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UFRB garante funcionamento do Museu do Cinema em Cachoeira

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) vai realizar um termo de cooperação entre o Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL/UFRB) e o Instituto Roque Araújo de Cinema e Audiovisual (IRA), para salvar o Museu de Equipamentos Cinematográficos (Museu do Cinema), situado na cidade de Cachoeira. Um encontro realizado na última sexta-feira (07) atendeu a um movimento iniciado nas redes sociais para expor o estado do equipamento, um patrimônio cultural de valor imensurável que estava prestes a se perder por falta de apoio. O museu, que conta a história do cinema em solo baiano, dispõe de um robusto e valioso acervo com o total de 4.990 equipamentos doados por cineastas, empresas produtoras de cinema e colecionadores.

Foi através de um desabafo do coordenador da unidade, o cineasta Roque Araújo, que os baianos ficaram sabendo da grave situação. O historiador e cineclubista Luiz Araújo (“Lu Cachoeira”) compartilhou, no dia 4, um vídeo em que Roque faz um apelo para manter vivo o maior museu de equipamentos cinematográficos do Brasil. Segundo Roque, depois da descontinuidade da parceria com a Prefeitura de Cachoeira, além de arcar com sua passagem, hospedagem e alimentação, ele seguia pagando funcionários com o próprio dinheiro. O cineasta também alegou a possibilidade de instalar o museu em qualquer parte do país, mas preferiu a Bahia porque “quis que os baianos tivessem o único museu específico de cinema e audiovisual”.

De acordo com Roque Araújo, a única instituição que continuava apoiando o IRA era o IPAC – Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural, através da cessão do imóvel para a instalação do museu, que em três anos registrou nos livros de frequência aproximadamente 50 mil visitantes. “Eu faço o que posso para demonstrar a essa geração os equipamentos que geraram a sétima arte e falta suporte para mim”, afirmou o cineasta, que acompanhou todas as produções do Cinema Novo realizadas por Glauber Rocha, tornando-se um guardião e confidente de Glauber. Em quase seis décadas de ofício, ele guarda equipamentos usados em clássicos como “Redenção” e “Barravento”.

O vídeo levou ao engajamento de centenas de internautas, que comemoraram nas redes sociais a notícia da parceria entre o IRA e a UFRB. Segundo o diretor do CAHL, Jorge Cardoso Filho, o Museu servirá como fonte auxiliar na formação dos alunos dos Cursos de Cinema e Audiovisual, Museologia, Artes Visuais, Comunicação Social, História e demais cursos instalados na instituição. “Para nós, é importante que as ações que são realizadas pelo Instituto [IRA] se consolidem e continuem. Vamos construir um documento que atenda às demandas”, afirmou Jorge Cardoso, diretor do CAHL. Os trabalhos para viabilizar a reabertura do museu começaram já na manhã desta segunda (10).

*Com informações do Recôncavo Online

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“Washington Post” recorrerá contra condenação de correspondente no Irã

O jornal americano The Washington Post declarou nesta segunda-feira (12/10) ser uma “injustiça ultrajante” a condenação do correspondente Jason Rezaian no Irã. Informou também que trabalha com seus advogados e com a família do jornalista para apresentar uma apelação. Segundo a agência de notícias AFP, Rezaian, de 39 anos, foi preso em julho do ano passado acusado de espionagem e de outros crimes contra a Segurança Nacional, depois de trabalhar durante dois anos como correspondente em Teerã.

O jornalista compareceu quatro vezes diante do Tribunal Revolucionário de Teerã desde maio. Uma corte especial do órgão é responsável por julgar crimes políticos e casos relacionados à segurança do país. Washington chegou a solicitar que as autoridades iranianas libertassem Rezaian, mas Teerã, que não reconhece a dupla nacionalidade do profissional, alega que se trata de um caso exclusivamente iraniano.

“O Irã se comportou de forma excessiva ao longo deste caso, mas nunca como nesta ocasião, com essa sentença de um tribunal revolucionário, pelo qual um jornalista inocente é condenado por graves crimes após um procedimento que se desenvolveu em segredo, sem que fossem exibidas provas de qualquer tipo”, afirmou o reforçou o editor executivo do jornal, Martin Barón, em um comunicado.

Fonte: Portal IMPRENSA

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Acordo nuclear entre Irã e EUA fundamenta defesa de jornalista

Uma nova tentativa da defesa do iraniano-americano Jason Rezaian pretende pôr fim ao cárcere do jornalista, que já dura um ano, no Irã. O correspondente do jornal The Washington Post foi presoem julho de 2014 acusado de espionagem, recolhimento de informações confidenciais, colaboração com governos hostis e propaganda contra o regime islâmico. A advogada Leila Ahsan, responsável pelo caso, pediu nesta terça-feira (28/7) que seu cliente seja libertado. O pedido se baseia no recente acordo nuclear feito entre o país muçulmano e os Estados Unidos.

Segundo a AFP, Leila exigiu a liberdade do jornalista ao governo iraniano, que após o acordo nuclear tem voltado a manter relações diplomáticas com os norte-americanos. De acordo com a advogada, a medida seria uma forma de estabelecer a paz entre os países. “Diante da nova situação criada pelo acordo nuclear de Viena, pedi ao juiz que declare a absolvição de meu cliente”, comentou.

Tratamento ‘desumano’

O irmão do jornalista Jason Rezaian publicou um artigo nesta segunda-feira (27/7) no qual comenta a situação dele. A Folha de S.Paulo afirma que o artigo escrito por Ali Rezaian ressalta, entre outras coisas, o “tratamento desumano” enfrentado por Jason e a falta de evidências apontadas pelo governo do Irã.

De acordo com Ali, as evidências apontadas pelo Irã para justificar a prisão são um e-mail que Jason enviou para pedir um visto americano para sua mulher, um formulário na internet, que ele preencheu para contatar a equipe de transição de Obama, em 2008 – declarando o desejo de ajudar a melhorar as relações entre EUA e Irã –, e e-mails enviados a amigos e a colegas sobre, entre outros temas, a taxa de câmbio da moeda iraniana. “Essas são as justificativas apresentadas pelo Irã para roubar mais de um ano da vida de alguém. Que ninguém se engane: as pessoas que mantém Jason preso sabem que ele é inocente”, destacou o irmão de Jason.

*Informações do Portal IMPRENSA e da Folha de S.Paulo

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Jornalista do ‘Washington Post’ continua preso no Irã

O julgamento do jornalista do Washington Post, Jason Rezaian (39), passou por uma terceira audiência na última segunda-feira (13/7). O correspondente do jornal americano está há mais de um ano na prisão de Evin, em Teerã, acusado de “recolhimento de informações confidenciais”, “colaboração com governos hostis” e “propaganda contra o regime”. Sua advogada, Leila Ashan, não pode falar com a imprensa sobre o caso, mas a família do jornalista afirma que ele foi aberto durante o interrogatório com autoridades iranianas. A detenção do repórter provocou tensões entre Irã e Estados Unidos, que romperam suas relações diplomáticas após a revolução de 1979.

A mãe do jornalista, Mary Breme Rezaian, está no Irã para acompanhar o julgamento do filho. Em pedido feito às autoridades ela cita uma lei que limita em um ano as detenções de pessoas que aguardam julgamento. “Essa é uma lei criada para proteger cidadão iranianos. Uma vez que estão fazendo acusações contra Jason com base em sua cidadania iraniana, essa lei também deve se aplicar a ele. Exigimos que ele saia para que se reúna com sua família”, afirmou Mary Breme. Em um artigo publicado no Washington Post, ela também falou sobre os motivos que levaram Jason a aderir a dupla cidadania. Ela diz que o jornalista se preocupava com a forma com que o Irã era retratado pela mídia americana.

Jason foi preso em julho de 2014 com dois fotógrafos e sua mulher, Yeganeh Salehi, também jornalista. Depois de pagamento de fiança, ela foi liberada, mas Rezaian continuou detido. Depois que as autoridades confiscaram seu computador pessoal, o repórter também é acusado de visitar um consulado americano para pedir um visto para sua mulher e de pedir emprego na equipe do governo Obama, em 2008.

*As informações são do Portal IMPRENSA e da Agence France-Presse

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