ABI BAHIANA

Médicos Sem Fronteiras realiza seminário de jornalismo na ABI

No próximo sábado (27), a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) vai realizar um seminário de jornalismo com o tema “Ajuda humanitária em pauta: como cobrir conflitos armados, desastres naturais e epidemias”. O evento acontecerá no auditório Samuel Celestino, da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), das 9h às 17h.

As diversas questões que envolvem a cobertura de crises humanitárias serão discutidas pela diretora de comunicação de MSF-Brasil, Ana Lemos; a coordenadora de relações com a imprensa de MSF-Brasil, Cláudia Antunes; o assistente sênior de informação pública do Acnur no Brasil, Miguel Pachioni; e a produtora da TV Globo, Hellen Santos.

Os interessados em participar do evento devem se inscrever através do site: http://www.msf.org.br/conexoes/atividades/salvador/seminario-de-jornalismo

O debate é exclusivo para profissionais e estudantes de comunicação, com prioridade para jornalistas e outros profissionais de mídia, assim como estudantes de Jornalismo e Rádio e TV. Seguindo estes critérios, as vagas serão preenchidas por ordem de inscrição. Os formulários serão recebidos até às 12h de 26 de maio, mesmo que já tenhamos preenchido todas as vagas, pois haverá lista de espera.

Conexões MSF

O seminário de jornalismo faz parte do Conexões MSF, evento que reúne conversas, exposições, filmes, dança, intervenções artísticas e seminários para que a população possa se conectar com o trabalho humanitário que a organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) realiza em cerca de 70 países. A diversidade de atividades, todas gratuitas, espalhadas por 15 locais da cidade de Salvador pelo período de nove dias, visa atrair pessoas com os mais diversos interesses, para que voltem seus olhares ao universo da ajuda humanitária e sintam-se verdadeiramente conectadas a ele e às realidades que o compõem.

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Notícias

Imprensa nunca esteve tão ameaçada, diz relatório

A edição 2017 do Ranking Mundial da Liberdade de imprensa, elaborado pela Repórteres sem Fronteiras (RSF), revela que as violações do direito de informar são cada vez menos exclusividade de regimes autoritários e ditaduras. O relatório divulgado nesta quarta-feira (26/04) diz que a liberdade de imprensa se deteriorou em dois terços do mundo e está sob forte ameaça também em países democráticos. No Brasil, situação é “cada vez mais instável”. A liberdade de imprensa “nunca esteve tão ameaçada como agora”. O estudo aponta situação “difícil” ou ” grave” em mais de 70 países.

Para a ONG, o jornalismo está fragilizado pela erosão da democracia, uma vez que houve um aumento significativo da restrição ao trabalho da imprensa em dois terços do mundo. O Brasil, país onde o panorama para a prática do jornalismo é descrito com notadamente sensível, subiu uma posição no ranking, que é divulgado a cada ano desde 2002 pela RSF. Pelo sexto ano consecutivo, o país permanece estagnado na parte inferior do Ranking. Dos 180 países pesquisados, amarga a 103ª colocação, com “um ambiente de trabalho cada vez mais instável”.

O relatório destaca que “a ausência de um mecanismo nacional de proteção para os repórteres em situação de risco, o clima de impunidade – alimentado pela corrupção onipresente – e a forte instabilidade política, ilustrada pela destituição de Dilma Rousseff em 2016, tornam a tarefa dos jornalistas ainda mais difícil”. E exorta o país a tomar providências efetivas para o livre exercício da profissão. “É urgente que o governo tome medidas concretas para garantir a plena liberdade de expressão no país”.

A organização, sediada em Paris, registra também que o Brasil “ainda é um dos países mais violentos da América Latina para a prática do jornalismo” e que “o campo da comunicação ainda é bastante concentrado no país, com forte influência de grandes famílias industriais, com frequência, próximas da classe política”.

América Latina

Na América Latina, México (147ª colocação) e Cuba (173ª) são os países que mais ameaçam a liberdade de imprensa. A ilha caribenha é o único país na “lista negra” da RSF, composta por outros 21 países, como Egito, Líbia, Irã, Iêmen, Síria, China e Coreia do Norte. Neles, a deterioração da liberdade de imprensa é descrita como “grave”.

O México se destaca pela corrupção e o crime organizado a nível local. Foram assassinados dez jornalistas em 2016, “com uma nova avalanche de assassinatos em março de 2017”. Segundo a ONG, os crimes permanecem, na maioria das vezes, impunes.

Uruguai na 25ª posição (20ª no ano passado), Chile na 33ª (31ª) e Belize na 41ª (36ª) estão no grupo onde a situação da liberdade de imprensa é “relativamente boa”. Argentina na 50ª classificação, Haiti (53ª), República Dominicana (59ª), El Salvador (62ª), Peru (90ª), Nicarágua (92ª), Panamá (96ª), Brasil (103ª), Equador (105ª) e Bolívia (107ª) são os países latino-americanos no grupo “situação sensível”.

EUA e Reino Unido

A imprensa é livre apenas em meia centena de países em todo o mundo – na América do Norte, Europa, Austrália e sul de África -, indicou o documento, que manifesta preocupação com o “risco de grande inflexão da situação da liberdade de imprensa, especialmente em países democráticos importantes”.

“A taxa em que as democracias estão se aproximando do ponto de inflexão é alarmante para todos aqueles que entendem que, se a liberdade da mídia não é garantida, então nenhuma das outras liberdades pode ser garantida”, afirmou Christophe Deloire, secretário-geral da RSF.

Pesquisadores afirmam que políticos em cargos altos usaram seus poderes para anular reportagens da mídia. Um exemplo é o caso do premiê finlandês, Juha Sipilä, que reclamou perante a rádio pública YLE sobre matérias que o acusavam de conflitos de interesses. Como resultado, outras reportagens foram interrompidas pelo editor-chefe.

Na Nova Zelândia, uma legislação foi introduzida para aumentar os poderes dos serviços de inteligência contra a imprensa. Já no Canadá, agências estatais monitoraram jornalistas que investigaram o terrorismo para encontrar a fonte da polícia que vazou informações. O mesmo aconteceu no Reino Unido.

Nos EUA, os jornalistas americanos foram repetidamente levados a julgamento por noticiar protestos. A ONG acusa o presidente americano, Donald Trump, de “denúncias sistemáticas” contra a mídia. O relatório adverte sobre o discurso antimídia de Trump durante sua campanha eleitoral e no referendo sobre o Brexit, no Reino Unido. Estados Unidos, Reino Unido caíram duas posições na classificação, respectivamente, para 43º e 40º lugares.

Exemplos positivos

A Noruega aparece em primeiro lugar no ranking de 180 países, e a Coreia do Norte assumiu o último lugar, que era da Eritreia, ocupante da posição por uma década. A China e a Síria – que se tornou o país mais mortal para jornalistas – juntamente com o Turcomenistão, completam a lista dos cinco piores em liberdade de imprensa.

A Itália subiu 25 lugares – para 52ª posição – devido à absolvição de jornalistas julgados no caso Vatileaks II, que investigou a Igreja Católica. A Nova Zelândia (13ª) e o Canadá (22ª) caíram, respectivamente, oito e quatro lugares, enquanto os EUA (43ª) e Finlândia (3ª) perderam, cada um, duas posições. A maior queda no ranking foi da Nicarágua (92ª), 17 lugares.

A Alemanha (16ª), que caiu quatro posições no relatório referente a 2015 devido a ameaças de morte contra jornalistas, se manteve inalterada em 2016, juntamente com Noruega (1ª), Dinamarca (4ª), Bélgica (9ª), Áustria (11ª) e Estônia (12ª). Sete lugares à frente da Turquia (155ª), a Rússia permanece firme na 148ª posição entre os 180 países pesquisados. Oriente Médio e África continuam sendo as duas regiões mais perigosas no mundo para a imprensa.

Fonte: FC/dw/efe/afp

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Notícias

Estadão lança programa jornalístico transmitido pelo Facebook

Reunir os principais fatos do dia em uma transmissão com 15 minutos de duração. E pelo Facebook. Essa é a proposta do programa “Estadão às 5h”, um noticiário transmitido de segunda a sexta, sempre às 17 horas, na página do jornal no Facebook.

O programa terá a participação de repórteres, jornalistas e editores do jornal para comentar e analisar temas de maior relevância nas mais diferentes editorias e prevê entrevistas com personalidades e autoridades. O noticiário tem uma linguagem mais coloquial e direta e pretende estabelecer interações com os seguidores da página.

O “Estadão às 5h” terá como cenário a própria redação do jornal, a partir do estúdio da TV Estadão. A apresentação ficará a cargo de Emanuel Bomfim, editor de jornalismo da Rádio Eldorado (107,3 FM São Paulo) e apresentador do “Conexão Estadão”.

 O primeiro programa pode ser visto neste link.

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Prêmio Gabriel Garcia Márquez de Jornalismo abre inscrições

Estão abertas as inscrições para a 5ª edição do Prêmio Gabriel Garcia Márquez de Jornalismo, entregue pela Fundação Novo Jornalismo Iberoamericano (FNPI), com sede em Cartagena de Índias, na Colômbia. O prazo termina em 17 de maio. Podem se inscrever jornalistas que tenham publicado trabalhos em espanhol e português, entre 1 de abril de 2016 e 31 de março de 2017, para o público das Américas, Espanha e Portugal. São quatro categorias: texto, imagem (incluindo fotografia, vídeo e efeitos visuais), cobertura de notícias e inovação.

Os vencedores de cada uma dessas categorias receberão  33 milhões de pesos colombianos (cerca de R$ 36 mil). O objetivo do prêmio é “reconhecer e incentivar, em uma época de profundas mudanças no jornalismo, a busca pela excelência, a inovação, o rigor no tratamento dos fatos e a coerência ética por parte dos jornalistas”.

Mais informações sobre o prêmio e a inscrição podem ser obtidas neste link.
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