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Eleições 2016: 417 municípios baianos escolhem prefeitos e vereadores

Com 73,99% votos válidos, ACM Neto é reeleito prefeito de Salvador no primeiro turno

Milhares de eleitores da Bahia foram às urnas neste domingo (2) para votar no primeiro turno das eleições municipais. O estado, que tem mais de 15 milhões de habitantes, é o quarto maior colégio eleitoral do país com 10.570.085 eleitores. Em salvador, o prefeito ACM Neto (DEM) foi reeleito com 73,99% (969.235) votos válidos, confirmando pesquisas que indicavam a vantagem sobre os outros candidatos. As abstenções somadas aos votos brancos e nulos na capital baiana representam 34,8% dos eleitores, segundo os números da apuração divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A segunda colocada, deputada federal Alice Portugal (PCdoB), atingiu 14,55% (190.724 voto) e Pastor Sargento Isidório (PDT) obteve 8,62% (112.440 votos). Claudio Silva (PP) ficou com 1,46% (19.131 votos), Fábio Nogueira (PSOL) 1,04% (13.618 votos), Célia Sacramento (PPL) 0,23% (3.046 votos) e Da Luz (PRTB) aparece com 0,13% (1.713 votos). Com quase três milhões de habitantes, Salvador tem 1,9 milhão de eleitores. Deste total, compareceram às urnas 1,5 milhão de pessoas (78,75%).

Interior

Também houve reeleição em Feira de Santana, onde venceu o candidato José Ronaldo com 212.408 votos, o que equivale a 71,12% do total de votos válidos. Herzem Gusmão (PMDB) e Zé Raimundo (PT) farão 2º turno em Vitória da Conquista. Paulo Bomfim (PCdoB) foi escolhido em Juazeiro, com 46.183 votos (40,29%). Barreiras elegeu Zito Barbosa (DEM), com 49,67% dos votos.

Indeferido, Fernando Gomes (DEM) recebeu o maior número de votos em Itabuna. Candidato teve 34.152 votos com 100% das urnas apuradas, mas está enquadrado na Lei da Ficha Limpa. De acordo com o TRE, o candidato entrou com recurso da decisão e deve ser julgado até o dia 19 de dezembro, data limite para ter a candidatura aceita pelo órgão, ou em novo recurso pelo Tribunal Superior Eleitoral. Caso tenha os pedidos aceitos, Gomes assume a prefeitura como candidato mais votado. Caso tenha os recursos negados, uma nova eleição será realizada no município. Se esse processo se alongar até 2017, o presidente da Câmara de Vereadores deve assumir a prefeitura até a decisão judicial ou a realização de novas eleições.

Confira como ficou a Câmara Municipal de Salvador:

Paulo Camara (PSDB): 18.432
Luiz Carlos (PRB): 16.530
Marcelle Moraes (PV): 15.727
Isnard Araujo (PHS): 15.081
Duda Sanches (DEM): 14.455
Hilton Coêlho (PSOL): 14.168
Geraldo Junior (SD): 13.685
Carlos Muniz (PTN): 13.129
Leo Prates (DEM): 12.549
Claudio Tinoco (DEM): 12.348
Rogéria Santos (PRB): 12.303
Tiago Correia (PSDB): 11.963
Ireuda Silva (PRB): 11.888
Igor Kanario Principe Do Gueto (PHS): 11.432
Daniel Rios (PMDB): 10.761
Suica (PT): 9.797
Maurício Trindade (DEM): 9.796
Palhinha (DEM): 9.732
Catia Rodrigues (PHS): 9.597
Paulo Magalhães Junior (PV): 9.429
Kiki Bispo (PTB): 9.318
Alfredo Mangueira (PMDB): 9.229
Felipe Lucas (PMDB): 9.082
Beca (PPS): 9.045
Aleluia (DEM): 8.941
Heber Santana (PSC): 8.874
Hélio Ferreira (PC do B): 8.419
Ana Rita Tavares (PMB): 8.351
Toinho Carolino (PTN): 8.196
Joceval Rodrigues (PPS): 7.833
Carballal (PV): 7.684
Sabá (PV): 7.630
Aladilce (PC do B): 7.572
Lorena Brandão (PSC): 7.312
Téo Senna (PHS): 6.922
Sidninho (PTN): 6.812
Marta Rodrigues (PT): 6.646
Edvaldo Brito (PSD): 6.596
Silvio Humberto (PSB): 6.260
Moisés Rocha (PT): 6.077
Odiosvaldo Vigas (PDT): 6.048
Atanazio Julio (PSDB): 5.349
Trindade (PSL): 4.711

*Informações do Correio* e do G1

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Ações violentas marcam reta final das eleições

Com a proximidade das eleições municipais 2016, que acontecem no próximo domingo, 2 de outubro, em todo Brasil, dois casos de violência chamaram a atenção nesta semana. O primeiro deles foi a ação de um grupo de 30 homens que recolheu o suplemento ‘Mais São Gonçalo’, do jornal carioca Extra, na madrugada desta terça-feira (27) em diferentes pontos de distribuição. O veículo reportava na capa uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-presidente da Câmara Aristeo Eduardo Teixeira da Silveira (PMDB), conhecido como Eduardo Gordo. E o segundo foi o assassinato do candidato a prefeito da cidade de Itumbiara, José Gomes da Rocha (PTB), conhecido como Zé Gomes, de 58 anos, em um atentado durante uma carreata nesta quarta-feira (28), na região sul de Goiás.

Sobre o recolhimento do suplemento do Jornal Extra, a Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu um inquérito para investigar a ação do grupo. O suplemento do jornal EXTRA, que não pode ser vendido separadamente e trazia na capa uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o candidato a vereador de São Gonçalo, Eduardo Gordo, que é acusado de fraudes na saúde que somam R$35 milhões, em 2005.  De acordo com o MPF, o político e três empresários integravam um esquema de falsificação de guias para receber verba do SUS por serviços nunca prestados. Ele teria arrecadado um total de R$ 57 mil, em três ocasiões. O filho do político, Aristeu Raphael Lima da Silveira, também foi acusado de receber propina destinada ao pai.

Em sua edição desta quarta-feira (28/9), o jornal Extra divulgou a capa do suplemento ‘Mais São Gonçalo’ e destacou na manchete: “Liberdade de imprensa não se compra”. Em sua página no Facebook, a publicação reforça que “não vai se intimidar com as ameaças e, por isso, republica a matéria – e estampa a capa em nome da liberdade de imprensa”. “O ‘Fluminense’ nunca havia sido alvo desse tipo de ação orquestrada. Havia a clara intenção de que o jornal não circulasse, o que para a gente demonstra que foi um atentado contra os preceitos constitucionais de liberdade de imprensa”, afirmou a diretora de Jornalismo Multimídia do Grupo Fluminense, Liliane Souzella. A edição digital do jornal, restrita aos assinantes, foi aberta a todos os internautas.

A capa também traz o repúdio de entidades, como o da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), em relação ao episódio. “A ABI expressa profunda preocupação com a violência contra o Extra. Fato grave por entender que se trata de violação de acesso à informação”.

Em nota, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) destacou que “recolher o jornal não muda os fatos e constitui crime contra a liberdade de imprensa”. A entidade acrescentou que “a população de São Gonçalo tem o direito de conhecer seus candidatos” e disse que espera que as autoridades do Rio de Janeiro trabalhem para identificar os responsáveis pela ação.

A ANJ classificou o episódio como “atitude violenta e antidemocrática”. “A inconformidade diante da missão da imprensa e o recurso a ações típicas do crime organizado são incompatíveis com a convivência democrática, pois sonegam à sociedade o direito de fazer opções políticas informadas”, afirmou o vice-presidente da ANJ, Francisco Mesquita Neto.

Morte em carreatajose-eliton-atirador-4

O candidato à prefeitura de Itumbiara, Zé Gomes (PTB), foi duas vezes prefeito da cidade e tentava o terceiro mandato. Ele foi morto durante uma carreata na cidade nesta quarta-feira (28). Um atirador atingiu quatro pessoas e foi morto por seguranças do governo. O cabo da PM Vanilson João Pereira, de 36 anos, e o atirador, identificado como Gilberto Ferreira do Amaral, de 53 anos, funcionário da prefeitura, também morreram. Já o vice-governador de Goiás, José Eliton (PSDB) e o advogado Célio Rezende, ficaram feridos.

Conforme a assessoria de imprensa do Governo de Goiás, o atirador parou na frente do veículo onde Eliton e Zé Gomes estavam e efetuou vários disparos. Zé Gomes morreu no local. Eliton foi socorrido e levado para o Hospital Municipal Modesto de Carvalho, em Itumbiara. Uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea de Goiânia transportou o vice-governador e o advogado Célio Rezende para a capital, onde foram encaminhados para o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). Os dois permanecem internados em estado regular.

O delegado regional de Itumbiara, Ricardo Chueire, afirma que ainda não se sabe a motivação do crime. “Fizemos a perícia no local e no carro do atirador, mas ainda não há pistas do que pode ter motivado o crime”.

*Informações G1, UOL, Extra e Portal Imprensa.

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