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Comitiva de senadores brasileiros vai a Venezuela pedir libertação de presos políticos

Senadores brasileiros irão a Caracas pedir a libertação de três presos políticos na Venezuela. Os senadores devem desembarcar nesta quinta-feira (18) na capital venezuelana para tentar a libertação dos líderes opositores Leopoldo López, Antonio Ledezma e Daniel Ceballos, além de pedir o estabelecimento de uma data para a realização das eleições parlamentares no país. Os três políticos são acusados de conspirar contra o governo de Nicolás Maduro, mas seus advogados alegam que nenhuma prova concreta foi apresentada no processo. Eles teriam assinado um manifesto contra o presidente, que vem sendo usado pela promotoria como principal evidência dos crimes.

Líder da ala radical da oposição, López está detido em uma prisão militar na região de Caracas, enquanto Ledezma cumpre prisão domiciliar e Ceballos está em uma dependência do serviço secreto. Contra López pesa ainda a acusação de ter ajudado a inflamar os violentos protestos contra o Governo em 2014, que terminaram com dezenas de mortos. Lilián Tintori, mulher de Leopoldo López, disse que seu marido – detido desde fevereiro de 2014 – manterá a greve de fome iniciada há mais de três semanas para exigir a fixação da data das eleições legislativas, o “fim da perseguição e da repressão” e a libertação de todos os “presos políticos”.

Uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) foi solicitada ao ministro da Defesa, para transportar a comitiva, por ela ser uma delegação oficial do país. O anúncio de que o governo venezuelano autorizou o pouso do avião da FAB com o grupo de parlamentares foi feito na terça-feira (16). Os legisladores afirmam que a missão é política, mas também “humanitária”. “Quando se fala de democracia e de liberdade não há que se respeitar fronteiras. Vamos, portanto, em um grupo suprapartidário, de forma absolutamente respeitosa, dizer que na nossa região o tempo do autoritarismo já passou”, disse um dos senadores. A viagem também é vista como uma crítica à política externa brasileira. O gesto visa “na realidade suprir a omissão do governo brasileiro em relação a esta questão. Não estamos falando de tal ou qual apoio, estamos falando de respeito à democracia”. A comitiva é formada por seis senadores: Aécio Neves, Aloysio Nunes, Agripino Maia, Ronaldo Caiado, Sérgio Petecão e Ricardo Ferraço.

Desde o ano passado, manifestações de opositores ao regime chavista deixaram 43 mortos na Venezuela. Outras 89 pessoas, incluindo políticos da oposição e manifestantes, foram presas acusadas de incitar a violência nos protestos e de conspirar contra o regime de Nicolás Maduro.

Jornalista é brutalmente assassinado dentro de apartamento na Venezuela

Jornalista foi encontrado morto dentro de seu apartamento em Caracas
Jornalista foi encontrado morto dentro de seu apartamento em Caracas

Na onda dos atentados contra os direitos humanos e liberdade de imprensa, mais um jornalista foi assassinado. Desta vez, o jornalista Eduardo Flores, de 52 anos, foi encontrado morto em seu apartamento na cidade de Caracas, na Venezuela, na manhã desta terça-feira (16).  Segundo o jornal El Universal, autoridades informaram que o jornalista recebeu diversas facadas, foi degolado e teve o corpo parcialmente queimado. Comissões do Corpo de Investigações Científicas Penais e Criminalísticas (Cicpc) foram ao local para coletar dados e elementos de interesse policial para as investigações. Na primeira semana deste mês, três jornalistas venezuelanos foram agredidos enquanto cobriam uma manifestação no oeste de Caracas. Os jornalistas sofreram fraturas e contusões após serem atacados por um grupo de manifestantes.

*Luana Velloso/ABI com informações do El País, Estado de Minas, G1 e PORTAL IMPRENSA.

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Jornalista turco, preso há seis meses, escreve carta para a imprensa de sua cela na prisão

O jornalista turco Hidayet Karaca, gerente geral da rede de TV Samanyolu, uma das principais redes de televisão turcas, está preso desde dezembro do ano passado sob a acusação de “liderar um grupo terrorista”. Foi divulgada nesta segunda-feira (15), uma carta escrita por ele de sua cela, na qual comenta a ameaça à liberdade de imprensa e a democracia na Turquia. No comunicado, escrito em janeiro deste ano, mas divulgado somente agora, Karaca ressalta a “caça às bruxas no país” contra profissionais de imprensa que defendam a democracia e uma maior transparência governamental. As acusações estão relacionadas à apresentação, cinco anos atrás, de um episódio de novela em um dos canais do grupo. Karaca foi detido juntamente com mais de vinte e quatro jornalistas experientes e executivos de mídia. A maioria dos quais foram liberados rapidamente.

Na carta Hidayet Karaca diz que é “vítima de uma caça às bruxas que tem sido lançada contra a imprensa livre, independente e crítica na Turquia. Qualquer jornalista que descubra a roupa suja de altos funcionários do governo é imediatamente rotulado como traidor e sujeito a um assassinato de caráter, abuso, perseguição e até mesmo processo legais sob acusações falsas, sem nenhuma evidencia”. Ainda segundo ele, o presidente Recep Tayyip Erdoğan e seus aliados no governo declararam guerra contra a mídia independente, tendo como pano de fundo as enormes investigações de corrupção que incriminaram altos funcionários do governo.

Outra prática comum é a tentativa de falência das redes de transmissões, através da aplicação de multas, intimidação aos anunciantes e o clientelismo entre líderes dos órgãos reguladores e governo federal. Num país em que 80% dos meios de comunicação são controlados por grandes grupos econômicos e empresariais atrelados ao governo que, em troca, recebem favorecimento em licitações e contratos públicos, o cerco à imprensa livre e crítica tem ficado cada vez maior. “O clima de medo tem um efeito estarrecedor em todos os grupos midiáticos que não estão alinhados com as políticas do governo e foram forçados ao silêncio”, afirma Hidayet Karaca.

Apesar desse quadro completamente obscuro e de todas as dificuldades Hidayet Karaca disse que nunca perdeu a fé na democracia. “Sei que estou pagando o preço por defender aquilo que acredito. Esse é o preço que, talvez, deva ser pago pela liberdade, autonomia, direitos e, acima de tudo, pela democracia. A mídia tem a responsabilidade de informar ao público sobre o que o governo está fazendo. Estou em paz com minha consciência, pois fiz o meu melhor parar servir ao interesse público em minha capacidade de profissional da mídia. Fiz o meu trabalho e continuarei fazendo-o enquanto puder”.

Condenação em Moçambique

Jornalistas moçambicanosO jornalismo no mundo continua uma profissão de alto risco. Em Moçambique, dois jornalistas do Expresso Moz, Anselmo Sengo e Nelson Mucandze, foram condenados a quatro meses de prisão e a pagar uma indenização no valor de 10 milhões de meticais, cerca de 830 reais, a favor de Filipe Paúnde, ex-secretário geral da Frelimo, pelo crime de difamação e abuso de liberdade de expressão, devido a uma reportagem intitulada “Paúnde vende Isenções”, publicada em Fevereiro de 2014. O artigo em causa dizia, a dado passo, que “Filipe Paúnde está em apuros por causa da alegada venda de direitos de isenção na importação de viaturas. Os beneficiários das isenções são preferencialmente comerciantes e vendedores de viaturas na cidade de Maputo e Matola”.

*Luana Velloso/ABI com informações do PORTAL IMPRENSA, Centro Cultural Brasil-Turquia, Opera mundi e Voz da América.

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Ministro acusado de participar da morte jornalista é preso na Índia

O ministro indiano Ram Murti Verma, acusado de mandar assassinar o jornalista Jagendra Singh queimado vivo, foi detido na última quinta-feira (11), informou  o The Times of India. O crime foi motivado por uma publicação de Singh no Facebook, que denunciava o ministro de praticar atividades ilegais em mineração, ocupação ilegal de terras e estupro. No inquérito, autoridades acusam Verma e mais quatro suspeitos de crime por homicídio, censura, ameaça de morte e formação de quadrilha.

Segundo o site da ABI Nacional, os familiares do jornalista informaram que ele foi morto por integrantes da polícia enviados pelo político no dia 1º de junho. O grupo ateou fogo no corpo do jornalista, que ainda ficou internado em um hospital na cidade de Lucknow, capital de Uttar Pradesh, estado indiano, mas não resistiu, e faleceu na última segunda-feira (8), em decorrência dos ferimentos. O filho do jornalista, Raghvendra Sing, disse que o pai já havia sido ameaçado outras vezes, além de apontar o ministro como “mandante do crime”. “Eles [policiais] invadiram a nossa casa e questionaram o meu pai sobre suas mensagens no Facebook. Em seguida, começaram a bater nele, derramaram gasolina sobre o seu corpo e atearam fogo”, contou.

Jagendra era responsável pelo jornal independente “Shahjahanpur Samachar”, que contava com cinco mil amigos e outros 1.500 seguidores. Em seu perfil pessoal no Facebook, o repórter possuía mais de três mil seguidores. A Anistia Internacional (AI) solicitou apuração rigorosa do crime. “Este ataque horrível destaca os perigos que os jornalistas podem enfrentar em seu trabalho”, destacou Babu Shemeer, membro da AI na Índia.  O Conselho de Imprensa da Índia também solicitou uma investigação especial sobre o assassinato ao argumentar que foi “um ataque à liberdade de imprensa”. Os jornalistas são frequentemente perseguidos e intimidados pela polícia, por políticos e burocratas no país.

*Luana Velloso/ABI com informações do site da ABI Nacional, Portal Imprensa e R7.

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