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Folha lança treinamento em jornalismo diário para profissionais negros

A Folha de S. Paulo abriu inscrições para o Programa de Treinamento em  Jornalismo Diário destinado a profissionais negros. Segundo a empresa, que completou 100 anos em fevereiro, a iniciativa tem o objetivo de incentivar a diversidade na redação do jornal. Com duração de 3 meses, o curso ocorrerá em formato online em função da pandemia causada pela Covid-19. Interessados devem se inscrever até o dia 21 de março. A seleção será feita por meio de prova, dinâmicas e entrevistas.

De acordo com Alexandra de Moraes, editora de Diversidade da Folha, “a iniciativa deve se somar a outras para reduzir a distância entre o perfil da Redação, majoritariamente branca, e o da população num país de maioria negra”. Suzana Singer, responsável pelo treinamento, diz que a Folha quer “aumentar a diversidade na redação a fim de torná-la mais representativa e competente”.

Não é a primeira vez que um treinamento assim é realizado pelo jornal. Em 2016, também com o objetivo de fomentar a heterogeneidade, foi formada uma turma de seniores e trainees com mais de 40 anos que queriam conhecer o jornalismo de perto. De acordo com o veículo, vários deles colaboram com o jornal até hoje. Apesar da oportunidade, a Folha alerta: não há garantia de emprego ao final do treinamento, mas a instituição costuma contratar ou pautar como freelancers os trainees. 

Após o assassinato de George Floyd nos EUA, em maio do ano passado, muitas iniciativas começaram a surgir a fim de tentar diminuir a desiguldade presente em inúmeras empresas de todo o mundo. A Folha afirma fazer parte desse grupo de instituições a fim de reparar minimamente os danos provocados pela desigualdade racial no Brasil.

Saiba Mais Aqui

*Com informações da Folha de S. Paulo,

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Equipe do Correio é agredida por agentes da Transalvador e Sinjorba cobra apuração

Equipe do jornal Correio escalada para cobrir o jogo entre Vitória e Corinthians nesta quarta-feira (25), no Barradão, foi agredida por agentes da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), na tentativa de acessar o estádio. O Sinjorba (Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia) divulgou nota para cobrar a apuração da violência contra o repórter fotográfico Betto Júnior e o motorista Gabriel Cerqueira, e se colocar à disposição dos profissionais.

Segundo o Correio, a equipe estava identificada e com autorização para entrar no estacionamento do estádio. Contudo, o agente de trânsito alegou que eles não poderiam passar, já que estavam a bordo de um veículo descaracterizado. “Eles falaram que não poderíamos entrar. Mostramos nossa identificação e argumentei que retiramos a logomarca por causa de um incidente no BAVI passado, onde nosso carro foi quebrado. A retirada foi por medida de precaução, para garantir a segurança da equipe”, explicou o fotógrafo, em entrevista ao Jornal da Manhã, nesta quinta-feira (26). Betto Júnior conta que o agente se dirigiu até uma barreira policial e foi orientado a resolver ele mesmo, pois se tratava do seu trabalho.

“Um segundo agente chegou, bastante alterado, ameaçando multar e rebocar o carro”. A partir daí, segundo Betto Junior, uma discussão foi iniciada e um dos agentes passou a filmar. Betto fotografou a ação e foi agredido pelo agente. Houve luta corporal, o fotógrafo caiu e bateu a cabeça em uma barra de ferro após levar um soco. Atendido ainda no Estádio Manoel Barradas, Betto Júnior levou cinco pontos em um ferimento, foi constatada uma fratura no nariz e tem suspeita de deslocamento do maxilar. Já Gabriel levou um soco no rosto. Ainda no Barradão, eles registraram queixa na Delegacia Especial de Área do estádio, vinculada à 10ª Delegacia Territorial de Pau da Lima.

Fabrizzio Muller, superintendente da Transalvador, declarou ao Jornal da Manhã, que o órgão “repudia qualquer tipo de violência”. Segundo ele, foi instaurada uma sindicância para apurar os fatos. “Já sabemos quais agentes estão envolvidos. Se for comprovada a denúncia, tomaremos as medidas previstas na legislação, que variam de suspensão até a demissão”.

Entidades reagem

O presidente da Arfoc-Brasil, Luiz Hermano, e o presidente da Arfoc-Bahia, Roque Leônidas, soltaram nota conjunta na tarde desta quinta-feira (26), na qual também repudiam a agressão. A nota destaca o artigo 129 do Código Penal, que prevê pena de reclusão de 1 a 5 anos para o crime de agressão. “Agressões a profissionais de imprensa estão se tornando comuns, principalmente cometidos por agentes públicos em todo Brasil. Essa é uma discussão que vêm sendo levantada pelas entidades que representam os profissionais de imprensa”, diz o documento. As entidades aproveitaram para convocar as categorias a participarem da mesa-redonda “Esquerda x Direita e a sua convergência”, evento que será promovido pela Associação Bahiana de Imprensa (ABI) no dia 3 de maio (Dia Mundial da Liberdade de Imprensa).

“É com grito de revolta que a Arfoc- Brasil e Arfoc- Bahia pedem um posicionamento do Prefeito ACM Neto e da Superintendência da Transalvador. Agente de trânsito não tem autonomia para tratar com violência – antes de ser um profissional a serviço da informação – um cidadão”, conclui a nota das Arfoc baiana e nacional.

Também por meio de nota, o Sinjorba disse que as “agressões contra jornalistas no exercício de suas funções são frequentes, principalmente as praticadas por agentes públicos, habituados a agir desta forma contra a população em geral”.

Confira a nota do Sinjorba:

A diretoria do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) vem a público protestar contra a agressão sofrida pelo repórter fotográfico do Jornal Correio Beto Júnior praticada por agentes de trânsito da Transalvador na noite de hoje (25/04), mas proximidades do estádio do Barradão. A vítima sofreu um corte na cabeça e teve o equipamento quebrado pelos agressores. O profissional registrou queixa na delegacia situada no estádio, onde também recebeu atendimento médico. 

As agressões contra jornalistas no exercício de suas funções são frequentes, principalmente as praticadas por agentes públicos, habituados a agir desta forma contra a população em geral. E embora a Transalvador tenha divulgado nota informando ter conhecimento do fato e que este vai ser apurado, solicitamos transparência na divulgação do resultado da apuração, assim.como dos nomes dos responsáveis pela agressão. O Sindicato vai acompanhar o desenrolar dos acontecimentos. 

O Sinjorba se solidariza com o colega Beto Júnior e se coloca a sua disposição para acampamento das investigações pela Polícia Civil. 

Salvador, 25/04/2018. 

Marjorie da Silva Moura

Presidente do Sinjorba

 

*Informações do Bahia.ba e do Jornal da Manhã

_Atualizada às 14h30, 26/04/18

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SIP cobra punição para os assassinos de jornalistas do “El Comercio”

A reunião anual da Associação Interamericana de Imprensa (SIP), realizada no último final de semana, em Medellín, foi marcada pela indignação e pedidos de justiça para uma equipe de reportagem do jornal equatoriano “El Comercio”. O repórter Javier Ortega (32 anos), o fotógrafo Paúl Rivas (45), e o motorista Efraín Segarra (60) foram sequestrados e mortos por um grupo dissidente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Gustavo Mohme, presidente da SIP, falou sobre os casos de ataque à liberdade de imprensa na América Latina e, em entrevista à SEMANA, exigiu que os assassinatos dos profissionais não fiquem impune.

Segundo Mohme, é necessário que os governos da Colômbia e do Equador trabalharem juntos para solucionar o crime. “Uma das exigências que fazemos é que isso não fique impune. O extremo da covardia de se proteger em seus cadáveres para exigir espaços ou tréguas define seu desprezo pela vida. Essas pessoas não precisam fazer concessões. Pedimos um esforço binacional”, disse Mohme.

Ele ainda destacou a união dos profissionais da imprensa. “Vimos uma expressão muito interessante dos jornalistas colombianos e equatorianos que se reúnem para orientar, apoiar e participar da captura desses líderes e levá-los à justiça e submetê-los. Respeitando os Direitos Humanos, claro, que eles desprezam”. A SIP exige também maior proteção para a profissão. “Quando um jornalista morre é dito que há um duplo crime porque sua família chora e seus leitores, que são privados de informação”, completa.

No início de abril, um vídeo exibido pelo canal colombiano RCN mostrou as vítimas com algemas e correntes no pescoço. A equipe estava na região para uma matéria sobre as consequências dos ataques registrados desde janeiro, mas acabou sequestrada em 26 de março pelo líder de um grupo dissidente das Farc, Walter Patricio Artízala Vernaza, conhecido como “Guacho”. O sequestro aconteceu na  região em que forças armadas regulares dos dois países combatem os guerrilheiros que não aceitam o acordo de paz firmado entre o governo da Colômbia e as lideranças das FARC. Os sequestradores exigiam em troca da equipe equatoriana a libertação de guerrilheiros presos em Quito.

“Cairá vivo ou morto”

Lenín Moreno, presidente do Equador, estava em Lima, capital do Peru, para participar da Cúpula das Américas, mas partiu rumo a Quito. Ele anunciou ações militares na fronteira com a Colômbia, onde, segundo ele, o grupo do jornal foi sequestrado e assassinado. Na noite de quinta (12), Moreno havia dado 12 horas para que os sequestradores provassem que os reféns estavam vivos. O prazo expirou às 10h50 desta sexta (12h50, em Brasília). No cativeiro e acorrentados, os três foram executados a tiros, de acordo com fotos divulgadas pelos sequestradores. O governante confirmou na sexta (13) as mortes.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, assegura que os profissionais foram sequestrados e assassinados no Equador. Versões entre os governos diferem também na nacionalidade de Guacho, líder da Frente Oliver Sinisterra. Quito disse que o suposto responsável é de origem colombiana, já Bogotá afirma que Guacho é equatoriano.

Santos afirmou, ao fim da reunião da SIP, que prometeu ao presidente do Equador, Moreno, que o assassinato dos jornalistas “cairá vivo ou morto”. O presidente colombiano também admitiu que cartéis de droga mexicanos exercem influência na área de fronteira onde opera o grupo que matou os jornalistas e o motorista do jornal El Comercio.  “Prestamos todo o apoio e colaboração desde o primeiro momento e continuaremos até que capturem os responsáveis e se faça justiça”, disse o presidente colombiano, durante a Cúpula das Américas.

Nem o Equador e nem a Colômbia puderam determinar onde as mortes ocorreram. Os países pediram ajuda do Comitê Internacional da Cruz Vermelha para localizar os corpos das vítimas.

*Informações de O Globo, JB e SEMANA.

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Curso Estado de Jornalismo Econômico abre seleção

Está aberta a seleção para o 8º Curso Estado de Jornalismo Econômico, parceria do Grupo Estado com a Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV). As inscrições vão até o dia 27 de março e devem ser feitas pelo site Vagas.com. O programa é gratuito e será realizado em período integral, de 16 de abril a 13 de julho, na sede do Estadão.

Podem participar da seleção estudantes de todo o Brasil que estejam no último semestre de jornalismo ou se formaram há dois anos (2016 ou 2017). Na primeira etapa do processo, toda online, os candidatos incluem currículo e justificativa de interesse no site. Também fazem provas de conhecimentos econômicos, português e inglês.

Até 75 candidatos passam para a segunda etapa da seleção, em São Paulo. Nesta fase, que ocorre nos dias 3, 4, 5 e 6 de abril, os aprovados têm um dia de atividades no jornal. Na parte da manhã, fazem teste de conhecimentos econômicos e português, e escrevem uma reportagem econômica. No intervalo após o almoço, conhecem a redação e outras áreas do Grupo Estado. E, à tarde, passam por uma rodada de entrevistas.

*Bianca Gomes para o Estadão.

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