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Seminário no IGHB evoca lembranças da Bahia

“O quê que a Bahia tinha!?” Essa pergunta será o ponto de partida para um encontro de artistas, pesquisadores e intelectuais da Bahia, a ser realizado nesta terça-feira, 29 de novembro, das 14h às 19h. O seminário é uma promoção do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), com o apoio da Associação Bahiana de Imprensa (ABI). A organização destaca que “o título com sinais de exclamação e de interrogação revolve a nossa saudade e pretende estancar as perdas que descaracterizam a Bahia”.

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Coordenado pelo jornalista Luís Guilherme Pontes Tavares, o encontro será mediado pelo poeta e compositor baiano Walter Queiroz, o Waltinho Queiroz de sambas e jingles, autor da crônica de inspiração do tema, “Terra do já teve”, publicada em A Tarde (23.07.2016, p. A3). Integram o time do seminário, o economista Armando Avena, a escritora Aninha Franco, o agitador cultural Dimitri Ganzelevitch, a jornalista Dóris Pinheiro, o professor Edivaldo Boaventura, o jornalista José de Jesus Barreto, o pesquisador Luiz Américo Lisboa Junior e o arquiteto e professor Paulo Ormindo de Azevedo.

Os convidados debaterão temas como: a fuga de capitais da Bahia; a descaracterização e/ou releitura das receitas baianas; a arte e o artesanato baiano; a indústria da moda na Bahia; a inteligência baiana; as profissões que desapareceram e aquelas que surgiram; a música baiana e o patrimônio arquitetônico que se destaca em território baiano.

SERVIÇOcartaz-em-utilizacao_10_11_2016

Seminário “O quê que a Bahia tinha!?
Aberto ao público (não necessita de inscrição)
29 de novembro de 2016, das 14h às 19h
Instituto Geográfico e Histórico da Bahia
Avenida Joana Angélica, 43 – Piedade
www.ighb.org.br

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Notícias

Justiça condena à prisão jornalista que denunciou crimes ambientais em Salvador

A 15ª Vara Criminal de Salvador condenou o jornalista Aguirre Talento, atual repórter da sucursal de Brasília da revista IstoÉ, a seis meses e seis dias de prisão, em regime aberto, por difamação ao empresário André Luiz Duarte Teixeira. Além disso, o profissional deverá pagar multa de R$ 293. A defesa de Talento considerou o processo como “uma clara tentativa de intimidar a atividade jornalística” e vai recorrer da decisão.

Em reportagem, publicada em 2010 pelo jornal A Tarde, Aguirre Talento relatou a acusação do Ministério Público por supostos delitos ambientais na construção do Parque Tecnológico da Bahia, em Salvador. Na ocasião, os promotores denunciaram os donos e diretores da empresa Patrimonial Saraíba e o então secretário de Ciência e Tecnologia da Bahia, Ildes Ferreira.

Leia também: Justiça da Bahia absolve jornalista acusado de difamar empresário

No texto, o repórter noticiou, erroneamente, que a denúncia era acompanhada de um pedido de prisão dos empresários André Teixeira, Humberto Riella Sobrinho e Carlos Seabra Suarez, que moveram queixas-crime contra Talento. Ao julgar a ação de André Teixeira, o juiz Antônio Silva Pereira considerou “censurável” a conduta de Aguirre Talento, e afirmou que “as consequências [da reportagem] foram danosas, visto que o querelante teve a sua honra maculada”.

“O fato do jornalista querelado tomar conhecimento de uma ação penal interposta não lhe dá o direito de publicar ‘maldosamente’ que o Ministério Público pediu a prisão do querelante”, afirmou. Com isso, ele condenou por difamação com pena aumentada em um terço pelo fato de o crime ter sido cometido por meio que facilite sua divulgação (artigo 141, III, Código Penal).

Perseguição à imprensa

O advogado de Aguirre Talento, Edil Muniz Junior, disse à ConJur que a condenação de seu cliente foi “um absurdo”. Segundo ele, o juiz não demonstrou que o jornalista agiu com intenção de empresário. Muniz Junior conta que o jornalista só publicou a informação por não ter conhecimento jurídico. “Ele achou que o pedido de condenação dos acusados à prisão, que consta da denúncia, fosse um pedido de prisão”.

O advogado também criticou a postura de Teixeira e de seus companheiros da Patrimonial Saraíba. A seu ver, eles tentam “reprimir o trabalho da imprensa baiana” ao mover queixas-crime contra repórteres em vez de entrar com ações de indenização contra os veículos que publicaram as reportagens.

Embargos de declaração

A defesa de Talento opôs embargos de declaração (clique aqui) contra a sentença. Neles, Muniz Junior diz que o réu teve seu direito de defesa cerceado, pois o juiz suprimiu a fase de diligências ao término da instrução e indeferiu depoimento de uma testemunha que não foi encontrada porque estava de férias.

Ele questiona, ainda, a nomeação de advogado dativo para Talento, mesmo sem inércia da defesa, algo que, segundo explicou, contraria o entendimento do Superior Tribunal de Justiça sobre o assunto. Em decorrência disso, o dativo, e não Muniz Junior, foi notificado de andamentos processuais, o que teria prejudicado o contraditório e a ampla defesa. Ao final da peça, o advogado requer que o julgamento seja refeito, levando em conta tal depoimento e as alegações finais do jornalista.

Ofensiva contra a imprensa

Jornalistas e veículos brasileiros vêm sofrendo derrotas nos tribunais que violam os princípios constitucionais de liberdade de imprensa e resguardo ao sigilo da fonte.

Em maio, ao proibir que o jornalista Marcelo Auler publicasse reportagens com “conteúdo capaz de ser interpretado como ofensivo” a um delegado federal, a juíza Vanessa Bassani, do Paraná, praticou censura prévia e contrariou entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre o assunto.

No início do ano, três repórteres, um infografista e um webdesigner da Gazeta do Povo, do Paraná, sofreram 41 processos em 19 cidades do estado por juízes e promotores que se sentiram ofendidos com a divulgação de reportagens que mostravam o pagamento de remuneração acima do teto do funcionalismo.

Em ação coordenada, todos os pedidos foram idênticos, pedindo direito de resposta e indenizações por danos morais, que somam R$ 1,3 milhão. De acordo com a Gazeta, os pedidos são sempre no teto do limite do juizado especial, de 40 salários mínimos. Como corre no juizado, a presença dos jornalistas em cada uma das audiências se torna obrigatória. As ações foram suspensas no Supremo pela ministra Rosa Weber — o mérito da ação ainda não foi julgado.

Diário da Região, de São José de Rio Preto, e seu jornalista Allan de Abreu tiveram seus sigilos telefônicos quebrados por ordem da 4ª Vara Federal da cidade. O objetivo era descobrir quem informou à imprensa detalhes de uma operação da Polícia Federal deflagrada em 2011. A decisão foi suspensa liminarmente pelo ministro Ricardo Lewandowski. A liminar foi cassada por Dias Toffoli e um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes suspendeu o julgamento da ação ajuizada pela Associação Nacional dos Jornais.

O jornalista Murilo Ramos, da revista Época, também teve seu sigilo telefônico quebrado, em decisão da juíza Pollyanna Kelly Alves, da 12ª Vara Federal de Brasília. A medida foi adotada para apurar quem passou à revista um relatório preliminar de pessoas suspeitas de manter dinheiro irregularmente no exterior.

Além disso, por ter publicado o valor do salário de um servidor público que atua como contador na Câmara Municipal de Corumbá (MS), Erik Silva, editor-chefe do site Folha MS, está sendo processado por calúnia, injúria e difamação. O jornalista nada mais fez que colher e interpretar dados que estavam disponíveis no Portal da Transparência. Assim, constatou que o profissional lotado no órgão Legislativo recebeu, em março, vencimentos de mais de R$ 45 mil — acima do teto permitido por lei, de R$ 33,7 mil, correspondente ao salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

*As informações são de Sérgio Rodas, para a Conjur, e da Folha de S. Paulo

Processo 0053399-43.2011.805.0001
Clique aqui para ler os embargos de declaração.

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Cinema baiano é tema do projeto Conversando com a sua História

Fechando a programação do mês do Conversando com a sua História, projeto de autoria do Centro de Memória da Bahia – vinculado à Fundação Pedro Calmon/ SecultBA, o tema em debate acerca das memórias contemporâneas sobre a cultura e a política na Bahia será a sétima arte. A mesa desta segunda-feira (31) vai abordar “O Cinema na Bahia” e contará com os olhares da pesquisa histórica, da realização cinematográfica, da produção e da gestão do Cinema baiano, traçando um panorama das ações e impactos no audiovisual hoje.

O debate acontecerá às 17h, no quadrilátero da Biblioteca Pública do Estado da Bahia, conhecida como Biblioteca dos Barris. Da mesa, participará a especialista em História da Bahia (UEFS) e mestre em História Social do Brasil (UFBA), Izabel Melo. Izabel é professora da Universidade Estadual da Bahia (UNEB) e Pesquisadora Associada da Filmografia Baiana. Além disso, tem experiência na área de História, com ênfase em História do Cinema Baiano.

Outro convidado será o comunicador, cineasta e gestor público, Pola Ribeiro. Ex diretor do Audiovisual do Ministério da Cultura (MinC), Pola é formado em Comunicação pela UFBA e, antes mesmo de ingressar na Universidade, produziu cerca de 40 filmes que, na época, circularam em cineclubes, mostras e festivais, recebendo prêmios nacionais. É membro titular do Conselho Superior de Cinema, do Conselho Consultivo da Secretaria do Audiovisual e vice-presidente da Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais. Jardim das Folhas Sagradas foi o seu último longa metragem produzido.

CMB – O Centro de Memória da Bahia (CMB), unidade da Fundação Pedro Calmon/Secretaria de Cultura do Estado (FPC/SecultBA), tem como objetivo a difusão da história da Bahia, através da preservação e ordenação de arquivos privados e personalidades públicas, bem como a realização de exposições, seminários e cursos de formação gratuitos. Entre suas funções, é responsável pelo Memorial dos Governadores Republicanos da Bahia (MGRB), localizado no Palácio Rio Branco, no Centro Histórico de Salvador.

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Pesquisa inédita mapeia mercado de comunicação na Bahia

O governo, nos níveis federal, estadual e municipal, é o maior anunciante no mercado de comunicação de Salvador, com 44% do total que passa nas agências; em seguida, vem o varejo, com 26%; serviços, 16%; outros, 11%, e no último lugar um setor que já foi dos maiores anunciantes, o imobiliário, com apenas 3%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (25) pela Associação Baiana do Mercado Publicitário (ABMP) como resultado de pesquisa feita pela empresa ABC+ Comunicação Estratégica. O estudo estará disponível a partir do dia 28, no novo site da entidade.

A pesquisa, que é inédita em sua forma no Brasil, resume um estudo do mercado de comunicação baiano, englobando todos os veículos de comunicação e agências de publicidade, assim como o marketing promocional, conforme explica Nelson Cadena, diretor da ABC+ e coordenador do levantamento.

De acordo com Cadena, a pesquisa pioneira trouxe uma metodologia própria. “Até agora, todas as pesquisas tinham como base apenas estimativas e a Bahia sempre entrou nesses estudos como um adendo de área geográfica, Nordeste, no caso”.

A apresentação da ABMP foi realizada durante um café da manhã na Casa do Comércio, com a presença de representantes dos mais diversos órgãos de comunicação e de agências de propaganda. O presidente da entidade, João Gomes, afirmou que “a grande importância desse estudo é que ele fornece dados reais em relação a todo o mercado”, o que, segundo ele, traz maior credibilidade. “Nosso papel é de extrema relevância na sociedade. Temos profissionais qualificados, agências criativas. Então, por que perdemos clientes para agências nacionais?”, questionou.

O presidente da Associação Bahiana de Imprensa, Walter Pinheiro, que também é diretor do jornal Tribuna da Bahia, parabenizou a iniciativa e demonstrou satisfação com o encontro de lideranças do setor da comunicação. “Neste momento em que estamos repensando o Brasil, uma pesquisa desse tipo é excelente instrumento de trabalho, notadamente quando sabemos que Salvador tem ficado com participação inferior em relação a capitais como Recife, Fortaleza e Belo Horizonte, metrópoles que se equiparam em população e nível social”.
Para ele, o levantamento traduz os hábitos de mercado e é um trabalho para ser ainda mais desenvolvido. “Nosso desejo é que seja estimulada a competição saudável, acima de tudo, para fortalecer nossa posição no mercado. É um grande mecanismo para preparar 2017”, avalia.

*As informações são de Alex Ferraz/Tribuna da Bahia

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