Notícias

ABI repudia ataque a repórter no interior de SP

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) divulgou na manhã desta segunda-feira (6) uma nota em que repudia o atentando ao carro de um jornalista do Diário da Região, da cidade de São José do Rio Preto, localizada no interior de São Paulo. O repórter Rodrigo Lima, da editoria de política, teve o carro incendiado de forma criminosa, a poucos metros da redação do jornal. Lima, que trabalha no veículo há 17 anos e já revelou uma série de escândalos envolvendo políticos e agentes públicos de Rio Preto e região, classificou o ataque como ato contra a liberdade de imprensa. À polícia, ele afirmou que recebeu ameaças anônimas anteriormente e que acredita ser alvo de represália. Inquérito vai apurar se o crime tem relação com reportagens publicadas pelo Diário.

cidades_Carro_01O crime foi testemunhado por uma funcionária do jornal e ocorreu por voltas das 17h15 do último dia 3. O carro, um Astra, estava estacionado na avenida João Batista Vetorazzo, no Distrito Industrial, ao lado da Redação. As labaredas foram contidas pelos próprios funcionários do jornal que usaram extintores de incêndio e até uma mangueira. Minutos antes, a funcionária viu um homem, de pele morena, magro e cabelo curto descer de um carro prata que estava estacionado mais à frente do estacionamento. O homem se aproximou do carro, agachou-se, jogou objeto em chamas perto da roda dianteira e saiu correndo. O carro prata que o esperava e onde estaria uma outra pessoa, saiu em alta velocidade.

Confira a nota da Associação Brasileira de Imprensa:

“Atos dessa natureza são inaceitáveis em um regime democrático. A ABI entende que ameaças a profissionais da imprensa representam também uma afronta à liberdade de expressão e ao livre exercício da informação assegurados pela Constituição, disse o presidente da entidade Domingos Meirelles” A ABI espera que os responsáveis pelo crime sejam identificados pelas autoridades e punidos com os rigores da lei, para que episódios dessa natureza não voltem a se repetir.

O boletim de ocorrência foi registrado na noite desta sexta-feira como crime de incêndio, previsto no artigo 250 do Código Penal e que prevê prisão de até seis anos em caso de condenação. O delegado Hélio Fernandes dos Reis apreendeu o galão e a tampa (que estava perto do carro). Havia ainda gasolina no galão. Na polícia, Rodrigo Lima disse que já recebeu ameaças anônimas anteriormente e que acredita ser alvo de represália. Inquérito vai apurar se o crime tem relação com reportagens publicadas pelo Diário.

Um dos pontos partida da investigação são imagens das câmeras do sistema de vigilância do jornal, que já estão com a polícia. “Não foi um ato contra mim, mas contra a liberdade de imprensa em que todos os meios de comunicação acabam atingidos. É uma tentativa clara de intimidação que em nenhum momento vai surtir efeito. Eu e todos jornalistas do Diário cumprimos nosso papel perante a sociedade, que é de informar o que acontece na política de Rio Preto. Espero que a polícia consiga descobrir o autor e o mandante.

Esse ato de covardia não pode ficar impune”, afirmou ele. O editor-chefe do Diário, Milton Rodrigues, também repudiou o ataque. “As circunstâncias deixam muito claro que foi um episódio criminoso. Não podemos tirar conclusões precipitadas, mas é interessante observar que o responsável pelo ataque escolheu justamente o carro do jornalista que vem fazendo muitas matérias investigativas da editoria de política.”

publicidade
publicidade
Notícias

Abert aponta aumento da violência contra jornalistas

Apesar de o número de assassinatos de jornalistas no Brasil ter caído de oito em 2015 para dois em 2016, o total de casos de violência não-letal contra os profissionais da imprensa aumentou 62,26% em 2016, se comparado com o ano anterior. Os registros de agressões físicas, atentados, ataques, ameaças e intimidações passaram de 106 em 2015 para 172 em 2016. Pelo menos 261 profissionais e veículos de comunicação sofreram algum tipo de violência não-letal. Os dados estão no relatório anual da ABERT(Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) sobre Violações à Liberdade de Expressão, lançado nesta terça-feira (21), em Brasília (DF).

O levantamento chama atenção para o perfil dos agressores. Os agentes públicos, que deveriam zelar pela segurança do cidadão, são os que mais ameaçam, intimidam e agridem profissionais da comunicação, mesmo quando identificados com o crachá de imprensa. Os manifestantes aparecem em seguida na lista de agressores. Os profissionais de TV, jornal e rádios são as maiores vítimas.

“Essa incompreensão dos agentes de segurança pública em relação ao real papel dos profissionais da imprensa talvez seja um dos mais graves problemas que devem ser enfrentados. A inclusão, nos treinamentos, sobre como tratar os profissionais e veículos de comunicação na cobertura de eventos públicos seria extremamente relevante e atenuaria os casos que estamos lamentavelmente relatando”, afirmou o presidente da ABERT, Paulo Tonet Camargo, em coletiva à imprensa.

Os números confirmam os estudos divulgados por entidades internacionais que atuam em defesa dos jornalistas. De acordo com análise dos últimos cinco anos, feita pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), o Brasil ocupa um triste lugar de destaque no ranking dos países mais perigosos para o exercício do jornalismo: é o 2º mais violento da América Latina, atrás apenas do México.

Apesar da redução no número de mortes de jornalistas em 2016, a Press Emblaim Campaign coloca o Brasil entre os 10 países mais perigosos do mundo para os jornalistas. O Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ) e a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) alertam para o aumento de outros tipos de violência contra profissionais da imprensa.

A frequência e a escalada das agressões preocupam a ABERT, que considera inaceitável a tentativa de impedir a atuação dos profissionais da comunicação na cobertura de fatos de interesse da sociedade. “Há uma dificuldade de compreensão do real papel da imprensa no estado democrático de direito. As empresas e os profissionais da comunicação não são os únicos prejudicados. A sociedade brasileira, como um todo, perde, pois deixa de ser informada. Além de infringir o direito constitucional de acesso à informação, qualquer ato de intimidação ou ataque ao trabalho jornalístico é uma ameaça à liberdade de imprensa e de expressão, um dos pilares da democracia”, afirmou Tonet.

A edição deste ano do Relatório ABERT compila os casos que aconteceram durante todo o ano de 2016, de janeiro a dezembro, e apresenta, ainda, dois capítulos tratados separadamente: os casos de violência contra a imprensa no período das Olimpíadas e a tragédia do voo da Chapecoense, considerada a pior do jornalismo brasileiro.

De acordo com o diretor-geral da ABERT, Luis Roberto Antonik, o relatório segue um padrão internacional de averiguação dos dados. “Seguimos um padrão rígido para fazer da ABERT uma referência no combate às violações à liberdade de expressão”, ressaltou Antonik.

Para acessar a versão online do Relatório Violações à Liberdade de Expressão 2016, clique aqui.

Fonte: ABERT

publicidade
publicidade
Notícias

“Fact Check” do Google está disponível no Brasil

O Google anunciou a chegada da função Fact Check ao Brasil. O recurso promete destacar informações verdadeiras nos resultados de busca e no Google Notícias para reduzir o risco de leitores caírem em notícias falsas. Para diferenciar os conteúdos, a tag “verificação de fatos” vai entrar em funcionamento ao lado do nome do site que publicou a reportagem. A novidade foi lançada em outubro de 2016 nos Estados Unidos e Reino Unido, e depois na França e na Alemanha. Hoje, a checagem de notícias também chega ao México e Argentina. Em todos os países o Google estabeleceu parcerias com entidades que trabalham com fact checking. No território nacional estão envolvidas a Agência Lupa, Aos Fatos e Agência Pública.

Para fugir de notícias falsas, o Google estabeleceu algumas regras que os publicadores de conteúdo devem seguir. Entre os critérios para ganhar a tag “verificação de fatos” está a necessidade da organização ser não partidária e oferecer ao leitor a capacidade de entender o que foi verificado e quais conclusões chegaram. Além disso, é importante que as análises sejam transparentes com citações e referências a fontes primárias. Caso um site não siga as regras para a marcação, o Google poderá remover o veículo ou blog dos resultados de busca.

“A checagem de fatos se firmou como uma área importante do jornalismo nos últimos anos dentro de veículos tradicionais e startups de mídia, que trabalham para averiguar a veracidade de informações sobre mitos urbanos, política, saúde e até a própria imprensa”, diz Richard Gringas, vice-presidente da divisão de notícias do Google, em nota.

Como usar

Para aproveitar o recurso do Google no Brasil basta pesquisar por determinado assunto que tenha notícias envolvidas no campo tradicional de buscas, ou acessar o Google Notícias no navegador web e aplicativos para Android e iPhone (iOS). As informações checadas terão a tag “verificação de fatos” sinalizada próxima ao título. Vale notar que não encontramos muitos exemplos além dos que foram divulgados pelo próprio Google nesta mesma quarta-feira.

Leia também: Redes sociais e redações se unem contra notícias falsas na internet

Além do Google, o Facebook e o Snapchat também anunciaram mudanças contra notícias falsas. A rede social de Mark Zuckerberg está testando um filtro contra boatos nos Estados Unidos e na Alemanha, também em parceria com organizações jornalísticas. No Facebook, caso um post seja considerado suspeito, um alerta “desvaloriza” a informação no feed. Já o Snapchat atualizou as diretrizes do Discover para acabar com informações falsas e imagens chocantes.

*Informações do Techtudo e do G1

publicidade
publicidade
Notícias

Agenda Brasil inscreve jornalistas de economia e negócios

A Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), em São Paulo, abriu inscrições para a 15ª edição da Agenda Brasil, curso de extensão para jornalistas especializados em economia e negócios, que trabalham em veículos de comunicação. Gratuito, o programa tem duração de 16 aulas e está marcado para acontecer de 7 de março a 20 de junho.

De acordo com a divulgação da instituição, os encontros irão apresentar discussões sobre temas como Governança Corporativa, Cultura Brasileira, Previdência e Reforma Tributária, Reforma Política, Política Norte-Americana, Sustentabilidade e Direito Ambiental, Agronegócio, Transformações do Mundo no século XXI, Mobilidade Urbana, Papel da Mulher na Sociedade Corporativa, Fintechs (um tipo de empresa que une tecnologia com serviços financeiros) e Disrupção no Mercado financeiro (termo usado para descrever inovações que oferecem produtos acessíveis e criam um novo mercado de consumidores), Administração Pública e Economia Criativa.

Como participar? – Para fazer parte do curso, o interessado deve passar por duas etapas do processo seletivo. A primeira é o preenchimento da ficha de inscrição online, disponível neste link. Depois, é preciso enviar carta de recomendação assinada pelo superior direto e currículo atualizado para o e-mail [email protected]. O prazo máximo para se candidatar é 22/02.

publicidade
publicidade