ABI BAHIANA Notícias

ABI expressa pesar pela morte do intelectual Geraldo Machado

O intelectual Geraldo Machado, titular da Cadeira 4 da Academia de Letras da Bahia (ALB), faleceu na tarde deste sábado, aos 69 anos, vítima de um câncer. Machado, que ocupou a superintendência da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) entre 2008 e 2011, estava internado no Hospital Aliança, em Salvador. A diretoria da ABI lamentou a perda do amigo. A cerimônia de cremação ocorreu neste domingo (7), no Cemitério Jardim da Saudade.

De acordo com o presidente da ABI, Walter Pinheiro, que também é diretor-presidente do jornal Tribuna da Bahia, a despedida de Geraldo consterna a todos os membros da entidade. “Admirava Geraldo Machado pela sua educação e pelos dotes culturais que o levaram a assumir posições de relevo em nossa sociedade. Tivemos a oportunidade de conviver mais de perto quando ele atuou na superintendência da ABI, ali contribuindo para o desenvolvimento das atividades da instituição”, declarou o dirigente, já tendo enviado mensagem de conforto aos familiares de Machado.

O jornalista Samuel Celestino, presidente da Assembleia Geral da ABI, ressaltou o papel de Machado na criação de um patrimônio cultural que marcou época na história da Bahia. “Fui dele amigo quando eu tinha 20 anos e ele 17. Eu, como jornalista, e ele, quando era assessor da época em que Antonio Carlos Magalhães foi prefeito da cidade. Era assessor de Rosalvo Barbosa Romeo, chefe da Casa Civil da prefeitura, e fizemos uma amizade muito profunda, que durou até hoje”, afirmou Celestino.

O reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), João Carlos Salles, esteve na cerimônia fúnebre e elogiou a sua trajetória. “A palavra amizade define bem o sentimento das pessoas que estão aqui. Independentemente de posições, ele manteve esse traço contínuo de acolhimento, de brilho, de inovação e criatividade. É uma grande perda para nossa cidade, nossa cultura”, lamentou.

Formado em Engenharia Elétrica, Geraldo atuou como secretário da Indústria e Comércio e Mineração (1998). Foi comendador da Ordem do Mérito da Bahia, em 1983, membro do Conselho Estadual de Cultura, de 1983 a 1987, e gestor da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), entre outros cargos.

*Com informações do jornal Tribuna da Bahia e do site Bahia Notícias.

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ABI pede que Associação dos Magistrados reavalie ações contra a “Gazeta do Povo”

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) endereçou um documento à Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar) em que cobra um reposicionamento da entidade, bem como de juízes e promotores que estão processando o jornal Gazeta do Povo e cinco de seus profissionais, por causa de textos sobre os salários dos servidores. No ofício – endereçado a outras 30 entidades nacionais e internacionais, além dos mais diversos órgãos de comunicação social do Brasil e do exterior -, a ABI manifesta a sua posição de discordância com o recurso judicial buscado e teceu críticas ao que chamou de “ardilosa e artificial alternativa”. A entidade sugeriu que os atingidos “façam uma reavaliação do caminho que tomaram, para verificar o erro que cometeram”.

Para a diretoria da ABI, em uma situação de descontentamento com o que tenha sido publicado pela imprensa, não se deve buscar meios que, de alguma forma, venham a restringir e embaraçar a plena liberdade da informação social.

“Em primeira instância, o caminho a ser buscado, de forma absolutamente democrática e não-autoritária, como muito bem devem saber todos os juízes atingidos (e a própria Amapar), era outro, bem diferente”. A ABI ressalta que, na contestação de qualquer divulgação que tenha sido feita por veículo de comunicação social, “sobretudo quando se tem como ‘verdades’, o remédio que existe é o Direito de Resposta – no mesmo espaço e com o mesmo destaque, por tantas vezes quanto tenha sido a repetição de erro jornalístico sequenciado”, lembra a entidade.

Leia a íntegra do documento aqui.

A Associação Bahiana de Imprensa assume o mesmo entendimento já expressado em nota pela Associação Nacional de Jornais (ANJ) que, no último dia 7, se declarou solidária com a Gazeta do Povo, considerando que o caso “é uma ofensa ao exercício do jornalismo e à liberdade de imprensa”. 

Nessa mesma linha, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), também se colocou, por entender que o movimento dos juízes, “não se destina a qualquer tipo de reparação por danos morais, mas, o que está sendo utilizado pelos autores, revela, justamente, que estão pretendendo ocultar, intimidar jornalistas e cercear a liberdade de imprensa, um dos pilares do Estado Democrático”.

Relacionada: Alvo de mais de 40 ações judiciais, “Gazeta do Povo” conquista Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa

Na avaliação da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), “os processos na Justiça não buscam a reparação de eventuais danos provocados pelas reportagens, mas intimidam o trabalho da imprensa e, por isso, são um atentado à democracia”. E acrescenta a Abraji: “É inaceitável que magistrados e promotores coloquem o corporativismo acima de direitos fundamentais como a liberdade de expressão e o acesso às informações de interesse público”.

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Sarau da imprensa fecha temporada com debate sobre Música e Baianidade

 

A última edição da temporada 2016 do projeto Sarau da Imprensa vai abordar o tema “Música, Baianidade e Lugar da Fala“, nesta quinta-feira (9/6), às 19h, na sede da Associação Bahiana de Imprensa (Praça da Sé – Centro). O encontro vai refletir sobre o processo de “fecundação” e disseminação dos fatores que identificam a chamada baianidade, a construção de estereótipos e a difusão de características reducionistas de aspectos culturais. O Sarau impõe tributo a uma figura notável da história do estado: o antropólogo Roberto Albergaria, falecido em 2015. “Alberguinha”, como era conhecido, foi um dos estudiosos que mais contribuiu para a compreensão e estudo da “ontologia baiana”, principalmente através de suas críticas sobre as representações simbólicas no âmbito cultural. Um show com a cantora Carla Visi e Jam-Jor, banda formada por jornalistas, encerra a noite.

A roda de discussão sobre os elementos que tornam a baianidade um tema tão difundido pelo mundo contará com quatro convidados especiais: o diretor de teatro e presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro; a doutora em Comunicação e especialista em baianidade, Agnes Mariano; o antropólogo especializado em música e festividades baianas, Milton Moura; e o jornalista Franciel Cruz. O mediador do projeto, o jornalista Ernesto Marques, acredita quediscursos que envolvem questões de identidade servem a vários usos, inclusive políticos. “Esse conceito do que é ser baiano desperta reações diversas; porém, o baiano ainda é visto na mídia de forma caricata, seja sob o aspecto da preguiça ou da sensualidade. Muitas vezes, a música, a TV, o cinema e a literatura propagam esses estereótipos”, avalia.

A autora do livro A Invenção da Baianidade, Agnes Mariano, busca nas letras de canções, hábitos, práticas e valores que reforçam esse discurso. Em entrevista a Leonardo Campos, ela destaca que a baianidade é um conjunto de ideias difundidas no ambiente cultural. “A ideia de baianidade é muito mais um modelo, uma fonte de inspiração, do que a tradução da realidade concreta. Todas as identidades culturais são apenas isso: ideias. O que não é pouco. Elas unem pessoas, facilitam o diálogo, sintetizam valores importantes. A identidade cultural não explica as nossas qualidades nem os nossos defeitos. A cada instante cada um de nós escolhe como, quando e de que modo deseja se relacionar com essa ideia. Vivemos vários papéis, várias identidades ao mesmo tempo”.

Carla Visi e Jam-Jor – A atração musical da última edição do Sarau da Imprensa será especial. A cantora baiana Carla Visi fará uma apresentação pensada para o encerramento do projeto,Carla VisiTa o samba da Bahia para o mundo, com Rudnei Monteiro (violão), Citnes Dias(percussão) e Marcos Froes (produção). A produção do evento também aposta em mais uma edição da Jam-Jor, banda formada por jornalistas, conduzida por Rita Tavarez e aberta aos participantes que quiserem cantar ou tocar algum instrumento. A ideia é permitir uma noite de improviso com a mistura de estilos musicais.

Projeto – Com um encontro por mês, sempre às quintas-feiras, o projeto abordou temas contemporâneos diversos, sempre com a participação de especialistas e atrações musicais que dialogaram com os temas abordados. O projeto conta com apoio financeiro do Governo do Estado, por meio do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia. Podem participar estudantes, profissionais liberais, classe artística, jornalistas, comunicólogos, intelectuais,formadores de opinião e demais interessados.

Sobre a última edição do projeto, Ernesto Marques destaca os seis meses de intensos debates, sobre temas contemporâneos diversos. “O projeto trouxe para o centro da cidade temas relevantes do cotidiano, debatidos com profundidade e de forma séria. É uma gratificante demonstração de força do pensamento e da atuação cidadã dos baianos. Agradecemos aos participantes e convidados e nos despedimos, com uma tristeza saudosa, das felizes noites mensais de quinta-feira, partilhando conhecimento, fomentando discussões, batendo papo, propiciando diversão e bons momentos àqueles que congraçavam e ocupavam um espaço tão importante para a memória da Bahia, que é a sede da Associação Bahiana de Imprensa”, finaliza.

Serviço
O Que: Sarau da Imprensa discute Música, Baianidade e Lugar da Fala e realiza tributo ao antropólogo Roberto Albergaria
Quando: dia 09 de junho de 2016, às 19 horas
Onde: Sede da Associação Bahiana de Imprensa – ABI (Rua Guedes Brito, nº 1, edifício Ranulfo Oliveira, 8º andar, no Centro Histórico de Salvador)
Entrada gratuita

Clube Press – Assessoria de Comunicação
Assessoria de Imprensa: Marcos Paulo Sales (Jornalista MTb 2246)
Contato: (71) 4101-8288 / 99632-6252
E-mail: [email protected]
Site: www.clubepress.com.br
Facebook: www.facebook.com/clubepress

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ABI promove reunião para discutir reabertura da Casa de Ruy Barbosa em Salvador

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) recebeu, na manhã desta segunda-feira (6/6), o diretor da Faculdade Ruy Barbosa (FRB), Cristiano Aguiar, para tratar da situação do Museu Casa de Ruy Barbosa, cuja gestão está a cargo da instituição de ensino do grupo DeVry, através de uma parceria. O prédio, situado numa área tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), foi alvo de “Reforma Simplificada” no final de 2015.

A Faculdade Ruy Barbosa conseguiu autorização do órgão para realizar reparos no telhado, pinturas internas e externas do imóvel localizado na Rua Ruy Barbosa,  nº 12 – Centro Histórico. De acordo com Aguiar, as intervenções, fundamentais para resguardar o acervo, são parte do esforço para reabrir a Casa para visitação.

20160606_100659O presidente da ABI, Walter Pinheiro, esteve acompanhado pelo diretor de Patrimônio, Luís Guilherme Pontes Tavares, e pela museóloga da entidade, Renata Ramos. O dirigente falou do potencial do museu e destacou a procura por parte principalmente de pesquisadores e turistas. Mas, ressaltou as dificuldades de movimentar o espaço. “Nosso objetivo é a reabertura da Casa, dar movimento, contribuir para a preservação da nossa memória”. Segundo ele, hoje, a localização do prédio impõe algumas barreiras para o desenvolvimento de atividades porque o Centro Histórico convive com problemas graves. “O principal ponto é a falta de segurança, que afasta as pessoas. A reativação do local pode ajudar na valorização da região”, afirma.

Em 1935, a ABI reivindicou e conseguiu a posse da casa de Ruy Barbosa. Após uma redefinição das suas instalações, o museu passou a oferecer um acervo mais rico sobre a vida do ilustre jurista. Foi possível recuperar a coleção de retratos de Ruy Barbosa, móveis e livros doados. Desde então, a ABI realizou eventos, como o aniversário de Ruy Barbosa.

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