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ABI reelege diretoria para o biênio 2015-2017

A chapa “Harmonia”, liderada pelo jornalista Walter Pinheiro, venceu as eleições da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e foi reeleita para o biênio 2015-2017, na tarde desta quinta-feira (13). Para o presidente, a reeleição representa a consolidação que vem sendo promovida pela diretoria da entidade, que completará 85 anos de fundação no próximo dia 17 de agosto. Ao longo do dia, foram realizadas duas sessões. Durante a manhã, os diretores participaram da última reunião ordinária do mandato. No início da tarde, houve a reunião da Assembleia Geral da ABI – presidida pelo jornalista Samuel Celestino. Walter Pinheiro fez a leitura do relatório de sua gestão, que teve as contas aprovadas pelo Conselho Fiscal da instituição. O processo de votação foi encerrado às 17h.

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Foto: Joseanne Guedes/ABI

Walter Pinheiro ressaltou as ações do mandato que se encerra e revelou os planos para o futuro da entidade. Entre as experiências exitosas de sua gestão, Pinheiro comemora a projeção da ABI no cenário estadual, com a participação cada vez mais ativa nos debates locais. Ele destacou a conclusão das obras de reforma entre os 3º e 7º andares da sede, restituindo condições similares às encontradas pela administração municipal quando do início do primeiro contrato, a modernização dos elevadores, através de um investimento de cerca de 240 mil reais, além da troca de todas as instalações elétricas e hidráulicas, eliminando o desperdício de água e os problemas de pontos de fuga de energia, que aumentavam o consumo e traziam riscos para a segurança do edifício. O dirigente realçou a ampliação do acervo da Biblioteca Jorge Calmon depois das doações do próprio Jorge e do jornalista João Falcão, cujos documentos estão em fase de restauração na ABI.

O presidente elencou alguns objetivos para o mandato que tem início no próximo dia 10 de setembro, sendo que o primeiro deles é a reforma dos estatutos da ABI, segundo ele, já bastante adiantada. O outro ponto a ser priorizado é a ampliação do quadro social. “Queremos fazer a implantação do Museu de Imprensa, colocar todo o nosso prédio sede em funcionamento, restaurar a Casa de Ruy Barbosa, além de trabalhar na dinamização e fortalecimento do site institucional e incorporação de novas mídias”, revela. De acordo com Walter Pinheiro, o Brasil precisa ser discutido e a ABI tem que incorporar essa missão. “Estamos agregando companheiros para trazer renovação à entidade. Tentamos alcançar novos jornalistas e integrar mais as gerações”.

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Foto: Joseanne Guedes/ABI

As atividades socioculturais da gestão foram destacadas pelo diretor Luís Guilherme Pontes Tavares, responsável pela pasta de Cultura da ABI e idealizador do abraçaço ao Palácio Arquiepiscopal de Salvador, como forma de chamar a atenção para o estado de abandono do prédio e a urgente necessidade de reforma. Após as constantes denúncias da ABI e de outras entidades ligadas ao segmento da cultura, o edifício começa a ser recuperado para abrigar o Centro de Referência da História da Igreja Católica do Brasil. “Essa é, sem dúvida, uma grande vitória para nós. Mas tivemos outros momentos importantes durante a gestão. Tive a oportunidade de dar relevo às comemorações dos 200 anos da imprensa na Bahia. Na ocasião, foi lançado um livro com selo editorial da ABI. Realizamos eventos no campo da defesa do patrimônio arquitetônico baiano, debates sobre o Carnaval de Salvador”. Para Luís Guilherme, apesar de todas essas atividades, a instituição discutiu muito pouco o jornalismo na Bahia. “No novo mandato, o esforço será contemplar o tema”, afirma.

A diretoria da ABI vai dar continuidade aos eventos culturais, para trazer contribuições à imprensa, ao jornalismo, à sociedade. “Fizemos mesas redondas, palestras e encontros para discutir questões como mobilidade urbana, ponte Salvador-Itaparica, segurança pública e política, como a série de encontros com pré-candidatos ao cargo de governador da Bahia, promovida em maio de 2014 com o objetivo de contribuir com a divulgação das propostas, projetos e intenções dos postulantes”. Outra iniciativa ressaltada pelo diretor foi a organização do Centenário Jorge Calmon, para homenagear o jornalista que esteve à frente da ABI entre 1970 e 1972.

  • Conheça a diretoria reeleita aqui
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ABI realiza eleições para o próximo biênio nesta quinta (13)

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) terá nova diretoria eleita nesta quinta-feira (13). Ao longo do dia, serão realizadas duas sessões: das 9h30 às 12h acontecerá a última reunião ordinária do mandato. Às 14h terá início a reunião da Assembleia Geral da ABI – presidida pelo jornalista Samuel Celestino, que abrirá a sessão, passando a palavra ao presidente da ABI, Walter Pinheiro. O dirigente fará a leitura do relatório do mandato. Após o parecer do Conselho Fiscal sobre as contas da gestão, terá início o processo de votação para definir a direção para o biênio 2015-2017. Todos os associados podem votar.

Clique aqui para consultar a composição da Chapa Harmonia.

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Senado aprova lei que limita a contratação de institutos de pesquisa pela imprensa

Veículos de imprensa podem ficar impedidos de contratar institutos de pesquisa que prestam ou prestaram serviços, nos 12 meses antes das eleições, a partidos políticos, candidatos, governos nacional e estadual, ou órgãos do Legislativo. É o que prevê o projeto de lei que limita a atuação dos institutos de pesquisa de opinião, aprovado nesta quinta-feira (16) pelo Senado.

PLS 473/2015, que veio da Comissão da Reforma Política, estabelece também que a proibição se aplica somente a contratações de entidades e empresas que tenham prestado serviço na mesma região onde vai ser feita a pesquisa eleitoral. Uma pesquisa feita para um partido para o cargo de governador, por exemplo, não impede que o instituto seja contratado pela imprensa para pesquisa eleitoral referente à presidência da República.

A relatoria da reforma política no Senado explica que o instituto terá que escolher se prestará serviços para entidade de comunicação ou para partidos políticos ou governos. A Comissão da Reforma Política vai retomar em agosto as discussões sobre outras regras para pesquisas eleitorais. Há uma proposta de emenda constitucional (PEC) em exame para disciplinar a veiculação dos resultados das enquetes. Segundo o texto, fica vedada a divulgação de pesquisas eleitorais por qualquer meio de comunicação, a partir do sétimo dia anterior até às 18 horas do dia do pleito. Senadores defendem que os levantamentos influenciam no resultado do pleito e que a comissão especial do Senado que discute reforma política deve abordar o assunto.

*Informações do G1, Estadão e Senado Federal.

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Jornalismo profissional dominou as redes sociais nas Eleições, diz Folha

De acordo com um levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo, entre os dias 19 e 28 de outubro – uma semana antes e dois dias depois da eleição – o jornalismo profissional predominou entre os links compartilhados por usuários de redes sociais nas eleições de outubro. A Folha usou a ferramenta Wayin para coletar tuítes e postagens públicas do Facebook citando “Dilma”, “Aécio”, “eleição”, “eleições”, “debate”, “@dilmabr”, “@aecioneves” e “#debatenaglobo”, que não foram os únicos termos usados nas redes, mas abrangem o que é claramente relacionado à eleição.

Na amostra coletada pelo jornal, 61% dos compartilhamentos de links por usuários vieram de conteúdo publicado na mídia profissional – em jornais, portais, TVs, rádios, sites de notícias locais ou imprensa internacional. Nos dois dias após a eleição, este índice sobe para mais de 70% dos links compartilhados. “A gente pode dizer tranquilamente que, se não tem mídia, não tem mídia social”, afirma Luli Radfahrer, pesquisador da USP e colunista da Folha. Os debates nas redes, diz ele, surgem da cobertura profissional, como repercussão ou crítica. Ele observa, porém, que o papel da imprensa não se encerra mais ao publicar. “Não são mais donos do discurso; são quem inicia a conversa.”

Separou-se o que tivesse links de conteúdo externo – cerca de quatro a cada dez das interações –, para análise direta das referências. Os estudos mais comuns no Brasil analisam interações em determinadas “hashtags”, marcações que permitem encontrar conteúdo relacionado a um assunto. Não analisam os links. Excluídas as conversas sem links, restaram 46,3 mil tuítes originais e 27,3 mil postagens do Facebook. Nos tuítes, a ferramenta diz quantas vezes cada um foi replicado, multiplicando o alcance. Passa de um milhão de compartilhamentos. Muitos dos links haviam sido encurtados para caber no compartilhamento. Foram abertos para serem analisados por origem. O resultado trouxe 6.815 domínios – só a Folha aparece com 27 diferentes –, classificados por origem e tipo.

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Blogs sem produção jornalística profissional tiveram 4,2% dos compartilhamentos. Mais do que isso, quase um terço dos links compartilhados foi de textos ou imagens publicados originalmente em tuítes ou páginas do Facebook.

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O papel da imprensa não se encerra mais ao publicar. O receptor é também produtor e divulgador de informações – Foto: Reprodução

Nas eleições de 2014, houve uma profusão de sites de campanha feitos visando justamente ao compartilhamento nas redes sociais – como o “Muda Mais”, em apoio à petista Dilma Rousseff, e o site oficial do tucano Aécio Neves. Eles tiveram menos de 1% dos links publicados. Ao longo da campanha, as candidaturas acusaram-se mutuamente de usar robôs (programas que publicam mensagens automaticamente, repetidas vezes) e militantes que usavam perfis múltiplos para inflar seu volume de interações nas redes.

Os números trazidos pelo estudo conversam com as ideias do professor de jornalismo na Universidade do Texas (EUA), Rosental Calmon Alves, que vê uma simbiose entre as redes sociais e a imprensa. Para ele, as redes ampliam a necessidade do jornalismo. “Estamos conectados o tempo todo. A comunidade avisa quando há notícia importante. Na cacofonia das redes, o jornalismo é importante instância verificadora e explicadora. Você vai ao jornal tentar entender o que acontece e volta à rede para continuar conversando”, defende.

Por outro lado, as redes sociais mudam a rotina de profissionais da comunicação porque também possibilitam maior proximidade entre o veículo e seu público, além de servirem de fontes para matérias, inspiração para pautas e repercutirem, por meio do “compartilhar”, “retwittar”, etc., o que já foi veiculado em outros meios de comunicação. Para David Lemes, professor do departamento de computação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), uma vez que as mídias sociais transformaram o receptor em produtor e divulgador de informações, o jornalismo pode se beneficiar disso, colocando o leitor ao seu lado: “Os leitores podem tornar-se o ‘ombudsman coletivo’, fiscalizando, analisando e dialogando, o que, se for trabalhado da maneira correta, pode ser muito benéfico para o veículo.” Lemes também é mestre em design digital e tecnologias da inteligência.

Telefone sem fio

A proliferação de textos publicados originalmente em redes sociais diz respeito a outro fenômeno: a difusão do uso de dispositivos móveis, especialmente smartphones, para a leitura de informações. Isso facilita tanto a rapidez da disseminação quanto o caráter informal do que se diz nas redes sociais. “A velocidade de acesso é também a velocidade de circulação, e isso não é sempre positivo, como vimos com os boatos que circularam”, diz André Lemos, pesquisador de cibercultura na Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Foto: Reprodução
A difusão do uso de dispositivos móveis facilita tanto a rapidez da disseminação quanto o caráter informal do que se diz nas redes sociais – Foto: Reprodução

“Somos quase ciborgues, conectados 24h por dia pelo smartphone. Boatos se espalham rápido e as pessoas buscam a imprensa para saber o que é verdade. Por isso é importante que os meios tomem o pulso da grande conversa das redes e exerçam seu papel de verificar. O perigo é quando o jornalista retransmite boatos. Espero que, como as pessoas conversam mais, entendam o papel esclarecedor da imprensa”, opina também o professor Rosental Calmon Alves.

O verdadeiro telefone sem fio possibilitado por essas interações rápidas no celular fez crescerem boatos como o da suposta morte do doleiro Alberto Youssef. Um texto que correu pelo WhatsApp na madrugada do dia da eleição (26) dizia que o doleiro havia sido envenenado, numa “queima de arquivo”. Não foi. Quando boatos se espalham, é também à imprensa profissional que se recorre para verificar a informação.

Quando recebeu o boato da morte de Youssef, às 11h05 da manhã do domingo de eleição, um leitor o enviou ao WhatsApp da Folha. O jornal já sabia que era mentira e preparava notícia. Ao ler a resposta de que o doleiro estava vivo, agradeceu: “Obrigado pela info. Muita fofoca na net”.

*Informações da Folha de S. Paulo e do Jornal Brasileiro de Ciências da Comunicação (JBCC).

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