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ABI exibe documentário “O que é ser negro na Bahia?”

Na manhã da última sexta-feira (12), foi exibido na Sala cinematográfica Roberto Pires, da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), o documentário “O que é ser negro na Bahia?”. Dirigido por Nelson Costa da Mata e Elismar Carvalho Lima, o projeto foi viabilizado pelo Governo do Estado, através de um edital da Secretaria de Promoção e Igualdade Racial (Sepromi).

O documentário, gravado em bairros de Salvador como Cajazeiras 10, Plataforma, Barra, Engenho Velho da Federação, entre outros, apresenta depoimentos de pesquisadores sobre a temática étnico-racial, além de opiniões e relatos de homens e mulheres negras da periferia da cidade sobre a discriminação racial.

Segundo Nelson da Mata, o documentário surgiu de um projeto de pesquisa chamado “Racismo no Carnaval de Salvador”, realizado juntamente com outros dois pesquisadores do Centro de Estudos dos Povos Afro-Índio-Americano (Cepaia), vinculado à Uneb. “Este trabalho resultou em um documentário com 52 minutos, que inclusive foi exibido aqui nessa casa. Nele nós tratamos o racismo do ponto de vista mais teórico. Ficou então a necessidade de enxergar como o cidadão percebe no seu cotidiano o racismo”.

Para Nelson, o filme tem a finalidade de impulsionar elementos disparadores de atitudes. “Nós estamos acostumados em ser negro nessa cidade por aquilo que existe de cultura imaterial, cidade da festa, mas precisamos ver o outro lado, aquilo que não é tão alegórico, aquilo que é encoberto tradicionalmente, e deu pra ver o que pensa o negro nessa cidade. Era essa a contribuição que nos queríamos dar a essa cidade, aos pensadores, aos homens e mulheres que constroem essa cidade todos os dias”, completou, destacando ainda a importância da parceria com a TV Pelourinho, que proporcionou a formação de 22 jovens em técnicas de audiovisual durante a elaboração do documentário.

A representante do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Nildete Costa da Mata ressaltou as contribuições do documentário para a sociedade. “Uma das contribuições é provocar o cidadão, seja ele branco ou negro, mais, ainda mais a estância negra precisa estar se revendo, resgatando sua identidade, se empoderando. Que esse filme não seja assistido apenas em dias específicos como o da Consciência Negra, mas que seja um documento de discussão cotidiana”, disse.

Presente à atividade, o presidente da ABI, Walter Pinheiro, falou da satisfação em promover a exibição do documentário. “Eu parabenizo o professor Nelson e Elismar pelo projeto, e acredito que ele seja de uma valia muito grande para debater o racismo. A Bahia é uma nação negra. Nós já evoluímos em relação há outros tempos. A presença dos negros sempre foi muito marcante e o Brasil sabe disso. Este documentário alerta para o que precisa ser valorizado”, disse o presidente, destacando ainda o papel da ABI, “que surgiu para a defesa da liberdade de imprensa, mas foi evoluindo e hoje ela entra na defesa dos Direitos Humanos, meio ambiente e uma série de valores que são extremamente importantes para o ser humano”.

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“O jornalista é um contador de histórias”, diz Domingos Meirelles

Um contador de histórias. É assim que Domingos Meirelles se define. O premiado jornalista e escritor esteve na sede da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), no dia 7 de abril, para uma palestra em homenagem ao Dia do Jornalista. Meirelles, que é o atual presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), falou, para um auditório lotado, sobre as relações entre mídia e poder, a censura sobre a imprensa e a atuação do Poder Judiciário, além de transitar por questões como a obrigatoriedade do diploma e os desafios da profissão. O evento, que reuniu profissionais da comunicação, estudantes, representações políticas e autoridades, homenageou 50 cronistas esportivos que se destacam na profissão.

Domingos Meirelles acumula mais de 50 anos de atuação no jornalismo – desde que ingressou como estagiário no jornal Última Hora. A prática diária da reportagem foi exercida nos mais importantes impressos do país. Mas, foi através da televisão que ele alcançou projeção nacional. Em sua apresentação, o jornalista passeou pela história dos meios de comunicação, com destaque para o início da década de 70, quando as cores deram mais vida à “telinha” que ainda é o meio mais utilizado no Brasil.

aspasAutor de livros como “As noites das grandes fogueiras: uma história da Coluna Prestes” (Prêmio Jabuti de Melhor Reportagem de 1966) e “Os Órfãos da Revolução” (Prêmio Jabuti de Ciências Humanas de 2006), Meirelles lamenta o baixo índice de leitura do brasileiro. “Talvez, a maior tragédia deste país seja a perda do hábito da leitura. Não há quem escreva bem sem antes ter sido um leitor voraz”. No entanto, diz receber com cautela os prognósticos que apontam o fim da mídia impressa.

“Ela soube com muita competência enfrentar as transformações provocadas pelas novas tecnologias”. Para ele, o leitor, alvo principal, não se deixou levar pelo afã midiático e tecnológico, e citou como prova o estancamento das vendas de e-books. “Um exemplo disso é a biografia oficial de Steve Jobs. O lançamento do livro digital foi um desastre”.

Crise

dia do jornlaista (2)Domingos fez duras críticas às gestões das empresas de mídia. “O insucesso dos jornais está ligado à sucessão equivocada de seus fundadores. Quem assume, entende muito de negócios, mas nada de jornalismo”. E não poupou os profissionais da área. “Essa profissão é paixão. Não é para qualquer pessoa. Exige que o profissional se coloque no lugar do outro. E isso acabou. Nós temos redações frias”, desabafou. Segundo ele, o jovem já entra na redação com o vírus da autocensura. “Sai da faculdade domesticado. Isso é péssimo porque a marca dessa profissão é justamente a audácia”.

Durante a passagem pela capital baiana, o jornalista visitou algumas instalações e disse ter a sensação de estar “em um velório”, devido à falta de envolvimento entre os colegas. “Cada jornalista isolado em sua mesa, com o seu computador. O texto de hoje é frio, seco, sem vida. Dá para ver se foi feito por telefone, e-mail ou ao vivo”. Ele acredita que, independentemente do problema da censura, o jornalismo sofre hoje com a falta de qualidade. “Eu presenciei a precarização da profissão”.

Justiça

O vice-presidente da ABI, Ernesto Marques, falou dos pontos de conflito na relação entre o Judiciário e a imprensa, e abordou a judicialização da mídia como um dos principais desafios enfrentados pela classe, porque, de acordo ele, reforça as ameaças ao livre exercício da profissão. O dirigente relembrou processos recentes e seus impactos na atividade jornalística, como as ações contra o jornalista baiano Aguirre Talento, as disputas que colocam em xeque garantias constitucionais como o sigilo da fonte, ou ainda o caso dos repórteres do jornal paranaense Gazeta do Povo, que foram alvo de mais de quarenta ações movidas por juízes e promotores daquele estado.

Domingos Meirelles demonstrou preocupação com o fato de juízes de primeira instância estarem acolhendo processos que contrariam o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), de que o trabalho da imprensa não pode ser inviabilizado. “O Judiciário não tem se colocado a serviço do interesse público. E a imprensa está muito vulnerável”, constata o jornalista, que é defensor declarado da imprescindibilidade do diploma para o exercício da atividade. “Eu acho fundamental o diploma. Foi um absurdo o que aconteceu [a retirada da exigência]. Eu sou de uma época em que profissionais com anos de atuação recebiam registro. Mas, isso há 50 anos. Hoje, as condições são diferentes”.

Valorização

Quem faz coro é a presidente do Sinjorba, Marjorie Moura, que também enfrenta processo judicial por reportagens assinadas para o jornal A Tarde. A jornalista mantém um tom esperançoso, mesmo relatando os diversos casos de agressões, ameaças e intimidações que passam por sua mesa todos os dias. “Essa é a melhor profissão do mundo. É preciso ter coragem. Somente valorizando o passado é que podemos enfrentar o futuro com dignidade”.

Domingos Meirelles também ressalta a importância da profissão e diz que, enquanto houver vida em uma redação, há motivo para comemorar a data maior dos jornalistas. “Essa, talvez, seja uma das profissões mais fascinantes que existem. É o elo de comunicação entre a informação e o cidadão. O jornalista é um contador de histórias”, afirmou ele que segue no núcleo de reportagens especiais da Rede Record.

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Walter Pinheiro, presidente da Associação Bahiana de Imprensa

O presidente da Associação Bahiana de Imprensa, Walter Pinheiro, destacou o orgulho e a satisfação com as homenagens ao Dia do Jornalista. Para ele, as comemorações são uma amostra do carinho e reconhecimento aos profissionais.

O evento foi realizado através de uma parceria entre o jornalista e conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa, Fábio Costa Pinto, e o diretor da Central de Comunicação, Nelson Rocha, com a chancela da ABI Nacional. Além da Associação Bahiana de Imprensa, apoiaram o Sinjorba (Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia), Arfoc (Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Estado da Bahia), Sinterp (Sindicato dos Trabalhadores Radialistas e Publicitários), Associação de Cronistas Desportivos da Bahia (ABCD) e W4 Propaganda.

  • Em breve, a ABI publicará as respostas de Domingos Meirelles para as questões feitas pelo público

Confira os nomes dos cronistas homenageados:

dia do jornlaista (3)Antônio Matos, Ari Pacheco, Ary Moura (Jequié), Antônio Tillemont, Antônio Pastori, Carlos Santana, Cláudio Roberto (Itabuna), Cleuza Duarte, Cristóvão Rodrigues, Chico Queiroz, Darino Sena, Djalma Costa Lino, Dito Lopes, Expedito Magrini, Edmilson Ferreira, Edson Almeida, Eliseu Godoi, Gabriel Saraiva, Heloisa Braga, Isaura Maria, Ivanildo Fontes, Itajaí Pedra Branca (Feira de Santana), Ivan Pedro, José Oswaldo, José Eduardo, José Ataíde, Jorge Samartin, Juliana Guimarães, Jorge Vital de Lima, Jorge Allan, José Maria (Ilhéus), João Borges Bougê, José de Oliveira ”Zé Gandula” (Conquista), Jair Cezarinho (Feira), Mário Freitas, Manuel Messias, Marco Aurélio, Martinho Lélis, Nilton Nogueira, Oldemar Seixas, Patrícia Abreu, Paulo Cerqueira, Paulo José (Feira de Santana), Raimundo Ruy, Renato Lavigne, Silva Rocha, Silvio Mendes, Salomão Batista, Thiago Mastroiane e Wademir Vidal.

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ABI critica censura a sites de notícias em Salvador

Diante de decisões judiciais que suspenderam a veiculação de notícias envolvendo o advogado André Godinho, candidato a uma vaga no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Associação Bahiana de Imprensa (ABI) divulgou duas notas em que diz “estranhar” as ações, que tiveram como alvos os sites noticiosos Bahia Notícias e Bocão News.

Leia a seguir os documentos:

NOTA OFICIAL – Bocão News

A Associação Bahiana de Imprensa estranha  a  decisão liminar  do juiz Givandro José Cardoso, da 3ª Vara Cível e Comercial de Salvador, exarada no último dia 31 de março,  que determinou ao site  Bocão News a retirada imediata  de notícia envolvendo o advogado André Luís Guimarães Godinho.

Para a ABI, o deciso  atenta contra a Liberdade de Imprensa e instaura uma censura prévia, o que não condiz com os preceitos de democracia que regem o Brasil.

Aproveita ainda para manifestar  estranheza sobre esse tipo de processo, diante da clara posição do STF, através de sua Presidente Cármen Lúcia, no julgamento de casos que ameaçam a Liberdade de Expressão.

Em razão disso, mantem-se na expectativa de que tal liminar seja revista, em salvaguarda da prática do livre jornalismo.

Salvador, 3 de abril de 2017

Walter Pinheiro – Presidente

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NOTA OFICIAL – Bahia Notícias

A Associação Bahiana de Imprensa estranha a decisão liminar da juiza, CARLA TEIXEIRA CEARÁ, exarada neste domingo, 2 de abril , que determinou ao site Bahia Notícias a retirada imediata de matéria envolvendo o advogado André Luís Guimarães Godinho.

Para a ABI, o deciso atenta contra a Liberdade de Imprensa e instaura uma censura prévia, o que não condiz com os preceitos de democracia que regem o Brasil.

Aproveita ainda para manifestar estranheza sobre esse tipo de processo, diante da clara posição do STF, através de sua Presidente Cármen Lúcia, no julgamento de casos que ameaçam a Liberdade de Expressão.

Em razão disso, mantem-se na expectativa de que tal liminar seja revista, em salvaguarda da prática do livre jornalismo.

Salvador, 3 de abril de 2017

Walter Pinheiro

Presidente

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Domingos Meirelles palestra em Salvador no Dia do Jornalista

O jornalista, apresentador, historiador e escritor Domingos Meirelles, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), fará palestra gratuita no dia 7 de abril, em comemoração ao Dia do Jornalista, às 9h, na sede da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), no Centro Histórico de Salvador. A apresentação de Meirelles terá como tema “As relações entre a mídia e o poder: a censura sobre a imprensa e o poder judiciário”.

O evento, que faz parte da programação em homenagem à data maior dos profissionais da escrita, da fotografia, da comunicação no rádio, tv e redes sociais, é aberto para empresários do setor, políticos e estudantes de Comunicação. A celebração inclui homenagens a 50 cronistas desportivos que se destacam no exercício da profissão.

Palestrante – Carioca e filho de imigrantes portugueses, Domingos Meirelles exerce a profissão desde 1965, quando ingressou no jornalismo como estagiário do jornal Última Hora. A prática diária da reportagem também foi exercida nos mais importantes impressos – revistas e jornais – do País.

Mas, foi através da televisão que Domingos Meirelles ganhou projeção nacional, via reportagens na Rede Globo, SBT e Rede Record, onde apresenta o Repórter Record Investigação. Ao longo de sua carreira Meirelles conquistou mais de 40 prêmios, entre os quais se destacam três Prêmios Esso, quatro Wladimir Herzog de Direitos Humanos e dois Prêmios Rei de Espanha de Televisão, maior premiação jornalística dos povos de língua portuguesa e espanhola. Como autor, Meirelles assina publicações importantes, entre elas As Noites das Grandes Fogueiras. Uma História da Coluna Prestes, Prêmio Jabuti de Melhor Reportagem de 1966 e Os Órfãos da Revolução, Prêmio Jabuti de Ciências Humanas de 2006.

A realização é da Central da Comunicação Serviços Ltda, empresa de Assessoria de Comunicação e Imprensa, e Laboratório da Notícia com a chancela da ABI Nacional. Apoiam a iniciativa a Associação Bahiana de Imprensa (ABI), o Jornal Repórter, Sinjorba (Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia), Arfoc (Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Estado da Bahia), o Sinterp (Sindicato dos Trabalhadores Radialistas e Publicitários), Associação de Cronistas Desportivos da Bahia (ABCD) e W4 Propaganda. E de forma institucional, a Secretaria de Comunicação Social do Governo do Estado da Bahia (Secom) e a Secretaria de Turismo do Estado (Setur).

SERVIÇO:

O que: Palestra de Domingos Meirelles – jornalista e presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) – e homenagem aos cronistas desportivos baianos.

Temas: “As relações entre a mídia e o poder: a censura sobre a imprensa e o poder judiciário”.

Dia: 07/04/2017

Horário: 9h

Local: Sede da Associação Bahiana de Imprensa – ABI Bahia

Rua Guedes de Brito, nº 1 – Centro Histórico – Salvador – BA

Evento gratuito!

Mais informações: (71) 9 8840-9549

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