é responsável pelo “Fala Preto Podcast”,  que promove conversas protagonizadas principalmente por pessoas pretas, a respeito de tópicos como saúde, música, moda, empreendedorismo e política. No podcast, Matheus contou que conseguiu fazer comunicação da forma como acredita.

“Diversidade e inclusão são palavras que hoje em dia têm sido muito utilizadas, mas, na prática, não é assim. Tem o teste do pescoço, que é uma forma de análise de olhar para o lado. Existe de fato diversidade nos meios de comunicação? E não é só pessoa preta e branca, mas pessoa trans, pessoa com deficiência, indígena? Será que tem? Por que não tem? A falta dessas pessoas impacta demais na produção desses veículos”, pondera.

Mediando o debate, Suely Temporal trouxe o questionamento da estigmatização. Ela pontuou como é importante conquistar esses espaços sem estigmatizar as pessoas que alcançarem essas posições de poder.

Para Matheus Lens, o diálogo é a base para alcançar isso, mas é preciso perseguir o que ele chamou de inversão da pirâmide. De acordo com ele, seria o momento de trazer pessoas da base da pirâmide da produção para o topo. “Se vai um dia acontecer, não sei.  Mas estou esperançoso que possa ser refletido de forma igual”.

Além disso, outra forma de abordar o assunto seria o que Danila de Jesus chamou de “chamar para a roda”. “É pautar e chamar pessoas para conversar. É chamar para os processos de decisão, que estão até na reunião de pauta. Como é difícil pautar os nossos territórios na mídia tradicional? Será que no Calabar e no Alto das Pombas só tem criminalidade? Tem que trazer essa diversidade de corpos e territórios para dentro da redação. Não existe fortalecimento da democracia sem jornalismo diverso”, enfatizou.

O jornalista Jorge Gauthier, por sua vez, lembrou de um dos momentos que inspirou a criação do canal Me Salte. Há alguns anos, foi pautado para cobrir a “parada gay”, algo que lhe incomodou. “Voltei para a redação com um texto que dizia ‘a parada não é sobre gays, não existe parada gay’. As pessoas não entendiam ou não queriam saber que não é só de homens gays que se forma esse anagrama”, disse, referindo-se à sigla LGBTQIA+.”Só vai ter diversidade se os pensamentos forem diversos. Se não tiver pessoas da periferia, pessoas gordas, pessoas negras, essas pautas não vão aparecer”.

Digital

O segundo painel do dia, que teve como título “O PL das Fake News ameaça a democracia?”, contou com a participação do jornalista e professor Yuri Almeida e a mediação do jornalista e radialista Ernesto Marques, presidente da ABI.

Em sua exposição, Yuri reforçou que jornalistas têm um papel fundamental no combate às fake news. Ele explicou, inclusive, que ainda que muita gente associe fake news à tecnologia, elas já existiam muito antes disso, sob diferentes formatos.

“Nosso desafio é que as fake news têm compartilhamento muito maior do que as notícias. É impossível prever de onde isso vai sair. Você tem laboratórios no mundo inteiro criados para construir fake news”, explicou.

Embora elas sejam potencializadas pela inteligência artificial, ainda existem pessoas que atuam diretamente para a circulação desses conteúdos. Além disso, as empresas de tecnologia, como as big techs, têm dado respostas insuficientes para esse enfrentamento, ao passo em que as fake news tendem a se proliferar em ambientes de ódio.

“Às vezes, a gente fica muito descrente do papel do jornalismo. Como vou combater, se as notícias circulam mais rápido?”, lembrou, citando o exemplo das agências de verificação de notícias.

No Nordeste, não há nenhuma iniciativa do tipo atualmente – todas as experiências estão no eixo Sul-Sudeste. “Cadê nossa visão empreendedora para isso? Somos profissionais, sabemos fazer apuração e contar histórias. Existem algumas histórias que precisam ser desmentidas. Esse pode ser um caminho para o futuro”, concluiu.

História

Também na manhã deste sábado, o lançamento da quarta edição da revista Memória da Imprensa, em seu número especial de aniversário, fez parte do projeto “Memória da Imprensa – A História do Jornalismo Contada Por Quem Viveu”. Cada publicação conta histórias de jornalistas veteranos que foram importantes para a construção do trabalho de imprensa no estado. 

Nesta edição, leitores vão poder conferir os relatos de Lady Eva, Alexandre Seixas, Zé de Jesus Barreto, Nelson Cadena e Vitor Hugo Soares, além de artigos sobre a programação pelo aniversário da ABI. “Foi um desafio, realmente, mas o resultado foi gratificante.

É a primeira vez que estou envolvida na produção e foi um dos trabalhos mais gratificantes de dizer que nasceu”, reforçou a diretora de comunicação da ABI, Jaciara Santos, responsável pela coordenação geral da publicação. 

Já o catálogo da exposição Ginga Nagô foi diagramado pela Bamboo Editora e entregue a todos os visitantes do Museu de Imprensa neste sábado. Desde abril, a mostra está disposta no museu, que fica no andar térreo do Edifício Ranulfo Oliveira.

A exposição traz registros fotográficos de momentos históricos da Bahia e do Brasil a partir das lentes do fotojornalista Anízio Circuncisão de Carvalho, que, tal qual a ABI, completou 93 anos em 2023. A mostra tem curadoria do jornalista de imagem Manu Dias.

“Graças a Deus, eu fotografei todos os eventos difíceis na Bahia. Fotografei a Rainha Elizabeth II, Martha Vasconcelos, Mãe Menininha, Mãe Stella…Fui um felizardo porque não tive tempo de ir à faculdade. Eu estudei o primário e o jornal me ensinou muita coisa. Graças a Deus, esse catálogo veio complementar meu resto de vida”, disse ele, que agradeceu nominalmente à ABI e ao presidente da entidade Ernesto Marques, durante o lançamento.

O fim da programação ainda contou com uma jam session para celebrar a existência da ABI. “Somos uma entidade de defesa corporativa e, nesse momento de defesa do jornalismo, estamos sempre a postos. Mas, para que a gente tenha ânimo nos momentos mais difíceis, é importante que a gente tenha também momentos como esse de confraternização e alegria”, ressaltou Marques.

No comando da jam session, a jornalista Rita Tavarez preparou, com o quarteto, um repertório especial, com clássicos da Música Popular Brasileira. “A gente pegou várias vertentes da nossa música e é um prazer muito grande estar aqui fazendo parte dessa dessa revitalização da ABI. Estou muito feliz”, comemorou.

A programação técnico-científica e cultural do ciclo “ABI, 93 anos vivendo a história do Brasil na Bahia” teve como parceiras incentivadoras as seguintes empresas e instituições: Tribunal de Contas do Estado da Bahia, Prefeitura Municipal de Salvador, Associação Baiana das Empresas de Base Florestal – ABAF, Suzano Papel e Celulose, Companhia de Gás da Bahia – Bahiagás, Sebrae Bahia, Assembleia Legislativa da Bahia, Governo do Estado da Bahia e o portal Bahia Notícias. A produção ocorre em parceria com a Empresa Júnior de Comunicação da Universidade Federal da Bahia, a Produtora Júnior.

Assista no Youtube da ABI:

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ABI BAHIANA

ABI encerra programação de aniversário com debates e lançamentos editoriais e música

Neste sábado, dia 16 de setembro, a Associação Bahiana de Imprensa fecha a comemoração dos seus 93 anos com os dois painéis do quarto eixo temático – Cultura, democracia e diversidade, além de lançamentos editoriais: uma edição especial da Revista Memória da Imprensa e o catálogo da exposição Ginga Nagô, do fotojornalista Anízio Carvalho.

O evento gratuito e aberto ao público acontece às 9h, no auditório da entidade, na Praça da Sé, Centro Histórico de Salvador. Também será possível acompanhar pelo Youtube da ABI (@abi_bahia). O encerramento, às 13h, terá uma jam session conduzida pela jornalista Rita Tavarez (voz e violão), Estevam Dantas (teclado), Marcus Sampaio (baixo), Waguinho (bateria) e aberta aos participantes que quiserem cantar ou tocar algum instrumento. A ideia é permitir o improviso com a mistura de estilos musicais.

Desde o dia 17 de agosto, data de fundação da ABI, a instituição realiza semanalmente discussões sobre temas estratégicos para a comunicação no estado, além das atividades estatutárias, como reuniões e assembleia ordinárias. Já passaram pelo Auditório Samuel Celestino nomes de referência na cena nacional, com abordagens sobre a PEC do diploma, direitos autorais de jornalistas e fotojornalistas, assédio judicial, violência contra a imprensa, empreendedorismo, comunicação digital e IA, além do lançamento do livro do jornalista Jolivaldo Freitas.

A agenda de sábado começa com os painéis do quarto eixo temático – Cultura, democracia e diversidade. O primeiro bloco, “Diversidade nas Redações”, traz os jornalistas Danila de Jesus e Jorge Gauthier, e o fotógrafo e podcaster Matheus Lens; e “O PL das Fake News ameaça a democracia?”, com o jornalista e professor Yuri Almeida e mediação do jornalista e radialista Ernesto Marques, presidente da ABI.

Memória

O projeto “Memória da Imprensa – A História do Jornalismo Contada Por Quem Viveu” registra experiências de jornalistas veteranos cujas atuações marcaram a imprensa da Bahia. (Confira as três edições já publicadas)

A 4ª edição está pronta para dar voz a Lady Eva, Alexandre Seixas, Zé de Jesus Barreto, Nelson Cadena e Vitor Hugo Soares, e trazer artigos relacionados com as discussões dos painéis integrantes da agenda dos 93 anos da ABI. A publicação representa mais um ciclo do projeto, antes apresentado no formato de documentários.

Ginga Nagô

Com curadoria do jornalista de imagem Manu Dias, a exposição Ginga Nagô valoriza a genialidade de Anízio Circuncisão de Carvalho, ao disponibilizar ao público uma verdadeira aula de História.

As lentes desse baiano de Conceição da Feira eternizaram acontecimentos marcantes da história da Bahia e do Brasil, com destaque para as coberturas do período da ditadura militar e campanhas políticas, manifestações culturais e religiosas, além da cena artística e o cotidiano da vida baiana. Neste sábado, o público que visitar o Museu de Imprensa, no andar térreo do edifício-sede da ABI, receberá um exemplar do catálogo da mostra, diagramado pela Bamboo Editora.

A programação técnico-científica e cultural do ciclo “ABI, 93 anos vivendo a história do Brasil na Bahia” tem como parceiras incentivadoras as seguintes empresas e instituições: Tribunal de Contas do Estado da Bahia, Prefeitura Municipal de Salvador, Associação Baiana das Empresas de Base Florestal – ABAF, Suzano Papel e Celulose, Companhia de Gás da Bahia – Bahiagás, Governo do Estado da Bahia e o portal Bahia Notícias. A produção ocorre em parceria com a Empresa Júnior de Comunicação da Universidade Federal da Bahia, a Produtora Júnior.

SERVIÇO

ABI, 93 anos vivendo a história do Brasil na Bahia – Eixo 4: CULTURA, DEMOCRACIA E DIVERSIDADE + Lançamento da 4ª edição da Revista Memória da Imprensa e do catálogo da exposição Ginga Nagô
Data: 16 de setembro
Hora: das 9h às 13h
Local: Auditório Samuel Celestino (8º andar do Edifício Ranulfo Oliveira – Rua Guedes de Brito, 1, Praça da Sé, Centro Histórico de Salvador)
Evento gratuito

  • Saiba mais sobre os convidados do dia 16/set:

Eixo 4 – VIDA REAL NO MUNDO DIGITAL – CULTURA, DEMOCRACIA E DIVERSIDADE

9h – Diversidade nas Redações. As redações refletem o perfil da sociedade? Como abordar as diferenças sem estigmatizar?

Danila de Jesus – Baiana, jornalista, mestre em Estudos Étnicos e Africanos, doutoranda em Cultura e Sociedade, pesquisadora Associada do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher, ambos pela Universidade Federal da Bahia. Docente no ensino superior, também atuou como coordenadora dos cursos de jornalismo e publicidade, na graduação. É coautora do livro “Racistas são os Outros – contribuição ao debate lusotropicalista em África, Brasil e Portugal” e do “Guia Diversidade nas Redações – um guia para gestores(as), editores (as), jornalistas”, pela Énois Escola de Jornalismo.

Jorge Gauthier – Jornalista formado pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) e ativista LGBTQIAP+, especialista em marketing (USP), marketing estratégico (UNIFACS) e jornalismo científico com ênfase em Saúde (UFBA). Já atuou em diversos segmentos da comunicação, com ampla experiência em reportagens especiais, chefia de reportagem, gestão de pessoas e projetos, além de produção de conteúdo impresso e digital.

Matheus Lens – Fotógrafo e estudante de jornalismo, possui um podcast de entrevistas intitulado “Fala Preto Podcast”, cuja função é reunir em um espaço, conversas protagonizadas principalmente por pessoas pretas, abordando diversos assuntos como saúde, música, moda, empreendedorismo, política e outros. Trabalha com o empoderamento de pessoas pretas por meio da produção de editoriais que contam histórias.

10h30 – O PL das Fake News ameaça a democracia?

Yuri Almeida – Jornalista e professor. Mestre em Comunicação e Cultura (UFBA), especialista em Marketing (USP), Estratégia e Liderança Política (FESPSP), Psicologia Social e Antropologia (FAMEESP) e Jornalismo Contemporâneo (Unijorge).

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ABI BAHIANA

Nelson Cadena recebe Título de Cidadão Baiano

Em sessão especial concorrida e bem-humorada, que contou com a presença maciça de profissionais da comunicação baiana, na manhã desta quinta-feira (14), o jornalista, publicitário, escritor e pesquisador colombiano Nelson Varón Cadena recebeu o Título de Cidadão Baiano, da Assembleia Legislativa da Bahia, proposto pelo deputado Robinson Almeida, líder da Federação PT, PC do B e PV.

Comandada pelo proponente da honraria, a mesa foi composta pelo secretário estadual de Comunicação da Bahia, André Curvello; o ex-deputado Emiliano José, o presidente da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), Ernesto Marques; o presidente da Tribuna da Bahia e da Assembleia Geral da ABI, Walter Pinheiro; o presidente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, Joaci Góes; o arquiteto, historiador e imortal da Academia de Letras da Bahia, Francisco Senna; o presidente da Associação Brasileira das Agências de Publicidade da Bahia (Abap-BA), Américo Neto; a conselheira do Sindicato das Agências de Propaganda do Estado da Bahia (Sinapro-BA), Vera Rocha; o presidente do Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC), Roberto Sá Menezes; o diretor financeiro da Central de Outdoor, Pedro da Rocha; o presidente do Sindicato das Empresas de Publicidade de Exteriores, Ivan Lopes; o representante da ABMP e do Grupo Aratu, João Gomes; e o desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia, Lidivaldo Britto.

Na cerimônia, Robinson Almeida exaltou a contribuição de Cadena para a atividade jornalística, para a produção cultural e para a preservação e valorização da história da Comunicação na Bahia. “Nos 18 livros e mais de 3 mil artigos, crônicas e colunas que escreveu, o trabalho de Cadena é fonte inesgotável desse conhecimento que ajuda a preservar a memória desse importante instrumento para a civilização e para a democracia, que é a Comunicação”, colocou.

Entre as produções literárias do homenageado, o parlamentar citou os livros “Brasil 100 anos de Propaganda”, “450 Anos de Propaganda na Bahia”, A Cidade da Bahia” e “Olhares de Rua” (2022), e destacou sua atuação nos jornais A Tarde, Tribuna da Bahia e Correio da Bahia e na produção de documentários e conteúdos voltados para o audiovisual baiano.

COLOMBAIANO – Os jornalistas Walter Pinheiro, Emiliano José (ex-deputado) e Ernesto Marques também exaltaram a história e a atuação do novo baiano na comunicação e manifestaram regozijo e orgulho pela entrega de honraria ao colega e amigo.

Presidente da ABI, Ernesto Marques comentou sobre os sonhos de infância do “colombaiano”, de ser papa e toureiro, elogiou as inúmeras produções de Nelson, que também é fundador da página de Facebook e Instagram “Segredos e Histórias da Bahia”, atualmente com mais de 12 mil seguidores mais de 270 publicações e reportagens sobre diversos temas, histórias e curiosidades sobre Salvador, e sobre a Bahia.

“Nelson Varón Cadena é um personagem muito conhecido entre todos aqueles que amam a história da cidade, e agora chegou a hora de retribuir tanto amor e trabalho para conservação e divulgação da nossa memória histórica”, afirmou.

TRAJETÓRIA – Agradecido pelo título e pela presença das pessoas que foram prestigiar o evento, Nelson Cadena lamentou a ausência de três amigos importantes em sua história na Bahia: Arthur Couto, diretor administrativo do Jornal A Tarde; Fernando Carvalho, diretor da Morya (Publivenda), que lhe abriu a porta para várias áreas, especialmente na agropecuária, resultando na criação da Fenagro, Feira Nacional de Agropecuária; e José Linhares, dono da Linhares Outdoor, para quem escreveu o livro sobre os 90 anos da empresa.

Em seguida, relatou o processo de saída da sua terra natal, aos 18 anos, depois de roubar uma câmera rolleiflex do pai, com a intenção de fazer uma reportagem sobre a guerrilha colombiana, para a revista Cronos, o que não aconteceu. Entre a saída de casa, até chegar a Salvador, foi preso numa área da Funai, na Amazonas, e salvo da prisão por saber jogar pôquer, substituindo um dos funcionários do órgão. Viajou clandestinamente, para Brasília, num avião da FAB, de lá, de carona para Minas Gerais e Itabuna.

A chegada a Salvador aconteceu num Dia da Independência, 7 de setembro de 1973, entre o Largo de São Bento e a Rua do Paraíso. À noite, dormiu sob uma amendoeira, na Lagoa do Abaeté, em Itapuã. “Acho que a Bahia me conquistou. A Bahia, me acolheu, desde o primeiro momento. Eu não tinha nenhuma intenção de ficar, a Bahia seria pra mim uma passagem e acabou sendo minha residência definitiva”, afirmou o diretor de Cultura da ABI.

Adepto da cultura hippie, foi morar em Arembepe, depois em Berlinque, conheceu vários jornalistas, e foi convidado para escrever no Jornal da Bahia, em seguida, para a Tribuna da Bahia, onde fez várias reportagens especiais, uma delas denunciando o derrubada do mural de Genaro de Carvalho, no Hotel da Bahia.

Da Tribuna, foi para o Jornal A Tarde, no qual fazia matérias especiais encomendadas pelo jornalista Jorge Calmon, que, depois, o contratou para fazer o livro da ABI. “Fiquei seis meses pesquisando, o livro saiu, e eu não fui convidado para o lançamento”, contou.

Sobre o Título de Cidadão Baiano, o jornalista contou que já havia uma proposta aventada pelos também jornalistas Luís Henrique Pontes Tavares e Olívia Soares, “mas eu não queria, não mandei currículo, fui empurrando”, admitiu. Com a mobilização de Roberto Sá Menezes, Ernesto Marques fez a sugestão a Robinson Almeida, a quem conheceu quando era secretário de Comunicação do governo de Jaques Wagner.

“Me apoiou muito, junto com esta Casa, em dois dos meus melhores livros, A história do Carnaval da Bahia – 130 anos do Carnaval de Salvador, e Festas Populares Fé e Folia, que foram parar em universidades do exterior, e continuam sendo requisitados”, relatou.

Quanto ao merecimento da honraria, o novo baiano revelou ter descoberto, recentemente, que não o merece, depois de visitar a Casa da Música, no Comércio – projeto de Antônio Risério e Gringo Cardia – assistir aos vídeos e reconhecer que tinha uma ideia equivocada de que a música baiana é a que aparece na mídia, que sai no Carnaval.

“De repente, descobri que existe uma musicalidade na Bahia que eu não conheço, e me senti diminuído. A música é a alma da Bahia, como é que eu não conheço isso? Pretendo voltar lá, para poder entender um pouco mais os baianos, e fazer jus a esse título”, assegurou.

Fonte: AgênciaALBA

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