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RSF critica exoneração do diretor da Empresa Brasil de Comunicação

A organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) criticou a exoneração do diretor da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Ricardo Melo, assinada pelo presidente interino Michel Temer e divulgada pelo Diário Oficial da União nesta terça-feira (17). No mesmo dia, o jornalista recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) por meio de uma mandado de segurança, com pedido de liminar, para garantir seu mandato. Melo, que ocupava a direção de jornalismo da EBC, foi empossado no comando da empresa em 3 de maio, pela presidente afastada Dilma Rousseff. Em comunicado, o responsável para a América Latina da RSF, Emmanuel Colombié, ressaltou que “denuncia com vigor a decisão do presidente Temer, que é ao mesmo tempo arbitrária e contrária à legislação brasileira”.

Para a RSF, a imparcialidade e autonomia de funcionamento do órgão não pode ser ameaçada. A ONG destacou que Temer escolheu como sucessor o também jornalista Laerte Rimoli, antigo diretor de comunicação da Câmara dos Deputados durante a presidência de Eduardo Cunha, que foi responsável por levar adiante o processo de impeachment de Dilma Rousseff. A ONG lembrou que Rimoli trabalhou na equipe de campanha do candidato Aécio Neves, do PSDB, que foi derrotado nas últimas eleições presidenciais.

Foto: Reprodução/Diário Oficial da União
Foto: Reprodução/Diário Oficial da União

Em nota publicada sobre a ação judicial, Ricardo Melo reforça que o Artigo 19 da Lei 11.652/2008, que criou a EBC, prevê que o diretor-presidente e o diretor-geral da empresa sejam nomeados pelo presidente da República. “O parágrafo segundo do mesmo artigo diz que ‘o mandato do Diretor-Presidente será de quatro anos, não coincidentes com os mandatos do presidente da República'”. Assim, Melo deveria permanecer no comando da empresa até maio de 2020. “A exoneração do diretor-presidente da EBC, pelo presidente interino da República, Michel Temer, antes do término do atual mandato viola um ato jurídico perfeito, princípio fundamental do Estado de Direito, bem como um dos princípios específicos da Radiodifusão Pública, relacionado com sua autonomia em relação ao Governo Federal”, completa. A lei também estabelece que os membros da Diretoria Executiva só podem ser destituídos “nas hipóteses legais ou se receberem 2 (dois) votos de desconfiança do Conselho Curador, no período de 12 (doze) meses”.

O próprio Conselho Curador da EBC que, em tese, tem a prerrogativa de destituir o diretor-presidente da EBC, também divulgou nota para se manifestar contra a destituição do jornalista. No texto, o conselho afirma que não há “amparo legal para substituições extemporâneas” na Diretoria Executiva da EBC. O Conselho apontou que “há equívoco na inclusão da Presidência da EBC entre os cargos que integram a estrutura de comunicação do novo governo”.  A nota explica que se trata de uma empresa pública, criada para desenvolver atividades de comunicação pública e, portanto, de caráter não mercadológico, político-partidário ou governamental. De acordo com o órgão, uma vez nomeado, o diretor-presidente não pode ser destituído “a não ser por vontade própria do mandatário ou grave desrespeito aos ditames legais que regem suas funções e responsabilidades, e só por deliberação do Conselho Curador”.

Fenaj alerta para a quebra de legalidade

No último domingo (15/5), a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) se manifestou contra a possibilidade de mudança na presidência da EBC. A entidade alertou para os perigos de quebra da legalidade “nesta e em outras situações da vida nacional”.

“O legislador teve o cuidado de instituir regras para que a empresa pública de comunicação, criada para desenvolver atividades públicas de comunicação, não se transforme em uma empresa a serviço do mandatário do governo federal”, observou.

Também defendeu o mandato do diretor-presidente recém-nomeado e reforçou que repudia qualquer tentativa de mudança sem um debate com a sociedade civil e, principalmente, sem ouvir os funcionários da EBC. “A Federação Nacional do Jornalistas reafirma seu compromisso com a defesa das liberdades de expressão e de imprensa, o direito à comunicação, a radiodifusão pública, a autonomia da EBC e de seus trabalhadores. Contra todo tipo de golpe e contra o arbítrio.”

*Informações do Portal IMPRENSA, Terra e G1

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Facom debate a intervenção da imprensa na política brasileira

O desenvolvimento dos meios de comunicação modificou, ao longo do século XX, todo o ambiente político e transformou as relações dos cidadãos com as questões públicas. Para discutir os impactos desse processo nos recentes acontecimentos políticos do país, o auditório da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Facom/UFBA) vai sediar o debate “Intervenção da Imprensa na Política Brasileira”, às 9h desta quarta-feira (6). Como convidado, a Facom traz o jornalista e escritor Emiliano José, que atuou como docente da instituição por 25 anos.

SERVIÇO

O quê: Debate sobre Intervenção da Imprensa na Política Brasileira, com Emiliano José

Quando: 06 de abril, às 9h

Onde: Auditório da FACOM (Campus Universitário de Ondina – Rua Barão de Geremoabo, s/n)

Quanto: Entrada franca

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“New York Times” instala equipe no México e lança página em espanhol

O jornal The New York Times lançou na última segunda-feira (8/2) uma versão em espanhol de seu site. Além de traduções das reportagens em inglês, o portal contará com textos originais, elaborados por uma equipe baseada na Cidade do México. Diferentemente de sua página original, o conteúdo da nova versão será totalmente gratuito, sem o chamado paywall — que restringe a dez o número de textos que podem ser acessados durante o mês por não-assinantes.

A equipe instalada na capital mexicana é composta por sete jornalistas. O site também terá participação de correspondentes nos países vizinhos, como Brasil, Venezuela e Argentina. “Nossa missão é oferecer jornalismo de alta qualidade todos os dias”, ressaltou Lydia Polgreen, editora adjunta do serviço internacional do NYT, em carta de apresentação.

A primeira grande cobertura será a visita do papa Francisco ao México, marcada para a próxima sexta-feira (12/2). O pontífice ficará no país até o dia 17 deste mês. A equipe também deve se dedicar a análises em espanhol sobre as eleições americanas.

Fonte: Portal IMPRENSA

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Bolsas de estudo em jornalismo estão com inscrições abertas

Duas instituições estão com inscrições abertas para bolsas de estudo em jornalismo. A Universidade de Oxford, na Inglaterra, abriu a seletiva para o Reuters Institute of Journalism. O prazo de inscrição é até o dia 31 de janeiro. Ao todo serão 25 bolsistas, que podem participar dos programas de pesquisa por 3, 6 ou 9 meses. O programa visa a pesquisa e exploração em tópicos como jornalismo e negócios, o futuro do jornalismo e a relação entre jornalismo e accountability. Interessados devem ser fluentes e inglês e ter, no mínimo, 5 anos de carreira.

Já a Bolsa Knight em Jornalismo Científico segue com inscrições abertas até dia 29 de fevereiro. O projeto é voltado a jornalistas fluentes em inglês e com pelo menos três anos de experiência na cobertura de ciência, tecnologia, meio ambiente ou medicina e saúde. A bolsa cobre um ano de estudo personalizado, cursos e palestras para 10 jornalistas nas universidades MIT, Harvard ou em outras instituições na região de Boston. Os bolsistas recebem US$70.000, mais taxa de matrícula. Outros benefícios incluem seguro de saúde, bolsas de viagem de pesquisa, bolsas de conferências e acesso aos recursos da MIT e Harvard.

Informações (em inglês) sobre a bolsa do Reuters Institute of Journalism, clique aqui 

Informações (em inglês) sobre a bolsa Knight, clique aqui 

 Com informações do IJNet 
 

 

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