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Edição histórica do satírico francês ‘Charlie Hebdo’ chega ao Brasil

A primeira edição da revista satírica francesa Charlie Hebdo após o ataque terrorista que matou 12 pessoas no último dia 7, em Paris, chega ao Brasil na próxima segunda-feira (26), em francês. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, os 10 mil exemplares da publicação que será distribuída pela Abril poderão ser encontrados em redes de livrarias como Saraiva, Cultura e Fnac, além de bancas de São Paulo, do Rio de Janeiro e de outras 15 capitais. O preço previsto é R$ 29,90. A edição especial também está à venda em outros 30 países, com tiragem internacional de 130 mil. No dia 17 (sábado), o jornal anunciou que voltaria a ampliar sua tiragem de cinco para sete milhões, superando em muito os habituais 60 mil exemplares.

“Na França ele custava cerca de € 3, mas para trazer temos outros custos, como frete, logística e importação. Nós tentamos trazer uma parte em inglês também, mas não estava disponível. A procura de outros países estava grande”, afirma Rodrigo Agmont, gerente comercial da Dinap. Em comunicado divulgado pela Dinap, braço de distribuição da Abril, o diretor geral Bruno Tortorello conta que muitos pontos de venda no país foram questionados por clientes procurando um exemplar do jornal satírico. “Os brasileiros estão cada vez mais engajados e, com a chegada da edição histórica do Charlie Hebdo, terão acesso a esta grande mobilização mundial pela liberdade de expressão.”

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Quando foi lançada na França, no último dia 14, a primeira edição publicada após o ataque à redação da revista se esgotou em minutos nas bancas de jornais do país. Em Londres, na sexta (16/01), houve filas em livrarias e bancas já nas primeiras horas da manhã, para comprar exemplares em apoio ao semanário satírico. Na capa desta edição, o profeta Maomé é retratado chorando e segurando um cartaz com a frase “Je suis Charlie” (Eu sou Charlie), sob os dizeres “Tout est pardonné” (Tudo está perdoado), o que gerou novos protestos violentos ao redor do mundo.

Líderes muçulmanos criticaram o que consideram uma nova provocação do periódico. Manifestações contrárias à última edição da Charlie Hebdo começaram no Paquistão e se espalharam rapidamente para a Turquia e para o Oriente Médio. No Níger, país do Norte da África, dez pessoas morreram e igrejas cristãs foram incendiadas no último domingo, 18 de janeiro. Os ataques contra a sede da publicação e contra um mercado judaico, em Paris, entre os dias 7  e 9 de janeiro, deixaram 19 mortos, foi reivindicado pela Al-Qaeda no Iêmen, que atribuiu a ação a uma ‘vingança’ pelas caricaturas do profeta Maomé.

*Informações do Portal IMPRENSA, Folha de S. Paulo e da Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

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2014 foi o pior em 20 anos para liberdade de expressão na Venezuela, diz ONG

DEU NA AFP – O ano de 2014 foi o pior dos últimos 20 anos para a liberdade de expressão na Venezuela, com quase 580 violações, segundo um relatório divulgado nesta terça-feira pela ONG Espacio Público. O documento explica que entre janeiro e dezembro foram documentadas “350 denúncias/casos”. “Este número representa o mais alto já registrado na Venezuela nos últimos 20 anos”, explica à AFP o diretor da ONG, Carlos Correa.

Em 2013, esta mesma organização havia reportado 220 casos de violação da liberdade de expressão no país caribenho, enquanto em 2012 este número foi 169. O aumento dos casos nos últimos anos coincide com a chegada de Nicolás Maduro à presidência, após a morte do líder Hugo Chávez.

“Durante a campanha para as eleições presidenciais (abril de 2013) e após a vitória apertada de Maduro houve um ativismo brutal do governo com o tema dos meios de comunicação, com desqualificações públicas, procedimentos judiciais contra jornais pela cobertura de temas econômicos”, explica Correa. Os casos mais recorrentes de violação da liberdade de expressão se referem à censura (145) e às agressões a jornalistas (93).

*Conteúdo da Agência France-Presse via Diário de Pernambuco

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Indonésia deporta equipe de reportagem da Rede Globo

O repórter Márcio Gomes e um cinegrafista da Rede Globo foram deportados pelo governo da Indonésia, de acordo com informação confirmada pelo setor de comunicação da emissora. No país para acompanhar a execução do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira (53) – condenado à morte e executado a tiros pelo crime de tráfico de drogas – dupla chegou a ser detida no sábado, 17, na cidade de Cilacap. Os profissionais foram liberados, mas os passaportes ficaram retidos. Autoridades da Indonésia afirmaram que eles entraram no país com visto de turista.

Leia também:Jornalista e cinegrafista da Globo têm passaportes apreendidos na Indonésia

Nesta segunda-feira (19), segundo a Globo, Gomes e o cinegrafista foram transportados pela polícia para a capital, Jacarta. O acompanhamento foi necessário porque eles estavam sem passaporte. Eles ficaram em um hotel onde aguardaram o voo para Tóquio, no Japão, onde Gomes atua como correspondente.O Itamaraty não quis comentar o caso. No sábado, a reportagem da Folha também foi ameaçada de deportação.

*Com informações da Folha de S. Paulo e Bem Paraná.

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FENAJ lança Relatório da Violência contra Jornalistas 2014

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj)  lançará o “Relatório da Violência contra Jornalistas 2014”, no dia 22 de janeiro (quinta-feira). O lançamento será em coletiva à imprensa na Sala Belizário de Souza, da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro. O relatório registra que, em números absolutos, houve uma diminuição dos casos de agressões, em comparação com 2013. O número de assassinatos, no entanto, cresceu, com três casos de jornalistas mortos em razão do exercício profissional. O maior número de violências contra jornalistas e comunicadores ocorreu em manifestações populares.

“O Rio de Janeiro foi escolhido para o lançamento do relatório por ter sido o estado com o caso mais emblemático da violência contra jornalistas, o assassinato do repórter cinematográfico Santiago Andrade”, explica o presidente da FENAJ, Celso Schröder. Santiago trabalhava na Band do Rio de Janeiro e faleceu após ser atingido por um artefato explosivo durante uma manifestação popular, no dia 10 de fevereiro de 2014.

Além deste caso, o relatório registra os assassinatos, também em fevereiro passado, dos jornalistas Pedro Palma, do Rio de Janeiro, e Geolino Lopes Xavier, da Bahia. Em levantamento preliminar, divulgado em novembro passado, a FENAJ identificou 82 casos de violência contra profissionais da comunicação em 2014, a maioria deles ocorreu durante protestos populares e partiu de policiais, mas também houve casos de agressões praticadas por manifestantes. No ano anterior foram registrados 189 casos. Os números finais do ano passado serão divulgados no ato de lançamento do Relatório 2014 da Federação, no dia 22 de janeiro, às 15 h, na ABI (rua Araújo Porto Alegre, 71, no centro do RJ).

Para a FENAJ, as agressões que vitimam os jornalistas são alarmantes e exigem medidas urgentes tanto por parte do Estado brasileiro, quanto das empresas de comunicação. Entre as reivindicações da entidade e dos Sindicatos de Jornalistas constam a definição de um protocolo de atuação das forças de segurança que assegure a integridade física dos profissionais de imprensa, a efetivação do Observatório da Violência contra Jornalistas, a aprovação, pelo Congresso Nacional, do projeto de lei que federaliza as investigações de crimes contra jornalistas e a implementação, pelas empresas de comunicação, do Protocolo Nacional de Segurança, contemplando medidas como o fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs), e treinamentos para os profissionais que forem submetidos a situações de risco.

FONTE: Fenaj

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