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Inscrições abertas para programa sobre jornalismo e histórias

Organização sem fins lucrativos que promove o debate acadêmico e a produção de conhecimento nas áreas de direito e tecnologia, InternetLab recebe até sexta-feira, 3 de fevereiro, inscrições para a primeira edição da Escola InternetLab. O programa “Para contar as histórias do futuro: jornalismo e políticas de internet” será realizado de 2 a 14 de abril e vai debater o jornalismo e as histórias e conflitos que envolvem direitos digitais.

O treinamento é gratuito e, ao todo, serão selecionados 20 jornalistas – dez do Brasil e dez de outros países da América Latina. O InternetLab oferece bolsas para cobrir despesas com outros custos relativos ao curso, como acomodação, alimentação, e transporte.

O coordenador de cursos da Abraji, Tiago Mali, será um dos instrutores do programa, que envolve palestras, seminários, oficinas e workshops, além de acompanhamento remoto dos participantes.

Nesta edição, três eixos temáticos norteiam a programação. São eles: por dentro dos conflitos (internet, política, histórias, tendências); como contar histórias? (bases de dados, vazamentos, fact-checking); e efeitos a serem considerados (big data, efeito bolha, engajamento, segurança).

Convidados de vários veículos e iniciativas também compartilharão suas experiências e vão discutir o uso de bases de dados na construção de narrativas, os desafios decorrentes do big data, ferramentas de segurança digital, exemplos de jornalismo investigativo e jornalismo de dados. Temas atuais como os bloqueios do WhatsApp, a remoção de conteúdo de plataformas online e a relação entre internet, gênero e raça também serão destacados na Escola InternetLab 2017.

O treinamento é voltado para jornalistas interessados em contar histórias sobre as mudanças sociais, políticas e culturais decorrentes da expansão da tecnologia e da internet.

As inscrições devem ser feitas pelo envio de um e-mail para [email protected], com os seguintes arquivos: currículo, carta de motivação, cópia de artigo publicado recentemente na área de tecnologia, carta de recomendação (opcional).

O edital completo com todas as informações sobre a Escola InternetLab pode ser lido aqui.

*Informações do Portal Comunique-se

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Professores avaliam impactos da crise do jornalismo no ensino de Comunicação

Demissões em massa nos jornais, redações cada vez mais enxugadas, redução de gastos, freelas escassos. O cenário do mercado de trabalho para os jornalistas passa por transformações que afetam a carreira dos profissionais. Mas como essa crise afeta o ensino de Comunicação? IMPRENSA perguntou aos apoiadores e vencedores da 2ª edição do Projeto Professor IMPRENSA, que reconhece os professores mais inspiradores do Brasil. Confira:

Professores: 

Vencedor da região Centro-oeste  – Rafiza Varão – UCB (DF): Afeta de várias formas: há desde a diminuição da procura pelo curso até a queda na qualidade do próprio jornalista a ser formado. Como se acredita que não é necessária mais uma formação para se atuar nos meios de comunicação, o curso universitário se torna desnecessário. Em contrapartida, quem está dentro da universidade trabalha de outra forma com esse cenário, sem se aprofundar demais na formação, pois não chega até o curso mais portando uma bagagem intelectual bem estabelecida, mas já construída a partir da perspectiva de um uso superficial das potencialidades jornalísticas.

Vencedor da região Nordeste – Marcelo da Silva – UFMA (MA):  A crise jornalística não é, a meu ver, a crise da atividade, mas a da sociedade de consumo que se corporifica em imperativos que produzem uma cultura ‘fast news’ que dá espaço à superficialidade e à politização/partidária da leitura de mundo e dos acontecimentos que o povoam; O ensino de jornalismo se prejudica em virtude da falsa ideia de que qualquer pessoa pode (re) produzir os fatos da realidade por possuir as tecnologias que estão disponíveis nos aparelhos celulares, fazer gravações e compartilhar em diferentes aplicativos e redes digitais. O cidadão comum é um elemento crucial na apuração, no registro de provas, mas ele nunca será jornalista, dadas as questões deontológicas que permeiam a profissão. Há um modo de ver que caracteriza uma idiossincrasia que é própria do ser/jornalista e de nenhum outro sujeito.

Vencedora da região Norte – Rita Soares – Estácio FAP (PA): Acho que não é possível falar em uma crise do jornalismo, mas em crises. A primeira delas é causada pelas transformações da sociedade neste início de século, onde se destacam o uso de novas ferramentas de comunicação. O jornalismo sempre será importante, ainda mais neste momento em que todos produzem conteúdo e postam nas redes. É preciso reforçar nosso papel, sendo éticos, cuidadosos e mantendo alguns cânones da apuração como o de sempre ouvir  os dois lados.  Há uma diferença grande entre uma matéria jornalística bem apurada e uma história contada por um personagem no Facebook. A outra crise é a de credibilidade da mídia e essa é mais grave  porque vai exigir uma reinvenção total da nossa profissão, assim como terá que ocorrer com o sistema político que também passa por uma crise de  credibilidade fortíssima.

Vencedor da região Sudeste – Guilherme Fernandes – UFJF (MG): O jornalismo já passou por diversas crises. Na década de 1980, por exemplo, onde tivemos um boom de faculdades de jornalismo, já se falava em crise. Sem dúvidas vivemos uma crise muito séria, com diversas redações, especialmente de impresso, sendo minguadas ou fechados. O cenário é desestimulante. Porém, em sala de aula, essa não parece ser uma problema para os alunos. Com a crise e as constante mudanças tecnológicos, percebe que é necessário uma formação mais generalista. Se antes a especialização em editorias ou determinado meio era um importante diferencial, hoje o profissional precisa necessariamente ser multiplataforma. Cada vez mais vemos profissionais fazendo um pouco de tudo. Não digo que isso é necessariamente ruim, mas existe essa mudança no perfil do profissional e temos que acompanhá-las. Aliado a isso não podemos esquecer de uma formação humanística e crítica.

Patrocinadores:

Fernando Almeida, diretor financeiro da Intercom e coordenador dos cursos de Publicidade e Propaganda e Comunicação Mercadológica na Universidade Metodista de São Paulo: Os alunos estão desinteressados. A partir do momento em que o diploma deixou de ser exigido, temos uma grande evasão nas universidades públicas e particulares, e cursos no interior de São Paulo, por exemplo, estão sendo fechados. O perfil do profissional da área é de uma pessoa que conheça todo o segmento da Comunicação, e se especialize em alguma coisa. O desafio para as instituições, professores e gestores é trabalhar o futuro. A Educomunicação é outra tendência. Prepara o professor para fazer uma leitura crítica da mídia. Fazer da mídia um instrumento para ensinar e incentivar a produção colaborativa de conteúdos pelos alunos, utilizando a mídia como referência. A pedagogia sempre foi resistente a questões de Comunicação, então a prática da Educomunicação é um avanço.

Nilson Vargas, editor-chefe de Zero Hora (RBS): Uma parte do ensino e do debate em sala de aula sobre jornalismo me parece imutável, e trata das premissas perenes ligadas ao rigor da apuração, ao compromisso com a precisão, com a pluralidade, com a ética, com a busca da verdade e a oferta de conteúdos que contribuam para o senso crítico e o nível de informação do leitor e da sociedade. Mas a revolução na distribuição, nas plataformas, na interação instantânea com os públicos e outras tantas novidades e desafios precisam se refletir nas discussões, no aprendizado, na oferta de ferramentas e tecnologias pelas instituições, no tipo de aula que se ministra, no desafio de uma formação mais eclética e sintonizada com os novos ambientes de redação, e com ramos igualmente novos da atividade, como a geração de conteúdo para as redes sociais.

Sergio Pompeu, editor do site da Jeduca (Associação de Jornalistas de Educação): A crise global do jornalismo afeta (ou deveria afetar) significativamente o ensino de  comunicação nas universidades brasileiras. Não é de hoje que a antiga aspiração da maioria dos estudantes, trabalhar nas redações de grandes veículos, literalmente evaporou. Feita a ressalva de que acompanho a questão a distância, não me parece que os cursos fizeram os necessários ajustes a essa nova situação. Quando falo de ajustes, porém, me refiro à necessidade de formar pessoas capazes de transitar por uma carreira muito mais diversificada do que há cinco, dez anos. Estamos preparando profissionais para trabalhar de forma autônoma, que produzam e editem registros em texto, fotos e vídeo, funcionando praticamente como uma unidade de produção multimídia? Porque é disso que precisamos: preparar jornalistas com competência técnica e teórica e a capacidade de se adaptarem rapidamente a diferentes cenários de mercado.

*Alana Rodrigues e Gabriela Ferigato para o Portal IMPRENSA

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Programa de Treinamento em Jornalismo da Folha inscreve até o dia 30

As inscrições para o Programa de Treinamento em Jornalismo Diário de 2017, da Folha de S.Paulo, seguem abertas até o dia 30 de novembro. O jornal selecionará até 15 trainees por turma. Os candidatos podem ser estudantes ou formados em qualquer área, não necessariamente em Jornalismo.

O processo seletivo é dividido em duas fases. Primeiro, os candidatos fazem uma prova online, com questões de português, inglês e conhecimentos gerais. Os mais bem classificados são convocados para atividades na sede do veículo, que oferece estadia em hotel para os candidatos de fora de São Paulo.
Ao longo do programa, os participantes terão aulas de direito, história, economia e língua portuguesa, também participam de atividades na Redação e produzem um projeto final. A iniciativa, que não é remunerada, trata-se de um curso de formação jornalística promovido pela Folha. Para participar, os candidatos devem preencher o cadastro disponível no site do Treinamento.
Veja aqui o projeto final da 60ª turma do treinamento, publicado em junho deste ano.
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Crítica ao cenário educacional marca abertura da Flica 2016

A 6ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) teve início na tarde desta quinta-feira (13) e abrilhanta até domingo a cidade do Recôncavo baiano. Com rica programação cultural, a Flica reúne anualmente nomes da literatura local, nacional e internacional. Mas nem só de música, sarau, dança e oficinas é feita a festa que movimenta Cachoeira. Já na primeira mesa de discussões, a historiadora e escritora carioca Mary Del Priore denunciou as condições do ensino no Brasil e criticou a classe política.

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Foto: Egi Santana

Del Priore, que destacou a importância dos índios na formação do Brasil, falou sobre seu mais recente livro, Histórias da Gente Brasileira, durante bate-papo conduzido pelo secretário estadual da Cultura, Jorge Portugal. A educação foi um dos assuntos abordados pela escritora. “Esta é uma lacuna enorme na história do país. Mas aprendi, enquanto escrevia, que nem toda sabedoria está nos livros. Quando olhamos para o passado, a gente percebe que tinha ‘sabenças’, que eram informações passadas pelos mais velhos aos mais novos e esse saber da tradição não pode ser deixado de lado”.

A historiadora protestou contra as condições dos professores no país. “Como no passado, o professor continua ganhando um frango, meia dúzia de ovos e um saco de farinha. Que me desculpem os políticos que estão aqui, mas essa é uma classe que, como sempre, continua fazendo discursos e promessas em campanhas e não as cumpre”, criticou.

Flica que segue

Hoje (14/10), a programação da Flica começa às 10h, com mesa dedicada à literatura de fantasia, com a participação do carioca Eduardo Spohr, autor de Filhos do Éden, e a baiana Scarlet Rose, que escreveu Finlândia. As mesas seguintes contarão com Milton Hatoum e Ana Maria Machado, homenageada deste ano. Na Fliquinha, no Cine Theatro Cachoeirano, tem contação de histórias com Lídia Hortélio, às 9h30, e apresentações musicais, com destaque para Carlinhos Brown, que estará num bate-papo às 16h30. Ainda na sexta-feira, o Balé Teatro Castro Alves (BTCA) faz performances do espetáculo “Voyeur do Movimento” às 17h, na Escadaria da Câmara de Cachoeira.

No sábado (15), das 18h às 19h30, o público poderá conferir o projeto “O Violão e a Palavra”, com a participação do secretário Jorge Portugal e do cantor, compositor e pesquisador da música baiana, Roberto Mendes. Os dois falarão dos meios de composição da música popular, das métricas à melodia, com mediação do filósofo e professor Saulo Matias Dourado. O encontro será realizado na Escadaria da Câmara de Cachoeira.

Programação Cultural

Sexta-feira 14/10
8h às 12h e das 14h às 18h – Fantástico Mundo da Leitura – Auditório Hansen Bahia
9h – Biblioteca Móvel – Em frente a Fliquinha (Cine Theatro Cachoeirano)
17h – Balé Teatro Castro Alves com performances “Voyeur do Movimento”
17h – Lançamento de Livros – Espaço Educar para Transformar/Conversas Íntimas: um convite ao prazer – Luís Carlos Assis Rosa /Olhos D´agua – Lita Passos/ Dor de Facão e Brevidades – Rosana Almeida

Sábado 15/10
9h – Escolas Culturais – Stand
9h – Biblioteca Móvel – Em frente a Fliquinha (Cine Theatro Cachoeirano)
18h – Violão e a Palavra – Conversa cantada com Jorge Portugal e Roberto Mendes

Domingo 16/10 
9h – Biblioteca Móvel – Em frente a Fliquinha (Cine Theatro Cachoeirano)

Serviço “Território Flica”
De quinta a sábado, das 9h às 16h – Caminhão Educativo
Quinta, das 13h às 17h / Sexta e sábado, das 9h30 às 12h30 e das 14h às 17h
Quinta, a partir das 16h30 – Cine Fliquinha (integra programação da Fliquinha)
Sexta, a partir das 16h30 – Bate-papo musical com Carlinhos Brown (integra programação da Fliquinha)
Sábado, das 8h às 12h e das 14h às 18h – Oficina de Stop Motion

*Informações do Correio* e do G1

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