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Artigo: A construção da memória da televisão no Brasil

Por Sérgio Mattos*

As produções acadêmicas sobre a televisão brasileira foram iniciadas em fins da década de 1960 e intensificadas a partir da década de 1980, com a multiplicação dos cursos de Comunicação e implantação de programas de pós-graduação. Em sua maioria, esses estudos, dedicam-se a analisar a produção, exibição, consumo, comercialização e propostas temáticas desse veículo.

Os primeiros trabalhos limitavam-se ao conteúdo de sua programação e seus efeitos sociais. Na década de 1970, muitos estudos procuravam a estrutura organizacional da mídia televisiva, analisando mensagens e efeitos no receptor, procurando desvendar suas relações com os grupos dominantes e demonstrando as características capitalista dependente da televisão dependente (MATTOS, 2007, p. 35).

Até o ano de 1980, o material bibliográfico sobre a televisão no Brasil era basicamente constituído por análises descritivas sobre o desenvolvimento desse veículo e como ele influenciou e foi utilizado pelas classes dominantes (MARQUES DE MELO, 1980).

Até o ano de 1990, os estudos acadêmicos sobre a televisão produzidos no Brasil não ultrapassavam a marca dos cem títulos (MATTOS, 1990). Até o ano 2000, quando a televisão festejou 50 anos ainda era possível identificar e quantificar livros, dissertações e teses focadas no assunto televisão (MATTOS, 2000).

Em comemoração aos 50 anos da televisão Brasil, no ano 2000, inúmeras publicações registraram o fato e divulgaram depoimentos de profissionais. Àquela época, foram identificados, classificados e descritos parte da bibliografia sobre a televisão brasileira, pois já era impossível identificar toda a produção existente (MATTOS, 2000).

Nos últimos 16 anos (2000 – 2016), muitas pesquisas foram realizadas e publicadas sem que tenhamos uma ideia exata do que está sendo feito por todo o país, o que nos leva a imaginar a necessidade de se resgatar, preservar e disponibilizar eletronicamente esses trabalhos.

Um levantamento aleatório nos sites dos Programas de Pós-Graduação, na CAPES e no CNPq, nos repositórios das Universidades ou uma consulta ao banco de dados do SciELLO Books e do Google/Internet, por exemplo, com palavras chaves, nos apresenta uma relação enorme de trabalhos realizados, com uma concentração nos seguintes temas: Recepção e os efeitos da mídia televisiva; O controle social da TV; Censura e TV; Programas educativos; TV Publica versus TV Privada; A propriedade cruzada na mídia; Políticas de Comunicação; Mercado de TV; Modelo de Negócio da Televisão; Poder e Televisão; TV por assinatura; Aspectos Mercadológicos; Produção de programas televisivos; Políticas de Comunicação; Questões de hegemonia, ideologia e dominação pela TV; Discurso televisivo; a Televisão como criadora da identidade nacional; Telenovela, Telejornal; e raros trabalhos sobre Legislação e estudos comparativos com outros países Latino americanos, no caso, os do Mercosul.; estudos de legislação apresentando indicadores comparativos da mídia televisiva no Mercosul; Mídia alternativa; estruturas televisuais na América Latina; O fenômeno da Web TV, Formatos e Linguagens; Processos midiáticos contra-hegemônicos, Regionalização da produção; e, Democratização da mídia televisiva.

Além desses, inúmeros são os trabalhos sobre emissoras de televisão, a exemplo da Rede Globo, em maior número, sobre programas específicos de uma emissora, como o jornal Nacional da Globo, ou programas evangélicos, sobre as emissoras públicas e educativas dentre muitos outros temas. Isto sem falar de uma quantidade imensurável de livros publicados, de cunho memorialista ou biográficos, que registram a história de emissoras e de indivíduos envolvidos no fazer televisão.

Saliente-se que a televisão também é estudada por pesquisadores das áreas de Antropologia, Educação, História, Psicologia e Publicidade, entre outras, que concentram seus estudos nos efeitos e influência da TV no comportamento, no desenvolvimento de hábitos de consumo e atitudes; no impacto das mensagens de violência e de erotismo no comportamento das audiências e no processo de ensino aprendizagem.

PROPOSTA DE ABORDAGEM – Mesmo sem ter o conhecimento de tudo o que se tem publicado e estudado sobre a televisão brasileira, todos os pesquisadores do campo têm consciência de que a história da televisão brasileira, com 66 anos de existência operacional, está cheia de lacunas a serem preenchidas. Muitos são os trabalhos realizados e publicados, mas para que possamos entender o seu processo de desenvolvimento é necessário pesquisar outros aspectos e detalhes até agora desconsiderados.

É de fundamental importância que os novos estudos sejam realizados sem dissociar a televisão do sistema de comunicação do país, do qual ela é apenas uma parte. A televisão deve ser “analisada como parte de um processo de mudanças e permanências das estruturas econômicas, políticas e sociais do país e não como parte isolada” (MATTOS, 2007, p.38). Para tanto, é necessário o uso de uma abordagem dentro do contexto social, econômico e político do país (MATTOS, 2009), de acordo com a tradição crítica latino-americana que tem por base o referencial teórico da Economia Política da Comunicação.

[…] para estudar as causas e efeitos do processo global, precisamos construir uma teoria crítica e social da globalização que seja mais abrangente do que as teorias identificadas como sendo de direita ou de esquerda.

[…] Os estudos que aplicam as teorias da globalização para explicar o que está ocorrendo com a televisão em determinado país, o Brasil, por exemplo, não podem deixar de considerar a realidade local em relação à realidade global, a regionalização versus a globalização.

[…] o desenvolvimento da nossa televisão também sofreu a influência direta e indireta das mudanças do contexto. Contexto que apresenta não uma, mas várias realidades, devido à anomalia que é a nossa história contemporânea, que torna quase impossível a tarefa de se estabelecer critérios com os rigores da historiografia sob pena de apresentarmos resultados com distorções (MATTOS, 2007, p 39-40).

Para uma melhor compreensão da evolução de um veículo como a televisão, no Brasil ou em qualquer outro país Latino Americano, é necessária a aplicação de uma estrutura de análise que considere como fundamental o contexto histórico com todas as suas nuances, socioeconômica, cultural e política. “pois só assim poderemos compreender, plenamente, a evolução da televisão e suas variações, no tempo e no espaço, devido às influências internas e externas” (MATTOS 2007, p.41).

Todos os estudos de aspectos particulares da televisão devem ser considerados como elementos interdependentes de um contexto global. Cada estudo realizado sobre a televisão deve levar em consideração que o assunto pesquisado – seja ele um aspecto de produção, um recorte de programação ou sobre uma emissora – continua sendo parte de um todo, recebendo influência do meio, atuando sobre ele e modificando a realidade. Precisamos estar conscientes da televisão como unidade em si e da inter-relação dela com o meio no qual está inserida, sofrendo influência e influenciando a realidade do contexto socioeconômico político e cultural (MATTOS, 2007, p. 41).

PROPOSIÇÕES – Considerando as tecnologias digitais e a convergência das mídias, devemos pesquisar se a televisão (aberta e fechada) e a Internet são ou não responsáveis pela queda acentuada da venda avulsa dos jornais nos últimos cinco anos apesar do sucesso crescente da mídia impressa de distribuição gratuita (MATTOS, 2014). Qual a influência direta da televisão aberta e da TV por assinatura na diminuição do índice de leitura de jornais, livros e revistas no país?

Muitas inferências e hipóteses têm sido levantadas sobre a influência da televisão, mas os pesquisadores precisam confirmá-las. Precisamos agora conectá-las e inseri-las no contexto histórico, socioeconômico, político e cultural para entendermos o que está acontecendo hoje. Enfim, precisamos encontrar uma nova maneira de entender a televisão como um dos veículos para a compreensão da realidade.

É necessário estudar o processo de produção em si e o processo de recepção como um ato de opção individual e não coletiva. É preciso realizar estudos qualitativos sobre como as mensagens são recebidas e processadas, levando-se em consideração o contexto e as experiências individuais e sem perder de vista que a televisão é apenas a parte de um processo que envolve a produção, circulação e consumo por meio dos quais os significados são construídos.

Precisamos, portanto, entre outras propostas, atualizar o Estado d’Arte da Televisão, criando um Banco de Dados, com todo o acervo bibliográfico produzido no país por Editoras Públicas e Privadas, além do material produzido pelas Universidades (dissertações de mestrado, teses de doutorado, monografias de conclusão de cursos de especialização em nível de pós-graduação e TCCs de graduação) sobre a televisão brasileira. É necessário, garantir que este inventário seja disponibilizado On Line, ao alcance de todos os pesquisadores.

Precisamos observar e comparar a mídia Televisão dentro do contexto histórico, socioeconômico, político e cultural do país, levando em consideração a sua interdependência e relações com todos os fatores intervenientes no processo.

Enfim, precisamos acompanhar a implantação da tecnologia digital e sua interferência direta no desempenho e produção de conteúdos televisivos, bem como o impacto que o Mobile TV está exercendo sobre o conteúdo da televisão.

REFERÊNCIAS

MARQUES DE MELO, José de. Comunicação e classes subalternas. São Paulo: Cortez, 1980.

MATTOS, Sérgio. A televisão no Brasil: 50 anos de história (1950-2000). Salvador: Editora PAS – Edições Ianamá, 2000.

MATTOS, Sérgio (Org.). Comunicação Plural. Salvador: EDUFBA, 2007 (Coleção Sala de aula, nº 4).

MATTOS, Sergio. Dilemas do Jornalismo Impresso na busca de um novo modelo de negócio. In: Revista Eptic Online, vol. 16, n.1,p.19-32, jan-abr., 2014.

MATTOS, Sérgio. História da Televisão Brasileira: uma visão econômica, social e política. Petrópolis: Editora Vozes, 5ª Edição, 2010.

MATTOS, Sergio. O Contexto Midiático. Salvador: IGHB, 2009.

MATTOS, Sérgio. Um Perfil da TV Brasileira: 40 anos de história (1950-1990). Salvador: ABAP/Jornal A Tarde, 1990.

* Sérgio Mattos é Jornalista diplomado pela UFBA, Mestre e Doutor em Comunicação pela Universidade do Texas, em Austin, Estados Unidos. É autor de 49 livros dentre os quais A História da Televisão Brasileira: uma visão econômica, social e política (Vozes, 2010, 5ª edição).

Publicado na EPTIC – Rede de Economia Política da Informação, Comuniação e Cultura

Disponivel em: http://eptic.com.br/coluna_cepos_sergiomattos/

Acesso em 15 de setembro de 2016

Link: http://eptic.com.br/coluna_cepos_sergiomattos/

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Governo suspende exoneração de presidente da EBC, mas mantém mudanças no Estatuto

Após publicar dois decretos e uma medida provisória (MP 744/2016), na manhã da última sexta-feira (2), alterando as regras da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), responsável pela gestão das emissoras NBR e TV Brasil, além da Voz do Brasil, Agência Brasil e Rádio Nacional, e destituindo Ricardo Melo do comando do órgão, o governo federal voltou atrás e editou um terceiro decreto, tornando sem efeito a exoneração do jornalista e a nomeação do jornalista Laerte Rímoli.

A nova decisão foi publicada na tarde do mesmo dia no Diário Oficial da União (DOU), assinada pelo presidente em exercício da República, Rodrigo Maia, e pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

Ricardo Melo anunciou pela manhã que recorreria ao Supremo Tribunal Federal (STF) para assegurar o seu mandato, que é de quatro anos. Esta é a segunda vez que o governo Temer anuncia a saída do jornalista e, em seguida, volta atrás. Na primeira, em maio deste ano, assim que Michel Temer assumiu como presidente interino, Melo foi exonerado, mas o STF concedeu liminar determinando seu retorno ao cargo.

Fim do Conselho Curador

Medida Provisória publicada hoje no DOU também define que a EBC seja administrada por um Conselho de Administração e por uma Diretoria Executiva e, em sua composição, contará apenas com um Conselho Fiscal e não mais com um Conselho Curador. A lei que criou a empresa previa a atuação de um conselho curador, formado por 22 membros, incluindo representantes da sociedade civil, cujo papel seria “zelar pelos princípios e autonomia da EBC”.

O Decreto publicado no DOU também altera o Estatuto Social da EBC. De acordo com o texto, a empresa passa a ser vinculada à Casa Civil e não mais à Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

O Conselho de Administração da empresa passa a ser composto por: um membro indicado pelo ministro-chefe da Casa Civil, que vai exercer a presidência do colegiado; pelo diretor-presidente; por um membro indicado pelo Ministério da Educação; por um membro indicado pelo Ministério da Cultura; por um membro indicado pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; por um membro indicado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; e por um representante dos empregados da EBC.

Ainda segundo o decreto, a Diretoria Executiva da empresa será composta por um diretor-presidente, um diretor-geral e quatro diretores, sendo que todos os membros serão nomeados e exonerados pelo presidente da República.

Até então, o diretor-presidente da EBC tinha mandato de quatro anos com permissão para recondução. Agora, o prazo máximo de ocupação do cargo passa a ser quatro anos, sem possibilidade de recondução.

Os efeitos do decreto que muda o Estatuto Social da EBC e da MP permanecem.

*Com informações dos sites da EBC, Conjur e G1.

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Festival aborda confronto entre jornalismo e poder

Enfrentar o poder é meter a mão no vespeiro. Quando a imprensa resolve desafiar ditadores, presidentes, sacerdotes, autocratas, tem pela frente uma tarefa hercúlea: tirar da sombra o que autoridades querem manter nebuloso; trazer à luz o que lhes pode ser danoso. Muitas vezes, o resultado para o repórter é prisão, perseguição, processos judiciais. É a mão pesada dos poderosos contra a leveza da caneta do repórter. Como grandes jornalistas cobrem o poder mundo afora é o tema do terceiro Festival Piauí GloboNews de jornalismo, nos dias 8 e 9 de outubro, em São Paulo.

Termina na próxima segunda-feira (22) o período de inscrições para a maratona de Fact-Checking (metodologia de checagem de dados), que será realizada durante o evento pela agência Lupa, em parceria com a Wikimedia. A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) será responsável pela seleção de até quinze universitários que participarão dos três dias de atividade. Os nomes dos selecionados até o dia 7 de setembro. Acesse o formulário.

Convidados

Sob a curadoria de Daniela Pinheiro, repórter da piauí, renomados repórteres de seis diferentes países vão contar como seus trabalhos trouxeram à tona casos de corrupção, tirania, pedofilia. Os americanos Walter Robinson, vencedor do Pulitzer como chefe da equipe de repórteres Spotlight, do Boston Globe, com as denúncias de casos de pedofilia na Igreja, e Jon Lee Anderson, escritor, correspondente de guerra e colaborador da revista The New Yorker; a costa-riquenha Giannina Segnini, que denunciou casos de corrupção internacional – que provocaram a renúncia de dois presidentes de seu país – nos vinte anos que atuou como jornalista investigativa no La Nación; o alemão Thomas Kistner, autor do livro Fifa Máfia – O Livro Negro dos Negócios do Futebol; o italiano Gianni Barbacetto, que contou a história da grande operação contra a máfia em seu país no livro Mani Pulite – La Vera Storia 20 Anni Dopo; o venezuelano César Batiz, autor de reportagens sobre a censura nos governos Chávez e Maduro; e o russo Mikhail Zygar, autor de All the Kremlin’s Men sobre os bastidores da era Putin.

*Informações da Revista Piauí, Abraji.

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ABI BAHIANA Notícias

Coletânea do histórico jornal ‘A Abelha da China’ expande acervo da ABI

A Biblioteca de Comunicação Jorge Calmon, da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), expandiu seu acervo de livros raros e documentos históricos nesta quarta-feira (10). Durante reunião de Diretoria, o professor Edivaldo Boaventura, que é membro do Conselho Consultivo da ABI, resolveu doar à instituição uma coletânea do semanário “A Abelha da China“, um jornal semanal português criado em 1822, primeiro jornal estrangeiro publicado por estrangeiros na China, sendo a sua coleção a mais antiga da Biblioteca do Edifício do IACM. O presidente da ABI, Walter Pinheiro, destacou a importância histórica do jornal, pelo pioneirismo e papel cultural e social. A edição fac-simile, publicada em 1994 pela Universidade de Macau, abrange os exemplares entre 1822 e 1823, e está disponível para consulta.

abelha da china
Fac-simile passa a integrar a Biblioteca Jorge Calmon

Impulsionado pelo Leal Senado, denominação oficial da Câmara Municipal de Macau durante o domínio português, o jornal “A Abelha da China” foi publicado pela primeira vez em 1822. O veículo comungava os ideais progressistas da revolução liberal do Porto. Cerca de um ano depois de ter sido dado ao prelo, o seu número de Agosto seria queimado em auto de fé, em pleno verão de 1823, junto à porta do Leal Senado pela reação absolutista que, entretanto, retomara o controle da cidade, em nome de D. Miguel. A queima foi feita oficialmente na presença dos 300 cidadãos eleitores de Macau que constituíam o universo dos leitores do jornal.

Segundo Lee Shuk Yee (Stella), uma investigadora de livros raros em línguas estrangeiras a serviço da Biblioteca Central de Macau, A Abelha da China não era um jornal privado. “De acordo com as normas da imprensa da época, as tipografias imprimiam os seus nomes no canto inferior direito da última página. No jornal A Abelha da China, pode ler-se ‘Na Typographia do Governo’, o que significa ‘Impresso pela Imprensa Oficial’, pelo que o seu conteúdo consistia, essencialmente, em avisos e decretos do governo, tal como acontece nos atuais boletins oficiais”, argumenta.

Para ela, as edições constituem um testemunho do período glorioso da tecnologia da prensa de tipos móveis de metal em Macau. A impressão tradicional de tipos móveis envolvia blocos de impressão com caracteres ou imagens virados ao contrário. Os caracteres ou imagens talhados em relevo no bloco de impressão eram cobertos de tinta, podendo assim ser impressos em objetos. Após se difundir pela Europa, a “prensa de tipos móveis” chinesa foi reinventada por Johannes Gutenberg, o qual desenvolveu então a prensa de tipos móveis de metal.

Pioneirismo

abelha1A Abelha da China sempre foi considerado o primeiro jornal publicado em Macau. Mas, no livro “The Begining of The Modern Chinese Press History/Macau Press History 1557-1840” (“O Início da História da Imprensa Chinesa/História da Imprensa de Macau 1557-1840”), a professora de Comunicação da Universidade de Macau, Agnes Lam, se refere ao “Início do Diário Noticioso”, de 1807, como a primeira publicação noticiosa em língua portuguesa na região.

“Abelha da China foi a primeira publicação com formato de jornal (…), mas, antes disso, o primeiro título em português foi o ‘Início do Diário Noticioso'”, disse à agência Lusa. O livro, lançado em maio deste ano, em Pequim, resulta de uma investigação iniciada em 2005, que vai desde o estabelecimento dos portugueses em Macau até à primeira guerra do ópio.

*Com informações da Biblioteca Pública de Macau e do site Plataforma Macau.

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