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ABI-Bahia lamenta morte de cinegrafista no Rio

Santiago Andrade teve morte cerebral declarada nesta segunda-feira/ Foto: Arquivo pessoal

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI-Bahia) manifesta apoio aos amigos e familiares do cinegrafista da Rede Bandeirantes, Santiago Ilídio Andrade, de 49 anos, que teve morte cerebral anunciada na manhã desta segunda-feira (10). Andrade estava internado desde a última quinta-feira (6), quando foi atingido na cabeça por um rojão, enquanto registrava a manifestação contra o aumento da passagem de ônibus no Rio.

“A ABI-Bahia solidariza-se com os companheiros da TV Bandeirantes pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, ao mesmo tempo em que se une às demais entidades representativas da imprensa brasileira para exigir das autoridades a punição dos responsáveis e a adoção de providências que coíbam a repetição de fatos tão lamentáveis”, afirmou Walter Pinheiro, presidente da entidade.

Leia mais: Entidades repudiam ataque a cinegrafista durante protesto e cobram mais segurança

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Jornalista é acusada de incitar violência ao apoiar ação de justiceiros no Rio

Acusado de furto, um adolescente de 15 anos foi espancando, despido e, posteriormente, preso a um poste pelo pescoço com uma tranca de bicicleta, no bairro de classe média Flamengo, na zona sul da capital, no último dia 31. A vítima sofreu também um corte com faca na orelha. A apresentadora do SBT Rachel Sheherazade é acusada de incitar a violência e de cometer ato racista, por manifestar apoio ao ato contra o menor infrator. Após considerar “até compreensível” a ação dos justiceiros, a jornalista foi duramente criticada em nota do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro, que acusou a âncora de violar os direitos humanos e o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros.

O rapaz foi castigado em uma cena chocante que remonta à escravidão no Brasil, quando negros eram amarrados e açoitados nos troncos/ Foto: Yvonne de Melo (Facebook)

No noticiário do SBT, Rachel disse que “que o Estado é omisso, a polícia é desmoralizada e que a justiça é falha”. “O contra-ataque aos bandidos é o que chamo de legítima defesa coletiva de uma sociedade sem Estado contra um estado de violência sem limite”, afirmou. Além disso, a jornalista criticou os defensores dos direitos humanos e pediu para que “façam um favor ao Brasil e adotem um bandido.”

A “Nota de repúdio do Sindicato e da Comissão de Ética da entidade contra o posicionamento de Rachel Sheherazade”, divulgada no último dia 5 (quarta), requer um posicionamento firme por parte da Federação Nacional dos Jornalistas Brasileiros contra a apresentadora. Ainda segundo os jornalistas cariocas, “canais de rádio e TV não são propriedade privada, mas concessões públicas”. As declarações da âncora do jornal do SBT também violaram os direitos humanos, o Estatuto da Criança e do Adolescente e fez apologia à violência quando afirmou achar que “num país que sofre de violência endêmica, a atitude dos vingadores [de punir com as próprias mãos o adolescente acusado de furto] é até compreensível”. A entidade está organizando um debate, com o objetivo de refletir sobre o papel do jornalista como defensor dos direitos humanos e da democratização da comunicação.

O vídeo causou muita repercussão nas redes sociais e dividiu opiniões. Diversos internautas se posicionaram contra o comentário da apresentadora, que usou o Twitter para tentar se defender da repercussão negativa. Rachel criticou o “politicamente correto” e o jornalismo “chapa branca”. “Gente boa, valeu pelo debate. Obrigada a vocês que não distorceram de forma desonesta minhas palavras e captaram a mensagem! Abaixo a censura!”.

No SBT Brasil de ontem (6), a âncora tentou explicar seu comentário e afirmou que apenas defendeu o direito da população e que não vai se calar. “Sou do lado do bem. Jamais defenderia a violência. O que fiz não foi defender a atitude dos justiceiros. Defendi o direito do cidadão de se defender. Não se pode confundir o direito de se defender com a barbárie, a violência pela violência”, afirmou Sheherazade.

Rachel Sheherazade disse que defende a população e que não vai se calar/ Foto: Reproduçao

O site RD1 Notícias consultou a assessoria de imprensa do SBT, que explicou a sua posição. “A opinião dada no telejornal é de total responsabilidade da jornalista e comentarista do ‘SBT Brasil’, Rachel Sheherazade. Como acontece em outros veículos de comunicação, a emissora respeita a liberdade de expressão de seus comentaristas, porém ressalta que a opinião é da mesma e não do SBT.” Entidades e representações políticas repudiaram o que classificaram como “apologia à tortura” e cogitam acionar o Ministério Público com uma representação contra o canal e a jornalista por incitação ao crime.

Com informações de Matheus Pichonelli/Carta Capital, site RD1

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Bahia é 7° estado que mais mata negros no país

Na celebração do dia da Consciência Negra ( 20 de novembro) na Bahia,   o estado com um dos maiores contingentes de população negra, uma dura constatação. Estudo divulgado nesta terça-feira (19) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta a Bahia na quinta posição em perda de expectativa de vida para homens negros. O dado é apresentado no trabalho “Vidas Perdidas e Racismo no Brasil”,  situa o estado na sétima posição em homicídios contra negros em todo o país, com um percentual de 47,3 para cada cem mil pessoas, enquanto entre os não negros o índice é de 11,3 para cem mil. No caso de perda de expectativa de vida para não brancos, a Bahia fica na 18ª colocação. O estado com maior percentual de assassinatos contra negros no país é Alagoas, com 80,5 para cada cem mil. Divulgado um dia antes do Dia da Consciência Negra, comemorado nesta quarta-feira (20) de novembro, o estudo calcula impactos de mortes violentas (acidentes de trânsito, homicídio, suicídio, entre outros) na expectativa de vida de negros e não negros, baseados no Sistema de informações sobre Mortalidade (SIM/MS) e no Censo Demográfico do IBGE de 2010. No mesmo período, enquanto a taxa de homicídios de negros é de 36 mortes por 100 mil negros em todo país, a mesma medida para os “não negros” é de 15,2. Para cada homicídio de não negro, são assassinados outros 2,4 negros. Ainda de acordo com o levantamento, entre 1996 e 2010, foi constatado que não só características socioeconômicas, a exemplo de escolaridade, gênero, idade e estado civil, são determinantes em mortes violentas, mas também a cor da pele. Segundo a pesquisa, a vítima “quando preta ou parda, faz aumentar a probabilidade do mesmo ter sofrido homicídio em cerca de oito pontos percentuais”.

Programação

Apesar desta triste constatação que o estudo do IPEA divulga,  o dia da Consciência Negra em Salvador terá um a vasta programação cultural e artística.

O Pelourinho será um dos palcos mais importantes com uma programação especial gratuita  pelas suas ruas e largos. A destas atividades coordenação é do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), que integra o II Encontro das Culturas Negras, ação promovida pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia  para comemorar o denominado  Novembro Negro, projeto do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi).

Na abertura da comemoração do Dia da Consciência Negra, o Afoxé Filhas de Gandhy sairá em cortejo pelas ruas do Pelourinho às 20h, abrilhantando a noite com a tradição e a musicalidade de matriz africana.

Muitas programações artísticas acontecerão  no Largo Quincas Berro D’Água,  no Largo Tereza Batista e no Largo Pedro Arcanjo com atrações da música negra baiana, ritmos do candomblé, batidas de afrobeat e o jaz.

Fontes: site Bahianoticias  e Tribuna da Bahia

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Salvador é a “capital dos assassinatos no Brasil”, diz o jornal New York Times

A violência em Salvador é notícia que rompe fronteiras. Agora foi a vez do renomado  jornal  New York Times  abrir suas páginas para uma reportagem dedicada à violência que se alastra pela capital Salvador, irrompe o medo nos seus moradores apesar dos esforços de órgãos de segurança do governo que não conseguem  inibir a criminalidade.

Embora ressaltando o crescimento econômico e riqueza cultural, da “maior cidade da região Nordeste do Brasil”, o jornal New York Times, considerado o mais influente do mundo, descreveu Salvador como a capital dos assassinatos no país, um lugar com trânsito caótico e áreas degradadas com prédios abandonados, que podem ser  melhor  descritos como ruínas.

Na matéria publicada na edição de domingo (10/11) o jornal cita que Salvador superou São Paulo em homicídios, embora a capital paulista seja quatro vezes maior.

A reportagem menciona casos recentes, de um corpo decapitado encontrado na Estrada do Aeroporto, um linchamento no Bairro da Paz de um suspeito de estupro e os irmãos mortos no acidente provocado pela oftalmologista em Ondina.

A criminalidade,  ressalta ainda o jornal americano, provoca prejuízos ao turismo. O Pelourinho é apontado como um local onde é fácil ver adolescentes usando crack à luz do dia.

Na questão do tráfego e da mobilidade, não poderia deixar de ser citado o metrô, que suga dinheiro há mais de 16 anos e é prometido agora para depois da Copa do Mundo, ao custo de mais 600 milhões de dólares.

Recentemente no bairro Nordeste de Amaralina, um dos mais violentos da cidade, o repórter Simon Romero e o fotógrafo Maurício Lima  foram abordados por um garoto com uma pistola automática, que quis saber o que eles faziam ali. O mesmo menino acabou contando que teve um irmão morto pela polícia, que roubou seus documentos e dinheiro e “plantou” uma arma com a vítima, forjando uma versão de confronto com os policiais.

A matéria termina citando o caso do menino Joel, morador da região, que fez propaganda do turismo baiano para o governo estadual e acabou morto dentro de casa, aos 10 anos, em 2010, durante uma operação policial. A reportagem é complementada com um slide show mostrando belezas e tragédias da primeira capital do Brasil.

 Fonte: Tribuna da Bahia/Associação Bahiana de Imprensa

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