ABI BAHIANA Notícias

Associação Bahiana de Imprensa abre as portas para o futuro do jornalismo

Na tarde desta terça-feira (6), a Associação Bahiana de Imprensa recebeu estagiários da Secretaria de Comunicação do Estado para uma visita à sede. Os estudantes foram recebidos pelo vice-diretor executivo Luis Guilherme Pontes Tavares e acompanhados por Hetth Carvalho, coordenadora de Conteúdo e TV da Secom, e Regina Ferreira, assessora de comunicação da Secretaria. Durante o percurso, conheceram a Sala de Reuniões Afonso Maciel, a Biblioteca de Comunicação Jorge Calmon, o Laboratório de Restauro e o Museu de Imprensa.

“A ABI é uma associação enriquecedora que transmite para toda turma essa visão do que foi a memória da Bahia e da imprensa. Nesse prédio tem muita coisa para se ver e desfrutar”, afirma Regina Ferreira, após uma tarde cheia de elementos marcantes para a história de sua profissão.

É a segunda vez que a secretaria realiza visita à ABI com uma equipe de estagiários e, de acordo com Hetth Carvalho, esse contato é importante para que os estudantes possam ampliar seus horizontes e entender mais sobre a carreira que escolheram. “Uma visita como essa traz um aprendizado enorme para quem está entrando no mercado de trabalho. Só entendendo a nossa história que eles irão construir um futuro melhor, o futuro da imprensa”, comenta.

Na biblioteca, inaugurada em 1973 e atualmente instalada no segundo andar do edifício Ranulfo Oliveira, os estudantes puderam conhecer um pouco sobre os títulos que estão sob cuidado da ABI. Dentre eles, o acervo de Walter da Silveira, material que o crítico de cinema e escritor mantinha em um escritório anexo ao apartamento em que vivia, no bairro da Graça, em Salvador. Além das doações realizadas recentemente pelo professor Sérgio Mattos e tantos outros títulos imprescindíveis para formação de qualquer jornalista.

Em seguida, no Laboratório de Restauro da sede, os estudantes puderam ver um pouco do processo em que peças do acervo e documentos da associação são recuperados pela equipe. Com a técnica em restauro Marilene Rosa, tiraram dúvidas sobre os materiais utilizados para conservação dos objetos, enquanto viam um pouco do museu pela parede de vidro que separa os dois espaços.

A visitação ao Museu de Imprensa foi orientada pela museóloga Renata Ramos que explicou aos alunos aspectos da memória do rádio, das revistas e da televisão. Além, é claro, de discorrer a respeito da história da própria ABI. O passeio foi encerrado com as palavras do vice-diretor Luis Guilherme Pontes Tavares: “Nossa expectativa é de que a ABI seja uma fonte de informação no momento que vocês precisarem. As documentações que temos aqui, tanto no museu quanto na biblioteca, são coisas surpreendentes.”

A Associação Bahiana de Imprensa busca fortalecer o exercício do jornalismo para estudantes e profissionais da área, proporcionando com muito entusiasmo visitas como essa.

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Notícias

Alta lucratividade é o que mantém o mercado digital de fake news

As fake news propagam a desinformação sobre diversos temas. A época mais notável delas foi durante a pandemia da covid-19, quando espalharam tratamentos ineficazes, questionaram a qualidade da vacina e menosprezaram a pandemia. Porém, elas ainda estão presentes no dia a dia e têm a intenção de continuar no cotidiano da sociedade. “Estão identificando que a gente precisa construir uma espécie de ecossistema da governança digital. Não está só em uma mídia social, não está só em uma plataforma. Ela vai se espalhando, diferentes canais vão citando o outro. Você precisa criar um ecossistema que combine: ações estatais, de mercado, que incluam as moderações de conteúdo, mas também ações da sociedade civil, construído com base num equilíbrio entre liberdade de expressão e interesse público”, explica o professor Vitor Blotta, do Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicações e Artes da USP.

Para a construção de um ecossistema saudável no meio digital também é necessário entender como a estrutura de plataformas onde as fake news se propagam, como o YouTube, funciona.

Monetização

O termo monetização vem da palavra money que, traduzido para português, significa dinheiro. Monetizar algo corresponde a ganhar dinheiro com aquilo. Por exemplo, o YouTube disponibiliza algumas formas de o produtor do conteúdo, ou seja, aqueles que produzem e publicam vídeos no aplicativo, monetizar as publicações e, assim, lucrar com elas.

Vitor Souza Lima Blotta – Foto: Arquivo pessoal

“Uma das formas é a monetização direta, você cria uma espécie de parceria: se você é um produtor de conteúdo, você vira, por exemplo, um parceiro do YouTube para receber recursos se você tem muitas visualizações. Um outro caminho é a plataforma recebendo diretamente pela divulgação de anúncios. Tem a ver com uma parceria que o YouTube faz muitas vezes pelo programa chamado Google AdSense e tenta direcionar bastante os anúncios para públicos de grande audiência. Outra modalidade são os grupos sociais com interesses políticos que financiam pessoas para produção de notícias, nesse caso fraudulentas, para conseguir divulgar ideologias, então também há um financiamento por grupos de interesse”, pontua Blotta.

A monetização é apenas um mecanismo para ganhar alguma renda com a produção, porém, na propagação de fake news, o conteúdo é extremamente relevante.

Conteúdo

O alto engajamento com notícias falsas é um grave problema, já que, além dos produtores e disseminadores monetizarem essas informações, torna-se muito mais difícil controlar a propagação delas. Blotta explica como funciona o ciclo do consumo de fake news: “Os algoritmos acabam funcionando como uma espécie de isca: outro vídeo já vai aparecendo antes de terminar o primeiro. Eles vão criando uma forma, não só no YouTube como em outras mídias sociais, de você continuar na plataforma, continuar interagindo sem sair e ininterruptamente. Quanto mais tempo as pessoas ficam na plataforma, maior a possibilidade de conseguir anunciantes, recursos. É um modelo para fisgar a gente, continuar fazendo com que a gente interaja como o vídeo um atrás do outro. Não dá tempo nem de você pensar”.

Mesmo com a existência de políticas de moderação na plataforma YouTube, a pesquisa da Unicamp, feita em parceria com Institute for Globally Distributed Open Research and Education e com a Universidade da Califórnia, as considera inconsistentes. “As pessoas criam novos perfis, diferentes, que às vezes demoram para ser identificados novamente”, comenta o professor.

Parte da continuidade da circulação de fake news pode ser relacionada também com o lucro da própria plataforma, como Blotta analisa: “Existe uma desigualdade no tratamento de diferentes canais: então, se o canal tem muita visualização, eles demoram mais para derrubar e isso provavelmente tem a ver com o retorno financeiro para a plataforma”.

Discussão

No Brasil, a discussão a respeito de ferramentas de controle de fake news ainda não é muito difundida, mas a educação midiática faz parte desse processo. Ensinar a população como ler notícias e como identificar as enganosas é necessário, porém, apenas isso não é suficiente, precisa de uma ação coordenada com outras vertentes, como minar o lucro dos produtores e da plataforma, segundo o professor. “Se a gente não orquestrar esse ecossistema da governança digital, vai ser muito difícil enfrentar o ecossistema da desinformação”, acrescenta Blotta.

Texto: Jornal da USP | Áudio: Rádio USP
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ABI BAHIANA

Após sete edições em 2022, concerto de dezembro da Série Lunar é cancelado

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e a Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (Emus/Ufba), instituições parceiras na realização da Série Lunar 2022, precisaram cancelar o concerto de Natal previsto para acontecer nesta quarta-feira (07 de dezembro) no auditório da ABI e com a participação do grupo Madrigal da UFBA.

O cancelamento da apresentação foi necessário por conta do adoecimento de parte da equipe que participaria do evento. Sempre atentas ao cenário da pandemia de Covid-19, as instituições suspenderam o evento para manter a saúde dos músicos envolvidos, da equipe e do público.

Sob a coordenação da diretora da ABI Amália Casal e sempre em dias de lua cheia, a Série Lunar foi retomada em 2022 com pompa, após dois anos de pausa motivada pela pandemia de Covid-19. “A Série Lunar foi, para mim, uma rica e inesquecível experiência sob a inspiração da lua e de talentos múltiplos de pessoas envolvidas em um só propósito, o de proporcionar a beleza e levá-la, com leveza e qualidade, a distintos públicos”, avalia Amália.

Novas temporadas
A coordenadora do projeto acredita que esta última temporada consagrou o evento e anuncia continuidade. “Deixo expressa a minha profunda gratidão à Escola de Música da Ufba por esta profícua parceria que terá seguimento no próximo ano de 2023 e, sobretudo, a todos os músicos e interpretes, estrelas maiores da Série Lunar, do mesmo modo, ao apoio de todos aqueles que se envolveram, direta ou indiretamente, em nossa ABI , para o sucesso deste grandioso projeto”, agradece Amália.

Foram sete edições em 2022, com apresentações do próprio grupo Madrigal da UFBA, além de outros encontros musicais. A estreia, já em parceria com a Emus/Ufba, aconteceu em maio de 2019. Naquele ano, também foram realizados sete eventos, entre shows, concertos e recitais, sempre gratuitos. Com a confirmação de Amália, o evento deve entrar, em 2023, no seu terceiro ano de realização.

Recorde como foram as apresentações de 2022  

18/05 – Mario Ulloa

15/06 – Quinteto de Sopros da UFBA

13/07 – Duo Sá-Cramento

17/08 – Duo Tota e Teca (especial 92 anos da ABI)

14/09 – Madrigal da UFBA

11-10 – Nilton Azevedo Quarteto

09/11 – Orquestra de Violões da UFBA

07/12 – Concerto de Natal CANCELADO

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Notícias Literatura

Com tema ‘a festa do livro no paraíso’, Península de Maraú tem encontro de escritores

A Bahia tem entrado, cada vez mais, na rota dos eventos nacionais literários. Sem fugir a esta tendência, o distrito de Barra Grande, na península de Maraú, se prepara para um encontro de escritores, ponto inicial da futura festa das letras no paraíso baiano.

Nos dias 8, 9 e 10 de dezembro, em Barra Grande, ocorrerá o primeiro Encontro de escritores que reunirá importantes nomes da literatura baiana. Confirmaram presença Állex Leilla, João Filho, Wladimir Saldanha, Herculano Assis, Heitor Brasileiro, Pawlo Cidade, Gustavo Felicíssimo, Mario de Lima e Santiago Fontoura.

“O livro é um farol fincado nos sonhos projetando luz e sabedoria sobre a realidade do leitor. Encontros e festas literárias possibilitam isso”, comenta Mario de Lima, um dos curadores do evento.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO

DIA 8 DE DEZEMBRO (QUINTA-FEIRA)
18h — Palestra de abertura com o poeta João Filho.
Tema: A influência do modernismo na poesia brasileira contemporânea;
19h30 — Coquetel de abertura e recepção dos participantes com fala inspiradora de Mario de Lima, escritor e morador de Maraú, seguido do lançamento do seu novo livro: Será o Benedito? Cantos de liberdade no Vale do Cricaré.
20h — Apresentação musical com o Duo + um Samba

DIA 9 DE DEZEMBRO (SEXTA-FEIRA)
9h — Oficina de criação literária. Tema: HAICAI.
Duração: 3 horas.
Facilitador: Gustavo Felicíssimo, haijin e editor da Mondrongo;
18h — Debate com os poetas João Filho e Wladimir Saldanha
Tema: O novo underground estético na poesia
Seguido do lançamento dos novos livros dos autores
19h30 — Bate-papo com os escritores Állex Leilla e Pawlo Cidade.
Seguido do lançamento dos novos livros de ambos

DIA 10 DE DEZEMBRO (SÁBADO)
9h — Continuação da Oficina de criação literária e conclusão com a apresentação dos haicais produzidos durante a atividade;
18h — Debate: O modernismo na poesia de Sosígenes Costa
Com Heitor Brasileiro Filho e Herculano Assis
19h30 — Sarau aberto com participação dos convidados e de toda a comunidade, incluindo recital com os haicais produzidos na oficina de criação literária;
20h30 — Encerramento.


Mais informações pela página do evento no Instagram @FliMaraú

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