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Conselho de Comunicação cria comissão para avaliar projetos sobre fake news

O Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional criou uma comissão de relatoria para analisar os projetos de lei que tramitam na Câmara e no Senado sobre o combate às fake news (notícias falsas). A reunião desta segunda-feira (5) foi iniciada sob a expectativa de que o conselho elaboraria um anteprojeto sobre o tema, a ser submetido aos parlamentares. Devido a controvérsias em torno da competência do conselho para elaborar propostas legislativas e da possibilidade de os primeiros rascunhos do texto proporem a censura de notícias na internet sem decisões judiciais, o presidente do colegiado, Murillo de Aragão, negou a intenção de formular um projeto.

Depois de negar que elaborariam uma nova proposta sobre o tema, os conselheiros aprovaram o nome de seis membros da comissão, que deverá apresentar um relatório após ouvir os autores das propostas. Após a reunião, Murillo de Aragão, chegou a dizer a jornalistas que o anteprojeto é “apenas um estudo inicial”. Ele afirmou, ainda, que a comissão criada nesta segunda vai apresentar pareceres sobre as propostas em debate. A expectativa é que esses relatórios sejam analisados na reunião de abril.

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Durante a reunião, organizações que fazem parte da Coalizão Direitos na Rede divulgaram nota contra projetos de lei que visem remover conteúdos da internet e de aplicativos sem uma decisão judicial prévia. “De acordo com a referida proposta, conteúdos classificados como fake news devem ser removidos pelas plataformas em até 24 horas, contadas a partir do recebimento de mera notificação. Caso a remoção, ou bloqueio do conteúdo, não seja atendida no prazo estipulado, o ato implicaria na responsabilidade civil dos provedores de aplicação de Internet. A ideia de remoção automática de conteúdo deve ser imediatamente repelida em qualquer projeto de lei deste porte”, diz a nota.

Liberdade de imprensa

No início da semana, veículos de comunicação informaram que o conselho havia preparado um anteprojeto de lei que altera o Marco Civil da Internet com o objetivo de obrigar provedores a retirar do ar, em um prazo de até 24 horas do recebimento da reclamação, conteúdos considerados “fake news”. No texto, constam alterações ao Código Penal para prever detenção para quem criar ou divulgar notícia que sabe ser falsa e possa distorcer, alterar ou corromper gravemente a verdade sobre tema relacionado à saúde, à segurança pública, à economia nacional ou a outro interesse público relevante.

A divulgação das informações gerou repercussão a ponto de o presidente do Congresso, senador Eunício Oliveira (MDB-CE), divulgar uma nota afirmando que “não solicitou e que não está em elaboração qualquer projeto de lei para alterar o Código Penal, a Lei Eleitoral ou o Marco Civil da Internet com o objetivo de criar mecanismos à livre manifestação e informação na Internet”.

Especialistas ouvidos pelo G1 se posicionaram contra os projetos em tramitação na Câmara e no Senado que inserem, no Código Penal, o crime de divulgação de “fake news”. As propostas preveem, inclusive, prisão para quem divulgar na internet notícia “que sabe ser falsa”. Para esses estudiosos, os projetos violam as liberdades de expressão e de imprensa. Eles também argumentam que já existem mecanismos legais para combater a propagação de notícias falsas. Já os defensores das propostas argumentam que a rápida circulação de noticiário falso poderá interfir diretamente na disputa eleitoral de 2018, desequilibrando o pleito e prejudicando candidatos e partidos.

Atualmente, há no Congresso oito projetos de lei sobre o tema. Geralmente as comissões do Conselho de Comunicação Social são formadas por apenas três membros, mas, como o tema é complexo, os conselheiros aprovaram a designação de seis integrantes: dois representantes das empresas de comunicação, dois trabalhadores da área e dois indicados pela sociedade civil. O objetivo da comissão criada ontem (5) será avaliar se há a necessidade de alterar a legislação atual para que as fake news não se tornem um fenômeno que possa atrapalhar a democracia e o exercício da cidadania no Brasil.

*Informações da Agência Brasil e do G1.

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Programação variada celebra os 30 anos da Facom

As comemorações dos 30 anos da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Facom/UFBA) prometem agitar o Campus de Ondina, nesta quinta-feira (1º). Pela manhã, às 9h, ocorre a inauguração da nova ala da unidade, que terá um espaço para a instalação do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT-DD), além de novas salas de aula, laboratórios e gabinetes para os professores. Também serão apresentados o novo site da Facom e o Núcleo de Comunicação, iniciativa inédita implantada pela Facom. O reitor da UFBA, João Carlos Salles, prestigiará a cerimônia.

A diversidade, característica marcante da Facom desde o seu início, será lembrada durante a mesa-redonda “Multiplico direitos, fortaleço cidadania”, a partir das 10h30, com a participação da jornalista Silvana Moura (Diretoria de Conteúdo do IRDEB), formada pela Facom, do professor Hélio Santos (integrante da Fundação Baobá) e mediação do professor José Roberto Severino. A ação é organizada pelos alunos da Agência Experimental, projeto de extensão da Facom fundado em 2007 que promove o diálogo entre a universidade, a comunidade e movimentos sociais. O momento marcará a campanha “Conviver com Respeito”, que busca estimular a convivência pacífica entre povos de diferentes religiões. Além disso, haverá a exibição do teaser do documentário dos 100 anos do Terreiro Bate Folha.

Outra novidade é a inauguração da Casa de Comunicação – Ilê ti Com. O espaço compartilhado de trabalho e convivência, que funcionará no vão do primeiro andar da faculdade, é um antigo desejo dos estudantes e será apresentado às 12h30 no sarau “A Casa é Sua”, organizado pelos alunos do curso de Produção Cultural, sob a orientação do vice-diretor da Facom, o professor Leonardo Costa. Haverá apresentações de música e poesia, com a participação do coletivo Frôceta. O microfone estará aberto ao público.

Durante o evento, serão lançados diversos produtos feitos pelos alunos da Facom, como o FAQ COM, cartilha que ajudará a tirar dúvidas de calouros e veteranos, o FacomFaz, site com o acervo de todas as publicações já produzidas nas disciplinas, o perfil do instagram Baú da Facom, que tem registros de momentos marcantes para a história da instituição, e a edição impressa do Jornal da Facom. Também será lançada a nova edição digital da revista Fraude, feita pelos alunos do Programa de Educação Tutorial da Faculdade de Comunicação (Petcom).

A Gestão CulturAção, que esteve à frente do Centro Acadêmico Vladmir Herzog durante todo o ano de 2017, encerra seu mandato com uma festa de confraternização às 14h. Os membros da instância, que representa os alunos da Facom, pedem para que os participantes tragam roupas de banho, para tomar sol e aproveitar o final do semestre de verão ao som de uma boa música. Alimentos e bebidas serão vendidos no local. O aniversário se encerra com o Bloquinho do Paredão da Facom, iniciativa de veteranos da faculdade, às 17h.

Sobre a Facom – A Faculdade de Comunicação da UFBA (Facom) faz parte do campus universitário de Ondina. A unidade é reconhecida por abrigar o primeiro curso de Jornalismo da Bahia, criado na década de 1950 sob domínio da Faculdade de Filosofia. O curso sofreu uma transformação com o deslocamento para a Escola de Biblioteconomia, em 1969. Com a junção dos dois cursos no mesmo prédio, a unidade passou a ser denominada Escola de Biblioteconomia e Comunicação, onde o curso de Comunicação funcionou sob luta política até 1987, ano da separação e independência. A Facom também foi pioneira ao oferecer a primeira habilitação em Produção em Comunicação em Cultura do Brasil, em 1996.

Na graduação, oferece as habilitações de Comunicação Social: Jornalismo e Produção em Comunicação e Cultura, além da área de concentração em Cinema e Audiovisual. Na pós-graduação, a Facom oferta a especialização em Comunicação Estratégica (Gestão da Marca), e os programas de mestrado e doutorado em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Atualmente, é composta por cerca de 600 alunos e 40 professores efetivos. Entre suas conquistas mais recentes, se destaca a nota 5 alcançada pelo curso de Jornalismo no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), tornando-o campeão entre as instituições públicas de ensino. (Ler Dossiê Facom)

SERVIÇO:

ANIVERSÁRIO DE 30 ANOS DA FACOM
Dia 01/02 (quinta-feira), a partir das 9h
Local: Faculdade de Comunicação da UFBA – Rua Barão de Jeremoabo, s/n, campus de Ondina
Aberto ao público

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Revista da USP analisa relação entre comunicação, tecnologia e sociabilidade

Edição apresenta análise sobre o WhatsApp e a sociabilidade entre jovens

e o uso de memes com a temática de Harry Potter

A Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP acaba de lançar uma nova edição da revista Comunicação e Educação (volume 22, número 2, 2017). A publicação apresenta textos nacionais e internacionais em torno do tema “Letramento e tecnologias da informação: mediações possíveis”.

Entre os artigos, há O discurso político-educacional contra o bullying: uma abordagem sociossemiótica, no qual os autores analisam o slogan da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo para uma campanha de combate ao bullying. Outro destaque é o texto Entre o WhatsApp e a praça da “família”: relato de uma experiência teórico-metodológica, que revela os resultados de uma pesquisa sobre a sociabilidade entre jovens por meio das redes sociais e das praças de Fortaleza, no Ceará.

A revista ainda traz uma apresentação do poeta Paulo Leminski, em seus diferentes períodos de produção, e o artigo Do prazer ao pensamento crítico em Harry Potter, com análise de fanfics e memes sobre política e sociedade, inspirados no universo de Harry Potter.

Para ler a publicação na íntegra, acesse o Portal de Revistas USP.

*Informações do Jornal da USP.

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TV Brasil estreia programa que analisa mercado de comunicação

Abrir uma janela na televisão aberta para a reflexão sobre os rumos da comunicação é o principal objetivo do programa “Mídia em Foco”. A atração, em formato documental, será lançada pela TV Brasil, nesta quarta-feira (25), às 22h30. Sob o comando da jornalista Paula Abritta, o programa vai abordar tendências de mercado, evolução das tecnologias, convergência das mídias, regulação, consumo e produção do conteúdo.

Na estreia, o professor Marcelo Zuffo e os jornalistas André Mermelstein e Cristina Padiglione discutem as perspectivas da televisão sob o prisma da convergência. Eles analisam os avanços tecnológicos e as novas formas de consumo da TV. Cristina não acredita no fim da TV linear. “A gente tem descoberto dia após dia essa multiplicação de telas. A televisão vai acabar? Eu não acredito nisso, a televisão linear não acaba”. Zuffo é enfático ao concordar com essa tese. “A narrativa linear sempre vai ter espaço. Porque, no final, a narrativa linear vem de uma habilidade humana de contar histórias”, afirma.

Para Mermelstein, nenhuma tecnologia matou completamente o que vinha antes. “O conteúdo sempre vai ser a peça central de tudo. A gente não pode pensar em TV e em comunicação sem o conteúdo. Isso me faz achar que nada disso vai morrer. Vão se transformar a forma de consumir e os modelos”.

As edições semanais buscam contemplar a história dos meios de comunicação e sua influência na sociedade contemporânea. Acadêmicos, profissionais e especialistas debatem o futuro da televisão, cinema, rádio, imprensa e internet. Na primeira temporada a TV Brasil vai produzir 52 edições de 26 minutos. Já gravaram personalidades como o roteirista Walbercy Ribas e o jornalista Heródoto Barbeiro.

Também participam dessa temporada o jornalista Igor Kupstas, diretor da O2 Play; o jornalista Marcelo Forlani, um dos fundadores do Omelete; e o advogado Raphael Crescente, da Fox Networks Group. O “Mídia em Foco” conta ainda, com a participação da consultora Carolina Terra; a pesquisadora Caru Schwingel; e o professor Erick Messa; além do consultor de comunicação e inovação, Flávio Ferrari.

Os jornalistas Arlindo Machado, José Carlos Aronchi e Gabriel Priolli, Gilvani Moletta e os publicitários Washington Olivetto, Rejane Bicca e Paulo Cunha também são nomes confirmados.

*Informações da Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

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